...que os desmandos continuam
COMPRE JORNAIS
um assalto bem sucedido...
Números anunciados pelo Governo
Receitas fiscais subiram 15,1%
A receita fiscal subiu 15,1 por cento em janeiro, 'destacando-se os impostos diretos', sublinhou o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos, com base nos números da execução orçamental, ontem divulgada.
O Estado arrecadou, em janeiro, 2,79 mil milhões de euros, contra 2,4 mil milhões no mesmo mês do ano passado, o que revela, de acordo com o comunicado de imprensa do Ministério das Finanças, um grau de execução de 8,3 por cento, quando no ano passado este valor estava nos 7,8 por cento.
A receita proveniente do IRS subiu mais de 76,4 milhões de euros, o equivalente a 8,7 por cento, para 954,4 milhões de euros, influenciada pelas medidas legislativas de austeridade. O mesmo acontece, aliás, com a cobrança de IRC, que por via da antecipação de dividendos das empresas de forma a evitarem as regras mais apertadas em janeiro, rendeu ao Estado um aumento de 153,4 por cento, de 81,3 milhões para 206 milhões de euros.
Na parte referente aos impostos diretos, merece ainda destaque o aumento da rubrica «Outros», na qual se inclui o regime excecional de regularização tributária, que rendeu ao Estado 49 milhões de euros, o que representa uma variação de 9.700 por cento.
Já os impostos indiretos registaram uma variação de 8 por cento, destacando-se o aumento das receitas do Estado por via do Imposto sobre Veículos, que subiu 60 por cento em janeiro, influenciado pelo agravamento que fez com que as vendas de veículos tivessem aumentado no final do ano passado.
Este imposto rendeu ao Estado 89,7 milhões em janeiro, o que compara com o valor de 56,1 do mesmo mês do ano passado.
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
alimentar o lucro bancário
Prestações subiram 113 euros num ano
Taxa de juro dos créditos à habitação
é cada vez mais alta e tende a subir
Reflexo da subida dos "spreads" e das Euribor, a taxa líquida dos créditos à habitação tem subido, mês após mês, desde Janeiro de 2010. A prestação de um crédito de 150 mil euros feito em Dezembro era 113 euros mais cara do que se tivesse sido feito um ano antes.
Quem pediu dinheiro ao banco para comprar uma casa em Dezembro do ano passado pagou, em média, uma TAEG (Taxa Anual Efectiva Global, que reflecte o custo total do empréstimo) de 4,11%, lembrou ontem o Diário Económico, citando o Banco de Portugal. Para um crédito, por exemplo, de 150 mil euros, assinado por um prazo de 35 anos, significa uma prestação mensal de 674 euros; se a mesma pessoa tivesse pedido o empréstimo um ano antes, quando a TAEG média era de 2,81%, teria pago 561 euros, ou seja, menos 113 euros por mês ou 1351 euros ao fim de um ano, se a taxa se mantivesse estável durante este período de tempo.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
a gestão infeliz do sr bettencourt
Polga lamenta infelicidade
Para o defesa brasileiro, o Sporting foi infeliz no «derby» frente ao Benfica. «Era um jogo importantíssimo, mas temos de ser fortes e pensar já no jogo da próxima quinta-feira», disse Anderson Polga, apontando baterias ao encontro frente ao Rangers, para a Liga Europa.
«O Benfica fez um golo num erro nosso. Depois, criámos duas ou três ocasiões em que podíamos ter empatado, mas no lance a seguir sofremos outro golo em que a bola ia para fora e tocou em mim. A equipa procurou sempre o domínio do jogo, mas fomos infelizes», começou por dizer Anderson Polga.
«Em todos os jogos temos feito o que o treinador pede, mas infelizmente a bola vai à nossa baliza e tem entrado. Era um jogo importantíssimo, mas temos de ser fortes e pensar no jogo da próxima quinta-feira. No global fizemos um bom jogo, só que sofremos golos em duas situações adversas. Depois, com um jogador a mais, não fizemos bem o que deveríamos ter feito e o Benfica acabou por vencer», prosseguiu o defesa brasileiro, que envergou a braçadeira de capitão no derby, devido à ausência de Daniel Carriço.
"A BOLA"
sem espaço para um sorriso
Portugueses são os mais pessimistas na Europa
Pessimismo nacional voltou a bater recordes
e em todas as frentes: emprego,
situação económica nacional e familiar
Gregos, espanhóis e irlandeses fazem uma avaliação tremendamente negativa da actual situação económica e do emprego nos respectivos países. Mas ninguém como os portugueses se revela tão descrente, em toda a União Europeia, em relação aos próximos doze meses.
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
o roncar dos barões...
Passos manda ‘calar’ o partido
"Estão a falar demais", avisou ontem o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para o interior do seu partido, a propósito de cenários de crise política, à margem de uma visita ao Salão Internacional do Vinho, Pescado e Agro-Alimentar, que decorre em Lisboa. É a primeira vez que o faz em público.
"Se há pessoas que estão a falar de cenários de crise política, é porque estão a falar demais", declarou, quando confrontado com a posição do vice-presidente do Parlamento, Guilherme Silva. Horas antes, o deputado tinha dito à Lusa que o Executivo não tem condições se for necessário fazer o pedido de ajuda externa.
E, Macário Correia, autarca de Faro, acrescentou que "esta Legislatura está a chegar ao fim". Opiniões que revelam a pressão para o cenário de crise política. Já Passos Coelho insistiu na ideia de que cabe ao PS governar e que o PSD tem sido a "âncora da estabilidade".
"CORREIO DA MANHÃ"
governo perdulário
Défice baixa com impostos.
Estado gasta 66 milhões em bens e serviços
Austeridade faz disparar impostos e mata apoios sociais. Aquisição de bens e serviços,
por seu lado, cresce 14% num mês
Os portugueses ficarão de parabéns se sobreviverem a este orçamento. Ontem ficou claro que o esforço de consolidação das contas públicas está sobretudo assente nas receitas fiscais e, mesmo nas despesas do Estado, quase só é atacado o que vai para os bolsos dos contribuintes: menos apoios sociais, cortes nas comparticipações de medicamentos e nos salários, etc. E quanto aos gastos do Estado? "A despesa efectiva do Estado cresceu 0,9%", segundo a execução orçamental de Janeiro de 2011, divulgada ontem.
Os contribuintes nunca terão pago tanto ao Estado num só mês: foram 2,8 mil milhões de euros em impostos, mais 15% que em Janeiro de 2010. Esta é uma das conclusões que se retira dos números de ontem, à qual acrescem outras duas que merecem destaque: a aquisição de bens e serviços disparou 13,6%, para 552 milhões de euros - eram 486 milhões -; e se o défice português "travou a fundo" em Janeiro deste ano em comparação com o mesmo mês de 2010, se compararmos com Janeiro de 2009 (sem medidas de estímulo à economia em vigor) a conclusão é diferente: o défice em 2011 cresceu 29,49%.
"i"
e também para reparar equipamentos!!!
GNR sem dinheiro para pagar vencimentos
de Fevereiro aos seus 24 mil guardas
Há ordens para se poupar nos transportes e ajudas de custo. MAI diz que é falso que tenham sido retirados descontos das aposentações. Reposição das verbas deve ocorrer até final do mês
A GNR não apresentou liquidez para saldar os ordenados de Fevereiro. Para assegurar o pagamento dos vencimentos aos cerca de 24 mil efectivos, foi necessário cativar os 11 por cento que cada militar desconta para a Caixa Geral de Aposentações, bem como os montantes respeitantes ao IRS e à Segurança Social. A situação deve ser regularizada até ao final do mês, mas, para que a medida não se repita, o próximo passo vai consistir em cortes nas despesas com os transportes e nas ajudas de custo.
Questionado pelo PÚBLICO sobre esta situação, o Ministério da Administração Interna (MAI) diz que "é falso que tenham sido retirados os descontos para a Caixa Geral de Aposentações referentes a quaisquer efectivos". Quanto ao processamento dos vencimentos, o ministério explicou que "ocorre nos termos da legislação em vigor, bem como tem em conta parâmetros de necessária gestão flexível dentro da respectiva instituição".
Confrontado com os problemas de liquidez para pagar os ordenados de Fevereiro, o Comando-Geral da GNR, através do tenente-coronel Costa Lima, informou: "As questões financeiras existentes na GNR são normais e naturais, mas não afectam, de forma alguma, a segurança do país e da sua população." Nenhum comentário foi feito relativamente aos expedientes utilizados no pagamento de salários.
"PÚBLICO"
deseja-se sucesso a um atleta de mérito
Nelson Évora compete em Estocolmo
As duas principais esperanças portuguesas para o Europeu de Paris têm as suas presenças ainda em dúvida e o mais certo é apenas decidirem se competirão ou não nos dias 4 a 6 de Março depois do Campeonato de Portugal do próximo fim-de-semana, em Pombal.
Nelson Évora já tem mínimo (fez 16,69) mas a marca é manifestamente insuficiente para poder brilhar no Europeu. Hoje, o atleta estará no Meeting de Estocolmo, naquele que será um duro teste à sua condição atual, após praticamente uma época de 2010 sem competir. Ali encontrará Phillips Idowu, até domingo recordista mundial de triplo (16,90), marca que o francês Teddy Tamgho bateu por um centímetro; o sueco Christian Olsson, o romeno Marian Oprea, os cubanos David Giralt, Alexis Copello e Yoandris Betanzos. Randy Lewis, de Granada, e o chinês Shuo Cão. Estão praticamente todos os melhores mundiais exceto Tamgho.
"RECORD"
lutar pelo salário
Trabalhadores vão processar a CP
Os trabalhadores da CP vão processar a empresa a partir do final do mês por considerarem que a administração está a cortar ilegalmente uma parte dos salários, disse à Lusa um dirigente do sindicato dos revisores.
Segundo Luís Bravo, a CP está a cometer "uma ilegalidade" ao sujeitar as ajudas de custo e subsídios de deslocações ao corte de salários imposto pelas medidas de austeridade do Governo, situação que os ferroviários querem contestar em tribunal.
"Vamos avançar para tribunal, aguardamos apenas o extracto [recibo do vencimento] deste mês para comprovar a situação", explicou o dirigente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante.
A ideia, acrescentou, é "processar a empresa" porque "a CP, de forma ilegal e jogando com o tempo que os tribunais levam a julgar os casos, está a abater os salários também nessas cláusulas".
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
uma infelicidade
Mais de 28 mil famílias
deixaram de pagar crédito à banca
Os dados do Banco de Portugal mostram que,
no ano passado, mais 28 mil famílias
falharam o pagamento do crédito devido aos bancos
Mais de 4,6 milhões de particulares deviam, no final do ano passado, quase 153,6 mil milhões de euros às instituições financeiras nacionais. Neste universo de devedores - revelado pela Central de Responsabilidades de Crédito (CRC) do Banco de Portugal - contabilizam-se todas as famílias com um ou mais créditos contraídos, abrangendo, por exemplo, o cartão de crédito ou os empréstimos com maior peso, como habitação ou consumo.
Destes 4,6 milhões de devedores, cerca de 13,8%, ou seja, 636 mil famílias estão a falhar os pagamentos à banca, desde prestações inferiores a mil euros até mensalidades superiores a 200 mil euros. Um número que confirma o excessivo endividamento dos portugueses, mas sobretudo demonstra o agravamento da conjuntura económica portuguesa no decorrer de 2010. Depois de uma redução superior a 34 mil devedores com crédito vencido nos últimos nove meses de 2009 (a CRC só revela dados a partir de Março de 2009), o número disparou em todos os trimestres de 2010, totalizando mais de 28 mil novos incumpridores, o que corresponde a 77 por dia.
"DIÁRIO ECONÓMICO"