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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
20/07/2016
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SAÚDE
QUE CONSENSOS?/2
Conferência Sindical Preparatória do 11.º Congresso Nacional da
Federação Nacional dos Médicos (FNAM) . Realizada no dia 18/6/2016 no
Hotel Roma em Lisboa , Antecedendo o Conselho Nacional da FNAM realizado no mesmo dia
Intervenção do Dr. Ricardo Baptista Leite , Médico
Coordenador de Saúde Pública e Prof. Universitário na Universidade
Católica Portuguesa e Deputado à Assembleia da República pelo Partido Social Democrata (PPD/PSD)
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
As 97 novas regiões do cérebro
e um mapa extraordinário
Novo esquema do córtex humano
deverá promover o desenvolvimento da neurocirurgia e das várias áreas
científicas dedicadas ao mapeamento e estudo do cérebro
Numa
proeza científica, um grupo de investigadores da Universidade de
Washington, em Saint Louis, nos Estados Unidos, atualizou o mapa
centenário do cérebro humano, adicionando 97 novas regiões às 83
anteriormente conhecidas. As 180 zonas cerebrais identificadas são
relevantes no controlo da linguagem, perceção, consciência, pensamento,
atenção e sensação.
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De acordo com o The Guardian,
espera-se agora que este mapa, o mais completo do córtex humano alguma
vez apresentado, substitua o de Brodmann (realizado há mais de 100 anos)
no trabalho diário das mais diversas áreas científicas.
O esquema divulgado pelos investigadores na revista Nature foi construído a partir da combinação de múltiplas ressonâncias magnéticas a 210 jovens adultos, que participaram no Human Connectome Project, um programa dedicado à compreensão da conectividade neuronal.
Na
revista, Matthew Glasser e os outros cientistas envolvidos no projeto
explicam como combinaram ressonâncias à estrutura cerebral, às funções e
à conectividade para criar o novo mapa. Alguns pacientes foram testados
enquanto descansavam, outros enquanto faziam exercícios de matemática
ou ouviam histórias para que se assegurasse o maior alcance possível da
pesquisa.
O esquema, que ficará disponível a custo zero, deverá
auxiliar o trabalho científico na áreas dedicadas ao mapeamento do
córtex humano. A neurocirurgia deverá também beneficiar desta conquista
(já que os cirurgiões poderão identificar com maior facilidade as zonas
que estão a operar.) A longo prazo, o mapa possibilitará a investigação
de um vasto manancial de perturbações, como a demência e a
esquizofrenia.
O mapa dos investigadores da Unidade de Washington
deverá ainda ser preferido aos anteriores, já que anteriormente apenas
um dos aspetos do cérebro era tido em conta: ora o aspeto da superfície
quando observada ao microscópio ora o desempenho das diversas zonas
quando estimuladas.
O mapa de Brodmann, o primeiro a esquematizar o
cérebro humana, identificara há mais de 100 anos, apenas 50 regiões
distintas na superfície enrugada do córtex humano.
* Ciência prodigiosa.
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Depois, no seguimento da mesma declaração, Cicinho revelou quem compunha o grupinho que, na sua opinião, comandava tudo e todos no Real Madrid: "Guti, Michel Salgado, Helguera, Raúl, Casillas... Eles tinham a sua 'panelinha'. Entrava quem fazia o que eles mandavam. Fazem cabeça de imprensa, do treinador... Por exemplo, um dia o Ronaldo jogava mal e, no dia seguinte, aparecia na capa do jornal que o Raúl era melhor que o Ronaldo. O Raúl tem de nascer três vezes para tentar ser como o Ronaldo".
Na memória do brasileiro, de 36 anos, está também um episódio com Michel Salgado. "Além disso, estava no país deles, ganhando o mesmo que eles e a jogar no lugar deles. Cheguei lá e o Michel Salgado tinha onze anos de clube. No balneário todos os jogadores tinham o seu cacifo. Ele chegava e cumprimentava todos os jogadores, mas quando chegava a minha vez, fazia como se não estivesse ali. Isso foi das primeiras vezes. Depois eu baixava-me, fazia de conta que estava a apertar os atacadores e dava-me igual. Mas depois passamos a ter uma relação muito boa. Ele foi alguém que nunca me tentou 'lixar'. Ao princípio excluiu-me um pouco, mas eu fui o grande culpado de não ter continuado no Real Madrid", acrescentou.
* No desporto só Jesus, o descrito na bíblia, não é manipulável, de resto é o forró dos agentes desportivos e dos políticos.
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HOJE NO
"RECORD"
Cicinho diz que Casillas e companhia
. manipulavam imprensa e treinadores
Depois das declarações bombásticas de terça-feira,
a ESPN Brasil emitiu uma nova parte da entrevista a Cicinho, onde agora
surgem revelações surpreendentes sobre o ambiente que se vivia no Real
Madrid em 2006. Tudo começou quando, com a saída de Roberto Carlos, os
merengues tiveram de encontrar um novo capitão.
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"Quando o Roberto
Carlos saiu, eu era titular, o Sergio Ramos era central e, às vezes,
lateral direito, enquanto que o Michel Salgado era o terceiro lateral.
Fizeram uma eleição e disseram que nos iam apresentar ao terceiro
capitão. O primeiro era Raúl, o segundo era o Casillas, que cedeu o seu
estatuto ao Michel Salgado, para este poder jogar. Aí começou toda essa
'panelinha'. O Júlio Baptista disse-me logo que estava tudo acabado",
começa por recordar, em entrevista ao programa 'Bola da Vez'.
"Eu
prejudiquei-me a mim próprio. Quando me sentei para falar que queria
sair para a Roma, que o Totti e o Doni estavam sempre a dizer-me para
ir, que não iria ter espaço para jogar no Real Madrid, que me estavam a
'lixar', porque eles sabiam, que eu falava com eles... Se eu fosse
profissional, estaria lá até hoje", confessou.
Depois, no seguimento da mesma declaração, Cicinho revelou quem compunha o grupinho que, na sua opinião, comandava tudo e todos no Real Madrid: "Guti, Michel Salgado, Helguera, Raúl, Casillas... Eles tinham a sua 'panelinha'. Entrava quem fazia o que eles mandavam. Fazem cabeça de imprensa, do treinador... Por exemplo, um dia o Ronaldo jogava mal e, no dia seguinte, aparecia na capa do jornal que o Raúl era melhor que o Ronaldo. O Raúl tem de nascer três vezes para tentar ser como o Ronaldo".
Na memória do brasileiro, de 36 anos, está também um episódio com Michel Salgado. "Além disso, estava no país deles, ganhando o mesmo que eles e a jogar no lugar deles. Cheguei lá e o Michel Salgado tinha onze anos de clube. No balneário todos os jogadores tinham o seu cacifo. Ele chegava e cumprimentava todos os jogadores, mas quando chegava a minha vez, fazia como se não estivesse ali. Isso foi das primeiras vezes. Depois eu baixava-me, fazia de conta que estava a apertar os atacadores e dava-me igual. Mas depois passamos a ter uma relação muito boa. Ele foi alguém que nunca me tentou 'lixar'. Ao princípio excluiu-me um pouco, mas eu fui o grande culpado de não ter continuado no Real Madrid", acrescentou.
* No desporto só Jesus, o descrito na bíblia, não é manipulável, de resto é o forró dos agentes desportivos e dos políticos.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Metade dos abusos de menores
acontece em família
Rede de apoio especializado acompanhou, desde o início do ano, uma centena de menores. 48% são familiares diretos do agressor.
Desde
o início do ano, a Associação de Apoio à Vítima (APAV) está a
acompanhar uma centena de crianças vítimas de abuso sexual: 28,2% das
crianças apoiadas são filhos ou filhas do autor ou autora dos crimes,
23,3% enteados ou enteadas e 9,7% sobrinhos. Metade dos crimes foram
cometidos por familiares.
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"Mães e pais
perversos, pessoas perturbadas. Madrastas e padrastos, tios. Acontece
tudo isso", descreve, a respeito dos agressores, Bruno Brito, gestor da
rede Care, criada para ajudar vítimas menores de abusos sexuais, ativa
desde o início do ano e que hoje divulga o balanço do trabalho
desenvolvido em Lisboa. "Estes crimes acontecem em famílias de todos os
estratos sociais", explica o psicólogo. E prova disso são as conclusões
extraídas de 103 casos de crianças acompanhadas, que ajudam a fazer um
retrato da realidade nacional.
* Não é notícia nova mas uma dolorosa realidade.
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CLARA MACEDO CABRAL
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IN "i"
18/07/16
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The Elephant in the room
Uma irlandesa minha conhecida, recebeu um mail do
empregador a recomendar-lhe que tire o passaporte britânico ou, pelo
menos, a permissão de residência permanente. Só podem estar a gozar
comigo”, desabafou .
Sabem qual é o elefante no quarto da maioria dos
londrinos? O Brexit. A questão dos londrinos é só uma: vamos ignorar o
elefante ou vamos falar dele? Vá, escolham. Apostem. Porque – de
certeza, certezinha – ele é o centro de gravitação consciente ou
inconsciente desta metrópole. Da House of Commons, à City de Londres,
aos Ministérios e ao Whitehall, às pequenas, médias ou grandes empresas,
multinacionais, NHS, reuniões da família Real ou da família da esquina.
E já nem falo do vendaval que o elefante levantou além fronteiras: em
Bruxelas, Itália ou EUA. Este elefante indesejado, metido à força nas
nossas vidas pelo resto do país (pelo país descontente) e que para mal
dos nossos pecados não podemos devolver à procedência. O Sr. Elefante,
de peso maciço, aterrado sem pára-quedas sobre as nossas cabeças: é
preferível falar dele ou sublimá-lo? É que custa admitir não haver
território à prova das balas que, à sua conta, se disparam. “Ai votaste
Brexit/Remain? Isso é crime de lesa –majestade, com potencial para
estragar famílias e amizades.
Custa ver os políticos a matarem-se e esfolarem-se para conquistar o
poder. Recobre-se, agora, o fôlego para a maratona que temos pela
frente, porque o elefante não vai dispersar. Esse hóspede que consome
grande parte das energias emocionais e nos desfoca do que antes era a
vida – Ai, o que é feito dessa vida? E as saudades que temos dela – vai
continuar no sofá a marcar passo, a marcar presença. A despertar o medo
de se tornar morador perpétuo. De que nos roubou o futuro. De que nos
atirou – no mínimo – para uma recessão; no máximo, aí uns dez anos pela
escada abaixo. Tudo o que resta é manter a esperança – o wishful
thinking- de que, amanhã de manhã, o paquiderme será menos mau do que
parece.
Desde o dia 23/06 que os europeus de Londres convalescem de uma nódoa
negra; e os ingleses de Londres de uma vergonha ignóbil. E em três
semanas, já a grande maioria ousou ter conversas inimagináveis em tempos
prévios ao Sr. Elefante. Gente que aqui vive há décadas, deu tudo por
esta cidade – nela investiu carreira, poupanças, enraizou os filhos –
pondera se terá de deitar tudo a perder. Tornar-se-á esta terra pouco
amistosa, ao negociar o seu divórcio com a UE?
Casais estrangeiros ou mistos avaliam um cenário B - uma saída de
emergência do país - se o peso do elefante arruinar as contrapartidas de
aqui viverem. Secretamente, nunca se apreciou tanto estar casado com um
cônjuge europeu e poder “dar de frosques”. Nem nunca se cobiçou deste
modo um passaporte europeu. “Tu vais poder sair daqui? Eu não..” - já me
disseram dois ou três amigos, antecipando a claustrofobia do isolamento
ilhéu.
Como era boa, gostosa e sossegada a vida antes deste elefante. Em
três semanas, já o governo reverteu a política de austeridade
prosseguida sem desvios desde 2010. Porque a prioridade deixou de ser o
défice público, passou a ser acalmar investidores, estimular o consumo,
evitar a escalada do desemprego.
As reações individuais são extremadas. Há quem decida que é tempo de
lutar por permanecer no país, preencha 90 páginas, faça um teste e pague
emolumentos, na saga de adquirir cidadania britânica. Há quem se recuse
a ser forçado a dar esse passo. Uma irlandesa minha conhecida, recebeu
um mail do empregador a recomendar-lhe que tire o passaporte britânico
ou, pelo menos, a permissão de residência permanente. “Só podem estar a
gozar comigo”- desabafou – “Eu sou visceralmente anti-inglesa.” Há quem
aproveite a oportunidade para negócio singulares, como pôr a casa à
venda num mercado que atingiu o pico dos picos, e arrende
provisoriamente enquanto aguarda o inevitável desabamento.
Na rua, uma artista distribui crachás com dísticos “Amo a UE”. De
alto a baixo do seu casaco, há um painel de letreiros: “Estou
despedaçada” (I’m shattered)“Uma de 48%” (One of 48%)“Refém Europeia”
(EU Hostage).Há quem diga que nos vamos habituar de tal modo ao elefante
que ele irá progressivamente apagar-se, tornar-se invisível. Por agora,
só há mesmo uma forma de lhe escapar. É fazer as malas e ir de férias. E
quando voltar, esperar que estejamos todos mais habituados à sua
presença. Ou quem sabe, esquecidos dela. Existiu alguma vez um elefante
destes? Neste país?
Relembrem-me, por favor.
IN "i"
18/07/16
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Autoridade quer mais concorrência
na actividade dos táxis
Há excesso de regulamentação na actividade de
táxis. O que inibe a concorrência. A conclusão é da Autoridade da
Concorrência que publicou o estudo ao sector com recomendações.
Os
táxis são muito regulamentados. Flexibilizar as regras devia ser
equacionado. Para que se promova mais concorrência. A conclusão é da
Autoridade da Concorrência no estudo sobre transporte de passageiros em
veículos ligeiros com motorista divulgado esta quarta-feira, 20 de
Julho, tal como o seu presidente António Ferreira Gomes tinha revelado no Parlamento.
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E tal como já tinha referido faz um conjunto de recomendações para que se aligeire essas regulamentações, por forma a que seja possível uma maior concorrência na actividade e para que esta possa co-existir com os novos serviços como a Uber e Cobify.
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E tal como já tinha referido faz um conjunto de recomendações para que se aligeire essas regulamentações, por forma a que seja possível uma maior concorrência na actividade e para que esta possa co-existir com os novos serviços como a Uber e Cobify.
As recomendações vão estar em consulta pública até 9 de Setembro.
Tal como já tinha sido avançado, uma das recomendações é mesmo que se acabe com o limite camarário de licenças de táxis. "A restrição quantitativa no acesso à actividade de serviços de táxi é uma das medidas regulatórias mais interventivas e com maior impacto na concorrência, e, em geral, encontra pouco apoio na literatura económica". O estudo dá como exemplo o que se passa em Lisboa. O contingente é de 3.550 licenças, número fixado em 1992.
Foram emitidas 3.447 alvarás, explicando a autarquia limitar esse número por causa do excesso de oferta de táxis face ao decréscimo da população. Além disso, acrescenta a AdC, a restrição da entrada é reflectido no valor das licenças. No município de Lisboa chega a haver mercado secundário de alvarás que chegam a comercializar licenças acima de 100 mil euros.
"Não se entende estar demonstrada a adequação e proporcionalidade da imposição de restrições quantitativas à entrada. Considera-se, assim, que o legislador e os reguladores devem avaliar e ponderar a necessidade e proporcionalidade desta disposição", escreve a AdC. E, acrescenta-se, "as consequências deste regime de contingentação são agravadas quando os critérios de classificação de concorrentes nos concursos de atribuição de licenças discriminem potenciais operadores – nomeadamente em função da localização geográfica e da antiguidade – ou introduzam restrições acrescidas".
A AdC admite ser, ainda, contrária à são concorrência a limitação que é dada aos táxis de estacionarem em determinadas praças.
Liberalização de preços
Outra recomendação neste estudo, que propõe uma revisão total à actividade dos táxis, é referente aos preços. Os táxis têm preços convencionados, o que no entender da AdC "limita a liberdade dos prestadores para estabelecerem os preços dos serviços", o que tem como consequência "uma limitação da sua capacidade concorrencial".
Restrições, acrescenta a AdC, que "adquirem relevância adicional num contexto de emergência de novos modelos de negócio", o que "fragiliza a capacidade dos prestadores de serviços de táxi tradicionais para reagir estrategicamente aos novos entrantes."
A AdC é sensível ao argumento de que quando o táxi é chamado na via pública ou quando se apanha um táxi numa praça possa ter de haver regulação, face à incerteza que o consumidor enfrenta "quanto ao preço e qualidade do serviço". Mas fala, por exemplo, no modelo de preço máximo e não de preço fixo.
A AdC considera que "a fixação administrativa de preços pode revelar-se excessiva e implicar perdas de bem-estar, pelo que uma eventual previsão regulamentar deve flexibilizar as actuais disposições regulatórias ao nível de preços, privilegiando, quando possível, a liberalização de preços, em particular nos segmentos onde as falhas de mercado sejam menos significativas, como é o caso dos serviços pré-contratados".
No entanto, esta flexibilização também tem de ser ponderada no grau de transparência de preço, nomeadamente "obrigações quanto à publicitação de preços; obrigações quanto à notificação de preços; determinações quanto à estrutura de preços a praticar".
Ainda que estas sejam as duas áreas que mais impacto teriam na regulamentação, a AdC adverte para a necessidade de regular a qualidade e segurança através de regulação e assegurar a sua monitorização e implementação.
Há ainda espaço no estudo da Concorrência para se pedir mudanças no regime de habilitação de motoristas que assegure igualdade de oportunidades, assim como eliminações de discriminações no acesso às licenças.
Nas suas conclusões, a AdC pede, por outro lado, que "as inovações tecnológicas e outras existentes devem ser consideradas na avaliação à necessidade de impor/manter disposições regulatórias".
Tal como já tinha sido avançado, uma das recomendações é mesmo que se acabe com o limite camarário de licenças de táxis. "A restrição quantitativa no acesso à actividade de serviços de táxi é uma das medidas regulatórias mais interventivas e com maior impacto na concorrência, e, em geral, encontra pouco apoio na literatura económica". O estudo dá como exemplo o que se passa em Lisboa. O contingente é de 3.550 licenças, número fixado em 1992.
Foram emitidas 3.447 alvarás, explicando a autarquia limitar esse número por causa do excesso de oferta de táxis face ao decréscimo da população. Além disso, acrescenta a AdC, a restrição da entrada é reflectido no valor das licenças. No município de Lisboa chega a haver mercado secundário de alvarás que chegam a comercializar licenças acima de 100 mil euros.
"Não se entende estar demonstrada a adequação e proporcionalidade da imposição de restrições quantitativas à entrada. Considera-se, assim, que o legislador e os reguladores devem avaliar e ponderar a necessidade e proporcionalidade desta disposição", escreve a AdC. E, acrescenta-se, "as consequências deste regime de contingentação são agravadas quando os critérios de classificação de concorrentes nos concursos de atribuição de licenças discriminem potenciais operadores – nomeadamente em função da localização geográfica e da antiguidade – ou introduzam restrições acrescidas".
A AdC admite ser, ainda, contrária à são concorrência a limitação que é dada aos táxis de estacionarem em determinadas praças.
Liberalização de preços
Outra recomendação neste estudo, que propõe uma revisão total à actividade dos táxis, é referente aos preços. Os táxis têm preços convencionados, o que no entender da AdC "limita a liberdade dos prestadores para estabelecerem os preços dos serviços", o que tem como consequência "uma limitação da sua capacidade concorrencial".
Restrições, acrescenta a AdC, que "adquirem relevância adicional num contexto de emergência de novos modelos de negócio", o que "fragiliza a capacidade dos prestadores de serviços de táxi tradicionais para reagir estrategicamente aos novos entrantes."
A AdC é sensível ao argumento de que quando o táxi é chamado na via pública ou quando se apanha um táxi numa praça possa ter de haver regulação, face à incerteza que o consumidor enfrenta "quanto ao preço e qualidade do serviço". Mas fala, por exemplo, no modelo de preço máximo e não de preço fixo.
A AdC considera que "a fixação administrativa de preços pode revelar-se excessiva e implicar perdas de bem-estar, pelo que uma eventual previsão regulamentar deve flexibilizar as actuais disposições regulatórias ao nível de preços, privilegiando, quando possível, a liberalização de preços, em particular nos segmentos onde as falhas de mercado sejam menos significativas, como é o caso dos serviços pré-contratados".
No entanto, esta flexibilização também tem de ser ponderada no grau de transparência de preço, nomeadamente "obrigações quanto à publicitação de preços; obrigações quanto à notificação de preços; determinações quanto à estrutura de preços a praticar".
Ainda que estas sejam as duas áreas que mais impacto teriam na regulamentação, a AdC adverte para a necessidade de regular a qualidade e segurança através de regulação e assegurar a sua monitorização e implementação.
Há ainda espaço no estudo da Concorrência para se pedir mudanças no regime de habilitação de motoristas que assegure igualdade de oportunidades, assim como eliminações de discriminações no acesso às licenças.
Nas suas conclusões, a AdC pede, por outro lado, que "as inovações tecnológicas e outras existentes devem ser consideradas na avaliação à necessidade de impor/manter disposições regulatórias".
* E contra a regulamentação excessiva propõe-se a lei da selva sem atender ao consumidor? O mercado não tem capacidade para se autoregular.
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HOJE NO
"DESTAK"
Patrões acusam diploma sobre trabalho
. forçado de violar presunção de inocência
As quatros confederações empresariais repudiaram hoje o diploma sobre trabalho forçado, aprovado no parlamento, considerando que não respeita o princípio constitucional da presunção de inocência e cria riscos à atividade de empresas de trabalho temporário.
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O parlamento aprovou hoje o texto final de um diploma sobre o combate às formas de trabalho forçado, com os votos contra do PSD e do CDS e a favor dos restantes partidos. A redação final deste diploma resulta de dois projetos de lei: um apresentado pelo BE e outro pelo PS.
Após a votação, as confederações de empregadores com assento na Comissão Permanente de Concertação Social - a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP) - emitiram um comunicado conjunto em que afirmam que, "sendo obviamente contra qualquer forma de trabalho forçado, repudiam veementemente as iniciativas legislativas que estão na origem do diploma ora aprovado, bem como o conteúdo do mesmo".
* Ora não haveriam as confederações patronais de defender os seus associados que escravizam trabalhadores, a presunção de inocência é uma regra do Estado de Direito, prorrogativa de qualquer arguido, estão a tentar tapar o sol com a peneira, coitadinhos dos esclavagistas.
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Segundo dados divulgados hoje pelo IGCP, o organismo que gere a dívida pública, foi feita uma emissão de Bilhetes do Tesouro com maturidade de seis meses – a dívida emitida hoje por Portugal é reembolsada em janeiro de 2017.
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O Estado colocou 544 milhões de euros nesta modalidade, tendo
conseguido uma taxa negativa em 0,003%. Na última operação semelhante,
feita em maio deste ano, tinha tido juros positiva de 0,021%, recorda
Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa.
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HOJE NO
"i"
"i"
Investidores pagam
para emprestar dinheiro a Portugal
Portugal levou hoje a cabo duas emissões de
dívida de curto prazo e, numa das operações, os juros conseguidos foram
negativos. Embora não seja inédito, isto significa que os investidores
estão a pagar para emprestar dinheiro ao país.
Segundo dados divulgados hoje pelo IGCP, o organismo que gere a dívida pública, foi feita uma emissão de Bilhetes do Tesouro com maturidade de seis meses – a dívida emitida hoje por Portugal é reembolsada em janeiro de 2017.
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“Não sendo a primeira vez que Portugal emite dívida de curto prazo a
taxas negativas – até já as emitiu mais negativas - é o sinal de que
este ambiente de baixas taxas de juro, com os países mais prósperos com
taxas negativas, faz da a dívida portuguesa uma alternativa menos
negativa para os investidores. Na Alemanha, a dívida a 1 ano tem um juro
negativo de 0,65%”, explica o gestor.
A explicação para os investidores aceitaram taxas negativas,
acrescenta, é a de que “não há alternativas melhores”. E, embora paguem
para emprestar dinheiro, esperam que valor dos títulos de dívida suba
nos próximos meses e daí possa vir algum rendimento.
Além da operação a seis meses, o IGCP concretizou uma emissão de
dívida a 12 meses. Nestes Bilhetes do Tesouro com maturidade em Julho de
2017, a taxa foi de 0,038% - o que compara compara com a taxa de 0,043%
do último leilão semelhante. Nesta modalidade, foram colocados 1360
milhões de euros.
“Nem se esperava outra coisa – as duas emissões de dívida de curto
prazo correram bem para o Estado português, com as taxas de juro a
descer em ambos os prazos, conseguindo mesmo ir a taxas negativas nos 6
meses. O leilão correu bem ainda porque houve uma procura dentro do que
é habitual e o montante colocado até ficou acima do pretendido”,
conclui Filipe Silva.
* Portugal ainda corre riscos financeiros graves, não tanto pela gestão mas pelo ódio visceral do aglomerado Popular Europeu, que não perdoa aos novos governantes o atrevimento de o contestar, tal era o sibilino rastejar do governo de Passos Coelho.
Mas a notícia é boa.
Mas a notícia é boa.
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HOJE NO
"A BOLA"
Jogos Olímpicos
Divulgado manual com técnicas para atentados durante os Jogos Olímpicos
Extremistas islâmicos publicaram no serviço de
mensagens instantâneas Telegram várias recomendações para atentados
terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
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A
revelação foi feita por Rita Katz, especialista norte-americana em
contraterrorismo, que trabalha na SITE Intelligence Group, organização
que monitoriza atividades terroristas na Internet.
As recomendações passam por atentados a aeroportos e meios de transporte públicos, esfaqueamento, envenenamento, sequestro de reféns e falsas ameaças. Além disso, os extremistas também terão sugerido um cronograma de ações, incitando: «Qualquer lobo solitário pode agora ir para o Brasil.»
A especialista tinha já alertado que um grupo extremista brasileiro, autodesignado Ansar al-Khilafah Brazil, declarou lealdade ao Estado Islâmico (EI).
As recomendações passam por atentados a aeroportos e meios de transporte públicos, esfaqueamento, envenenamento, sequestro de reféns e falsas ameaças. Além disso, os extremistas também terão sugerido um cronograma de ações, incitando: «Qualquer lobo solitário pode agora ir para o Brasil.»
A especialista tinha já alertado que um grupo extremista brasileiro, autodesignado Ansar al-Khilafah Brazil, declarou lealdade ao Estado Islâmico (EI).
* Perigo, mesmo muito perigo.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Reino Unido renuncia à presidência
. rotativa do Conselho Europeu
. rotativa do Conselho Europeu
O Reino Unido decidiu renunciar à presidência rotativa do
Conselho Europeu no próximo ano, na sequência da vitória da saída
britânica da União Europeia no referendo de junho, indicou o gabinete a
nova primeira-ministra, Theresa May.
May comunicou ao presidente do Conselho, Donald Tusk, a sua
decisão através de um telefonema, o primeiro entre os dois responsáveis
desde que Theresa May sucedeu a David Cameron na liderança do Governo
britânico, indicou a mesma fonte.
“A primeira-ministra sugeriu que o Reino Unido deveria renunciar à presidência rotativa do Conselho, agendada para o segundo semestre de 2017, sublinhando que estaremos a dar prioridade às negociações para sair da União Europeia”, indicou uma porta-voz do número 10 da Downing Street citada pela agência France Press.
“Donald Tusk agradeceu a pronta decisão da primeira-ministra sobre este assunto, que permite ao Conselho colocar em marcha uma alternativa”, acrescentou a fonte.
A presidência do Conselho Europeu, que reúne os ministros dos 28 Estados-membros é assumida rotativamente por cada um dos Estados em cada seis meses.
Os embaixadores dos países membros da UE deverão reunir-se esta tarde para decidir que país substituirá o Reino Unido.
A Eslovénia assume atualmente a presidência do Conselho, até 31 de dezembro, e depois segue-se Malta. O Reino Unido deveria assumi-la entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2017.
Theresa May disse a Donald Tusk que quer abordar as complicadas negociações para a saída do Reino Unido da UE “com um espírito construtivo e pragmático”, mas vai precisar de tempo para se preparar, indicou a porta-voz.
“Donald Tusk garantiu à primeira-ministra que ajudará a fazer com este processo decorra na forma mais suave possível”, acrescentou a mesma fonte.
“Ambos concordaram que desejam criar uma forte relação de trabalho e que devem encontrar-se o mais depressa possível em Bruxelas ou em Londres”, disse a porta-voz de Theresa May.
May assumiu a condução do Governo faz hoje uma semana, depois da demissão de David Cameron, motivada pela vitória do “Brexit” – a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia – no referendo de 23 de junho.
A nova primeira-ministra britânica não indicou ainda quando é que o Reino Unido irá invocar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que estabelece um período de negociação de até dois anos sobre os termos da retirada de um Estado-membro.
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Ao assumir o cargo, Theresa May deixou claro que o Reino Unido respeitará a vontade democrática do povo britânico de sair da UE.
Com esse propósito, a primeira-ministra nomeou o deputado conservador David Davis ministro com a responsabilidade específica de liderar as futuras negociações com a UE sobre a rutura com Bruxelas.
Davis disse já que o Reino Unido poderá invocar o artigo 50.º do Tratado da União Europeia em finais deste ano, ou no início de 2017.
May não tem a intenção de invocar o artigo antes de primeiro consultar as administrações autonómicas da Escócia, Gales e Irlanda, assim como vários setores da economia britânica, de acordo com fontes de Downing Street referidas pela agência Efe.
A primeira-ministra britânica estará hoje na Alemanha para se encontrar com a sua homóloga, Angela Merkel, na que é a sua primeira viagem ao estrangeiro desde que a rainha Isabel II a convidou a formar Governo.
Na quinta-feira, May estará em Paris, para se reunir com o Presidente francês, François Hollande.
“A primeira-ministra sugeriu que o Reino Unido deveria renunciar à presidência rotativa do Conselho, agendada para o segundo semestre de 2017, sublinhando que estaremos a dar prioridade às negociações para sair da União Europeia”, indicou uma porta-voz do número 10 da Downing Street citada pela agência France Press.
“Donald Tusk agradeceu a pronta decisão da primeira-ministra sobre este assunto, que permite ao Conselho colocar em marcha uma alternativa”, acrescentou a fonte.
A presidência do Conselho Europeu, que reúne os ministros dos 28 Estados-membros é assumida rotativamente por cada um dos Estados em cada seis meses.
Os embaixadores dos países membros da UE deverão reunir-se esta tarde para decidir que país substituirá o Reino Unido.
A Eslovénia assume atualmente a presidência do Conselho, até 31 de dezembro, e depois segue-se Malta. O Reino Unido deveria assumi-la entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2017.
Theresa May disse a Donald Tusk que quer abordar as complicadas negociações para a saída do Reino Unido da UE “com um espírito construtivo e pragmático”, mas vai precisar de tempo para se preparar, indicou a porta-voz.
“Donald Tusk garantiu à primeira-ministra que ajudará a fazer com este processo decorra na forma mais suave possível”, acrescentou a mesma fonte.
“Ambos concordaram que desejam criar uma forte relação de trabalho e que devem encontrar-se o mais depressa possível em Bruxelas ou em Londres”, disse a porta-voz de Theresa May.
May assumiu a condução do Governo faz hoje uma semana, depois da demissão de David Cameron, motivada pela vitória do “Brexit” – a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia – no referendo de 23 de junho.
A nova primeira-ministra britânica não indicou ainda quando é que o Reino Unido irá invocar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que estabelece um período de negociação de até dois anos sobre os termos da retirada de um Estado-membro.
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Ao assumir o cargo, Theresa May deixou claro que o Reino Unido respeitará a vontade democrática do povo britânico de sair da UE.
Com esse propósito, a primeira-ministra nomeou o deputado conservador David Davis ministro com a responsabilidade específica de liderar as futuras negociações com a UE sobre a rutura com Bruxelas.
Davis disse já que o Reino Unido poderá invocar o artigo 50.º do Tratado da União Europeia em finais deste ano, ou no início de 2017.
May não tem a intenção de invocar o artigo antes de primeiro consultar as administrações autonómicas da Escócia, Gales e Irlanda, assim como vários setores da economia britânica, de acordo com fontes de Downing Street referidas pela agência Efe.
A primeira-ministra britânica estará hoje na Alemanha para se encontrar com a sua homóloga, Angela Merkel, na que é a sua primeira viagem ao estrangeiro desde que a rainha Isabel II a convidou a formar Governo.
Na quinta-feira, May estará em Paris, para se reunir com o Presidente francês, François Hollande.
* A dona Theresa tem muita lata, se a britania se pirou porque há-de presidir, não é nenhum favor, saiam o mais depressa possível e não batam com a porta.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Amazon com supermercado online
Novo serviço entrega produtos frescos em uma hora.
Frutas, vegetais, carnes, charcutaria, pão, leite e seus derivados
integram a lista de produtos que o novo serviço online da Amazon,
gigante do comércio electrónico, já disponibiliza para Madrid em
entregas que demoram cerca de uma hora a clientes da área 'premium'.
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De acordo com o "El Confidencial", a empresa estreou o serviço "Prime
Now" que custa 5,90 euros além do preço das aquisições ou será grátis
caso o prazo de entrega seja alargado para duas horas no mesmo dia ou no
seguinte para "21 localidades adicionais na comunidade da capital".
Entre os produtos disponíveis estão também livros ou dispositivos
electrónicos.
Conta a publicação espanhola que, no total, estão em causa 18 mil
referências e será preciso um 'smartphone' com base numa aplicação em
iOS e Android. O serviço 'premium' custa 19,95 euros anuais e os
clientes não podem ter idade inferior a 19 anos.
Quanto ao horário de
entrega situa-se entre as 8 e a meia-noite durante todos os dias da
semana.
* A notícia parece ser boa, resta saber que impacto haverá na poupança dos clientes e na falência de empresas de entregas.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
GNR realizou 179 transportes
de órgãos entre hospitais
Desde 1994 que esta força de segurança desempenha a missão de transporte de órgãos.
A GNR realizou, este ano, 179 transportes de órgãos entre vários centros hospitalares, sendo Lisboa, Setúbal e Viseu os distritos com mais transportes requisitados, indicou esta quarta-feira a corporação.
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Quando se assinala o Dia do Transplante, a Guarda Nacional Republicana faz um balanço da sua missão de transporte de órgãos, avançando que, desde o início do ano, 361 militares realizaram esta função e percorreram 26.141 quilómetros. Segundo a GNR, Lisboa (45), Setúbal (37) e Viseu (20) são os três distritos com mais transportes requisitados este ano.
Desde 1994 que esta força de segurança desempenha, através da sua valência de trânsito, a missão de transporte de órgãos entre vários centros hospitalares em todo o país. Após ser contactada pela Unidade de Saúde que detém o órgão a ser transportado, a GNR desencadeia de imediato uma patrulha de trânsito para se deslocar ao hospital e transportar o órgão nas exigidas condições térmicas até ao bloco operatório da unidade hospitalar requisitante, explica a corporação.
A GNR refere ainda que a qualidade e segurança da transplantação de órgãos depende do tempo necessário para o seu transporte, sendo, por isso, missão desta força de segurança chegar ao destino no menor tempo possível.
* Uma corporação importante para missão da maior importância.
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* Pulhitiquice de grande nível.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Correia de Campos
falha eleição para o CES
António Correia de Campos falhou a eleição para o Conselho Económico e
Social (CES). O ex-ministro da Saúde precisava de uma maioria de dois
terços dos votos dos deputados presentes, mas ficou-se pelos 105. Houve
93 votos brancos e 23 nulos que inviabilizaram a eleição. Os deputados
votaram esta quarta-feira para quatro entidades através de voto secreto
em urna, pois trata-se da eleição de pessoas: presidência do CES,
membros do Conselho Superior de Magistratura, juízes do Tribunal
Constitucional e elementos do Conselho de Fiscalização do Segredo de
Estado. Correia de Campos foi o único que a eleição falhou, apesar de,
tal como nos outros casos, ter sido objeto de negociações entre PS e
PSD.
A maioria dos deputados do CDS terão votado a favor de
Correia de Campos, segundo apurou o Observador. Este dado coloca o ónus
do falhanço quase todo do PSD, que aceitou o nome depois de prolongadas
negociações com os socialistas. Resta saber também quantos deputados do
PS furaram a orientação de voto, o que será impossível apurar porque o
voto é secreto. A direita, que agora atira a responsabilidade para a
“geringonça”, interroga-se saber por que razão o Bloco de Esquerda não
ajudou a escolher Correia de Campos, uma vez que o PS lhe cedeu um nome
para o Tribunal Constitucional.
“O PSD não cumpriu o acordo com o PS, uma vergonha”, comentou
um alto dirigente socialista ao Observador minutos depois de ser
conhecido o resultado. “E isto vindo de um partido que tem como lema
‘levar Portugal a sério”, criticou. O mesmo deputado disse que “não foi
seguramente o PS que se absteve”.
Fonte da direção da bancada do
PSD garantiu ao Observador que foram dadas instruções para que os
deputados sociais-democratas votassem a favor de Correia de Campos,
negando desta forma que o acordo com os socialistas tenha sido rasgado.
Outra
fonte da bancada parlamentar do PSD sublinhou que a maioria dos
deputados do PCP não terá participado sequer na votação para o
presidente do CES, mas admitiu que “alguns deputados do PSD e do CDS
terão votado em branco”. O mesmo deputado social-democrata sublinha que
“se a ‘geringonça’ tivesse votado unida, o nome teria passado”.
A
mesma leitura foi feita por outro deputado do PSD, que assegura que sabe
de muitos votos favoráveis vindos dos sociais-democratas. “A história
não está no lado do PSD; a história está no que aconteceu no PS, BE e
PCP”, defendeu.
O deputado do PS que falou ao Observador argumentou que o acordo era com o PSD e não com o PCP.
Como
o voto foi secreto, não é possível confirmar quantos deputados de cada
partido votou favoravelmente na eleição de Correia de Campos.
No
entanto, é possível fazer algumas contas. Os deputados do PS e do PSD
somados totalizam 175 parlamentares. Tendo em conta a participação na
votação em urna (221 votos), o nome de Correia de Campos passava mesmo
que 20 deputados dos dois partidos se abstivessem. Mas foram muitos
mais.
Houve 116 votos brancos e nulos. Mesmo que todos os deputados do
CDS, Bloco, PCP e Verdes tivessem votado branco e nulo — o que não
aconteceu porque a maioria dos deputados do PCP nem sequer participou na
votação e uma parte dos centristas votou em Correia de Campos –, era
preciso que 62 deputados do PS e do PSD não tivessem votado no nome
escolhido.
Conclusão: ou houve uma esmagadora maioria de deputados
do PSD a furar o acordo partidário, ou mesmo com uma elevada abstenção
dos sociais-democratas, um número significativo de socialistas não
contribuiu para o nome apresentado pelo seu partido.
* Pulhitiquice de grande nível.
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