Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
06/10/2014
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PORQUE NÓS
NOS INDIGNAMOS!
IN "OBSERVADOR"
03/10/14
DAVID ALMAS EDGAR CAETANO
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PORQUE NÓS
NOS INDIGNAMOS!
Como os investidores
foram iludidos no BES
Fez nesta sexta-feira dois meses que o BES foi resgatado. Enquanto
prepara o futuro do Novo Banco, a equipa de Eduardo Stock da Cunha tem
de enfrentar os problemas de uma herança pesada.
A bolsa de Lisboa não gostou que Paulo Portas apresentasse a demissão
de ministro dos Negócios Estrangeiros ao primeiro-ministro Pedro Passos
Coelho na primeira terça-feira de julho de 2013. O índice PSI 20, que
reflete as cotações das principais ações portuguesas, caiu 1,5% nesse
dia.
Emília Vieira aproveitou a fraqueza da bolsa de Lisboa para comprar
ações do Banco Espírito Santo (BES) nessa altura. Entre junho e julho,
comprou títulos do BES a preços entre 62 e 70 cêntimos. “Investimos, à
luz da informação disponível na altura, com grande margem de segurança”,
conta a presidente da Casa de Investimentos, que gere patrimónios a
partir de Braga. “A cotação de mercado do banco, a posição acionista tão
elevada da família, que eram também os gestores do banco, e o facto de
não ter recorrido à ajuda do Estado foram os motivos que nos levaram a
investir 1,5% do valor das carteiras dos nossos clientes”, revela Emília
Vieira.
Emília Vieira não estava sozinha a investir no BES. No final de junho de
2013, os gestores de fundos portugueses tinham 10,7 milhões de euros
aplicados no segundo maior banco nacional, o equivalente a 0,9% dos
capitais totais investidos pelos fundos em ações. O BES estava na
terceira posição das ações favoritas do setor financeiro, a seguir ao
espanhol Bankia. No primeiro lugar estava o luxemburguês Espírito Santo
Financial Group (ESFG), que, apesar de deter 27,6% do capital do BES,
controlava o banco português. Todavia, 99,5% das ações do ESFG detidas
pelos gestores portugueses estavam na mão de um único fundo: o Espírito
Santo Premium.
“Pela positiva, destaca-se o nosso investimento em ações nomeadamente na
estratégia adotada ao nível do investimento no setor financeiro
nacional”, escreveram os gestores do Espírito Santo Premium sobre o
desempenho do fundo no primeiro semestre de 2013. O relatório não
mencionava, todavia, que, ao longo desses seis meses, a ESAF, a entidade
gestora controlada pela ESFG, apenas investiu em duas ações: do BES e
da ESFG. No final de junho 2013, o Espírito Santo Premium tinha 40,2
milhões de euros em ações da ESFG, o equivalente a 20,7% do seu
património. Na altura já se sabia que a exposição ao Grupo Espírito
Santo (GES) não poderia durar muito mais tempo.
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Crónica de um resgate antecipado
Quatro anos antes, em 2009, o Parlamento Europeu aprovou novas regras
para os fundos de investimento. Entre elas, os fundos especiais de
investimento, como o Espírito Santo Premium, teriam de limitar a
exposição aos títulos emitidos pelo grupo da entidade gestora.
Esperava-se que a transposição da diretiva europeia fosse efetuada até
ao verão de 2011, mas foi só em maio de 2013 que o Governo publicou o
novo regime jurídico dos fundos. Na prática, as novas regras só entraram
em vigor em novembro do ano passado.
Até ao final de outubro de 2013, a ESAF teve de despachar não só as
ações do ESFG que detinha através dos seus fundos, mas também os títulos
de dívida emitidos por empresas do grupo. Esse era um problema muito
maior.
A maior parte das obrigações estavam noutro fundo, o Espírito Santo
Liquidez. Ao contrário do Espírito Santo Premium, que não era vendido na
rede de retalho do BES, o Espírito Santo Liquidez estava espalhado por
cerca de 15 mil investidores, segundo o relatório do fundo do final de
2012. No verão de 2013, o Espírito Santo Premium só tinha cinco
investidores institucionais.
A pressão para a alienação da dívida começou a notar-se no mercado. Em
apenas dois meses, a ESAF teve de vender mais de 1,8 mil milhões de
euros de dívida ligada ao Grupo Espírito Santo que o Espírito Santo
Liquidez tinha na carteira. Não se sabe exatamente quem comprou os
títulos. “É um mistério”, conta um corretor de obrigações de um banco
português. “Fala-se que parte foi empacotada e foi vendida na rede
comercial [do BES], parte foi para grandes investidores estrangeiros, na
Suíça e no Dubai, por exemplo, e outra parte ficou na PT.”
Em agosto, o Wall Street Journal (WSJ) relatou
que uma pequena firma suíça, a Eurofin, criada há 15 anos para
administrar o património da família Espírito Santo e das suas empresas,
ajudava o grupo a vender dívida. “Por vezes, um veículo gerido pela
Eurofin era o único comprador de certas obrigações do BES”, escreveu o
WSJ. “A Eurofin ajudava a empacotar grandes somas de dívida de várias
empresas Espírito Santo, que eram então vendidas aos clientes do banco.”
As relações entre a Eurofin e a família Espírito Santo ficaram evidentes quando a empresa suíça comprou a Nau Capital em fevereiro de 2012, uma gestora de fundos criada com dinheiro dos Espírito Santo e que tinha como líder João Poppe, sobrinho de Ricardo Salgado. João Moreira Rato, que foi administrador financeiro do BES e depois do Novo Banco, também tinha ligações à Nau Capital.
Outras firmas financeiras, muitas com reputados nomes, facilitaram a
venda de títulos do grupo.
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Sair na altura certa
Apesar de saírem muitas notícias sobre as dificuldades de
financiamento do BES, a cotação do banco continuou a subir. Foi então
que Emília Vieira começou a vender. “Decidimos vender 80% da posição dos
nossos clientes na primeira semana de janeiro [de 2014] a 1,198 euros”,
conta a presidente da Casa de Investimento, que agora gere cerca de 60
milhões de euros. “A restante posição foi vendida no início de fevereiro
a 1,179 euros na sequência do adiamento das contas do banco.” A cotação
continuou a subir até 1,46 euros no início de abril e, depois, começou a
derrocada.
“Houve um entusiasmo exagerado”, recorda Emília Vieira, que, antes de
fundar a Casa de Investimentos, trabalhou nas principais capitais do
mundo financeiro e dirigiu o Mestrado em Finanças da Universidade
Católica Portuguesa. A área de investigação preferida de Emília Vieira,
que divide as decisões de investimento com o diretor de gestão de
ativos, Hugo Roque, é na modelização da probabilidade de solvência. O
“entusiasmo exagerado” levou-a a escrever um artigo
para a Vida Económica a chamar a atenção dos investidores para a banca.
Começava assim: “Às vezes os ‘investidores’ estão dispostos a pagar
qualquer preço para entrarem na ‘festa’, convencidos que conseguem sair
cinco minutos antes da meia-noite.”
A análise do Observador às carteiras dos fundos de investimento geridos
em Portugal mostra que os gestores de fundos demoraram um pouco mais do
que a Casa de Investimentos a abandonar as ações do BES. Os fundos
dedicados exclusivamente à bolsa lisboeta, que, em meados de 2013,
tinham pouco mais de 4,2% dos seus ativos nas ações do banco, reduziram
para 3,5% em março passado e, no final de junho, para 1,4%. No final de
julho, no penúltimo dia em que o BES cotou em Lisboa, ainda havia fundos
com ações. O Barclays FPA, um plano de poupança em ações, era o que
mais tinha: 500 mil ações que valiam o equivalente a 2,1% do capital
disponível. Este é o fundo de ações portuguesas que menos ganhou nos
últimos 12 meses, segundo a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios.
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Grandes a sair, pequenos a entrar
Enquanto os gestores profissionais abandonavam o barco, o Banco
Espírito Santo convencia os pequenos investidores a participar num aumento de capital,
anunciado em maio de 2014. O aumento de capital do BES suscitou uma
procura elevada entre os investidores, desde os financeiros da City
londrina até aos investidores nacionais que, respondendo à campanha de marketing
habitual nestas operações, se dirigiram aos balcões do BES para
subscrever as novas ações. O “aumento de capital foi uma ilusão montada
em torno da solidez e da estabilidade do banco”, diz o advogado Alberto
Vaz, que representa um grupo de pequenos acionistas que agora quer travar a venda de ativos do BES.
A procura total pelos novos títulos do aumento de capital superou em
quase duas vezes os 1.045 milhões de euros que foram colocados em novo
capital. Ricardo Salgado, na altura presidente do BES, afirmou após a
operação: “dos dez aumentos de capital que fizemos desde a
reprivatização, em 1992, este foi o de maior sucesso”. Para o banqueiro,
“o êxito deveu-se à elevada confiança, robustez e credibilidade que o
banco goza nos mercados financeiros”, uma robustez que “sai ainda mais
reforçada com esta operação”, afirmou. Cerca de quatro meses volvidos,
“os pequenos investidores que foram ao aumento de capital sentem-se
defraudados”, diz Alberto Vaz.
Os problemas com o GES avolumaram-se logo após o aumento de capital e o
banco ressentiu-se na bolsa. As ações do banco caíram de forma acentuada
em vários dias consecutivos, uma hemorragia que só foi estancada –
temporariamente – quando o governador do Banco de Portugal, Carlos
Costa, tentou tranquilizar o mercado.
“Se algum capital adicional fosse necessário, por força de riscos que
neste momento não estamos a ver, seguramente que há acionistas
interessados em participar num aumento de capital do BES”, afirmou
Carlos Costa, defendendo: “a solvabilidade é sólida e o BES está
capitalizado, tem uma almofada de capital para fazer face aos riscos com
que está confrontado, que tem a ver com a evolução da área não
financeira da família”.
Estas declarações, proferidas a 15 de julho, continuam a ser alvo de
críticas por quem terá aproveitado a queda das ações para investir. Uma
semana depois, o Presidente da República, Cavaco Silva, disse, durante
uma visita à Coreia do Sul: “o Banco de Portugal tem sido perentório e
categórico a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito
Santo dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para
cumprir a exposição que o banco tem à parte não financeira [do GES],
mesmo na situação mais adversa.”
Estas declarações, proferidas a 15 de julho, continuam a ser alvo de
críticas por quem terá aproveitado a queda das ações para investir. Uma
semana depois, o Presidente da República, Cavaco Silva, disse, durante
uma visita à Coreia do Sul: “o Banco de Portugal tem sido perentório e
categórico a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito
Santo dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para
cumprir a exposição que o banco tem à parte não financeira [do GES],
mesmo na situação mais adversa.”
A 1 de agosto, a sexta-feira antes da intervenção, a negociação das
ações do BES foi suspensa pela Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM), o supervisor do mercado de capitais português,
quando os títulos valiam 12 cêntimos e caíam mais de 50%. No aumento de
capital, as novas ações tinham sido vendidas a 65 cêntimos cada uma. O
Financial Times considerou, recentemente, o aumento de capital do BES
como “um dos piores negócios de sempre” na história financeira.
Investidores qualificados?
Alberto Vaz é advogado, um dos que representam os pequenos acionistas que criaram a ABESD – Associação de Defesa dos Clientes Bancários.
Esta associação quer não só travar a venda de ativos do BES para que,
antes de isso acontecer, se possa passar a pente fino a documentação
existente e obter “informação sobre o que existe e o que não existe em
termos de património. E saber o que vai ser reembolsado e em que
termos”, diz o advogado. “Este está a ser um processo demasiado confuso e
com demasiado segredo”, acusa.
A ABESD encomendou um parecer jurídico a uma firma de advogados, que
analisou as queixas apresentadas pelos associados. São várias as
ilegalidades detetadas. Terá havido violação do perfil de risco do
cliente na comercialização de produtos financeiros e, ao mesmo tempo,
foi prestada informação incorreta ou insuficiente sobre as
características dessas aplicações.
Mais: os clientes queixam-se de que terão sido subscritos ou
renovados investimentos sem a sua autorização ou, sequer, o seu
conhecimento. “Parece ter havido uma atuação concertada pelos bancos da
família Espírito Santo com vista a colocar, a todo o custo, o papel
comercial do GES junto dos pequenos investidores”, relata a associação
criada no final de junho para reunir casos de pequenos investidores
lesados no investimento em papel comercial das empresas do GES.
Mais de 200 clientes tinham, em agosto, pedido ajuda a esta
associação, entre os mais de mil contactos feitos. Alberto Vaz, que
agora quer inviabilizar a venda dos ativos do BES, relata a mesma
situação. “Sabe-se que os funcionários do banco receberam instruções
para vender um conjunto de ativos junto dos clientes de retalho que, na
maioria das situações, adquiriram esses produtos sem total consciência
dos seus riscos. Esses investidores, que confiaram nos seus gestores de
conta, foram levados a crer que seria um bom investimento.” Muitos deles
serão, contudo, considerados investidores qualificados, por terem
investimentos superiores a 50 mil euros, como lembrou no início de
agosto a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Também a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor quer ajudar os investidores lesados. Para isso, lançou um formulário de denúncia
que, até esta sexta-feira, recolheu 2.755 informações. “A maioria
destes processos encontra-se ainda sob avaliação por parte da
associação, para saber se é possível avançar para uma solução judicial”,
lê-se no comunicado publicado hoje. Em setembro, André Gouveia, supervisor do serviço de informação, revelou na Proteste Investe, a publicação financeira da associação, que 80% das reclamações prendiam-se com o investimento em ações do BES.
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Arrumar a casa
Enquanto trabalha na venda do Novo Banco, a gestão está a decidir o
que faz com os diversos instrumentos financeiros que foram
comercializados junto dos clientes. A administração liderada por Eduardo
Stock da Cunha propõe a conversão da dívida sénior – ou seja, títulos
com menor risco e que transitaram do BES para o Novo Banco – em
depósitos a prazo que poderão ser mobilizados pelos clientes dentro de
um ano. A solução foi encontrada em acordo entre o Novo Banco, o Banco
de Portugal e a CMVM. Os clientes que não querem ficar presos ao Novo
Banco durante um ano, vendem os títulos ao balcão com perdas de 10%.
Entretanto, o Diário Económico adiantou
que também para o papel comercial das empresas do GES vendido aos
balcões do BES haverá uma solução. Ao contrário do que era o plano de
Vítor Bento, primeiro sucessor de Ricardo Salgado na liderança executiva
do banco, que queria uma solução única para esta questão, Stock da
Cunha prefere, segundo o jornal, uma abordagem diferenciada, ou seja,
procurando resolver um problema de cada vez. Trata-se, aqui, de cerca de
mil milhões de euros em dívida de curto prazo de empresas do GES.
Além disso, segundo noticiou o
Jornal de Negócios, clientes de retalho do Novo Banco ainda têm mais de
1.400 milhões de euros bloqueados em produtos comercializados pelo BES e
que terão sido vendidos como aplicações de capital garantido. Esta é
conhecida como a “dívida oculta” do BES: recursos de clientes que foram
aplicados em ações preferenciais do universo BES e contratos de gestão
discricionária de carteiras que o banco usou para comprar obrigações
suas e instrumentos financeiros do GES. A nova administração quer ajudar
estes clientes a recuperar o capital investido e, também aqui, a equipa
liderada por Eduardo Stock da Cunha está a trabalhar com o Banco de
Portugal e a CMVM no desenho das propostas comerciais para solucionar
esta situação.
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Vender quando? E por quanto?
O governador do Banco de Portugal esteve no último fim de semana de
setembro em Madrid para contactos com possíveis interessados na compra
do Novo Banco. A notícia foi avançada pela imprensa espanhola, citando
fontes que notam, contudo, que uma possível operação de venda “está
ainda muito verde”. O BNP Paribas é o consultor contratado pelo Banco de
Portugal para vender o Novo Banco, o que o ministro da Economia,
António Pires de Lima, antecipa para um “prazo razoável”, isto é,
“durante 2015″.
O Sabadell, parceiro histórico do Banco Comercial Português (BCP) em
Portugal, é um dos nomes citados pela imprensa espanhola como
interessado em investir no Novo Banco, apesar de o banco espanhol
desmentir que esteja a olhar para as operações do Novo Banco em
Portugal. “O nosso sócio de referência em Portugal é o BCP, como ficou
evidente pela participação no recente aumento de capital e de termos
aumentado ligeiramente a participação. Neste momento, não analisamos
nenhuma operação [do Novo Banco] neste país”, garantiu o Sabadell em
resposta ao Cinco Días.
O BBVA, que suspendeu o plano de saída do mercado português quando
começaram a surgir os problemas no BES, é outra das entidades vistas
como interessadas. O Diário Económico adiantou, contudo, que são o
Santander e o Banco BPI que estão mais bem posicionados para vir a
adquirir o Novo Banco. O BPI contaria com o apoio do também espanhol La
Caixa e da empresária angolana Isabel dos Santos, acionista do banco
português que poderia, eventualmente, absorver na sua estrutura as
operações e os ativos e passivos do Novo Banco. O modelo de venda, dizia
o jornal, estará fechado até ao final do ano.
Antes disso, falta ainda a conclusão da auditoria da PwC e espera-se
ainda o desfecho da análise do Banco Central Europeu (BCE) à qualidade
dos ativos bancários europeus. O que parece ter sido garantido é que não
será necessário um reforço de capital do Novo Banco antes da venda. O
chamado balanço “base zero” já está fechado e isso torna mais fácil o contacto com potenciais investidores na instituição criada a 4 de agosto.
Será possível vender o Novo Banco pelos mesmos 4,9 mil milhões de euros com que foi capitalizado pelo Fundo de Resolução?
“Penso que essa possibilidade está completamente fora de questão”,
afirma um analista do setor. Não parece haver muito interesse, diz o
especialista, realçando: “a necessidade de o governador do Banco de
Portugal ter de ir a Madrid, com uma pasta debaixo do braço, atrair
investidores para o banco é revelador disso mesmo”.
Do ponto de vista dos investidores, continua a existir muito pouca
visibilidade quanto ao risco de perdas adicionais e possíveis
litigações. Mesmo depois da auditoria da PwC e do exame do BCE à banca
europeia, é muito difícil que o banco seja vendido ao valor dos seus
capitais próprios, ou seja, aqueles que foram injetados pelo Fundo de
Resolução. “Se olharmos para os outros bancos portugueses na bolsa,
todos estão a negociar a valores inferiores aos seus capitais próprios.
E, apesar de tudo, não é comparável a situação dos outros bancos com as
dificuldades e os riscos que o Novo Banco ainda enfrenta.”
O BES foi alvo de uma medida de resolução há dois meses. Dentro de 30
dias, os juros pagos pelo Novo Banco pelo empréstimo que recebeu da
linha de recapitalização da troika vão sofrer o primeiro
agravamento. O custo do empréstimo foi inicialmente definido em 2,95%,
mas este valor sofre um agravamento de cinco pontos base à passagem de
cada período de três meses. Assim, no início de novembro, a taxa subirá
para 3%.
Trata-se, ainda assim, de uma fração do custo de mais de 8% cobrado
aos outros bancos (BCP, BPI e Banif) que foram recapitalizados com
dinheiro da troika, mas através da emissão de obrigações de
capital contingente, ou seja, empréstimos que se transformariam em
capital e, portanto, numa nacionalização, caso não fossem reembolsados.
Aqui, explicou a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, “não há
risco para os contribuintes”, porque se o Novo Banco for vendido abaixo
do preço do empréstimo, os outros bancos a operar em Portugal –
acionistas do Fundo de Resolução – têm de devolver a diferença.
Se o banco for vendido a um preço inferior a 4,9 mil milhões de
euros, terão de ser os outros bancos a suportar a diferença. O impacto,
para estes, será “gerível”, acredita o analista. “Mesmo que o Novo Banco
seja vendido a zero euros, o pior cenário possível, as imparidades a
registar por um banco como o BCP, por exemplo, rondariam os mil milhões
de euros, um valor elevado mas gerível”, nota o especialista, que não
exclui que haja algum programa de benefício fiscal diferido que suavize,
a prazo, o impacto para os bancos. “Há risco de perda de dinheiro de
contribuintes?”, pergunta o Observador. “Tudo isto foi estruturado de
forma a isso não acontecer, mas nunca se deve dizer nunca.”
IN "OBSERVADOR"
03/10/14
JORNALISMO DE INVESTIGAÇÃO
DAVID ALMAS EDGAR CAETANO
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探る。
それらをごちゃ混ぜにする。まるで交錯する現代の様に。
それを注意深く見つめたとき、そこからわずかな秩序を見いだすことが出来る。
混沌から見いだす秩序は虚しくもありそして美しい。
各々がそれぞれの美しさを見いだしたとき、私たちの世界には光が差すことだろう。
これは真に美しいものとは何かを問い直すための作品である。
* São estes os caracteres que, pensamos, descrevem as características desta peça de bailado.
Alguém que nos ajude a traduzir, obrigada.
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COUNTER WORLD
〜混沌と秩序、相反するものが共存し錯綜する今、
このCounter World(対比の世界)のなかで生き抜くためには?〜
ー創作ノートー
様々な舞踊ジャンルのバックグラウンドを持つダンサー24名。
まず各々と向き合い対話する。そして各々にとっての未見の、またはありのままの表現を
このCounter World(対比の世界)のなかで生き抜くためには?〜
ー創作ノートー
様々な舞踊ジャンルのバックグラウンドを持つダンサー24名。
まず各々と向き合い対話する。そして各々にとっての未見の、またはありのままの表現を
それらをごちゃ混ぜにする。まるで交錯する現代の様に。
それを注意深く見つめたとき、そこからわずかな秩序を見いだすことが出来る。
混沌から見いだす秩序は虚しくもありそして美しい。
各々がそれぞれの美しさを見いだしたとき、私たちの世界には光が差すことだろう。
これは真に美しいものとは何かを問い直すための作品である。
* São estes os caracteres que, pensamos, descrevem as características desta peça de bailado.
Alguém que nos ajude a traduzir, obrigada.
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Felipe Massa alertou, via rádio, para os perigos que a pista de Suzuka apresentava, tendo pedido, ainda antes do acidente de Jules Bianchi, que o Grande Prémio do Japão fosse suspenso:
«Eu já estava a gritar pelo rádio, cinco voltas antes, que a pista estava com muita água, mas demoraram muito a agir e estava perigoso.»
O piloto brasileiro que, em 2009, sofreu também um grave acidente, durante a qualificação para o Grande Prémio da Hungria, revelou estar «muito preocupado» com a situação do piloto francês da Marussia, que continua em estado grave.
Bianchi despistou-se na 43ª volta da prova e embateu violentamente contra o trator que retirava o carro de Adrian Sutil (Sauber) que, na volta anterior, tinha perdido o controlo do veículo na mesma curva.
** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Felipe Massa pediu suspensão da prova
. antes do acidente de Bianchi
. antes do acidente de Bianchi
Felipe Massa alertou, via rádio, para os perigos que a pista de Suzuka apresentava, tendo pedido, ainda antes do acidente de Jules Bianchi, que o Grande Prémio do Japão fosse suspenso:
«Eu já estava a gritar pelo rádio, cinco voltas antes, que a pista estava com muita água, mas demoraram muito a agir e estava perigoso.»
O piloto brasileiro que, em 2009, sofreu também um grave acidente, durante a qualificação para o Grande Prémio da Hungria, revelou estar «muito preocupado» com a situação do piloto francês da Marussia, que continua em estado grave.
Bianchi despistou-se na 43ª volta da prova e embateu violentamente contra o trator que retirava o carro de Adrian Sutil (Sauber) que, na volta anterior, tinha perdido o controlo do veículo na mesma curva.
* "O que por aí há mais são pilotos", é assim que pensam os donos do circo.
** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
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FORÇA AÉREA
FORÇA AÉREA
PORTUGUESA
FROTA C-295M DA FAP
Este filme, realizado por ocasião das 10.000 horas de voo da Frota
C-295M ao serviço da Força Aérea Portuguesa, retrata a história desta
aeronave, desde o início da sua atividade operacional até aos dias de
hoje. Conheça as principais missões do C-295M, operado pela Esquadra
502, sediada na Base Aérea Nº6 - Montijo.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
Dia Mundial da Arquitetura celebra cidades saudáveis e felizes
A Ordem dos Arquitetos (OA) assinala esta segunda-feira o Dia
Mundial da Arquitetura com uma programação nacional dedicada ao tema da
sustentabilidade das cidades, através de um programa de exposições,
debates e conferências, a realizar até ao final de outubro.
"Cidades Saudáveis, Cidades Felizes" foi o tema escolhido pela União
Internacional dos Arquitetos (UIA) para ser usado como mote nos vários
países que aderem às comemorações.
Este tema visa mostrar como o desenvolvimento de práticas sustentáveis tem impacto no espaço urbano.
O Dia Mundial da Arquitetura é assinalado anualmente na primeira segunda-feira de outubro, que este ano é o dia 06, mas as iniciativas, em parceria com as secções regionais e outras instituições associadas ao evento, decorrem ao longo de todo o mês, e algumas exposições ficam patentes até novembro.
De acordo com a programação, hoje será assinado um protocolo entre a OA e a Casa da Arquitetura em Leça da Palmeira, com vista à criação de um museu de arquitetura de âmbito nacional, e é inaugurada a exposição "12 serigrafias de arquitetos" conhecidos pelo desenho, com obras de Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura, Alexandre Alves Costa, João Carrilho da Graça e Manuel Graça Dias, entre outros.
Em Matosinhos, a vencedora da 9.ª edição do Prémio Fernando Távora, Susana Ventura, apresentará a conferência sobre a viagem realizada, no âmbito do galardão, ao Japão, Noruega, Finlândia, Suécia, República Checa, Áustria e Suíça.
Esta conferência assinala também a abertura da 10.ª edição do galardão, com a apresentação pública dos elementos do júri e do novo regulamento do Prémio Fernando Távora, instituído pela Ordem dos Arquitetos da Secção Regional Norte em 2005.
* Um bom arquitecto é quase sempre um bom ser humano, porque as suas preocupações estão muito para além do bonitinho.
** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
Este tema visa mostrar como o desenvolvimento de práticas sustentáveis tem impacto no espaço urbano.
O Dia Mundial da Arquitetura é assinalado anualmente na primeira segunda-feira de outubro, que este ano é o dia 06, mas as iniciativas, em parceria com as secções regionais e outras instituições associadas ao evento, decorrem ao longo de todo o mês, e algumas exposições ficam patentes até novembro.
De acordo com a programação, hoje será assinado um protocolo entre a OA e a Casa da Arquitetura em Leça da Palmeira, com vista à criação de um museu de arquitetura de âmbito nacional, e é inaugurada a exposição "12 serigrafias de arquitetos" conhecidos pelo desenho, com obras de Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura, Alexandre Alves Costa, João Carrilho da Graça e Manuel Graça Dias, entre outros.
Em Matosinhos, a vencedora da 9.ª edição do Prémio Fernando Távora, Susana Ventura, apresentará a conferência sobre a viagem realizada, no âmbito do galardão, ao Japão, Noruega, Finlândia, Suécia, República Checa, Áustria e Suíça.
Esta conferência assinala também a abertura da 10.ª edição do galardão, com a apresentação pública dos elementos do júri e do novo regulamento do Prémio Fernando Távora, instituído pela Ordem dos Arquitetos da Secção Regional Norte em 2005.
* Um bom arquitecto é quase sempre um bom ser humano, porque as suas preocupações estão muito para além do bonitinho.
** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
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** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Estradas e ferrovias perderam entre
20% e 30% dos passageiros
Quebra de procura registou-se apesar de o
País ter investido cerca de 1,1 mil milhões de euros anuais nestas duas
redes desde 2003, dois terços em rodovias.
As redes rodoviária e ferroviária nacionais perderam
entre 20% e 30% dos respectivos passageiros nos últimos cinco anos. De
acordo com uma análise efectuada pela comissão de acompanhamento do
processo de fusão da Estradas de Portugal (EP)/Refer, a que o Diário
Económico teve acesso, entre 2009 e o final do ano passado registou-se
uma perda de clientes nos dois sistemas das redes de transportes: cerca
de 20% na rodovia, medidos em tráfego médio diário anual (TMDA) e cerca
de 30% na ferrovia, medidos em passageiros/quilómetro.
A
mesma análise da comissão presidida por António Ramalho sublinha que
estas quebras de procura nas redes rodoviária e ferroviária nacionais
ocorreram apesar de ter ocorrido um forte investimento nos dois sistemas
de transportes. "Nos últimos onze anos, entre 2003 e 2013, o
investimento nas redes rodoviárias e ferroviárias geridas pela Refer/EP
atingiu um montante superior a 12 mil milhões de euros, o equivalente a
1,1 mil milhões por ano", explica uma nota da comissão de acompanhamento
do processo de fusão das duas empresas. Nestes valores não estão
incluídos os montantes dos investimentos efectuados na rede de
infra-estruturas dos metros e nas redes rodoviárias municipais.
Dos
investimentos efectuados nas redes da EP e da Refer, a grande maioria,
cerca de dois terços - cerca de nove mil milhões de euros - foi
destinada às estradas. O restante terço, cerca de 3,1 mil milhões de
euros, foi aplicado em investimentos no caminho-de-ferro. "Os maiores
investimentos líquidos registaram-se em 2008 na rodovia, com 978 milhões
de euros, e em 2004 na ferrovia, num montante de 428 milhões de euros",
avança a mesma análise.
O organismo liderado por António Ramalho
destaca que este volume de investimento, justifica em parte a dívida
das duas empresas, que se situava em cerca de dez mil milhões de euros
no final de 2013, concluindo que "são números como estes que merecem
reflexão". A sustentabilidade e a análise custo-benefício dos
investimentos são dois objectivos do processo de fusão em curso
EP/Refer.
* Isto acontece por tanto a Estradas de Portugal como a Refer terem administradores de excelência.
** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
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DANIEL OLIVEIRA
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Tecnoforma e
Todos sabemos do que estamos a falar quando falamos da Tecnoforma. De tal forma é claro que a empresa moribunda ameaça com processos contra quem disser o evidente. E o evidente que, nos belos e saudosos anos 90, havia dinheiro em barda. Dinheiro europeu, bem fresco, para estourar em "formação".
Quem não teve um amigo que fez mais do que um curso de informática da CEE? Apesar de tanta gente se fazer desentendida, não estamos propriamente a falar de uma ciência oculta. E era isso que a Tecnoforma fazia, como empresa de referência no setor. E para chegar ao pote era preciso pessoas que conhecessem outras pessoas que tomavam decisões vantajosas. Ou era isso que Passos Coelho fazia ou é um especialista espontâneo na área da formação e um benemérito que trabalha à borla. É escolher.
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Tecnoforma e
o copo meio cheio
Todos sabemos do que estamos a falar quando falamos da Tecnoforma. De tal forma é claro que a empresa moribunda ameaça com processos contra quem disser o evidente. E o evidente que, nos belos e saudosos anos 90, havia dinheiro em barda. Dinheiro europeu, bem fresco, para estourar em "formação".
Quem não teve um amigo que fez mais do que um curso de informática da CEE? Apesar de tanta gente se fazer desentendida, não estamos propriamente a falar de uma ciência oculta. E era isso que a Tecnoforma fazia, como empresa de referência no setor. E para chegar ao pote era preciso pessoas que conhecessem outras pessoas que tomavam decisões vantajosas. Ou era isso que Passos Coelho fazia ou é um especialista espontâneo na área da formação e um benemérito que trabalha à borla. É escolher.
Tenho lido e ouvido várias pessoas espantadas com o facto de Passos,
como Socrates, Cavaco e tantos outros, não darem a sensação de não se
terem preparado toda a vida para a possibilidade de serem governantes.
Se estivessem a trabalhar para isso não tinham deixado tantas pontas
soltas, sejam apenas sinais, suspeitas ou pecados reais. Enganam-se.
Pensaram. Só que neste passado, quando muitos dos escândalos de que
falamos agora aconteceram, estas pontas soltas não tinham qualquer
importância.
Teriam, em casos extremos, se chegassem à primeira página de O Independente. Fora esse risco, tudo estava relativamente seguro. Primeiro, porque os cidadãos não davam a estes comportamentos muita importância. Havia dinheiro e a democracia, com a sua exigência, ainda era jovem. Depois, porque em geral eles não se sabiam. O jornalismo era um pouco mais temeroso.
Teriam, em casos extremos, se chegassem à primeira página de O Independente. Fora esse risco, tudo estava relativamente seguro. Primeiro, porque os cidadãos não davam a estes comportamentos muita importância. Havia dinheiro e a democracia, com a sua exigência, ainda era jovem. Depois, porque em geral eles não se sabiam. O jornalismo era um pouco mais temeroso.
Esta é uma das lições que estes casos nos oferecem e que são
sistematicamente ignorada. Não é verdade que haja cada vez mais
impunidade. É ao contrário. O que não nos chocava então choca-nos agora,
o que não se sabia na altura sabe-se agora. Isso dá uma sensação de
degradação da política quando, na realidade, essa sensação é o resultado
de uma exigência democrática acrescida. Com muitos dos escândalos que
vão surgindo, alguns já prescritos do ponto de vista judicial, estamos a
ser vigilantes com retroativos. Apanhando com a boca na botija políticos
que estão hoje preparados para este ambiente mas não o estavam há vinte
anos.
Pode ser difícil de engolir, mas o nosso choque com o passado de alguns
políticos deve ser também um choque com o nosso passado enquanto
comunidade. E, perante isso, percebermos que, com todas as imperfeições,
com todos os corruptores e corrompidos, com toda a impunidade e
desfaçatez, já estivemos bem pior. Houve um tempo em que o que Passos
Coelho fazia na Tecnoforma e o que a Tecnoforma fazia com os dinheiros
europeus ou era ignorado ou encarado com naturalidade. Por Passos
Coelho, claro. Mas também pela maioria dos cidadãos. Esse tempo não
passou completamente. Mas já vamos sabendo um pouco mais e já nos vamos
indignando. Como se vê no caso da comissão de inquérito ao negócio dos
submarinos, falta que a maioria dos deputados se adapte a este tempo.
IN "EXPRESSO"
03/10/14
IN "EXPRESSO"
03/10/14
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Mãe vende filhas por comida
Duas
irmãs, crianças de 12 e 13 anos, foram vendidas pela mãe a um sucateiro
a troco de comida e dinheiro, entre 5 e 50 euros.
Os abusos ocorriam em Paredes, numa zona rural – e a mulher, tal como o pedófilo, foi acusada por abuso sexual de crianças e atos sexuais com adolescentes, mas vai ainda responder em tribunal, sozinha, por lenocínio de menores e maus-tratos.
Os abusos ocorriam em Paredes, numa zona rural – e a mulher, tal como o pedófilo, foi acusada por abuso sexual de crianças e atos sexuais com adolescentes, mas vai ainda responder em tribunal, sozinha, por lenocínio de menores e maus-tratos.
O caso foi denunciado nos
primeiros meses do ano passado por uma vizinha, que suspeitou da
presença do homem, de 73 anos, junto à casa da família. Segundo a
acusação, desde 2012 que a mãe das meninas lhes batia com as mãos ou com
vassouras. Quando a mulher teve relações sexuais com o sucateiro, que
vivia nas redondezas, este comentou o aspeto físico das menores e disse
que lhe pagaria para estar com ambas.
"Com a autorização da
arguida", de 38 anos, as meninas andavam de carro com o sucateiro e iam ,
à vez, no banco da frente – para que aquele as pudesse apalpar e
beijar. A mulher mandava as filhas telefonarem ao pedófilo e marcarem
encontros. Dizia que precisavam de comida e de dinheiro. A filha mais
velha, hoje com 15 anos, foi quem sofreu mais, já que a mais nova dizia
ter "nojo".
Foram retiradas da casa e
estão numa instituição. No processo consta ainda uma terceira vítima, de
13 anos, vizinha do sucateiro, com quem este manteve conversas
"pornográficas".
O pedófilo ainda lhe
apalpou as pernas e, para pagar, carregou-lhe o telemóvel. O homem
responde por quatro crimes de abuso sexual de crianças e 36 de atos
sexuais com adolescentes, tal como a mãe das menores. Por
"instrumentalizar as filhas para a prostituição" e por lhes bater, a
mulher está também acusada de dois crimes de maus-tratos e dois de
lenocínio de menores agravado. Ambos estão a aguardar julgamento em
liberdade.
* Notícias como esta são de "faca e alguidar"mas reais e nós neste blogue não assobiamos para o lado. Temos a certeza que, apesar de nada justificar esta sordidez, a miséria com que esta mãe foi "fuzilada" lhe fez perder qualquer sentido de respeito humano.
Agora o "cabrão" do sucateiro, que por ter dinheiro percebeu que podia "comprar" aquela família de esfomeadas e abusar das meninas, aguarda julgamento em liberdade, não há ninguém naquela terra que lhe enfie um clister de açorda?
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* Notícias como esta são de "faca e alguidar"mas reais e nós neste blogue não assobiamos para o lado. Temos a certeza que, apesar de nada justificar esta sordidez, a miséria com que esta mãe foi "fuzilada" lhe fez perder qualquer sentido de respeito humano.
Agora o "cabrão" do sucateiro, que por ter dinheiro percebeu que podia "comprar" aquela família de esfomeadas e abusar das meninas, aguarda julgamento em liberdade, não há ninguém naquela terra que lhe enfie um clister de açorda?
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17- A HISTÓRIA
DO AUTOMÓVEL
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17- A HISTÓRIA
DO AUTOMÓVEL
MAIS HISTÓRIAS NA HISTÓRIA
ATENÇÃO SRS./AS VISITADORES/AS
Esta
série foi difundida pela TVE, Rede Minas, em 1986, é portanto muito
datada. No entanto até à data indicada, o seu conteúdo tem rigor
histórico.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
"PÚBLICO"
Tele-rastreio diminuiu lista de espera
de dois anos para apenas um dia
Quando o programa de tele-rastreio dermatológico arrancou no Nordeste
transmontano, no início deste ano, a lista de espera para consultas
hospitalares da especialidade era de quase dois anos. Hoje a espera é de
um dia, afirma Luís Gonçalves, coordenador do Grupo de Trabalho de
Telemedicina, que explica que estão a estender o sistema a todo o país e
que há mais especialidades na calha. O objectivo é que possa haver uma
redução de 70% nas listas de espera de algumas consultas, como a
dermatologia, em que a ferramenta pode ser usada. O vice-presidente da
Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, Jorge Cardoso,
considera que a medida poupa recursos, mas que nada em medicina é isento
de riscos.
Desde Janeiro
deste ano arrancou em Portugal o chamado “tele-rastreio dermatológico”,
ou seja, utentes que vão aos centros de saúde com lesões na pele são
vistos pelos médicos de família, que avaliam se o doente precisa de ser
visto por um dermatologista e se o pode fazer à distância. É no centro
de saúde que as lesões na pele são fotografadas, de acordo com regras
definidas numa norma da Direcção-Geral da Saúde, e depois enviadas para
dermatologistas dos grandes hospitais que decidem se a pessoa precisa de
ser vista numa teleconsulta (através de videoconferência) ou de forma
presencial no hospital. O que havia até agora em telemedicina no país
centrava-se sobretudo num sistema de teleconsultas de várias
especialidades no Alentejo e numa consulta de telemedicina de
cardiologia pediátrica do Hospital Pediático de Coimbra para países
africanos de língua portuguesa. De resto, “houve algumas experiências
pontuais que não se consolidaram”, resume.
Avançar com o
tele-rastreio no Nordeste transmontano teve a ver com o facto de não
haver na região nenhum dermatologista residente, diz. As pessoas de
Bragança tinham que se deslocar ao Hospital de Vila Real, explica o
responsável. “Os que tinham recursos iam a uma consulta privada ou
tinham de esperar.” A lista de espera andava nos 600 dias, refere.
Avançou-se com o tele-rastreio em 14 centros de saúde da região de
Bragança. Esperavam que em cerca de metade dos casos se concluísse que
não havia justificação clínica para os pacientes serem vistos por um
médico num hospital central, mas o número foi superior, explica Luís
Gonçalves, responsável pelo programa, que funciona na alçada dos
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, uma empresa pública a que
cabe gerir várias valências tecnológicas do Serviço Nacional de Saúde.
No Nordeste transmontano 90% dos casos ficaram resolvidos, só 10% foram
encaminhados para cirurgia no hospital da região, em situações mais
simples, ou, quando havia suspeita de cancro, para o Hospital de S.
João, no Porto. “Resolveu-se o caso de 400 pessoas.”
O sucesso do
programa na região levou ao seu alargamento progressivo — o Hospital de
Gaia já o faz, assim como o de Viana de Castelo, o Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra, o Hospital de Setúbal está a analisar casos do
litoral alentejano. O programa está prestes a começar na região centro,
com Viseu, Guarda, Covilhã, depois serão Leiria e Castelo Branco. O
arranque está a fazer-se com três a quatro centros de saúde por
hospital, nota o responsável. Nesse sentido as administrações regionais
de Saúde estão a distribuir máquinas fotográficas em centros de saúde de
todo o país, “algo barato e útil”.
O que havia antes era o pedido
de consulta com o envio de dados clínicos, agora acrescem as imagens e a
informação circula de forma segura através do sistema informático do
programa Consulta a Tempo e Horas, explica. O médico faz a triagem
clínica com base nas fotografias. Os doentes têm de aceitar o
procedimento através de um consentimento informado e até agora não tem
conhecimento de recusas de doentes, adianta. “Só 20% dos pedidos de
consulta de dermatologia justificam uma ida a um hospital central.”
O objectivo é agora avançar com o mesmo sistema para a especialidade de angiologia cirurgia
vascular, isto, porque se verifica que 80% das pessoas que vão a
consultas desta especialidade em hospitais centrais fazem-no devido a
varizes. “Se forem mandadas fotos, as lesões podem ser observadas para
compreender o seu estádio. Antes de uma cirurgia há indicações que podem
prolongar o bem-estar sem cirurgia”, diz. Na oftalmologia quer-se
avançar com o tele-rastreio da retinopatia diabética, uma complicação
ocular que surge nos diabéticos e pode causar cegueira, através da
realização de retinografias nos centros de saúde e que depois serão
enviados por via informática para os médicos em hospitais.
Luís
Gonçalves diz que é verdade que, por enquanto, ainda só têm os números
de Bragança, mas que “os doentes poupam pelo facto de não terem que se
deslocar”. “Se a informação circula porque é que as pessoas hão-de
circular?” E garante que “não existe perda de qualidade”.
O
vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venerologia
diz que o tele-rastreio dermatológico “é uma boa medida que poupa
recursos”, em que é o dermatologista a decidir as situações “em que não
dispensa uma consulta presencial”. Admite, porém, que “na medicina não
há nada que não tenha riscos, os médicos também se enganam mesmo com o
doente à frente”; por isso, “o médico que tem dúvidas manda vir o
doente”.
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, diz
que “a telemedicina pode ser muito útil na boa organização e gestão do
Sistema Nacional de Saúde”, desde que sejam cumpridas algumas regras que
estão definidas no quadro deontológico dos médicos. “No caso das
teleconsultas têm de ser solicitadas pelo médico de família do doente,
que é a quem cabe a decisão última.” No caso da dermatologia, “a maioria
dos sinais são benignos e um diagnóstico destes pode ser feito por quem
tem grande experiência”. “É uma situação em que a telemedicina faz
sentido”, tal como no caso do rastreio da retinopatia diabética, “em que
se tira uma foto ao fundo do olho para que seja lida por um
oftalmologista”.
* Mais uma ferramenta para beneficiar a população doente e também, em alguns casos, como rastreio na medicina preventiva.
** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Candidato à sucessão de Jardim
quer "fazer história"
O candidato à liderança do PSD/Madeira Miguel de Sousa reuniu esta segunda-feira com a direção do CDS/PP-M, a
seu pedido, porque "quer fazer história" na
forma de fazer política e conseguir um "pacto fiscal" em defesa dos
interesses do arquipélago.
"Pedi esta reunião com a direção do CDS/PP [o principal partido da
oposição insular], na medida em que pretendemos começar a fazer
história, no sentido de uma diferente intervenção política na Madeira,
em que se possa pegar nos assuntos cruciais e debater com a oposição e
diversos partidos políticos, explicar, discutir, recolher ideias e
complementos e podermos pensar que o mais importante, que é fazer um
pacto fiscal com o Estado", disse Miguel Sousa no final do encontro.
O candidato a sucessor de Alberto João Jardim adiantou que o objetivo é reunir o consenso e este projeto "ir à Assembleia da República e convencer que a Madeira tem critérios rigorosos de gestão, vai honrar a sua dívida, vai obter receitas para tal e suportar o Orçamento Regional, por forma a que madeirenses e porto-santenses possam ter uma vida confortável".
Miguel Sousa destacou ser necessário, para alcançar o objetivo e dar credibilidade ao projeto da região, reunir "o apoio dos três maiores partidos [PSD, CDS e PS]", argumentando ser o "único candidato que apresentou um programa para a Madeira do ponto de vista da sustentabilidade financeira".
Segundo o candidato social-democrata madeirense, "a Madeira tem défice de credibilidade no continente e no exterior, junto das empresas, que querem investir e vir para cá".
Por isso, defendeu ser "preciso criar essa credibilidade através de apoio maciço interno, na região, e externo, no sentido que Lisboa passe a ter confiança que a Região Autónoma da Madeira, conscientemente terá possibilidade de resolver situações passadas e futuras" do ponto de vista financeiro.
Por seu turno, o presidente do CDS/PP-M, José Manuel Rodrigues, "registou" a iniciativa do candidato do PSD insular e o seu compromisso de reunir com os partidos da oposição para discutir "as grandes questões relacionadas com o presente e futuro da Madeira, sobretudo no que diz respeito à sustentabilidade financeira", visando criar "um pacto para conseguir mais autonomia fiscal para a região".
O líder centrista insular recordou que há 10 meses enviou um a proposta aos presidentes do PSD e PS nesse sentido, sustentando ser necessário união "naquilo que é essencial para defender a Madeira, quer na região, quer junto do Estado ou da União Europeia".
Neste momento estão validadas cinco candidaturas à liderança do PSD/Madeira, Miguel Sousa (deputado e vice-presidente do parlamento madeirense), Miguel Albuquerque (ex-presidente da câmara do Funchal), João Cunha e Silva (vice-presidente do Governo Regional), Manuel António Correia (secretário do Ambiente e Recursos Naturais do executivo insular) e o ex-eurodeputado Sérgio Marques.
As eleições diretas no PSD/M são a 19 de dezembro e o congresso está agendado para 10 de janeiro de 2015.
* Qualquer que seja a história que um apaniguado de Alberto João Jardim queira fazer, será sempre uma história mal contada.
O candidato a sucessor de Alberto João Jardim adiantou que o objetivo é reunir o consenso e este projeto "ir à Assembleia da República e convencer que a Madeira tem critérios rigorosos de gestão, vai honrar a sua dívida, vai obter receitas para tal e suportar o Orçamento Regional, por forma a que madeirenses e porto-santenses possam ter uma vida confortável".
Miguel Sousa destacou ser necessário, para alcançar o objetivo e dar credibilidade ao projeto da região, reunir "o apoio dos três maiores partidos [PSD, CDS e PS]", argumentando ser o "único candidato que apresentou um programa para a Madeira do ponto de vista da sustentabilidade financeira".
Segundo o candidato social-democrata madeirense, "a Madeira tem défice de credibilidade no continente e no exterior, junto das empresas, que querem investir e vir para cá".
Por isso, defendeu ser "preciso criar essa credibilidade através de apoio maciço interno, na região, e externo, no sentido que Lisboa passe a ter confiança que a Região Autónoma da Madeira, conscientemente terá possibilidade de resolver situações passadas e futuras" do ponto de vista financeiro.
Por seu turno, o presidente do CDS/PP-M, José Manuel Rodrigues, "registou" a iniciativa do candidato do PSD insular e o seu compromisso de reunir com os partidos da oposição para discutir "as grandes questões relacionadas com o presente e futuro da Madeira, sobretudo no que diz respeito à sustentabilidade financeira", visando criar "um pacto para conseguir mais autonomia fiscal para a região".
O líder centrista insular recordou que há 10 meses enviou um a proposta aos presidentes do PSD e PS nesse sentido, sustentando ser necessário união "naquilo que é essencial para defender a Madeira, quer na região, quer junto do Estado ou da União Europeia".
Neste momento estão validadas cinco candidaturas à liderança do PSD/Madeira, Miguel Sousa (deputado e vice-presidente do parlamento madeirense), Miguel Albuquerque (ex-presidente da câmara do Funchal), João Cunha e Silva (vice-presidente do Governo Regional), Manuel António Correia (secretário do Ambiente e Recursos Naturais do executivo insular) e o ex-eurodeputado Sérgio Marques.
As eleições diretas no PSD/M são a 19 de dezembro e o congresso está agendado para 10 de janeiro de 2015.
* Qualquer que seja a história que um apaniguado de Alberto João Jardim queira fazer, será sempre uma história mal contada.
** Hoje, às 23h40, saiba quase tudo sobre as trafulhices no "BES", não perca! Vá a "PORQUE NÓS NOS INDIGNAMOS"
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