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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
07/03/2018
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2-MUITO ALÉM DO PESO
* O vídeo retrata o problema da obesidade infantil na sociedade brasileira, Portugal não difere muito, nem o resto do mundo.
**Hoje em dia, um terço das crianças brasileiras está acima do peso. Esta é
a primeira geração a apresentar doenças antes restritas aos adultos,
como depressão, diabetes e problemas cardiovasculares. Este documentário
estuda o caso da obesidade infantil principalmente no território
nacional, mas também nos outros países no mundo, entrevistando pais,
representantes das escolas, membros do governo e responsáveis pela
publicidade de alimentos.
Muito Além do Peso (Way Beyond Weight)
Obesidade, a maior epidemia infantil da história.
Ficha Técnica:
Direção: Estela Renner
Produção Executiva: Marcos Nisti
Direção de Produção: Juliana Borges
Fotografia: Renata Ursaia
Montagem: Jordana Berg
Trilha Sonora: Luiz Macedo
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CARLOS FIOLHAIS E DAVID MARÇAL
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IN "PÚBLICO"
06/03/18
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Ainda as terapias alternativas:
um cachimbo é um cachimbo
Cada um tem direito a acreditar no que quiser, inclusivamente em estranhos poderes da mente, não pode é chamar ciência ao que não o é.
Na sequência do nosso artigo “Terapias alternativas: quando as portarias substituem as provas”, surgiu uma resposta
de Leonor Nazaré (LN), curadora de arte contemporânea. Nós defendemos
que as terapias alternativas, ao contrário do que dizem os seus
prosélitos, não têm fundamento científico.
E que o Governo devia exigir
provas de eficácia e segurança de todos os tratamentos, em vez de
publicar legislação que define conteúdos programáticos de licenciaturas
em pseudociências, cujo fito é dar cédulas profissionais a praticantes
de terapias fantasiosas. É o equivalente a criar licenciaturas em
dragonologia para conferir autentificação profissional a amestradores de dragões.
Um tal absurdo contribui para enganar os cidadãos, levando-os a crer
que certas práticas têm um fundamento científico que não têm. Se
prosseguir pela actual via, o poder político tornar-se-á cúmplice de uma
fraude.
O artigo de LN é um catálogo de clichês anti-ciência. A começar pelo
relativismo, ou seja, a ideia de que o conteúdo da ciência depende de
factores culturais, implicando que verdades incompatíveis oriundas de
diferentes culturas seriam igualmente válidas. Para os relativistas, a
concordância de cada convicção particular com as observações na Natureza
é irrelevante, pois ela deve sempre ser entendida e aceite no seu
contexto sociológico. Nessa visão não interessam as provas, não há
verdade nem mentira, tudo é relativo.
O matemático e filósofo Bertrand
Russell encontrou-se em 1911 com Ludwig Wittgenstein, um influente
filósofo do relativismo. Russell tentou que Wittgenstein concordasse com
a seguinte frase: “Não há, nesta sala, neste momento, um hipopótamo.”
Mas Wittgenstein recusou-se a concordar, mesmo depois de Russell ter
espreitado debaixo de todos os móveis. As leis da natureza são as mesmas
em todo o Universo e não dependem de quem as propõe, mas sim das provas
apresentadas em seu abono.
A divisa da Royal Society, a mais antiga
sociedade científica do mundo, ilustra bem o que é a ciência: nullius in verba,
que significa “A verdade não está na palavra do mestre”. É por não
aceitarem a palavra das autoridades que os cientistas observam e
experimentam. E é com base nesse seu trabalho que é possível fabricar
telemóveis, aviões e medicamentos.
LN evoca a física quântica, que
há mais de cem anos tem descrito o mundo à escala das moléculas, átomos
e partículas subatómicas. Junta-se assim a Deepak Chopra, Rupert
Sheldrake e outros gurus do movimento Nova Era (de Aquário, na lógica
astrológica) que usam algumas ideias da física quântica em metáforas nos
seus livros de auto-ajuda. LN acredita nessas autoridades.
Os
deturpadores da teoria quântica ignoram que, apesar de existirem
electrões nos seres vivos, a sua descrição não chega para explicar a
vida, cujos fenómenos decorrem noutra escala. Os princípios que regem um
electrão não se aplicam ao João! Os ditos gurus fazem extrapolações
abusivas, como a possibilidade de se criar realidade apenas com a nossa
consciência ou de curar o cancro com o poder da mente. No limite, se morrer de cancro a culpa é sua.
Nada disso é física quântica, é palavreado com um ar científico usado
sem qualquer significado. Cada um tem direito a acreditar no que quiser,
inclusivamente em estranhos poderes da mente, não pode é chamar ciência
ao que não o é.
LN saca, sem surpresa, de outro cliché anti-ciência: a quimiofobia.
Só que um produto natural é necessariamente um produto químico, e o
facto de uma substância existir na natureza não a torna necessariamente
segura. Basta pensar no ácido aristolóquico, presente em plantas
medicinais usadas há séculos na China, mas que causa insuficiência renal e cancro. Ou, reciprocamente, nos medicamentos sintéticos que todos os dias salvam inúmeras vidas.
Por
último, a ciência não é a única das dimensões humanas. O facto de
sermos cientistas não nos impede de apreciar a arte. Há pontes a
realçar, designadamente o facto de em ciência também existirem critérios
estéticos. Hermann Weyl, matemático que ajudou a desenvolver a teoria
quântica, afirmou: “O meu trabalho sempre tentou unir o verdadeiro e o
belo, mas quando tive de escolher entre um e o outro, escolhi
normalmente o belo.” Contudo, há uma diferença essencial entre ciência e
arte: a ciência descreve o mundo real de que somos parte, que é só um e
cujas leis não dependem da nossa vontade, ao passo que a arte pode
criar mundos, que são tantos quantas as obras de arte (Wassily
Kandinsky: “criar uma obra de arte é criar um mundo”). Em ciência um
cachimbo é um cachimbo, mas em arte não é necessariamente assim. É
errado aplicar o pensamento da curadoria da arte à epistemologia da
ciência.
*Cientistas e divulgadores científicos, autores do recente livro A Ciência e os seus Inimigos
IN "PÚBLICO"
06/03/18
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* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
INFORMÁTICA DE A A Z
5-E
(ENDEREÇO)
Prof. JoãoPaulo
* Um conjunto de professores do site AlfaCon Concursos Públicos, do Brasil, decidiu colocar em vídeo uma série de programas explicativos sobre noções base de informática das quais muitas vezes não temos informação conveniente.
Por acharmos a série interessantíssima aqui a apresentamos com o devido respeito aos autores.
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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FONTE: CANAL HISTÓRIA
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4-PORTUGAL
UMA HISTÓRIA DESCONHECIDA
FONTE: CANAL HISTÓRIA
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A BEATITUDE DA GIBÓIA
COMO O GOVERNO DE PASSOS
e PORTAS ERA FRÁGIL
(Só tinha forças para esmagar os portugueses)
Numa entrevista ao PÚBLICO, a 13/03/17, aos jornalistas DAVID DINIZ e SÃO JOSÉ ALMEIDA, a líder do CDS é clara sobre as várias velocidades a que funcionava o governo onde era ministra, a lenta e a quase parada. Leia a seguir:
Nem BES, nem Banif, nem CGD:
“O Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca”
Cristas assume que os instrumentos de controlo da banca eram frágeis
antes de 2015. Hoje muita coisa mudou até por imposição da União
Europeia. Mas defende que é preciso melhorar.
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Passos Coelho falou “vagamente” no facto de o BES poder ser um
problema, quando Seguro era líder do PS e pedia para usar o dinheiro da
troika para a banca, que estava guardado. Mas “na substância”, nunca
mais o ex-PM envolveu os ministros na discussão. Em nenhuma sobre a
banca, diz Cristas. Confirma que, de férias, assinou o decreto sobre o
BES por email, a pedido da ministra das Finanças.
O CDS apresentou projectos de lei sobre regulação bancária,
mas não o fizeram quando eram Governo. Mais uma vez, temos a percepção
pública contraditória do que é o comportamento no Governo e na oposição.
Não teme a má imagem pública que possa advir da ideia de que o CDS no
Governo foi conivente com a má gestão bancária, nomeadamente no que se
refere ao BES?
O CDS foi sempre, no Governo e antes na
oposição, um partido muitíssimo activo e na linha da frente do
escrutínio da actuação da supervisão bancária. Fomos sempre, desde o
tempo do BPN ao tempo do BES — e se forem verificar o que foi o trabalho
da Cecília Meireles e do João Almeida nessas últimas comissões, como,
aliás, tinha sido o de Nuno Melo no BPN, vêem que o CDS sempre teve todo
o interesse em descobrir tudo, em fazer todas as perguntas, em
escrutinar e em ter uma atitude de grande preparação e de grande
profundidade.
Mas por que é que não avançaram com alterações à regulação da supervisão bancária?
Deixe-me
concluir: as conclusões dessas comissões, nomeadamente as da comissão
do BES, demoraram a chegar e, neste momento, já podemos tomar posições
que, se calhar no tempo do Governo, podiam ter sido iniciadas. Mas muita
coisa mudou. Agora, para fazermos estas alterações à supervisão,
tivemos de, com muita atenção, verificar o que é que ainda não estava
feito. Porque, entretanto, houve legislação europeia que foi transposta
para a nacional. Aliás, na comissão do BES fala-se de questões que hoje
já não aconteceriam porque, entretanto, as regras já mudaram. Portanto,
não é verdade que nada tenha acontecido durante o tempo do Governo. O
que achamos é que, apesar das alterações que já foram feitas em muita
legislação, há aspectos que podem ser melhorados.
Alguma vez antes da queda do banco o assunto BES subiu a Conselho de Ministros?
O assunto BES nunca foi discutido em Conselho de Ministros com profundidade. Já disse isto.
Com profundidade ou nunca, sem profundidade sequer?
Referido
apenas. Recordo-me de uma vez ter sido referido a propósito dos doze
mil milhões para a banca. Lembram-se, na altura o líder do PS, [António
José] Seguro, sugeriu que se utilizasse uma parte desse dinheiro para
injectar na economia. Lembro-me de, uma vez no Conselho de Ministros, o
primeiro-ministro ter dito: não faz sentido fazermos isso porque não
sabemos se não pode vir a aparecer algum problema. Lembro-me vagamente
de ter referido que o BES poderia ser um problema. Acho que foi por
aqui. Não posso garantir tudo porque, de vez em quando, havia um ou
outro Conselho de Ministros em que eu não estava, por razões de
representação do ministério. Mas discussão em profundidade do problema
do BES, das soluções, das alternativas, das hipóteses, isso nunca
aconteceu.
Não acha isso estranho?
Fazia parte
da visão do primeiro-ministro. O primeiro-ministro sempre teve uma
visão que é esta: a banca e o pilar financeiro do resgate eram tratados
pelo Banco de Portugal (BdP), que tinha as funções de supervisor
independente, e o Governo não deveria meter-se nessas questões. Esta foi
sempre a visão do primeiro-ministro. Portanto, o Conselho de Ministros
nunca foi envolvido nas questões da banca.
O caso do Banif, antes das eleições, alguma vez foi discutido
em Conselho de Ministros? A recapitalização da CGD alguma vez foi
discutida?
Não quero estar a mentir, lá está para não falhar
a memória, não quero estar a faltar à verdade. Não me recordo de todos
os detalhes, mas posso dizer-lhe isto garantidamente: nunca os temas da
banca foram discutidos em profundidade em Conselho de Ministros.
Hoje, repetiria a resolução que tomaram no caso BES?
É
uma pergunta difícil, porque, mais uma vez, volto a este ponto, nós não
discutimos os cenários possíveis no Conselho de Ministros. Aliás, a
resolução do BES foi tomada pelo BdP e depois teve de ter um diploma
aprovado pelo Conselho de Ministros. É aí que critico um bocadinho esta
coisa de não termos nada que ver, o Conselho de Ministros não tem nada
que ver, mas no fim da história é ele que tem de aprovar o decreto-lei.
Esse decreto-lei foi aprovado com uma possibilidade regimental que era à
distância, electrónica. Eu estava no início de férias e recebi um
telefonema da ministra das Finanças a dizer: “Assunção, por favor vai ao
teu email e dá o OK, porque isto é muito urgente, o BdP tomou esta
decisão e temos de aprovar um decreto-lei.” Como pode imaginar, de
férias e à distância e sem conhecer os dossiers, a única coisa que
podemos fazer é confiar e dizer: “Sim senhora, somos solidários, isso é
para fazer, damos o OK.” Mas não houve discussão nem pensámos em
alternativas possíveis — isto é o melhor ou não —, houve confiança no
BdP, que tomou uma determinada decisão.
No CDS, Paulo Portas alguma vez discutiu isso convosco?
Não.
De quem foi a culpa da queda do banco?
Para mim, foi de quem durante anos fez aquilo que está claro na comissão de inquérito — que espero que fique claro na Justiça.
Mas quem?
Os dirigentes, administradores, decisores do BES.
A Lone Star é um bom candidato para ficar com o Novo Banco?
Não
faço ideia porque não conheço a proposta, o BdP é que a conhece. Se eu,
no Governo, não conhecia estes detalhes da supervisão e da acção do
BdP, muito menos agora na oposição.
Há muita informação na imprensa.
Há, mas acho que
esta é uma matéria que tem de ser discutida eventualmente no
Parlamento. Já perguntei por várias vezes ao primeiro-ministro qual era a
opinião em relação ao Novo Banco e à venda do Novo Banco, e o
primeiro-ministro e o ministro Mário Centeno têm respondido sempre que o
BdP é que está a tratar dessa matéria, curiosamente criticando o
Governo anterior, mas nesta matéria aparentemente não fazendo muito
diferente.
Sente incómodo por a banca privada portuguesa já não ser portuguesa?
Todos
sentimos um bocadinho essa pena. Sabemos que, em muitos casos, pode
trazer consequências para o financiamento da nossa economia e das nossas
empresas. Porque, obviamente, quando começamos a fazer parte de um
grupo mais alargado e as nossas empresas, em muitos casos, passam a ter
os seus empréstimos aprovados noutra geografia, que tem outro contexto —
isto não é uma questão de preconceito mas uma questão de facto —,
passamos a fazer parte de um bolo mais alargado e a competir com outras
empresas, nomeadamente em Espanha.
Acho que, obviamente, isto tem uma
consequência. Por outro lado, a diminuição do número de actores na
própria banca também gera mais dificuldade em as empresas muitas vezes
conseguirem ter propostas competitivas e alternativas para o seu
financiamento. Se me perguntam se é o ideal e se acho isso maravilhoso,
não acho. Infelizmente, creio que é a situação em que estamos. Mais
concorrência e menos concentração seria positivo para o mercado.
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