.
.Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
07/04/2025
HELGA CALÇADA
.
Se a maioria da população expressasse no seu voto a confiança em quem defende realmente os seus interesses e propõe medidas que respondem às suas concretas necessidades, a esquerda partidária e progressista estaria sempre em maioria parlamentar. Este não é um mero desejo de quem se posiciona, convictamente, no espectro político da esquerda, mas uma constatação face à realidade vivida atualmente. Basta questionar quais são os principais problemas que apoquentam a maioria da população que vive em Portugal: habitação, salário vs custo de vida, mobilidade e serviços públicos. Haverá outras, pois, mas estas são, grosso modo, as questões que transversalmente mais impactam a vida das pessoas.
Se esta conclusão é evidente, como se explica que, em democracia, uma parte significativa da população se auto prejudique com o seu sentido de voto? Ou até se abstenha de votar, exonerando-se do poder que tem de decidir um rumo diferente, cedendo esse desígnio a outrem?
Várias áreas da sociedade encontram-se num estado de coma induzido, outras até num nível distópico, mas nada disso é fruto do sobrenatural tampouco é o estado natural das coisas. Entre outros fatores, deve-se, sim, à desinformação estratégica e à criação programada do medo, que, paulatina e gradualmente, se têm instalado e que servem de alimento a discursos de ódio entre e contra as pessoas, principalmente as mais vulneráveis. Esta tem sido a receita principal da extrema-direita e a preferida da direita conservadora nos últimos tempos. Através do controlo das emoções das massas, estas conformam-se com a ideia de que as suas dificuldades são inevitáveis. E assim, tais forças políticas asseguram a proteção dos interesses dos seus grandes financiadores e dos seus benefícios presentes e/ou futuros. Anúncios de perceções mal explicadas e inexplicáveis, que mais não são do que engodos da realidade, bloqueios à solidariedade e travões à igualdade. Ataques à democracia, portanto. Mas não tem de ser assim, e não pode continuar assim.
Em breve vamos a novas eleições, sendo que velhas e novas narrativas já se apoderaram de certas intervenções políticas, não raras vezes inquinadas pela corrida eleitoralista. A grande maioria delas com o verdadeiro, senão único, objetivo de fazer o povo desacreditar que um outro e melhor futuro é possível para as suas vidas, roubando-lhes assim o sonho. Salvaguardar o direito à habitação, mediante tetos às rendas e proibição de venda de imóveis a estrangeiros não residentes, garantir salários dignos e um maior controlo sobre as avultadas margens de lucro das grandes distribuidoras e multinacionais, assegurar mais transportes públicos e promover a sua gratuitidade, exigir melhores serviços públicos de proximidade e maior investimento público, principalmente no SNS.
Não só é possível, como é imperioso!
É isto que a maioria da população quer e precisa. E é isto que a vontade política da esquerda propõe e quer fazer. Então, um rumo diferente cabe apenas e só a cada um de nós, desde que não nos deixemos enredar pelo medo e não embarquemos na retórica do ódio. Desengane-se quem pensa o contrário, o povo é quem mais ordena e é hora dele mudar a sua/nossa vida.
IN "ESQUERDA" - 04/04/25
NR: Estimada Dra, nós partilhamos da sua motivação para derrubar a direita mas o estado de coma induzido atingiu o BE, partido do coração de vários pensionistas. O partido não encontrou a panaceia para a doença por falta de competência eleitoral, os líderes do partido não convencem, estão no tempo duma diskete modernizada mas os eleitores querem IA.
A honestidade dos dirigentes não basta, os dedos de uma simples mão chegam e sobram para arrecadar a seriedade de quem manda nos grupos parlamentares. O povo quer combatividade e a esquerda portuguesa é fofinha se entendermos que o PS é um partido de centro direita, basta a sua práctica...
.
4022.UNIÃO
putin é um canalha