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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
12/04/2021
JOÃO ABEL DE FREITAS
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Poderá a Índia tornar-se
uma nova China?
Dados do Banco Mundial mostram que o PIB da Índia é bem menor que o da China, cerca de 5,7 vezes, o que se traduz em riqueza criada por habitante bastante mais baixa: 1.648€/ano contra 9.164€.
Ano 2020, ponto de partida. Vejamos a situação comparada entre os dois países na base dos indicadores: População, PIB e PIB por habitante.
A população da Índia em 2020 aponta para 1,37 mil milhões de habitantes e a da China 1,4 mil milhões. Para uma ideia mais precisa da sua dimensão no Mundo, os dois países em conjunto representam aproximadamente 36% da população. E, segundo projecções dos serviços da ONU, a Índia ultrapassará a população da China na segunda metade da década em curso. A população (n.º) não será, então, problema.
Quanto ao PIB, a realidade é bem mais problemática. A Índia em 2020 atingiu 2.252.197M€, enquanto a China em 2019 chegou a 12.809.322M€. O PIB da Índia é, assim, bem menor que o da China, cerca de 5,7 vezes, o que se traduz em riqueza criada por habitante bastante mais baixa (1.648€/ano contra 9.164€).
Ainda para reflexão anotamos que, segundo o Banco Mundial, 41,5% da população activa na Índia vive da agricultura contra 24,7% na China, 26,7% do sector industrial contra 39% e 32,3% dos serviços contra 36,3%. E a riqueza da classe rica (1%) da Índia é superior à da metade da população. Não se afasta muito do padrão de apropriação da riqueza a nível mundial.
Alguns dados histórico-económicos
A Índia tornou-se independente no ano de 1947, dois anos antes da Revolução Popular da China (1949). A independência da Índia foi um processo longo, de lutas bem difíceis e um número elevado e indefinido de mortes. Entre as muitas lutas, ficou bem conhecida na história a Revolta dos Cipaios (1857-1859), considerada o primeiro movimento de independência da Índia.
Tratou-se de um levantamento popular armado contra o domínio britânico, realizado por soldados hindus e muçulmanos contra o alistamento obrigatório de jovens no exército da “Companhia Britânica das Índias Orientais”. O levantamento, que não alastrou a todo o território, terminando com a execução dos revoltosos e a extinção da Companhia.
Na sequência deste movimento, é criado um Vice-Rei para a Índia e, em 1877, a rainha Vitória coroada Imperatriz da Índia. Esta reorganização político-administrativa corresponde ao início da colonização profunda da Índia, traduzida na implantação de instituições-tipo britânicas, como colégios mistos, estradas, correios, clubes aristocráticos e bem importante, a introdução do factor “língua inglesa” que, de algum modo, deu um contributo a uma unificação maior num território com mais de 200 dialectos, um território sempre alvo de grande cobiça de diferentes povos, devido às suas riquezas naturais e grande fertilidade dos solos.
A penetração colonial da cultura e tradições inglesas não ofereceu grande resistência dado a Índia não dispor de um governo centralizado e a existência de castas, como factor de divisão da sociedade, facilitou o processo. As classes nobres aceitaram bem a colonização. Certas instituições davam-lhes algum estatuto.
Com a colonização passaram a existir duas Índias: uma de governação britânica e outra, a dos Principados, cerca de 200, administrados por famílias nobres.
A partir de 1920, Gandhi e Nehru, advogados de profissão, formados em Universidades inglesas, começaram a liderar o movimento de independência com o apoio da burguesia indiana e do partido do Congresso (constituído em 1885, por gente com ensino superior). Nesse contexto, foram várias vezes presos.
Gandhi batia-se pela desobediência civil ao poder colonial inglês e pela não-violência. Desobediência civil e não-violência tornaram-se, assim, as armas de rejeição e de prova dos que se batiam contra o domínio inglês.
O Reino Unido, que saíra enfraquecido da Primeira Guerra Mundial, perdeu ainda mais poder e influência no Mundo em favor dos EUA, na Segunda Guerra. Nestas condições, eram grandes as fragilidades para manter a Índia e tenta uma independência negociada.
O ambiente na Índia era instável e conflituoso. Muitas rivalidades religiosas vieram a marcar todo o processo. Por outro lado, debatiam-se na sociedade indiana duas tendências políticas para a independência.
Gandhi defendia a criação de uma Índia Unitária e Ali Junnah batia-se pelo Estado Independente do Paquistão. O Reino Unido apoia a segunda posição. E assim, em 1947, os ingleses reconhecem a independência da Índia que se concretiza com alguma turbulência. De forma sumária, a herança colonial inglesa deixa um país dividido em dois: a Índia e o Paquistão.
A União Indiana passou a ser governada por Nehru como primeiro-ministro na base do partido do Congresso e maioria hinduísta. O Paquistão de maioria islamita é governado por Ali Junnah. Entretanto, em 1948, Gandhi é assassinado por um elemento hinduísta radical que não aceitava juntar num mesmo país, hinduístas e muçulmanos.
A Índia de Nehru
Nehru, um lutador pela independência e alguns anos de prisão pela causa, torna-se primeiro-ministro da Índia em 1947 mantendo-se como primeiro condutor da governação da Índia independente até 1964, ano da sua morte.
O tipo de desenvolvimento económico protagonizado por Nehru não se encaixava na linha de Gandhi, defensor sobretudo de investimentos na agricultura e na sua reorientação.
Nehru, pelo contrário, apostava na grande indústria, no planeamento económico e na intervenção do Estado na economia, aliás com alguns traços de semelhança com a URSS. No entanto, nunca rompeu com as bases do capitalismo. As empresas não foram nacionalizadas. Praticou, contudo, uma espécie de “condicionamento industrial” como imperou, aliás, em Portugal. Os investimentos das empresas estavam sujeitos a autorização administrativa do governo.
Sob a governação de Nehru, o país não cresceu acima de 3% ao ano, o que era limitado para um país que arranca de uma situação atrasada e pobre, embora em domínios como o da construção de barragens os sucessos tenham sido assinaláveis.
Nehru notabilizou-se em termos mundiais pela sua política de não-alinhamento na Guerra Fria, tendo sido um dos fundadores e dirigentes com Nasser, Tito, Sukarno e Nkruma do movimento dos países não-alinhados que atingiu grande projecção mundial.
Com a morte de Nerhu, a sua filha Indira Gandhi sobe quase de imediato ao poder estabelecendo-se assim a dinastia da família na governação por longo tempo, através do Partido do Congresso.
Indira Gandhi segue, em termos económicos, as pisadas do pai: desenvolvimento de uma indústria nacional, defesa do não alinhamento na Guerra Fria e Estado secular, traves mestras que marcaram a linha de rumo de Nehru desde a independência. Esta linha de rumo acaba por ser alterada com a inflexão liberal da economia do país em 1990.
Não estamos numa resposta directa ao título do artigo. Estamos a carrear informação para quem ler este e os próximos escritos desenhar a sua própria resposta. Neste, deixamos alguns traços da evolução da Índia que se julgam importantes para o contexto, pois, em nosso entender, “tudo condiciona tudo” e a independência do país constituiu, sem dúvida, um factor marcante.
Termina-se, assim, este texto relembrando: há quem defenda que o Mundo se encontra num intervalo de 200 anos em que a “balança” da governação pendeu para o Ocidente.
Na verdade, entre o ano 1 e o de 1820, as duas grandes economias mundiais foram sempre as da China e da Índia. Muitos estudiosos que analisam este período de domínio do Mundo pelo Ocidente consideram-no como uma anomalia histórica em declínio natural. Será, necessariamente, assim?!
* Economista
IN "O JORNAL ECONÓMICO" - 11/04/21
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5-AS ORIGENS E A HISTÓRIA
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Trabalho Escravo Nunca Mais
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1ºACTO
Texto:
EURÍPEDES
Versão brazyleira
CATHERINE HIRSCH
DENISE ASSUNÇÃO
MARCELO DRUMMOND
ZÉ CELSO MARTINEZ CORREA
Tradução para o inglês | Legendas
ANA HARTMANN y MARIA BITARELLO
DIREÇÃO E MÚSICA
JOSÉ CELSO MARTINEZ CORREA
Conselheira poeta
CATHERINE HIRSCH
Direção Musical:
MARCELO PELLEGRINI
GUILHERME CAZALVARA
CHICÃO
Direção de Cena:
ELISETE JEREMIAS
OTTO BARROS
TYAZO:
Dionysio
MARCELO DRUMMOND
Penteu
FRED STEFFEN
Tirézias
ZÉ CELSO MARTINEZ CORREA
Semele
CAMILA MOTA
Zeus
RODERICK HIMEROS
Kadmos
RICARDO BITTENCOURT
Hera
VERA BARRETO LEITE
Rheia e Coriféria Negra
CARINA IGLESIAS
Coriféria Negra
DENISE ASSUNÇÃO
Agave e Moira Corta Vida
JOANA MEDEIROS
Autonoe e Moira Puxa Vida
LETÍCIA COURA
Hino e Moira Tece Vida
MARIANA DE MORAES y NASH LAILA
Pã
RODERICK HIMEROS
Ganimedes
OTTO BARROS
RODERICK HIMEROS
Ampelos
LUCAS ANDRADE
Cupido
KAEL STUDART
Mensageiro I
RODERICK HIMEROS
Mensageiro II
MARCIO TELLES
Comandante da Tropa de Elite
TONY REIS y CYRO MORAIS
Harmonia e Paz
CAMILA GUERRA Y DANIELLE ROSA
Afrodita
MÁRCIO TELLES
Artemis
WALLACE RUY
Coripheia
SYLVIA PRADO
Touro enfurecido
CYRO MORAIS
Adoração
VERA BARRETO LEITE
Bacantes
BÁRBARA SANTOS
CAMILA GUERRA
CLARISSE JOAHANSSON
DANIELLE ROSA
FERNANDA TADDEI
GABRIELA CAMPOS
MARINA WISNIK
NASH LAILA
WALLACE RUY
Satyros & Coro de Penteu
CYRO MORAIS
IGOR PHELIPE
KAEL STUDART
LEON OLIVEIRA
LUCAS ANDRADE
RODERICK HIMEROS
RODRIGO ANDREOLLI
TONY REIS
TÚLIO STARLING
BANDA ANTROPÓFAGA
GUILHERME CAZALVARA (bateria e trompete)
FELIPE BOTELHO (baixo elétrico)
ITO ALVES (percussão)
CHICÃO (piano e teclados)
MOITA (guitarra elétrica)
ANDRÉ SANTANA LAGARTIXA (bateria)
Sonoplasta
DJ JEAN CARLOS
Preparação Vocal
GUILHERME CALZAVARA
CHICÃO
Preparação corporal/dança/atuação
MÁRCIO TELLES
SERGIO SIVIERO
HUGO RODAS
Figurino
SONIA USHIYAMA
GABRIELA CAMPOS
CAMILA VALONES
SELMA PAIVA
VALENTINA SOARES
SYLVIA PRADO
Camareira
CIDA MELO
Maquiagem
CAMILA VALONES
PATRÍCIA BONÍSSIMA
Arquitetura Cênica
CARILA MATZENBACHER
MARÍLIA CAVALHEIRO GALLMEISTER
CLARISSA MORAES
Objetos
CRIAÇÃO COLETIVA DA COMPANHIA
Objetos cênicos
RICARDO COSTA
Máscara de Dionyzio
IGOR ALEXANDRE MARTINS
Contraregragem/maquinária
OTTO BARROS
ELISETE JEREMIAS
CARILA MATZENBACHER
MARÍLIA CAVALHEIRO GALLMEISTER
BRENDA AMARAL
Residência no Processo Criativo da Direção de Cena
ANA SOBANSKY
Cenotecnia
JOSÉ DA HORA
Som
FELIPE GATTI
Assistentes de som
RAIZA SORRINI
Iluminação
desenho dos mapas de luz, afinação, direção do roteiro de operação, coro de pin-beams e operação de luz ao vivo
CIBELE FORJAZ
Direção técnica e de montagem, Co-operação de luz ao vivo
PEDRO FELIZES
LUANA DELLA CRIST
Coro de pimbeans
CAMILE LAURENT
LUCIA RAMOS
NARA ZOCHER
Cinema ao vivo
IGOR MAROTTI (diretor de fotografia, câmera)
CAFIRA ZOÉ (câmera)
PEDRO SALIM (corte de mesa, vídeo mapping)
Produção Executiva e administração
ANDERSON PUCHETTI
Produção
EDERSON BARROSO
Direção de Produção, Estrategistas e Captação
CAMILA MOTA
MARCELO DRUMMOND
ZÉ CELSO
Editoria WEB
BRENDA AMARAL
CAFIRA ZOÉ
IGOR MAROTTI
Núcleo de Comunicação Antropófaga | Mídia Tática
BRENDA AMARAL
CAFIRA ZOÉ
CAMILA MOTA
Projeto Gráfico e Poster
IGOR MAROTTI
Texto do Programa
CAFIRA ZOÉ
CAMILA MOTA
ZÉ CELSO
Fotógrafos
CAFIRA ZOÉ
IGOR MAROTTI
JENNIFER GLASS
Programação WEB
BRENDA AMARAL
Operação de legendas
MARIA BITARELLO
Makumbas Graphykas
CAFIRA ZOÉ
CAMILA MOTA
FONTE:
109-CINEMA