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IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
06/02/16
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#contacorrente
Sempre que ouço falar em novos impostos para
a Banca, vem-me à memória o PDF do meu extrato de conta. Em particular,
aquela linha maldita em que são discriminadas as "despesas de
manutenção".
De todas as vezes me indigno, de todas as vezes me
conformo. Porque andei a consultar as tabelas de preços de outros bancos
e acabei, na comparação direta com tantas outras vítimas, por encontrar
algum conforto espiritual. "Afinal, até pago uma merreca". Repito isto
20 vezes e passa. O que me aflige verdadeiramente é o conceito. Pagar
uma taxa por efetuar levantamentos bancários (livrem-se!) até é, se
formos mesmo tolerantes, entendível, agora subtraírem-nos poupanças para
proceder à manutenção do dinheiro é ultrajante.
A não ser que me
convençam que, todos os meses, há um trabalhador destacado para
espreitar a caixa onde guardam as minhas poupanças. Que é uma pessoa
afável, que fala um bocadinho com as notas de 20 e de 50 euros, que as
rega, que as põe a arejar e as leva a passear até ao gabinete do gerente
num carro com rodinhas. Se é para fazer manutenção, que seja a sério.
Exijo um spa para o meu dinheiro. Podem massajar. Lavar não.
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
06/02/16
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