Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
06/08/2018
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5-ENGENHO
COREOGRAFIA DE
Felix Rucket
O Balé Teatro Castro Alves é a companhia de dança oficial da Bahia, criada em 1º de abril de 1981, pelo Governo do Estado e mantida pela Fundação Cultural - unidade da Secretaria de Cultura. Desde a sua criação, a companhia assumiu o perfil de dança contemporânea, apresentando coreógrafos como Victor Navarro, Lia Robatto, Antonio Carlos Cardoso, Carlos Moraes, Luis Arrieta, Oscar Arraiz, Guilherme Botelho, Tíndaro Silvano, Mario Nascimento, Ismael Ivo, Henrique Rodovalho e Claudio Bernardo, entre outros. Hoje, o BTCA conta com mais de 50 montagens em seu repertório, sendo uma presença destacada no cenário da dança nacional e internacional. A direção artística é de Antrifo Sanches.
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NUNO ARTUR SILVA
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
01/08/18
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Parar para pensar
e depois continuar
Foi na segunda metade dos anos 70 e eu era aluno no Liceu Pedro
Nunes, em Lisboa. A Revolução do 25 de Abril tinha acabado de acontecer e
o liceu por esses anos era mais um sítio de agitação política do que um
local onde havia aulas e estudo.
Mas em 1975-76 eu tinha 13 ou 14
anos e o que eu mais gostava era de jogar futebol com os amigos.
Aproveitava todo o tempo livre, nos intervalos das aulas e sobretudo
quando não havia aulas, porque os professores não tinham sido colocados,
tinham sido substituídos, ou saneados ou o que quer que fosse. Ou
simplesmente porque as aulas tinham sido interrompidas para uma muito
importante e urgente sessão de esclarecimento ou comício em frente à
cantina sobre a situação política e os acontecimentos gravíssimos que se
estavam a passar no país e exigiam a mobilização de todos.
Para
nós, alunos mais novos, era não só muito importante e urgente como muito
bom e mesmo ótimo, porque acabávamos sempre a jogar futebol enquanto os
colegas mais velhos tratavam do destino do país.
Por vezes, havia
sessões de pancadaria, sobretudo entre militantes do MRPP e do PCP que,
ao que parecia, partilhavam ideias diferentes sobre o futuro do país.
Nessas alturas, era habitual haver batalha campal e arremesso de
cadeiras e pedras e nós tínhamos de interromper o jogo de futebol,
saltar o muro e fugir pelo Cemitério dos Ingleses para a rua.
Mas
no dia seguinte, logo de manhã, ao abrir do portão da escola, lá
estávamos, prontos para o futebol e para uma ou outra aula que pudesse
acabar por se confirmar.
Os dias, pequenos charcos, sucediam-se
mais pedrada menos pedrada, mais bola menos bola, como citações
despropositadas de poemas em crónica de jornal.
Num desses dias,
lembro-me claramente, o meu amigo Rui, um dos mais inteligentes amigos
que eu tinha, veio ter comigo e disse-me:
- "Passas o dia a jogar à
bola. Sabes o que se está a passar? Não participas em nada, não te
interessas. Um dia destes vais votar... Como é que vais votar, em quem?"
E apontando para o livro que tinha debaixo do braço:
- "Já leste isto?"
O livro era O Capital,
de Karl Marx. Claro que eu sabia o que era. Estávamos em 76. Mas, de
facto, não só não o tinha lido como nem sequer o tinha folheado.
- "Ainda não li."
E ele:
- "Não tens consciência política. Depois não te admires que o mundo esteja como está."
E ali me deixou, suado, com a bola na mão, os outros à espera de que o jogo continuasse e eu a pensar:
- "Ele tem razão."
Não
posso garantir que tenham sido estas as frases, mas estas seriam frases
que eu poderia escolher se, quem sabe, mais tarde contasse esta
história.
Fui ler O Capital.
O meu tio Mário era comunista. Devia ter e emprestava-me. Tinha e emprestou.
Estive
vários dias às voltas com o livro a ver se me concentrava. O mesmo
tinha acontecido uns anos antes com a Bíblia, nos tempos do catecismo.
Não foi fácil. Percebi, numa espécie de ironia avant la lettre, que O Capital
ia dar muito trabalho. Para dificultar mais, na estante, mesmo ali ao
lado, estavam as bandas desenhadas e os livros de aventuras, o
escapismo. E lá fora a alienação do futebol.
Isto durou uns dias,
uma eternidade. Bastante menos do que o catecismo e a Bíblia, é certo.
Mas dessa vez fui obrigado, não tive escolha.
Com o Marx, ao fim de uma semana, decidi: "Isto ainda não é para mim. Tenho tempo."
Curiosamente, ter deixado a leitura da Bíblia não me fez sentir culpa nenhuma, ter deixado O Capital nem sequer a meio, durante um tempo fez-me sentir culpado.
O
que estava em causa não era aquele livro em particular. Foi o que
aquele momento representou para mim. Porventura, a primeira vez em que
tive consciência de que tinha uma responsabilidade política no mundo em
que estava a viver. Seria ainda, nessa idade, uma consciência prematura
dessa responsabilidade, mas agora, à distância, percebo que foi um
momento de perda de inocência.
Ao longo da vida todos temos estes momentos, pequenas epifanias do
quotidiano, deflagradas por um inesperado qualquer. Pode ser um
pensamento, uma ideia, uma clarividência súbita, um eureka; causado por um documentário que vemos, uma reportagem, um filme; uma simples frase de um talkshow da tarde ou uma frase que alguém nos diz por acaso; uma conversa com um amigo no pátio do liceu.
Podem
ter que ver com a ameaça ambiental, a desigualdade, a injustiça, a dor
dos outros. Podem dar-nos angústia, mal-estar, preocupação pelo mundo.
Podem fazer-nos perguntar como podemos ser felizes depois de sabermos o
que se está a passar. Podem levar-nos a agir ou a militar numa causa, a
procurar mudar o que está mal.
Ou, pelo contrário, pode ser um
verso, uma música, um fim de tarde, um saco de papel a esvoaçar ao
vento, uma fotografia, alguém que entra numa sala e o mundo para, num
momento de beleza, paixão, suspensão...
E depois tudo continua.
Mesmo que seja impossível que as coisas voltem a ser as mesmas depois
desse momento. Mesmo que seja impossível continuar. Tudo continua.
A
vida é um rali, cheio de ziguezagues e solavancos, em que por vezes
chocamos contra estes momentos definidores. Os que nos suspendem numa
incredulidade mágica e os que nos atiram contra uma realidade trágica.
Com o tempo ou a distância todos podem ficar quase cómicos.
Nunca
mais revi o meu amigo Rui. Gostava de o voltar a ver para lhe dizer que
fiquei a pensar no que ele me disse. Que acabei por ler O Capital. Mais ou menos (li uma versão que saiu em banda desenhada).
Gostava
de lhe dizer que foi importante para mim ele ter-me dito aquilo. Mais
do que tudo, gostava de o desafiar para voltarmos a dar uns toques na
bola.
(Os Dias, Pequenos Charcos é o título de um livro de poemas de Joaquim Manuel Magalhães)
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
01/08/18
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IV-A Casa e a Cidade
2. A invenção da cidade
Estando, todos nós, mergulhados em arquitetura (boa ou má, não há
construção que não tenha a sua arquitetura); sendo a arquitetura uma das
disciplinas em que os portugueses mais têm marcado pontos
internacionalmente; sendo a arquitetura uma das atividades que mais
polémica gera no espaço público é particularmente relevante a produção
da série A CASA E A CIDADE. Uma encomenda da RTP2, com a Parceria da
Ordem dos Arquitetos, à Produtora Pop Filmes. Em seis episódios, de 30
minutos cada um, são tratados seis temas nevrálgicos que explicam, de
forma simples e direta, as implicações da arquitetura nas nossas vidas e
as implicações dos nossos valores e comportamentos na arquitetura. A
partir de uma ideia original da Professora de Arquitetura Ana Tostões e
com o acompanhamento científico dos arquitetos Ricardo Carvalho e Nuno
Grande, que desenharam os guiões e escolheram o elenco de entrevistados,
Graça Castanheira realiza uma série inteligente e inteligível, elegante
e pedagógica.
* Estranhamente não existe nas fontes onde recolhemos a informação que vos apresentamos o vídeo do episódio nº3, iremos envidar esforços para o encontrar
Publicado a 25/11/2013 no "youtube"
NR: Para mais fácil visionamento decidiu a redacção do blogue dividir cada episódio em duas partes.
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Nana Caymmi
Não Se Esqueça De Mim
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FONTE: Fórum Oceano
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Portugal bem português
III-Regresso ao Mar/5
3-A Pesca Longínqua e
a Indústria do Bacalhau
* Esta é uma compilação de séries pelo nosso país não apenas pelas prespectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.
FONTE: Fórum Oceano
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69-CINEMA
(IMAGENS DE SEXO EXPLÍCITO)
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69-CINEMA
FORA "D'ORAS"
X-O IMPÉRIO DOS
SENTIDOS
(IMAGENS DE SEXO EXPLÍCITO)
SINOPSE
Do cineasta japonês Nagisa Oshima, O Império dos Sentidos é um dos mais controversos filmes da história do cinema, que esteve proibido em vários países.
Sada (Eiko Matsuda), uma antiga geisha, envolve-se numa relação amorosa com o seu atual patrão Kichizo. A sua paixão depressa se transforma numa extrema obsessão pelo prazer onde não existem limites para alcançar o êxtase. Num gesto último de posse absoluta, Sado estrangula e castra o seu amante.
Do cineasta japonês Nagisa Oshima (1932-2013), Império dos Sentidos é um dos mais controversos filmes da história do cinema, que esteve proibido em vários países. Com um forte conteúdo sexual, o filme é baseado numa história verídica, ocorrida no Japão antes da Segunda Guerra Mundial, de um amor obsessivo e fatal. Nagisa Oshima assinou o seu primeiro filme em 1959, quando Mizoguchi já tinha falecido e Ozu estava quase a chegar ao fim da sua carreira.
O seu cinema, que em pouco tempo passou para o seu direto controlo em termos de produção, marca o surgimento de uma nova geração no cinema nipónico, com uma visão muito mais agressiva, irónica e desmistificadora da realidade, de que ele é um dos mais notáveis representantes.
Antes de O Império dos Sentidos, que data de 1976, Oshima já tinha assinado 22 filmes dos quais muito poucos eram conhecidos no Ocidente. A polémica e o escândalo que o filme provocou, acabaram por criar primeiro curiosidade e depois surpresa pela sua fascinante e importante obra. O Império dos Sentidos é uma história de amor e morte, entre um homem e uma mulher no Japão dos anos trinta, vagamente inspirada em factos reais.
Porém, Oshima rompe, com delirante ousadia, as fronteiras da mera história de "amor louco" e transforma um caso de "amantes malditos" num prodigioso filme de sexo, erotismo, desejo, prazer, sangue, sofrimento e morte, que andam sempre associados às grandes histórias de amor.
* Não encontrámos versão deste filme legendado ou dobrado em língua portuguesa
Sada (Eiko Matsuda), uma antiga geisha, envolve-se numa relação amorosa com o seu atual patrão Kichizo. A sua paixão depressa se transforma numa extrema obsessão pelo prazer onde não existem limites para alcançar o êxtase. Num gesto último de posse absoluta, Sado estrangula e castra o seu amante.
Do cineasta japonês Nagisa Oshima (1932-2013), Império dos Sentidos é um dos mais controversos filmes da história do cinema, que esteve proibido em vários países. Com um forte conteúdo sexual, o filme é baseado numa história verídica, ocorrida no Japão antes da Segunda Guerra Mundial, de um amor obsessivo e fatal. Nagisa Oshima assinou o seu primeiro filme em 1959, quando Mizoguchi já tinha falecido e Ozu estava quase a chegar ao fim da sua carreira.
O seu cinema, que em pouco tempo passou para o seu direto controlo em termos de produção, marca o surgimento de uma nova geração no cinema nipónico, com uma visão muito mais agressiva, irónica e desmistificadora da realidade, de que ele é um dos mais notáveis representantes.
Antes de O Império dos Sentidos, que data de 1976, Oshima já tinha assinado 22 filmes dos quais muito poucos eram conhecidos no Ocidente. A polémica e o escândalo que o filme provocou, acabaram por criar primeiro curiosidade e depois surpresa pela sua fascinante e importante obra. O Império dos Sentidos é uma história de amor e morte, entre um homem e uma mulher no Japão dos anos trinta, vagamente inspirada em factos reais.
Porém, Oshima rompe, com delirante ousadia, as fronteiras da mera história de "amor louco" e transforma um caso de "amantes malditos" num prodigioso filme de sexo, erotismo, desejo, prazer, sangue, sofrimento e morte, que andam sempre associados às grandes histórias de amor.
* Não encontrámos versão deste filme legendado ou dobrado em língua portuguesa
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