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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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A insustentável leveza
das previsões económicas
As previsões para a evolução da economia portuguesa no triénio 2021-2023, realizadas pelas diversas instituições nacionais e internacionais não são substancialmente diferentes. Se os valores podem divergir um pouco, a fundamentação é, na essência, a mesma. Mas, sendo a economia uma ciência social, o ajustamento do comportamento dos agentes, em função da informação que até eles vai chegando, condiciona o seu processo de tomada de decisão e pode debilitar estas previsões. A crise pandémica é, definitivamente, a maior condicionante das expectativas dos agentes económicos, por isso, a incerteza das previsões não é negligenciável e a almejada convergência com os países europeus pode ser mais uma vez adiada.
Vejamos um breve resumo dos principais números projetados para a economia portuguesa, divulgados no Boletim Económico do Banco de Portugal (BdP) de dezembro de 2021. Este relatório prevê um crescimento do PIB, para o triénio 2021-2023, de 4,8%, 5,8% e 3,1%, respetivamente. A evolução do produto é impulsionada, por um lado, pelo aumento do consumo privado de 7,2%, 6,6% e 3,9%, o qual é estimulado pela poupança acumulada no período da pandemia e por um crescimento dos salários previsto de 3%, e, por outro lado, pelo crescimento do investimento que se prevê aumente 7,2% em 2021, e atinja, nos dois anos seguintes, 6,6% e 3,9%, respetivamente, muito devido à utilização dos fundos europeus.
A recuperação da economia mundial e do turismo em particular, justificam um crescimento das exportações no horizonte da previsão de 12,7%, 7,8% e 3,9%, respetivamente. A taxa de desemprego média estabiliza em torno dos 5,8%, o que traduz a resiliência das empresas na manutenção dos postos de trabalho e o défice público retoma a sua trajetória descendente, perspetivando-se que, já no próximo ano, se situe abaixo dos 3% do PIB e que a dívida se reduza consistentemente.
Estes são bons indicadores, mas não são excelentes. Por um lado, as previsões para 2023 são modestas e, em termos acumulados, entre 2019 e 2024, apenas conseguiremos alcançar um crescimento semelhante à área do euro. Estes factos não deixam de elucidar as dificuldades de convergência com a Europa. Seria desejável que a economia portuguesa, ganhando balanço com os fundos europeus disponíveis, conseguisse descolar desta performance sofrível e atingir um crescimento significativamente acima da média dos nossos congéneres europeus, o que não parece ser uma realidade deduzível a partir destes números.
Acresce que, as previsões pouco nos dizem em relação aos riscos que a economia enfrenta, em particular aos riscos ligados à evolução da crise pandémica, que se agrava diariamente e que insiste em oscilar no tempo, confundindo Estado, empresas e famílias. A reintrodução de medidas mais restritivas não está afastada no curto prazo, antes pelo contrário. É uma nuvem negra que paira no horizonte e que pode minar a confiança dos agentes económicos de forma indelével, com consequências negativas sobre as previsões, acentuando consideravelmente a imprevisibilidade do futuro.
* Professora de Economia do ISEG
IN "O JORNAL ECONÓMICO" - 31/12/21.
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A VERDADEIRA RÚSSIA DE PUTIN
Nuclear winter in Norilsk
* 𝐍𝐨𝐫𝐢𝐥𝐬𝐤 (𝟏𝟑𝟒 𝟖𝟑𝟐 𝐡𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬, 𝟔𝟗° 𝟐𝟏' 𝐍 𝟖𝟖° 𝟏𝟐' 𝐄) 𝐞́ 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐫𝐮𝐬𝐬𝐚 𝐬𝐢𝐭𝐮𝐚𝐝𝐚 𝐧𝐨 𝐃𝐢𝐬𝐭𝐫𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐮𝐭𝐨̂𝐧𝐨𝐦𝐨 𝐝𝐞 𝐓𝐚𝐲𝐦𝐲𝐫𝐢𝐚, 𝐦𝐚𝐬 𝐢𝐧𝐝𝐞𝐩𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐝𝐦𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐫𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐞. 𝐀 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐚𝐝𝐚 𝐞𝐦 𝟏𝟗𝟑𝟓 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦 𝐠𝐮𝐥𝐚𝐠. 𝐏𝐞𝐫𝐭𝐞𝐧𝐜𝐞 𝐚𝐨 𝐊𝐫𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐊𝐫𝐚𝐬𝐧𝐨𝐢𝐚𝐫𝐬𝐤. 𝐒𝐢𝐭𝐮𝐚-𝐬𝐞 𝐚 𝐜𝐞𝐫𝐜𝐚 𝐝𝐞 𝟐𝟒𝟎 𝐤𝐦 𝐚𝐨 𝐧𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐨 𝐂𝐢́𝐫𝐜𝐮𝐥𝐨 𝐏𝐨𝐥𝐚𝐫 𝐀́𝐫𝐭𝐢𝐜𝐨, 𝐬𝐞𝐧𝐝𝐨, 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐚𝐬 𝐚𝐬 𝐥𝐨𝐜𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐚 𝐧𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐨 𝐂𝐢́𝐫𝐜𝐮𝐥𝐨, 𝐚 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐞𝐦 𝐧𝐮́𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐡𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 (𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐮𝐥𝐭𝐫𝐚𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐌𝐮𝐫𝐦𝐚𝐧𝐬𝐤). 𝐄́ 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦 𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐞 𝟏𝟎𝟎 𝟎𝟎𝟎 𝐡𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐬𝐢𝐭𝐮𝐚𝐝𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐚 𝐧𝐨𝐫𝐭𝐞.
IN "WIKIPEDIA"