Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
18/11/2015
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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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HOJE NO
Prémios para quem melhor
acolher refugiados
Por que não se pensa em "premiar os
municípios e freguesias que se distingam no acolhimento aos migrantes e
refugiados", questionou o governante, que falava na sessão de entrega da
bandeira verde de 'Autarquia + Familiarmente Responsável 2015', que
decorreu, ao final da tarde de hoje, na sede da Associação Nacional de
Municípios Portugueses (ANMP), em Coimbra.
"Quando tanto nos queixamos da baixa
natalidade, ou do problema da baixa densidade populacional e das suas
assimetrias, saibamos acolher quem aqui nos chega e por aqui quer
ficar", sustentou João Taborda da Gama.
O desafio do governante
foi lançado a propósito da iniciativa do Observatório das Autarquias
Familiarmente + Responsáveis, que distinguiu 41 autarquias por
promoverem práticas que incentivam uma maior responsabilidade familiar e
cujas bandeiras foram entregues naquela sessão.
Esta iniciativa
configura um "modelo de interação entre a esfera pública e a esfera
privada", que é "um exemplo que deve ser seguido noutras províncias do
agir público e privado, noutras vertentes de ação humanista, seja ela de
pendor religioso ou laico", defendeu o secretário de Estado.
"O
Observatório elabora um referencial, leva a cabo um questionário, avalia
as respostas, atribui prémios", explicou JoãoTaborda da Gama,
considerando que é "esta avaliação, esse acompanhamento e controlo
cooperativo -- no bom sentido --, por parte da sociedade civil, que
permite instituições mais abertas, políticas mais adequadas, cidades e
territórios mais inteligentes", no fundo, "pessoas mais felizes".
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É
raro que "uma associação privada diga ao que vem, aquilo em que
acredita, e que meta mãos à obra para alcançar os seus objetivos" e que,
por outro lado, "um conjunto tão grande de entidades públicas, de
diferentes formas, feitios -- e de diferentes cores -- aceitem o
referencial criado pela entidade privada", sublinhou.
Sobre os
municípios distinguidos, o governante destacou "a firmeza daqueles que
se mantém numa trajetória amiga da família, conquistando o troféu em
três ou mais anos sucessivos" e deixou "um incentivo especial" para
aqueles que o conseguem pela primeira vez para que voltem a ser
premiados no próximo ano.
Na edição de 2015 (a sétima), foram distinguidos 32 municípios pelo terceiro ou mais anos consecutivos.
Para
a atribuição da bandeira verde de 'Autarquia + Familiarmente
Responsável 2015' foram avaliadas áreas como o apoio à maternidade e
paternidade, apoio às famílias com necessidades especiais, serviços
básicos (consideração do agregado familiar na cobrança de água e
saneamento, por exemplo) e educação e formação.
Habitação e
urbanismo, transportes, saúde, cultura, desporto, lazer e tempo livre,
cooperação e participação social, facilitadores (como gabinete da
família ou cartão de família numerosa) e medidas de conciliação entre
trabalho e família foram outros fatores ponderados.
A prestação
das autarquias foi avaliada através de um inquérito feito a nível
nacional, cuja participação é voluntária, tendo o Observatório recebido
resposta de 104 câmaras municipais.
* São escassas as vezes que concordamos com um membro do governo, com este não hesitamos.
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NAKED
FASHION SHOW
HAUTE COUTURE
OUTONO/INVERNO
2015/2016
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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Um terço dos jovens portugueses com menos de 25 anos pondera emigrar em busca de um futuro melhor, revela o estudo European Consumer Payment Report desenvolvido pela consultora europeia Intrum Justitia.
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HOJE NO
Um terço dos jovens portugueses
pondera emigrar
Um terço dos jovens portugueses com menos de 25 anos pondera emigrar em busca de um futuro melhor, revela o estudo European Consumer Payment Report desenvolvido pela consultora europeia Intrum Justitia.
De acordo com o estudo, 33% dos jovens
com menos de 25 anos considera sair do país em busca de uma vida melhor.
O estudo, divulgado esta quarta-feira, 18 de Novembro, conclui ainda
que 40% dos pais portugueses considera que os filhos vão viver pior do
que eles.
Este estudo indica igualmente que 15% dos portugueses tiveram de pedir dinheiro emprestado para pagar as contas nos últimos seis meses. A grande maioria afirma que pede ajuda à família para pagar as contas, depois recorrem aos amigos e só em terceiro lugar recorrem ao banco.
Quase metade dos entrevistados portugueses (49%) afirma não ter pago algumas das suas contas a tempo nos últimos 12 meses, mais que a média europeia (44%). Já na Grécia, 78% dos inquiridos afirma que não pagou alguma das suas contas a tempo nos últimos 12 meses.
Ainda assim, o estudo da Intrum Justitia mostra que apenas pouco mais de 40% dos portugueses tenta economizar algum dinheiro regularmente para fazer face a eventuais imprevistos. Em média, os portugueses poupam mensalmente cerca de 150 euros.
Também um quarto dos portugueses afirma que apenas continua no seu casamento ou união de facto por motivos económicos, mais 9% que a média europeia.
O estudo European Consumer Payment Report foi desenvolvido pela Intrum Justitia a partir de dados recolhidos numa pesquisa realizada junto de 22.400 cidadãos europeus de 21 países.
* Um grande "conseguimento" do governo PSD/CDS, exportar carne humana de luxo.
Este estudo indica igualmente que 15% dos portugueses tiveram de pedir dinheiro emprestado para pagar as contas nos últimos seis meses. A grande maioria afirma que pede ajuda à família para pagar as contas, depois recorrem aos amigos e só em terceiro lugar recorrem ao banco.
Quase metade dos entrevistados portugueses (49%) afirma não ter pago algumas das suas contas a tempo nos últimos 12 meses, mais que a média europeia (44%). Já na Grécia, 78% dos inquiridos afirma que não pagou alguma das suas contas a tempo nos últimos 12 meses.
Ainda assim, o estudo da Intrum Justitia mostra que apenas pouco mais de 40% dos portugueses tenta economizar algum dinheiro regularmente para fazer face a eventuais imprevistos. Em média, os portugueses poupam mensalmente cerca de 150 euros.
Também um quarto dos portugueses afirma que apenas continua no seu casamento ou união de facto por motivos económicos, mais 9% que a média europeia.
O estudo European Consumer Payment Report foi desenvolvido pela Intrum Justitia a partir de dados recolhidos numa pesquisa realizada junto de 22.400 cidadãos europeus de 21 países.
* Um grande "conseguimento" do governo PSD/CDS, exportar carne humana de luxo.
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I-GENOMA HUMANO
3-DESCODIFICANDO A VIDA
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"DESTAK"
Setúbal recebe título de Cidade Europeia do Desporto 2016 no Parlamento Europeu
A cidade de Setúbal recebeu hoje o título de Cidade Europeia do Desporto 2016 numa cerimónia realizada no Parlamento Europeu, em Bruxelas, que contou com a presença da campeã olímpica e patrona da candidatura setubalense Rosa Mota.
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A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, que recebeu o título atribuído pela Associação das Capitais Europeias e Cidades do Desporto (ACES), considerou que se trata de uma distinção merecida pelo município setubalense.
"Setúbal tem uma política de desenvolvimento desportivo baseada na promoção do desporto para todos e no movimento associativo", disse a autarca.
* Parabéns setubalenses a vossa cidade é linda.
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FRANCISCO COELHO
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A Democracia custa a aprender
IN "AÇORIANO ORIENTAL"
16/11/15
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Charlot
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Lembrou-me Charlot: a placa dizia é proibido entrar: ele arrancava a placa… e entrava!
O Primeiro tem a esperteza de Charlot, mas sem piada. Que tal rever a Constituição e marcar eleições?
Mais do que atrevido, o desejo é sintoma grave. Desde logo, do
incómodo reiterado com a nossa Lei Fundamental, que é uma Constituição
democrática, similar às congéneres europeias.
Depois, porque Passos não atinge o porquê da proibição de o PR
dissolver a AR nos últimos seis meses de mandato, apesar da tentação dos
cagarros…
E sobretudo: Passos não quer perceber que um PR, que jurou cumprir a
CRP, na circunstância, nunca poderia marcar novas eleições, mesmo sema
tal norma dos seis meses!
É que, desde 82 do séc. passado que o Governo não responde
politicamente perante o PR, e este só pode usar a “bomba atómica” para
garantir o regular funcionamento das instituições democráticas. Como é
que o PR pode dissolver um Parlamento eleito há um mês e que prenuncia
uma solução de governo maioritária? Porque não é do seu Partido? E,
neste caso, far-se-iam eleições todos os meses, até ganhar a coligação
deles? Mas eles não diziam que ganharam? Então porque é que o Governo
caíu?
A Democracia custa a aprender
IN "AÇORIANO ORIENTAL"
16/11/15
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“Mostrei aos nossos parceiros fotografias tiradas do espaço e por aeronaves que mostram claramente a enorme escala do comércio ilegal de petróleo”, disse Putin, adiantando que “a coluna de veículos de reabastecimento se estende por dezenas de quilómetros, a ponto de, a uma altura de quatro a cinco mil metros de altitude, ir para além do horizonte”.
O líder russo insistiu assim na possibilidade de encontrar um compromisso entre todos os países envolvidos no conflito sírio e sugeriu que a pacificação regional terá de passar por um processo de transição do poder em Damasco. “Nós necessitamos do apoio dos EUA, dos países europeus, da Arábia Saudita, da Turquia e do Irão”, frisou.
Putin aproveitou ainda para se congratular por os EUA em princípio terem alterado a sua posição relativamente à cooperação com a Rússia no esforço para travar os jihadistas após o massacre nas ruas de Paris. “Temos de organizar os esforços com a preocupação específica de prevenir ataques terroristas e combater o terrorismo à escala global. Oferecemo-nos para cooperar com os EUA na luta contra o Daesh. Infelizmente, os nossos parceiros norte- -americanos recusaram. Apenas nos enviaram uma nota a dizer: ‘Rejeitamos a vossa oferta’”, contou Putin. “Mas a vida está sempre a evoluir e a um ritmo muito rápido, e muitas vezes ensina lições. Julgo que a noção de que uma luta eficaz [contra o terrorismo] só pode existir se nos juntarmos está agora a tornar-se clara para todos”, acrescentou.
Vale a pena notar que no início da semana os EUA lançaram o primeiro ataque aéreo contra uma das linhas de abastecimento petrolífero do Daesh. Até então o argumento usado pela Casa Branca para não atingir os mais de mil camiões-cisterna controlados pelos radicais sunitas era o receio de causar baixas civis. O “New York Times” citava ontem fontes da Casa Branca anunciando que, num esforço “para intensificar a pressão sobre o Estado Islâmico, os caças norte-americanos bombardearam pela primeira vez na segunda-feira centenas de camiões que o grupo extremistas tem usado para contrabandear o crude produzido na Síria”.
A notícia adiantava que, segundo uma avaliação inicial, 116 camiões foram destruídos no ataque, que ocorreu perto de Deir al-Zour, uma área no Leste da Síria controlada pelo Daesh.
Como notaram alguns analistas, ainda que Washington garanta que estas operações foram planeadas com bastante antecedência em relação aos ataques terroristas em Paris, não deixa de ser curiosa a coincidência desta importante mudança na táctica norte-americana. Como é curioso que a maioria dos jornais de grande circulação ocidentais tenham ignorado ou secundarizado a intervenção de Putin na cimeira e o facto de os últimos acontecimentos parecem ter forçado o Ocidente, particularmente França, a aproximarem-se da posição russa na tentativa de resolver as tensões no Médio Oriente.
* Pela primeira vez concordamos com Putin, há muito cidadão do G-20 a apoiar financeiramente os terroristas e os governos sabem.
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HOJE NO
"i"
G20.
Putin revela que o Daesh é financiado
por 40 países, alguns do G20
Escusando-se para já a apontar o dedo a nações específicas, presidente russo diz ter provas que sustentam acusações.
Com os trabalhos de casa feitos, Vladimir
Putin tomou o palco da cimeira do G20 em Antália, Turquia, e disse que o
rasto dos financiadores do Estado Islâmico (Daesh) tem origem em mais
de 40 países, alguns deles presentes no encontro que, na sequência dos
ataques de Paris que causaram até ao momento 132 mortos, ficou dominado
pela estratégia de combate aos jihadistas. O dedo não foi apontado a
governos mas a privados, e embora o presidente russo não tenha
mencionado nomes garantiu aos jornalistas que tinha partilhado as provas
recolhidas pelas secretas russas com os restantes estados durante a
cimeira.
Não é novidade que alguns dos patrocínios que os radicais sunitas que
controlam amplas faixas de território na Síria e no Iraque vêm de
alguns dos bolsos mais fundos de países do golfo Pérsico alinhados com a
política externa e os interesses norte-americanos. São aliados
importantes como o Koweit, o Qatar e a Arábia Saudita, mas Putin não
quis ir mais longe e revelar pormenores do mapa do dinheiro que alimenta
o monstro e as suas actividades. Mas, além de pôr na mesa a necessidade
de cortar o fluxo de doações para o Daesh, o líder russo tocou no
aspecto nuclear do financiamento dos extremistas: o comércio ilegal de
petróleo.
“Mostrei aos nossos parceiros fotografias tiradas do espaço e por aeronaves que mostram claramente a enorme escala do comércio ilegal de petróleo”, disse Putin, adiantando que “a coluna de veículos de reabastecimento se estende por dezenas de quilómetros, a ponto de, a uma altura de quatro a cinco mil metros de altitude, ir para além do horizonte”.
De acordo com dados dos serviços de informação iraquianos e
norte-americanos, estima-se que o Daesh obtenha 50 milhões de dólares
(cerca de 46,6 milhões de euros) todos os meses com a venda do petróleo
extraído dos poços que capturou no Iraque e na Síria. Reiterando a
disponibilidade da Rússia para combater os radicais sunitas nos seus
bastiões na Síria, Putin disse que há já “alguns grupos armados da
oposição que equacionam iniciar operações contra o Daesh com o apoio da
Rússia”. “Estamos preparados para oferecer apoio aéreo. Se isto
acontecer, poderá criar-se uma boa fundação para o esforço subsequente
de estabelecer um acordo político”, afirmou.
O líder russo insistiu assim na possibilidade de encontrar um compromisso entre todos os países envolvidos no conflito sírio e sugeriu que a pacificação regional terá de passar por um processo de transição do poder em Damasco. “Nós necessitamos do apoio dos EUA, dos países europeus, da Arábia Saudita, da Turquia e do Irão”, frisou.
Putin aproveitou ainda para se congratular por os EUA em princípio terem alterado a sua posição relativamente à cooperação com a Rússia no esforço para travar os jihadistas após o massacre nas ruas de Paris. “Temos de organizar os esforços com a preocupação específica de prevenir ataques terroristas e combater o terrorismo à escala global. Oferecemo-nos para cooperar com os EUA na luta contra o Daesh. Infelizmente, os nossos parceiros norte- -americanos recusaram. Apenas nos enviaram uma nota a dizer: ‘Rejeitamos a vossa oferta’”, contou Putin. “Mas a vida está sempre a evoluir e a um ritmo muito rápido, e muitas vezes ensina lições. Julgo que a noção de que uma luta eficaz [contra o terrorismo] só pode existir se nos juntarmos está agora a tornar-se clara para todos”, acrescentou.
Vale a pena notar que no início da semana os EUA lançaram o primeiro ataque aéreo contra uma das linhas de abastecimento petrolífero do Daesh. Até então o argumento usado pela Casa Branca para não atingir os mais de mil camiões-cisterna controlados pelos radicais sunitas era o receio de causar baixas civis. O “New York Times” citava ontem fontes da Casa Branca anunciando que, num esforço “para intensificar a pressão sobre o Estado Islâmico, os caças norte-americanos bombardearam pela primeira vez na segunda-feira centenas de camiões que o grupo extremistas tem usado para contrabandear o crude produzido na Síria”.
A notícia adiantava que, segundo uma avaliação inicial, 116 camiões foram destruídos no ataque, que ocorreu perto de Deir al-Zour, uma área no Leste da Síria controlada pelo Daesh.
Como notaram alguns analistas, ainda que Washington garanta que estas operações foram planeadas com bastante antecedência em relação aos ataques terroristas em Paris, não deixa de ser curiosa a coincidência desta importante mudança na táctica norte-americana. Como é curioso que a maioria dos jornais de grande circulação ocidentais tenham ignorado ou secundarizado a intervenção de Putin na cimeira e o facto de os últimos acontecimentos parecem ter forçado o Ocidente, particularmente França, a aproximarem-se da posição russa na tentativa de resolver as tensões no Médio Oriente.
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OUTRAS PALAVRAS
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6- OS NÚMEROS POR
OUTRAS PALAVRAS
HANS ROSLING
ÚLTIMO EPISÓDIO
A
Pordata fez cinco anos, e celebrou-os em grande, no Teatro Nacional D.
Maria II, Lisboa. Intervenção de Hans Rosling, um médico e académico sueco da
Fundação Gapminder, internacionalmente conhecido pelas suas
apresentações criativas e didáticas de estatísticas variadas.
*
Cada episódio desta extraordinária palestra foi subdividido em dois
vídeos porque continha demasiado peso em bites não suportável pelo nosso
programa de conversão. Pedimos um pouco de paciência, ao fim de
visionar o filme de cima, não perca o vídeo de baixo.
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"A BOLA"
Râguebi
«Lomu deu novo sentido ao jogo»
- Lapasset
O presidente da World Rugby, Bernard Lapasset, deu
esta quarta-feira conta da profunda consternação sentida em todo o mundo
e apaixonados da modalidade pela desaparecimento prematuro do
neozelandês Jonah Lomu, aos 40 anos.
O francês, responsável máximo da World Rugby, mal conteve a emoção ao falar de um jogador magnético, que inspirou milhões em todo o Mundo a praticar e seguir o râguebi.
«Lomu era um homem fabuloso. Deu um novo sentido ao jogo: mais rápido, incisivo, forte. Foi o jogador que todos os treinadores sonhavam treinar. Mas era uma pessoa tímida, reservada, humilde e generosa», afirmou Bernard Lapasset, citado pelo diário desportivo gaulês ‘L´Èquipe’.
«Empenhou-se pelo râguebi de sete, foi embaixador da modalidade aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Tinha sempre um gesto para os outros. A sua última mensagem para mim, no fim de semana, foi de solidariedade para com as vítimas e famílias dos atentados de Paris», disse Lapasset, consternado com a partida da antiga estrela, vítima de doença rara nos rins, esta semana.
O francês, responsável máximo da World Rugby, mal conteve a emoção ao falar de um jogador magnético, que inspirou milhões em todo o Mundo a praticar e seguir o râguebi.
«Lomu era um homem fabuloso. Deu um novo sentido ao jogo: mais rápido, incisivo, forte. Foi o jogador que todos os treinadores sonhavam treinar. Mas era uma pessoa tímida, reservada, humilde e generosa», afirmou Bernard Lapasset, citado pelo diário desportivo gaulês ‘L´Èquipe’.
«Empenhou-se pelo râguebi de sete, foi embaixador da modalidade aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Tinha sempre um gesto para os outros. A sua última mensagem para mim, no fim de semana, foi de solidariedade para com as vítimas e famílias dos atentados de Paris», disse Lapasset, consternado com a partida da antiga estrela, vítima de doença rara nos rins, esta semana.
* As boas pessoas deviam estar proíbidas de morrer
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JAZZLAND
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JAZZLAND
Django Reinhardt
Paris Blues
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Directores obrigados a desligar sistemas de intrusão temem assaltos nas escolas
Ministério da Educação e Ciência terá exigido que sistema fosse desligado em 1.200 escolas
Os diretores escolares foram avisados, pelos serviços do Ministério
da Educação, de que tinham de desligar os sistemas de intrusão e estão
agora preocupados com possíveis assaltos às escolas e equipamentos.
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O jornal Correio da Manhã noticia hoje a existência de 1.200 escolas
sem videovigilância nem sistemas de alarme, depois de os serviços do
Ministério da Educação e Ciência (MEC) terem exigido que os sistemas
fossem desligados.
Em declarações à Lusa, Filinto Lima, presidente da Associação
Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), e
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes
Escolares (ANDE), confirmaram a informação.
"Recebemos um ofício da Direção Geral de Estatísticas da Educação e
Ciência (DGEEC), datado de 11 de novembro, que nos manda desligar os
sistemas de segurança e que avisa que poderemos incorrer em coimas caso
se mantenham ligados", contou à Lusa Manuel Pereira, que é também
diretor de um agrupamento de escolas.
Até 2010, as escolas tinham guardas-noturnos mas, quando começou a
funcionar o sistema de segurança, deixaram de precisar destes
profissionais, lembrou Manuel Pereira, explicando que alguns passaram a
executar funções de assistentes operacionais (funcionários).
"Agora, as escolas ficam durante toda a noite e durante todo o fim de
semana entregues a elas próprias. A tranquilidade que existia acabou e
começo a ficar preocupado", alertou Manuel Pereira.
O receio de que as escolas possam ser assaltadas também é partilhado
por Filinto Lima, que lembra que "as escolas têm à sua guarda
equipamentos de valor que precisam de estar bem guardados".
"Este era um projeto muito interessante do ministério, que
salvaguardava os materiais que temos nas escolas", acrescentou o
presidente da ANDAEP e também diretor de um outro agrupamento de
escolas.
Os dois diretores escolares pedem ao MEC que reavalie e situação e que o sistema volte a funcionar o mais rapidamente possível.
Questionado pela Lusa, o gabinete do ministério afirmou que "está
neste momento pronto o procedimento para lançamento de um novo concurso
neste âmbito".
Agora, a monitorização da videovigilância funciona apenas durante o
dia, estando "em causa apenas a monitorização remota do sistema de
intrusão e de videovigilância, quando a escola está fechada",
acrescentam os serviços do MEC, que dizem ainda que "os alarmes podem
ser ligados localmente, sendo necessário assegurar o seu
acompanhamento".
* O vencedor do novo concurso será anunciado após muitas escolas terem sido assaltadas, boa política a do MEC.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Família dos líderes do Estado Islâmico
em fuga da Síria
As famílias dos líderes do ISIS estão a fugir da cidade síria de
Raqqa, o bastião do movimento terrorista, após o robustecimento da
ofensiva aérea da Rússia e da França. A notícia, avançada pela
Bloomberg, baseia-se em informações de um grupo que monitoriza o
conflito.
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De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que a
agência de notícias cita, dezenas de famílias em busca de refúgio
dirigem-se para Mosul, no Norte do Iraque, tomada pelo auto-proclamado
Estado Islâmico há mais de um ano.
O observatório conta que pelo menos 33 combatentes do ISIS morreram
nos três dias de ataque aéreo que se seguiram aos atentados perpetrados
em Paris, na sexta-feira, e cuja autoria foi reclamada precisamente pelo
movimento que reclama para si a constituição de um califado.
Na terça-feira, a Rússia anunciou a duplicação da escala dos seus
ataques à Síria, tendo o presidente Vladimir Putin dado ordens para que o
exército do seu país colabore com o francês, o qual deverá considerar
como “aliado”.
O governo russo tem como motivação extra o atentado a um avião
comercial de uma companhia nacional que viajava de Sharm el Sheikh para
São Petersburgo. Caído sobre a península do Sinai, vitimou 224 pessoas,
tendo a colocação da bomba sido reivindicada pela divisão do ISIS no
Egipto. O Kremlin encetou mesmo uma cooperação com as autoridades
egípcias, através dos respectivos serviços secretos.
Um professor de história e política internacionais no Graduate
Institute, de Genebra, Andre Liebich, afirmou à Bloomberg que se as
famílias estão em fuga, isto “confirma que é um movimento em declínio.
Será um verdade revés para o seu prestígio, porque o que o tem apoiado é
esta ideia de ser um califado em expansão”.
* Antes de se finarem ainda vão matar muito inocente, infelizmente. O sr. Presidente antes de finar o mandato ainda vai fazer muito mal ao país, infelizmente.
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A PRETO E BRANCO
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A PRETO E BRANCO
TIRADAS E A CORES
RETOCADAS
CLAUDE MONET - 1923 |
PABLO PICASSO - 1945 |
WINSTON CHURCHIL - 1941 |
HELLEN KELLER E CHALIE CHAPLIN - 1918 |
ALBERT EINSTEIN - 1921 |
MARK TWAIN- 1900 |
CHARLES DARWIN -1877 |
FALCÃO VERMELHO, SIOUX - 1905 |
LOUIS ARMSTRONG, LUCILLE SUA MULHER,
NO CAIRO - 1961
|
IRMÃOS KENNEDY - 1960 |
CLINT EASTWOOD - 1960 |
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Paulo Morais consegue 7500 assinaturas
Candidato presidencial vai a votos em janeiro.
O candidato presidencial Paulo Morais recolheu esta terça-feira as 7500 assinaturas que lhe permitem ir a sufrágio em janeiro. Em declarações ao CM, o professor universitário aproveitou para criticar esta obrigatoriedade, que, na sua opinião, favorece partidos políticos e dificulta a entrada de candidaturas individuais.
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Sobre Cavaco Silva e a demora do Chefe de Estado em decidir se mantém o Governo em gestão ou indigita António Costa, Paulo Morais foi bastante crítico. "O Presidente da República está a deixar chegar esta situação a um estado pantanoso. Estamos há mais de 40 dias sem Governo estável, o que é inadmissível", adianta. Já sobre as eleições presidenciais de janeiro, o candidato garante que não será uma corrida a dois entre Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém. "Estou confiante que vou chegar à segunda volta", assegura.
Quanto aos ataques terroristas dos últimos dias, o docente universitário diz que é necessário alterar procedimentos e toca num ponto polémico: os migrantes. "A situação do terrorismo tem de ser encarada de uma forma militar e interligada com a crise dos refugiados. Os refugiados não podem ser vistos como simples emigrantes que chegam a um país, mas como refugiados de guerra que têm de ser tratados por forças militares", defende.
* Ficamos contentes por poder ir a votos, é um homem sério e corajoso.
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1 - O Caso Pequim
2- Os negócios com a Líbia
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Caso Vistos Gold.
Conheça tudo o que o MP reuniu
contra Miguel Macedo
Ex-ministro acusado de promover tratamentos de favor na Administração Interna, Negócios Estrangeiro e Finanças para empresas a que amigo estava ligado. Jaime Gomes terá recebido mais de 185 mil euros
Miguel Macedo não é o arguido com a acusação mais pesada do caso
Vistos Gold mas acaba por ser a cara mais mediática do processo. Em
primeiro lugar, por ter sido este processo que esteve na origem da sua
demissão de ministro da Administração Interna no dia 16 de novembro de
2014. Mas, sobretudo, pelo grau de censura com que a equipa de quatro
procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal
(DCIAP) responsável pela acusação classifica a sua conduta precisamente
por se tratar de um responsável político responsável pela segurança e
tutela de diversas polícias, com a PSP e a GNR.
De acordo com o despacho de acusação a que o Observador teve acesso em exclusivo, as situações que envolvem Miguel Macedo, e que estão na origem dos quatro crimes (três de prevaricação e um de tráfico de influência) que lhe são imputados pelo Ministério Público (MP), são as seguintes:
- Terá ordenado verbalmente a Manuel Palos, então diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para que este apresentasse uma proposta de nomeação de um oficial de ligação para a imigração para a embaixada portuguesa em Pequim (China), de forma a satisfazer os “interesses de natureza privada e lucrativa prosseguidos conjuntamente pelos arguidos Jaime Gomes, António Figueiredo” e o empresário chinês “Zhu Xiadong”. Palos terá executado o pedido feito por Macedo a 13 de Março de 2013.
- Voltou a ordenar a Manuel Palos para que este emitisse vistos de estada temporária para cidadãos líbios que vinham a Portugal receber tratamento médico no âmbito de contrato entre a Intelligente Life Solution (ILS) e a Líbia. Uma empresa de Jaime Gomes, empresário e amigo próximo de Miguel Macedo, tinha um contrato com a ILS. Palos voltou a acatar a ordem de Macedo.
- Alegadamente atuando em “conjugação de esforços” com Jaime Gomes, e em troca de “vantagem pecuniária a este último disponibilizadas”, Miguel Macedo, então ministro da Administração Interna, terá intercedido junto do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio para alegadamente obter uma decisão favorável no âmbito de um processo de reembolso de IVA num montante superior a um milhão de euros. As faturas sobre as quais tinha sido cobrado o IVA em questão diziam respeito ao negócio de tratamento médico de cidadãos líbios em Portugal
- O chamado caso dos helicópteros que foi revelado pelo Correio da Manhã. Terá disponibilizado ao empresário e seu amigo Jaime Gomes o caderno de encargos relativo ao concurso internacional de manutenção dos helicópteros do Estado – documentação essa que terá sido entregue à empresa Easy Jet, que viria a ganhar o concurso e que tinha sido adquirida pelo grupo Bragaparques liderado pelo empresário Domingos Névoa.
DESENVOLVENDO:
1 - O Caso Pequim
A primeira situação relaciona-se com o centro do processo Vistos
Gold: a realização de negócios imobiliários com empresários que tivessem
interesse na obtenção da Autorização de Residência para Investimento
(ARI) – nome técnico do ‘visto gold’. Os principais suspeitos, na óptica
do MP, de lucrarem ilicitamente com esses negócios são António
Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado, e o
empresário chinês Zhu Xiadong. Dupla que passou a ter a colaboração de
Jaime Gomes, figura próxima de Miguel Macedo, desde agosto de 2013.
Três
meses depois, Gomes e Xhiadong tiveram a ideia de abrirem na China uma
entidade que o MP designa de “Agência de Imigração/Vistos Gold”. O
objectivo dessa nova entidade seria angariar empresários chineses (“clientela”)
mas para tal seria necessário a nomeação de um Oficial de Ligação de
Imigração (OLI) para a embaixada portuguesa em Pequim. Tal responsável
diplomático seria uma espécie de guarda avançada em termos burocráticos
para agilizar todos os processos administrativos relacionados com os
‘vistos gold’.
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É precisamente aqui que entra Miguel Macedo, pois o OLI depende sempre da indicação do ministro da Administração Interna – e este cargo não existia naquele momento (finais de 2013) na Embaixada de Portugal na China.
Macedo,
de acordo com a acusação do MP, terá ordenado a Manuel Palos, então
diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que elaborasse
uma informação no sentido do Ministério dos Negócios Estrangeiros
autorizar a criação de tal posto diplomático sob proposta da Ministério
da Administração Interna (MAI). O que Palos executou.
Um das prova mais fortes que o MP entende ter contra Miguel Macedo diz respeito a um sms que o então ministro terá enviado a António Figueiredo no dia 5 de novembro de 2013: “Sempre a facturar… já dei a volta ao assunto da China. Abraço”. Para os procuradores responsáveis pela acusação, Macedo está a referir-se à criação do cargo OLI na embaixada em Pequim
José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, chegou a
estar envolvido neste processo administrativo, tendo Miguel Macedo
admitido mesmo publicamente (mais concretamente na Assembleia da
República a 17 de dezembro de 2013) que o posto OLI em Pequim seria
mesmo criado.
Contudo, a respectiva proposta do SEF, que deu
entrada no dia 17 de março de 2014 no gabinete de Miguel Macedo no MAI,
não chegou a ter aprovação final do ministro. Porquê?
Segundo o MP, verificou-se uma fuga de informação entre março e abril que permitiu a António Figueiredo ter conhecido das escutas telefónicas que estaria a ser alvo e da consequente investigação que deu agora lugar à acusação. Aquando das buscas realizadas a 13 de novembro de 2014 a diversos locais, como o gabinete do próprio Miguel Macedo, a procuradora Susana Figueiredo, uma das responsáveis pela investigação, não encontrou a proposta do SEF nos arquivos do MAI. Tal documento só foi remetido ao MP depois das buscas.
Apesar
da proposta do SEF não ter sido aprovada por Miguel Macedo, o
MP entende que o crime de prevaricação foi consumada com a proposta do
SEF a pedido de Macedo.
2- Os negócios com a Líbia
Os negócios de Jaime Gomes com a Intelligent Life Solutions (ILS) de
Paulo Lalanda Castro acabam por representar as situações mais
complicadas.
.
O primeiro caso tem a ver com um contrato que a
ILS estabeleceu a 24 de Julho de 2013 com o Ministério da Saúde da Líbia
para providenciar tratamentos médicos a 342 cidadãos líbios feridos na
guerra civil que assolou aquele país mediterrânico desde a queda do
regime do ditador Muammar al-Ghadafi. Para o efeito, a ILS receberia
cerca de 42 mil euros por doente, acrescidos de 7.500 € por doente para
os custos logísticos. No total, a empresa de Paulo Lalanda
Castro (também administrador da Octapharma e ex-patrão de José Sócrates)
receberia um total de 18 milhões de euros.
De forma a
agilizar a autorização dos vistos necessários para os doentes líbios e
organizar a respectiva logística da estadia em Portugal, a
ILS estabeleceu um contrato a 2 de Setembro e 2013 com a empresa JAG –
Consultoria e Gestão – sociedade comercial detida e gerida por Jaime Gomes, amigo de Miguel Macedo.
A JAG receberia cerca de 2.812,5 € por doente após desconto dos custos
de alojamento e transporte efetivamente pagos por cada doente que seriam
tratados no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, e no Hospital da
Prelada, no Porto. No total, esta seria uma verba que em termos brutos
poderia ascender a um total de cerca de 961 mil euros.
PALOS |
A empresa
de Jaime Gomes chegou mesmo a receber um total de cerca de 101 mil euros
entre Novembro de 2013 e Maio de de 2014. Pelo meio, verificaram-se
algumas situações extraordinárias que terão, segundo o MP, violado
regras pré-estabelecidas:
- A pedido de Jaime Gomes, Miguel Macedo terá solicitado a Manuel Palos que desse um tratamento de favor à ILS. O então director nacional do SEF terá elaborado “pacote de medidas de natureza excepcional”.
- Quais? “Apor as vinhetas dos vistos nos passaportes dos cidadãos líbios no aeroporto em Portugal”, “aceitar aprioristicamente uma mera de declaração de boa conduta a emitir pelo Ministério da Saúde líbio em substituição da certidão de registo criminal, independentemente da prévia e casuística indicação e justificação pela ILS da impossibilidade de obter tal elemento junto das autoridades líbias competentes” e aceitar a emissão de um parecer do SEF para uma apólice de seguro válida para 90 dias, em vez dos habituais 120 dias.
- Estas medidas tiveram parecer negativo e a oposição de diversos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e da Embaixada de Portugal em Tripoli mas parte delas acabaram por ser aprovadas devido “ao interesse politico da tutela do SEF em facilitar o negócio da ILS”, lê-se no despacho de acusação.
Os dois primeiros grupos de cidadãos líbios, num total de 189
pessoas, entraram em Portugal a 3 de outubro de 2013 e a 20 de janeiro
de 2014, tendo os respetivos processos tido um acompanhamento próximo do
SEF e do gabinete de João Almeida, secretário de Estado da
Administração Interna que tinha sido posto à margem do processo na fase
inicial.
O MP faz questão de enfatizar na acusação que a sociedade AMI – Hospital Privado de Guimarães, que foi pioneira em acordos idênticos com as autoridades da Líbia, não teve o mesmo tratamento de favor que a ILS. Pelo contrário, foi-lhe negado a possibilidade de vistos por 90 dias e imposto a duração normal de 120 dias.
O
alegado favorecimento da ILS em relação a outras empresas continuou
depois do encerramento da Embaixada de Portugal na Líbia a 28 de julho
de 2014, sequência do agravamento da guerra civil naquele país. A
ILS pretendia que a secção consular da embaixada portuguesa na Tunísia
continuasse a emitir os vistos para os doentes líbios mas os
responsáveis do MNE resistiam a essa hipótese.
Miguel Macedo decidiu então falar, mais uma vez a pedido de Jaime Gomes, com o seu colega ministro Rui Machete, de forma a que, de forma excecional, fossem emitidos os vistos para o terceiro grupo de cidadãos líbios que a ILS trataria em Portugal. Nas palavras dos procuradores do DCIAP, Macedo procurou “alcançar a cobertura politica para a solução visada pela ILS” com esse contacto ocorrido a 26 de agosto de 2014
Na
sequência do contacto de Macedo, Rui Machete incumbiu o seu chefe de
gabinete de verificar o que se estava a passar. Três dias depois o
problema terá sido resolvido, tendo Miguel Macedo informado disso mesmo
Jaime Gomes – que, por seu lado, vangloriou-se, segundo o MP, junto de
Paulo Lalanda Castro de que a solução estaria encontrada.
A 3 de
setembro de 2014, a Embaixada de Portugal na Tunísia recebeu autorização
do MNE, após parecer positivo do SEF, para emitir vistos para um
terceiro grupo de 29 cidadãos líbios. O mesmo aconteceu com um quatro
grupo de 21 pacientes e de 10 acompanhantes que aterraram em Lisboa em
novembro de 2014 – pouco dias antes da Operação Labirinto ver a luz do
dia com a detenção de 11 arguidos.
.
SHOW OFF |
Mais uma vez, repete o
MP, outras empresas portuguesas foram prejudicadas pelos SEF e pelo MNE,
já que não tiveram o mesmo tratamento que a ILS. A AMI
– Hospital Privado de Guimarães e o Hospital Escola Universidade
Fernando Pessoa tinham solicitado a aprovação da mesma solução para um
total de 90 cidadãos líbios mas o SEF, na pessoa de Manuel Palos, “deu
um tratamento diversos a pretensões semelhantes”.
Os quatro procuradores que subscrevem o despacho de acusação não poupam nas palavras:
O
muito grave e acentuado desrespeito pelos deveres funcionais e pelos
padrões ético-profissionais de conduta, evidenciando total falta de
competência e honorabilidade profissionais, a natureza e a extrema
gravidade dos crimes imputados, a personalidade manifestada nos factos
praticados e o elevado grau de culpa, colidem com os fins institucionais
do cargo público de que Miguel Macedo era titular, cujas atribuições
assumem elevadíssima importância para o Estado português, donde resulta a
incompatibilidade absoluta entre a ação praticada e a manutenção de
qualquer outro cargo público cujo exercício pressuponha a observância de
especiais deveres de prossecução do interesse público, de isenção, de
imparcialidade, de zelo e lealdade”, lê-se no despacho de acusação
3. O problema do IVA
Outra questão relacionada com a ILS diz respeito a uma questão fiscal
que chegou a envolver Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos
Fiscais. O padrão repete-se: a empresa de Paulo Lalanda Castro tem um
problema, Jaime Gomes fala com Miguel Macedo e o ministro da
Administração Interna fala, neste caso, com Núncio para que receba Gomes
e a ILS.
Pelo meio, Jaime Gomes tinha acordado, segundo o MP, o pagamento de um total de 84 mil euros mais uma garantia bancária para uma conta caucionada até um valor de 400 mil euros de uma empresa sua, a PARS – Consultoria e Prestação de Serviços – que, de acordo com a acusação, foi-lhe transmitida por Paulo Lalanda Castro sem aparente compensação monetária. Os pagamentos ocorreram entre janeiro e julho de 2014, a reunião entre Núncio e a ILS verificou-se a 3 de abril e o problema terá ficado resolvido a 11 de julho de 2014.
Qual
era o problema que Jaime Gomes teria de resolver? A propósito dos
contratos com o Ministério da Saúde líbio, a ILS não tinha cobrado IVA.
Tal situação foi detectada numa inspecção da Autoridade Tributária
(AT) após um pedido de reembolso de 40 mil euros da empresa de
Lalanda Castro. Segundo o relatório da AT, a ILS tinha de pagar
mais de 677 mil euros de IVA em falta durante o ano fiscal de 2013,
atenta a faturação de mais de 2,9 milhões de euros ao Estado líbio.
É neste contexto que sucede a reunião com Paulo Núncio, sendo que a ILS, enquanto prestadora de “outros serviços na área da saúde”
que não exclusivamente médicos, não tinha direito, segundo o MP, à
isenção de IVA que defendia. Acrescente-se que a AT considerava que a
ILS, para não pagar IVA em Portugal, a operação teria de ser localizada
na Líbia – o que só poderia ocorrer desde que ficasse comprovado que o
pagamento de IVA tinha acontecido na Líbia.
Pareceres para cima, pareceres para baixo, devidamente acompanhados pelo gabinete de Paulo Núncio, a AT emitiu relatório que deixou sem efeito correcções fiscais de IVA no total de 677 mil euros, atento o valor facturado de 2,9 milhões de euros em 2013. Essa interpretação valeu também para o ano fiscal de 2014, o que originou uma nova poupança para ILS de cerca de 1,1 milhões de euros de IVA para uma receita total de 4,9 milhões de euros.
Montante total poupado pela ILS em
sede de IVA: cerca de 1,8 milhões de euros, valor que que “o Estado
português deixou de arrecadar na íntegra”, segundo o MP. Por último, a ILS ainda teve direito ao reembolso de 43 mil euros que tinha pedido – e que tinha estado na origem do problema.
* Um ministro muito diligente, não sabia apagar fogos mas atear conluios era "expert", acima de qualquer suspeita, oh, oh.
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