Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
24/06/2019
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ELENCO
SANFRANCISCOBALLET- COMPANHIA
HELGI TOMASSON- DIRECTOR ARTÍSTICO
LAR LUBOVITCH- CONCEPÇÃO E COREOGRAFIA
ELLIOTGOLDENTAL- COMPOSITOR
PRIMEIRAS FIGURAS
DESMOND RICHERDSON- OTHELO
YUAN YUAN TAN- DESDEMONA
PARRISSH MAYNARD- IAGO
KATITA WALDO- EMILIA
GONZALO GARCIA- CASSIO
LORENA FEIJOO- BIANCA
FONTE: Сергей Дружинин
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5.OTHELLO
ELENCO
SANFRANCISCOBALLET- COMPANHIA
HELGI TOMASSON- DIRECTOR ARTÍSTICO
LAR LUBOVITCH- CONCEPÇÃO E COREOGRAFIA
ELLIOTGOLDENTAL- COMPOSITOR
PRIMEIRAS FIGURAS
DESMOND RICHERDSON- OTHELO
YUAN YUAN TAN- DESDEMONA
PARRISSH MAYNARD- IAGO
KATITA WALDO- EMILIA
GONZALO GARCIA- CASSIO
LORENA FEIJOO- BIANCA
FONTE:
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Cientistas descobrem na costa da Madeira novo fenómeno de poluição com plástico
Investigadores
do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) descobriram na ilha
da Madeira rochas com crostas de plástico que acreditam poder ser uma
nova forma de poluição.
Chamada pelos cientistas liderados por
Ignacio Gestoso de “plasticrosta”, é composta por polietileno, mas falta
ainda saber qual a sua proveniência.
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A primeira hipótese
avançada é que se trate de fragmentos de plástico que foram chocando
contra as rochas da costa sul da Madeira por causa das ondas e marés.
Os
cientistas publicaram as conclusões do seu estudo no boletim científico
Science of the Total Environment e esperam agora continuar a
investigação para saber mais sobre como se forma esta “plasticrosta”.
Ignacio
Gestoso disse ao ‘site’ Earther que, “provavelmente, as crostas foram
formadas pelo choque de pedaços de plástico maiores contra a costa, o
que levou a que o plástico formasse uma crosta, da mesma maneira que as
algas e líquenes”.
O investigador assinalou que o plástico pode
gradualmente substituir outras coberturas naturais das rochas que são o
habitat e fonte de alimentação de cracas ou burriés.
A equipa de
Gestoso verificou que havia burriés a alimentarem-se de algas que
cobriam a crosta de plástico, o que levanta a hipótese de os animais
estarem também a comer plástico, podendo levar a que partículas do
material bloqueiem o canal digestivo ou levem poluentes para dentro do
seu sistema.
A primeira vez que as crostas de plástico foram
detetadas aconteceu em 2016, mas no início deste ano, a equipa do centro
da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
voltou ao local e viu que o plástico ainda estava incrustado nas rochas,
no que poderá vir a ser considerado “uma nova categoria de lixo
marinho”, refere o MARE em comunicado.
* O ser (des)humano em risco.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Trump impõe novas sanções ao Irão
e líder supremo é atingido
O presidente norte-americano assinou um decreto que aplica novas sanções ao Irão com o objetivo, explicou Trump, de obrigar Teerão a "abandonar as suas atividades [nucleares] perigosas".
"Os ativos do ayatollah [Ali] Khamenei não serão poupados", garantiu
Donald Trump no momento em que assinou um decreto presidencial que
reforça as sanções norte-americanas aplicadas ao Irão.
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Tal
como previamente anunciado, o presidente dos Estados Unidos ordenou a
imposição de novas e "pesadas" sanções contra o líder supremo da
República islâmica, o respetivo gabinete e "muitas outras" figuras
relevantes do país.
Trump adiantou que
as sanções vão manter-se em vigor, e até serem intensificadas, até que o
regime iraniano desista das suas "atividades [nucleares] perigosas" e
explicou que o recurso a estes instrumentos sancionatórios consiste numa
"resposta forte e proporcionada" àquilo que considera serem as
"crescentes ações provocatórias" de Teerão.
Estas sanções, explicou depois o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, vão travar o acesso daquelas personalidades a milhares de milhões de dólares em ativos financeiros, pese embora não tenham sido avançadas informações mais concretas.
Mnuchin assegurou ainda que esta decisão é o resultado das "mais recentes ações" do Irão, se bem que não tenha especificado quais, assim como não avançou dados concretos sobre que tipo de ativos e respetiva proveniência incidem as sanções.
Aparentemente, trata-se da resposta de Washington ao abate de um drone americano não pilotado ao largo do Estreito de Ormuz, embora Trump tenha já assegurado que estas sanções seriam aplicadas independentemente do incidente da passada quinta-feira.
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Seja como for, estas novas sanções reforçam a asfixia económica com que a Administração Trump tenta vergar Teerão e que foi iniciada em maio do ano passado, quando o líder americano retirou os EUA do acordo sobre o nuclear iraniano (assinado em 2015 pelo então presidente Barack Obama), avançando depois, já em agosto, com sanções que atingem não apenas o Irão mas os Estados que mantenham negócios com o país.
A tensão entre os dois países intensificou-se nas últimas semanas, em especial depois dos ataques contra dois petroleiros no Estreito de Ormuz que os EUA atribuem ao Irão que, pelo seu lado, rejeita tais acusações.
Teerão avisa que não prescinde da soberania
Em resposta, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Javad Zarif, avisou que o Irão não vai aceitar qualquer violação à sua soberania, aludindo assim ao abate do drone que Teerão garante ter invadido o espaço aéreo do país, embora os EUA rejeitem tal indicação.
Zarif aproveitou para desmentir que o sistema de mísseis utilizado para abater o drone americano não é russo mas "fabricado por iranianos", o que granjeia "enorme orgulho à nação iraniana".
Na conferência de imprensa que decorreu na Casa Branca, Mnuchin revelou ter recebido instruções de Trump no sentido de incluir Zarif nas novas sanções, acrescentando que esse objetivo poderá ser cumprido no final desta semana.
Trump promete que Irão não terá armamento nuclear
Aos jornalistas, Donald Trump afirmou que os EUA não querem iniciar nenhum tipo de conflito armado com o Irão ou qualquer outro país, mas notou que Washington não pode permitir que "o Irão alguma vez possua uma arma nuclear".
Depois de os EUA terem denunciado o acordo sobre o programa nuclear, reinstituindo as sanções que haviam sido levantadas na sequência do acordo de 2015, o Irão ameaçou recentemente retomar o enriquecimento de urânio.
No fim de semana Donald Trump havia anunciado "sanções adicionais" ao Irão, que se juntariam às penalizações já em vigor sobre o setor petrolífero e outros menos relevantes do país.
Estas sanções, explicou depois o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, vão travar o acesso daquelas personalidades a milhares de milhões de dólares em ativos financeiros, pese embora não tenham sido avançadas informações mais concretas.
Mnuchin assegurou ainda que esta decisão é o resultado das "mais recentes ações" do Irão, se bem que não tenha especificado quais, assim como não avançou dados concretos sobre que tipo de ativos e respetiva proveniência incidem as sanções.
Aparentemente, trata-se da resposta de Washington ao abate de um drone americano não pilotado ao largo do Estreito de Ormuz, embora Trump tenha já assegurado que estas sanções seriam aplicadas independentemente do incidente da passada quinta-feira.
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Seja como for, estas novas sanções reforçam a asfixia económica com que a Administração Trump tenta vergar Teerão e que foi iniciada em maio do ano passado, quando o líder americano retirou os EUA do acordo sobre o nuclear iraniano (assinado em 2015 pelo então presidente Barack Obama), avançando depois, já em agosto, com sanções que atingem não apenas o Irão mas os Estados que mantenham negócios com o país.
A tensão entre os dois países intensificou-se nas últimas semanas, em especial depois dos ataques contra dois petroleiros no Estreito de Ormuz que os EUA atribuem ao Irão que, pelo seu lado, rejeita tais acusações.
Teerão avisa que não prescinde da soberania
Em resposta, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Javad Zarif, avisou que o Irão não vai aceitar qualquer violação à sua soberania, aludindo assim ao abate do drone que Teerão garante ter invadido o espaço aéreo do país, embora os EUA rejeitem tal indicação.
Zarif aproveitou para desmentir que o sistema de mísseis utilizado para abater o drone americano não é russo mas "fabricado por iranianos", o que granjeia "enorme orgulho à nação iraniana".
Na conferência de imprensa que decorreu na Casa Branca, Mnuchin revelou ter recebido instruções de Trump no sentido de incluir Zarif nas novas sanções, acrescentando que esse objetivo poderá ser cumprido no final desta semana.
Trump promete que Irão não terá armamento nuclear
Aos jornalistas, Donald Trump afirmou que os EUA não querem iniciar nenhum tipo de conflito armado com o Irão ou qualquer outro país, mas notou que Washington não pode permitir que "o Irão alguma vez possua uma arma nuclear".
Depois de os EUA terem denunciado o acordo sobre o programa nuclear, reinstituindo as sanções que haviam sido levantadas na sequência do acordo de 2015, o Irão ameaçou recentemente retomar o enriquecimento de urânio.
No fim de semana Donald Trump havia anunciado "sanções adicionais" ao Irão, que se juntariam às penalizações já em vigor sobre o setor petrolífero e outros menos relevantes do país.
* Na Casa Branca um idiota que joga ao monopólio, em Teerão o crime fardado de religioso.
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XXXV- MEGA MÁQUINAS
4-Navio Quebra-Gelo
O título da rubrica MEGA MÁQUINAS não se conforma apenas com as enormes dimensões de algumas que temos exibido, abrange todas as que têm MEGA INFLUÊNCIA nas nossas vidas.
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Ex-presidente da Câmara de Tondela condenado a
quatro anos de pena suspensa
quatro anos de pena suspensa
Carlos Marta acusado de crimes de prevaricação de titular de cargo político, falsificação de documentos e favorecimento de credores.
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O ex-presidente da Câmara de Tondela, Carlos Marta, foi condenado esta segunda-feira a quatro anos de pena suspensa por três crimes na adjudicação de três obras com valores muito semelhantes.
Administradores de empresas e engenheiros, também arguidos, foram igualmente condenados a quatro anos de pena suspensa.
Carlos Marta chegou a julgamento acusado pelo Ministério Público (MP) dos crimes de prevaricação de titular de cargo político, falsificação de documentos e favorecimento de credores.
* FEZ-SE JUSTIÇA???
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JOÃO GAGO DA CÂMARA
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A história de um herói açoriano
O Moçambique de um jovem ex-comando açoriano que supôs que a guerra seria bem melhor do que a repulsiva juventude
De todas as mortes
que tive de amigos no ultramar, esta foi a que mais me chocou, porque
ele morreu ali irremediavelmente ao meu lado antes que chegassem os
helicópteros das evacuações.”
A
sorte protege os audazes. Ele ouviu esta frase centenas de vezes, em
Lamego e depois em Moçambique, para onde foi integrar os quadros da
quinta companhia de comandos africanos na guerra em África. Entre minas,
tiros e granadas, gritos de guerra que ziguezagueavam entre os troncos
da duvidosa mata, Manuel António Rodrigues Mota clamou por misericórdia
às árvores que escondiam brancos e negros e chorou entre o capim e, para
ele, regou-o de revolta e de saudade, de insegurança e de temor
verdadeiro com causas bem reais.
O
início da sua idade adulta chamou-se África, guerra, violência, morte,
desolação, arrependimento, saudade. Mas porque ele o quis.
Desde
os seus jovens sete anos de idade que o trabalho familiar era árduo e
cabia a todos, até à sua infantil pequenez. E a disciplina dava mãos à
severidade. Nessa época, era assim às vezes o formato da educação
familiar. Ir, nas supostas férias, férias apenas da escola, para a
piscina pública de São Pedo, em Ponta Delgada, e chegar a casa pouco
depois do meio-dia e meia, hora estipulada pela família para almoçar,
dava direito a castigo, neste caso não voltar a pôr os pés na piscina
por toda uma semana ou mais, essa que era a piscina dos namoriscos e das
paixonetas de que Manuel e todos nós tanto gostávamos.
Todo
o dia era de trabalho duro na tradicional “Loja das Chitas”, o negócio
da família, e o estudo era remetido para o lado da noite. Foi o castigo,
mais um, por o jovem haver chumbado o segundo ano liceal. O período de
descanso anual era a trabalhar, quase ininterruptamente, dezasseis horas
diárias, das oito e meia da manhã à meia-noite e meia. E perante tanta
proibição e tantos castigos, África aparentou ser a melhor opção de
vida. Manuel António decidiu dar o corpo às balas como voluntário no
exército – severidade pela severidade - e entregou-se à tropa de elite
dos combatentes maiores das forças armadas portuguesas. Passou a gritar,
com os companheiros de armas, “Mama Sumae” – aqui estamos prontos para o
sacrifício – a frase que se eternizou nos comandos, e o sacrifício foi
ilimitado.
Entre as incontáveis
vicissitudes bélicas, que todo o combatente de elite tem, Manuel
recorda-nos, sobre todas, a ocorrida num fatídico 7 de fevereiro de
1974, em que um amigo, oriundo de Castelo Branco, o Alferes Nabais, por
impiedade do destino, pois era a sua última operação em Moçambique, foi
mortalmente atingido por estilhaços de um “rocket”, quando se
encontravam próximos de uma base inimiga, acabando por lhe morrer nos
braços. Há dias incomensuravelmente desafortunados que a crueldade do
destino apronta! “De todas as mortes que tive de amigos no ultramar,
esta foi a que mais me chocou, porque ele morreu ali irremediavelmente
ao meu lado antes que chegassem os helicópteros das evacuações.” –
rememorou o ex-combatente.
A
teoria que era propagada na altura – afirma o ex-comando - era a de que
o então Chefe de Estado, Marcelo Caetano, pretendia implementar, de
modo progressivo, a autodeterminação de todas as ex-colónias
ultramarinas, mantendo-as ligadas a Portugal até que obtivessem as
condições elementares para se governarem sozinhas. Assim não aconteceu.
A
tropa, bem ou mal, fê-lo um homem, veio para a vida profissional e,
sabe-se lá se terá sido o olho do Universo sobre aquele jovem cheio de
um passado sofrido – a sorte protege os audazes - a vida sorriu-lhe
guindando-o no mundo dos negócios ao mais alto patamar, onde hoje se
encontra, sendo, como é, um dos mais bem sucedidos comerciantes dos
Açores.
Comprou
um iate, a que chamou “Oásis”, que bem merece após tão espinhosa
caminhada e com que, de quando em vez, sulca os oceanos do planeta.
Empreendeu uma viagem à volta do mundo, também ela não isenta de
perigos, mas - aí está – até no mar, a sorte protege os audazes. Em
trinta e seis mil milhas navegadas pelas sete partidas da Terra, deu a
volta ao mundo durante 20 meses, cruzou tempestades contra ventos
ciclónicos do outro lado do globo, entre as ilhas Vanuatu e a Austrália.
E, já depois da volta ao mundo, no Canal da Mancha e no Golfo da
Biscaia, enfrentou gigantes de água que se elevaram a intimidantes dez
metros de altura, e, a atrapalhar-lhe a navegação, o enrolador da genoa
(vela da proa) e o piloto automático quiseram avariar.
Contou-nos
o skipper que, onde acaba o Mar Arábico e começa o Mar vermelho, o
“Oásis” teve duas traineiras de rapina somalis em sua perseguição,
tentando a abordagem, o roubo do iate, rapto da tripulação e posterior
extorsão ao país e aos familiares. Manuel Mota e a sua equipagem, com
velas enfunadas e o motor a fundo, conseguiram escapar e sair ilesos.
Hoje, Manuel Mota conta com mais de sessenta mil milhas navegadas que
incluem viagens de 19 dias sem avistar terra.
Com
66 anos, “pai de filhos e avô de netos”, Manuel apaziguou-se com a vida
e tira partido do que ela generosamente presenteia. No sono muitas
vezes ainda desperta ao som da metralha e dos morteiros, dos impropérios
atemorizadores do inimigo e dos gritos de dor e de morte dos colegas,
comandos, companheiros da desventura, mas reconhece haver todos as
manhãs um nascer-do-sol diferente para melhor, como que uma bênção todos
os dias chegada dos céus que o felicitam por ainda fazer parte do mundo
dos vivos.
A
intenção deste texto não foi mais do que tentar dar a mão a um ser
humano que por pouco não entregou a vida à nação enrolada numa bandeira.
Manuel António – é essa a intenção - representa aqui outros muitos
milhares de homens que desceram ao inferno e voltaram, porque, enquanto
jovens, foram empurrados para uma guerra fratricida pela mão sanguinária
de um país para serem depois chamados de assassinos.
Ao
apito do navio, ainda criança, lembro-me, tão bem como se fosse hoje,
de ir a correr para o cais de Ponta Delgada ver sair o “Carvalho Araújo”
ou o “Funchal” para poder dizer adeus aos heróis, esse adeus até mais,
ou até nunca mais. E era ouvir os choros e gritos das suas mães e
sentir-lhes a aflição, porque também era filho, vindo dos mais profundos
territórios de si mesmas onde os amaram nove meses e uma vida toda. É
necessário ajudar a exorcizar os demónios que ainda hoje atormentam essa
gente que obrigatoriamente vestiu farda, que matou e viu morrer, sem
que nunca alguém lhes explicasse porquê.
IN "VISÃO"
18/06/19
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Carlos César:
“O Bloco não manda no país”
Presidente da bancada do PS arranca as jornadas parlamentares do partido com um ataque ao Bloco de Esquerda que veio acusar os socialistas de recuo nas taxas moderadoras.
O líder parlamentar do PS considera que o faseamento
do fim das taxas moderadoras é ter “sentido de responsabilidade” e
acusa o Bloco de Esquerda de ter um “estilo de aventura e de que tudo é
fácil”. Carlos César começou esta segunda-feira as Jornadas
Parlamentares do PS, as últimas da legislatura, no distrito de Viseu e
com um ataque ao parceiro de governação nestes três anos e meio que,
durante o fim-de-semana, acusou o PS de recuar na questão do fim das
taxas moderadora, ao vir agora dizer que vai propor que seja feito de
forma gradual e não imediata.
“O PS é um partido que atua com sentido de responsabilidade
e com conta peso e medida nas opções que vai tomando. Se fossemos
sempre atrás do estilo de aventura e de que tudo é fácil, de que tudo é
barato e que tudo pode ser feito — que o BE em especial, mas que alguns
dos nossos parceiros alimentam frequentemente –, tínhamos um país com
uma mão à frente e outra atrás de novo e voltávamos ao tempo da
bancarrota”. Carlos César avisou mesmo, em declarações aos jornalistas à
margem de uma visita a uma empresa em São Pedro do Sul, que “o Bloco de Esquerda não manda na Assembleia da República, nem manda no país.
O que foi aprovado foi uma legislação tendente a acabar com as taxas
moderadoras e aquilo que o PS disse no debate parlamentar é um princípio
aceitável, mas que tem de ser feito com gradualidade”, garantiu. E atirou mesmo a Catarina Martins ao dizer não aceitar “acusações de o PS recuar em matérias como esta”.
Há uma semana, o Parlamento aprovou o fim da cobrança de taxas
moderadoras nos centros de saúde, com o projeto do BE a ser aprovado na
generalidade (a primeira votação do processo parlamentar) com os votos a
favor de PS, PSD, Bloco de Esquerda, PCP, PEV e PAN e os votos contra do CDS. Mas entretanto o Governo veio travar que isso aconteça de imediato, ou seja, já em 2020. A ministra da Saúde fala em “faseamento” como “a única forma para fazer a redução daquilo que neste momento é o valor das taxas moderadoras”.
Marta Temido justificou a posição com o valor que representa: “160,
170, 180 milhões de euros (…) evidentemente que retirar este valor que,
sendo de taxas moderadoras, é uma receita para o sistema, exige que o
façamos por passos progressivos, estudados, para perceber de que forma é
que a procura de cuidados de saúde reage, e que encontremos
alternativas para repor estes 160 ou 170 milhões de euros”.
Carlos
César, no arranque das jornadas parlamentares que terça-feira contarão
com a presença do líder António Costa, reforçou que a prioridade do PS é
de “recuperação social, do apoio às famílias, de ativação da economia,
mas tudo suportado numa política de finanças saudável”. O presidente do
grupo parlamentar socialista disse que depois da votação na
generalidade, o projeto do BE “agora baixa à especialidade e nas
comissões verificamos que intensidade no tempo deve ser dada a essa
medida. O que vai resultar do debate é a maioria que for conseguida para
esse efeito”. César considera que ainda há tempo para fazer tudo isto nesta legislatura que termina no próximo mês.
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O
Bloco de Esquerda reagiu de imediato no Twitter. O líder do grupo
parlamentar dos bloquistas, Pedro Filipe Soares, utilizou a sua conta no
Twitter para lembrar que “a única condição concreta apresentada pelo PS
no debate parlamentar sobre as taxas moderadoras foi relativa à lei
travão, que obrigaria a medida a entrar em vigor em 2020“. E acrescenta, apontando o dedo a Maria António Almeida Santos: “Foi a porta voz do PS que a indicou“.
A líder do partido partilhou também no seu perfil do Twitter esta
publicação. Espera-se, no entanto, que Catarina Martins fale de viva voz
aos jornalistas durante uma visita à estação de metro do Marquês de
Pombal, em Lisboa, que contará com a presença da Comissão de
Trabalhadores do Metro.
“Existem boas condições” para aprovar lei de bases com o apoio “quer do PSD quer do PCP, PEV e BE”
Questionado sobre as negociações para a aprovação da lei de bases da Saúde,
o socialista afirmou que o PS “não está numa negociação com o PSD, mas
aberta a todos os partidos”, embora confirme que falou com o PSD e que
este “mostrou intenção de recolocar algumas questões em relação à lei de
bases da saúde”. Nesta matéria, Carlos César já considera que houve “um
trabalho muito sério desenvolvido pelos vários partidos, todos têm
bases e propostas aprovadas que constam do texto atual. Acho que existem
boas condições para quer o PSD, quer o PCP, quer o PEV, quer o BE
votarem favoravelmente esta lei com a qual nos sentimos muito
confortáveis”.
Já confrontado com a eventual incoerência de vir a
aprovar esta lei com a direita, César afirmou que “o que é coerente para
o PS é a questão material. É importante para o PS aprovar uma boa lei,
que afirme a prioridade da responsabilidade pública na gestão do serviço
de saúde, que afirme a prioridade do Estado e das suas
responsabilidades na prestação de cuidados e só supletivamente o setor
privado e social darem também essa contribuição. A coerência não é com quem aprovamos mas o que aprovamos”, rematou.
* O sr. deputado Carlos César está a perder a memória, lamentável. Esquece-se que a última vez que tívemos um país com
uma mão à frente e outra atrás foi exactamente quando José Sócrates era primeiro-ministro e militante dum partido que actua com responsabilidade e de quem Carlos César era um leal apaniguado.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Carlos Nascimento conquista o ouro para Portugal nos 100m nos Jogos Europeus
Primeiro triunfo para as cores nacionais nesta edição da prova
O atleta Carlos Nascimento conquistou este domingo a primeira medalha
de ouro para Portugal, nos 100 metros dos II Jogos Europeus, enquanto a
estafeta 4x400 metros mista conseguiu o bronze, aumentando para seis o
pecúlio luso em Minsk.
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Num formato novo, que até alguns atletas revelam ainda dificuldade em
entender - e concordar -, Carlos Nascimento, do Sporting, que fez apenas
uma corrida, foi informado que foi o mais rápido de entre os atletas
das quatro séries de seis equipas que competiram todo o dia, ficando com
o ouro, com o tempo de 10,35 segundos.
* Valente este português que é o europeu mais rápido nestes jogos.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
População compra toda a cerveja e
deixa a seco festival de neonazis
Num protesto inédito contra a comemoração do aniversário de Hitler naquela localidade, os habitantes de Ostritz, na Alemanha, impediram os neonazis de consumirem álcool.
Todos os anos a pequena povoação alemã de Ostritz, localizada na
região de Dresden, perto na fronteira com a Polónia, é "invadida" por
neonazis que ali fazem palco de celebração do aniversário de Adolf
Hitler.
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NEM UMA BJECA PRÓS NAZIS |
Este ano, porém, os neonazis enfrentaram um
protesto inédito da população local, que esvaziou as prateleiras dos
supermercados de toda a cerveja disponível - a bebida mais consumida
pelos admiradores de Hitler durante o festival, que conta com conjuntos
de hard rock.
Conta o jornal digital "Contacto",
que a festa ficou a seco, uma vez que as autoridades locais, já para
prevenir habituais cenas de violência, tinham proibido a venda de álcool
no hotel onde se realizaram as comemorações da extrema-direita -
iniciativa que designam por "Shield and Sword" (Escudo e Espada), cujo diminutivo é "SS", abreviatura da famosa polícia política de Hitler.
Ao todo, a polícia apreendeu cerca de 4400 litros de cerveja nesse
hotel e os habitantes compraram mais de 200 caixas nos supermercados
locais, segundo a BBC.
Um ativista de Ostritz, Georg Salditt, disse ao jornal alemão Bild:
"O plano foi feito com uma semana de antecedência. Queríamos secar os
nazis. Pensámos que, se uma proibição do álcool não chegasse,
esvaziaríamos as prateleiras dos supermercados".
Ostritz
tem cerca de 2500 habitantes e, nos últimos anos, tem sido transformada
numa espécie de local de peregrinação da extrema-direita, embora não
exista nenhuma explicação histórica para isso - fica a quase 400
quilómetros de distância de Braunau am Inn, na Áustria, onde nasceu Adolf Hitler.
Questionado
por jornalistas, em novembro passado, sobre porque Ostritz tinha sido
escolhida, Thorsten Heise, chefe do Partido Democrático Nacional (NPD),
de extrema-direita, no vizinho Estado da Turíngia, e um dos
organizadores do evento neonazi, respondeu: "Porque não? Não há o
suficiente na Saxónia. Estamos a tornar a política mais animada".
Nas últimas eleições federais, em 2017, a extrema-direita cresceu nesta região, obtendo votos de mais de 30% da população.
Ainda
assim, pelo exemplo do protesto de Ostritz, ainda há muita gente
determinada em impedir que se torne palco de propaganda nazi.
*Obrigado OSTRITZ pelo exemplo de dignidade.
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Portugal bem português
IV-Portugal, um retrato social/5
5- CIDADÃOS
Este é um retrato do nosso país. Um retrato da sociedade contemporânea. É
um retrato de grupo: dos portugueses e dos estrangeiros que vivem
connosco. É um retrato de Portugal e dos Portugueses de hoje, que melhor
se compreendem se olharmos para o passado, para os últimos trinta ou
quarenta anos. (...)
Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos
Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.
Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos
Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.
Um trabalho de investigação excelente de ANTÓNIO BARRETO e uma extraordinária equipa da RTP para a execução desta série.
* Esta é uma compilação de séries pelo nosso país não apenas pelas perspectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.
FONTE: universalcosmos
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