09/12/2011

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


COMPANHEIRA FIEL












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DANÇA DO VARÃO

CAMPEONATO MUNDIAL 2009




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QUE LUZ




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CINCO RAZÕES PARA NÃO USAR PRESERVATIVO



O spot publicitário português CINCO RAZÕES PARA NÃO USAR PRESERVATIVO, escrito, produzido e realizado pela Monomito Argumentistas, foi considerado o melhor anúncio governamental europeu de prevenção da sida no European AIDS Video Contest 2009, um concurso internacional dinamizado pelo Governo alemão.

Para a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, a atribuição deste prémio "é muito importante", porque "demonstra que é possível fazer campanhas que são reconhecidas como interessantes e importantes, quer do ponto de vista da mensagem, quer do ponto de vista estético e da forma como são realizadas".

O anúncio premiado foi exibido nas televisões portuguesas em Outubro de 2007 e conta com a participação de diversas figuras públicas: Vítor Norte, São José Correia, Pacman, Cucha Carvalheiro, Sara Prata, Rita Salema, Bruno Nogueira e Alberto Quaresma.

Henrique Barros adiantou à Lusa que este anúncio é "recordado" e "reconhecido" pelos portugueses, nos inquéritos realizados periodicamente pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida de avaliação da influência das mensagens televisivas, como o "mais relevante do ponto de vista da transmissão da ideia da prevenção". O anúncio vai agora voltar a ser exibido nas televisões.

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HOJE NO

"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"


Cortes na hemodiálise foram de 17,75%

O presidente do Conselho Directivo do Colégio de Nefrofologia da Ordem dos Médicos revelou que os cortes do Ministério da Saúde à hemodiálise este ano foram de 17,75 por cento (%) e não 12,5%, como indicou esta semana o ministro.
"O ministro da Saúde, por falta de informação ou esquecimento, errou ao afirmar que os 'cortes' à hemodiálise durante este ano foram de 12,5 %. Este é o valor percentual do abatimento do preço da hemodiálise instituído unilateralmente por este Governo em Setembro", afirma João Ribeiro Santos.
Contactado pela agência Lusa, o Ministério da Saúde remeteu para mais tarde uma resposta.
Numa nota enviada à agência Lusa, o especialista em nefrologia explica que "foi omitido que, em Janeiro do corrente ano, já tinha ocorrido um outro de seis por cento", realçando: "A conta é fácil de fazer: do ano de 2010 para o de 2011 ocorreu o 'brutal corte' de 17,75% para a hemodiálise".
"Desconhecemos se foi instituído 'corte' comparável em outros sectores, mas que não pode deixar de ter sérias e negativas repercussões é uma evidência", acrescenta o responsável.
Esta semana, num encontro de dirigentes do sector da saúde sobre orientações clínicas, João Ribeiro dos Santos, antigo diretor do serviço de nefrologia do Hospital Curry Cabral, denunciou que existem clínicas de hemodiálise que não cumprem boas práticas clínicas devido aos cortes.
"Algumas boas práticas não estão a ser cumpridas por dificuldades financeiras", disse o médico que alertou o ministro para as dificuldades do sector público em acolher todos os doentes que normalmente são seguidos nos convencionados.
Na ocasião, o ministro respondeu esclarecendo que os cortes neste sector da hemodiálise - que classificou como "totalmente anormal" - foram de 12,5 por cento.
"O Ministério da Saúde não admite que, independentemente do preço, a qualidade seja diminuída, nem admite a pressão e a chantagem sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS)", acrescentou Paulo Macedo.
Na mesma nota, o médico lembrou que as "negativas repercussões" dos "cortes" são "particularmente sensíveis" para os pequenos grupos portugueses que trabalham na área
"Não dispõem da capacidade económica e financeira das multinacionais e não podem contar com o apoio de poderosas empresas-mãe, com elevadíssimos recursos e para quem Portugal é uma pequeníssima parte dos seus interesses", refere João Ribeiro Santos.
O especialista adianta ainda que "para aquelas pequenas empresas é vital o acesso ao financiamento bancário (cada vez mais difícil e caro) e que sejam cumpridos os prazos de pagamento com que o seu único cliente - o Estado - se comprometeu".
"A acrescer às dificuldades que o 'corte' lhes ocasionou -- e agravando a situação resultante da dívida da ADSE, velha de três anos (mais de 1.000 dias de atraso) - pelo menos uma das Administrações Regionais de Saúde, que já não cumpria o acordado prazo de pagamento a 90 dias, alargou-o de 120 para 150 dias", acrescenta.



* Morrer mais depressa e com sofrimento.


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Os Faróis das Tormentas





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HOJE NO

"RECORD"

Seleções experientes 
mas algo fragilizadas
PORTUGAL DISPUTA EUROPEU DE CORTA MATO

Apesar da ausência de vários dos principais nomes, as seleções nacionais de corta-mato que no próximo domingo participarão no Europeu, em Velenje (Eslovénia), são experientes. Todos os seniores já estiveram pelo menos num Europeu e mesmo nos escalões jovens só uma escassa minoria é estreante. Dos 11 Sub-23 selecionados, apenas dois não estiveram já numa Seleção júnior. E dos 12 juniores, seis já correram uma ou duas edições.

Ana Dias, que esteve na primeira edição do Europeu, em 1994, e voltou lá mais dez vezes, é a mais antiga das atletas nacionais, aos 37 anos. Fará o seu 12.º Campeonato da Europa. E, curiosamente, a sua melhor classificação foi há um ano, perto de casa, no Algarve: 10.º lugar. Anália Rosa é outra veterana, já com nove presenças, quatro das quais com classificações no top 10: foi 7.ª em 2008 e 10.ª em 2000, 2004 e 2006. Dulce Félix esteve duas vezes na Seleção júnior e vai para a quarta presença sénior, tendo duas excelentes classificações nos últimos anos: 6.ª em 2009 e 3.ª em 2010.



* Tenhamos esperança por o seu valor ser inegável


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9 - GRAMÁTICA DA 
LÍNGUA PORTUGUESA




Se estudou convenientemente gramática pode revê-la nesta série, se não aprendeu nunca é tarde para o fazer, os episódios anteriores foram editados nas sextas-feira precedentes sempre às 21h00.


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Terra dos Sonhos promove Realizar um Sonho? Sim!

A Realizar, em parceria com a Associação Terra dos Sonhos, promove, no próximo dia 17 de Dezembro, a partir das 10h00, na Praça do Comércio, em Lisboa, a iniciativa ‘Realizar um Sonho? SIM!’.

O evento de Natal, que se estende até às 23h30 do mesmo dia e que tem como embaixadora a actriz Rita Pereira, visa angariar fundos destinados a apoiar a causa social da Associação Terra dos Sonhos, cuja missão é a de realizar desejos de crianças, jovens e idosos com doenças crónicas e/ou em estado avançado.

Pretendendo sensibilizar e mobilizar a população portuguesa para a importância da solidariedade social, o projecto ‘Realizar um Sonho? SIM!’ incentiva os participantes a contribuírem com um donativo mínimo de 1€, em troca de uma vela, a qual representará, simbolicamente, um sonho. Todas as velas serão posteriormente acesas e colocadas numa estrutura em forma de estrela, com o título “Realizar um Sonho, SIM”, que estará montada na Praça do Comércio. Visa-se, assim, alcançar o recorde de ‘Maior Imagem com Velas Acesas’, alertando, com grande impacto, para a ideia de que a união faz a força.

Afirma Ana Fernandes, administradora da Realizar, que «a época Natalícia é uma altura de propensão altruísta, em que todos estamos mais sensíveis ao bem geral e às necessidades dos outros. Nas actuais condições socio-económicas do país, é necessário, mais que nunca, assumirmos esta responsabilidade social e ajudar quem mais precisa. A estrela, enquanto imagem, associa-se ao sonho e ao desejo que queremos proporcionar, mas também ao espírito de Natal enquanto guia que nos indica o caminho, neste caso concreto, para a felicidade».

No dia 17 de Dezembro é esperada muita animação na Baixa Lisboeta, com vários concertos e espectáculos.

O projecto ‘Realizar um Sonho? SIM!’ é promovido pela Realizar Portugal em parceria com a Associação Terra dos Sonhos, e conta com diversos parceiros associados, designadamente, a Link, Câmara Municipal de Lisboa e Turismo de Lisboa, Samsung, CP, BIC, Allianz, IPJ, MediaGate, TVI, Rádio Comercial, Público, entre outros. O evento conta, ainda, com uma página de Facebook – http://www.facebook.com/realizarumsonhosim – para estar mais próximo da população.

Diga Sim a este Sonho




HOJE NO

"JORNAL DE NOTÍCIAS"



Euro: As principais conclusões 
e as maiores incertezas

Num rescaldo provisório do Conselho Europeu, que termina em Bruxelas, esta sexta-feira, são mais as incertezas que as conclusões de uma cimeira que era por muitos apontada como a "derradeira oportunidade" para salvar o euro.

O primeiro dia de trabalhos, que tinha o formato de um "jantar informal" dos chefes de Estado e de Governo, acabou por se prolongar por cerca de nove horas, e terminou às 5 horas locais (4 horas em Portugal continental) com um acordo sobre o reforço da disciplina orçamental que deixará de fora pelo menos um dos 27 Estados-membros.

As tão faladas alterações aos Tratados da União Europeia, reclamadas por Berlim e Paris, não se concretizarão a 27 - dada a intransigência do Reino Unido - mas apenas ao nível 17 dos membros da zona euro, no formato de um tratado intergovernamental, a que se juntarão um número ainda incerto de países de fora do espaço monetário único, que irão consultar os seus parlamentos nacionais.

Eis algumas das principais conclusões e incertezas saídas de Bruxelas nas últimas horas:

- Tratado intergovernamental

Pelo menos 23 países irão fazer parte de um novo tratado intergovernamental para reforçar o euro. O Reino Unido é, de acordo com as informações desta manhã, o único Estado-membro que se excluiu determinantemente do propósito, ao passo que outros países já definiram como essencial remeter a decisão para os parlamentos nacionais, casos de Hungria, Suécia e República Checa, por exemplo. O referido acordo poderá entrar em vigor antes de uma alteração profunda dos Tratados da União Europeia, com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a apontar Março de 2012 como a data prevista. O reforço da disciplina orçamental, nomeadamente por via de um maior equilíbrio dos seus orçamentos e da aplicação de sanções em casos de incumprimento dos objectivos, é a principal meta do Tratado.

- Disciplina orçamental

Com o novo Tratado, o défice estrutural de um país não poderá ser superior a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, aparte em Estados com uma dívida "significativamente abaixo" de 60% do PIB. O défice estrutural refere-se a valores diferentes do défice nominal, consagrado no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) em que o limite anual do défice é de três por cento do PIB. O Tribunal de Justiça Europeu irá assegurar que a maior disciplina orçamental será "introduzida a nível constitucional ou equivalente" nos Estados-membros. No conjunto dos 17 países da moeda única, as regras referentes aos défices excessivos serão ain da mais rígidas: existirão "consequências automáticas" quando os limites forem ultrapassados, a não ser que o Conselho, por maioria qualificada, decida o contrário.

- Reino Unido

A recusa britânica em assinar o Tratado intergovernamental deveu-se às "inaceitáveis" condições pedidas por David Cameron para integrar um novo tratado europeu para estancar a crise da dívida soberana, disse o presidente francês Nicolas Sarkozy, sem concretizar quais as referidas condições. O primeiro-ministro britânico, por seu turno, disse que a recusa em participar na revisão do tratado europeu para reforçar a disciplina orçamental da zona euro foi uma "decisão difícil mas boa", justificando-a com os interesses do seu país.

"Se não podemos obter garantias no âmbito do tratado, o melhor é ficar de fora", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante uma conferência de imprensa após o primeiro dia de trabalhos da cimeira em Bruxelas.

- Fundos de resgate

Os líderes europeus querem que o fundo europeu de resgate permanente (Mecanismo de Estabilidade Europeu) entre em vigor em Julho do próximo ano. O fundo co-existirá temporariamente com o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), mecanismo de ajuda que presta apoio a Portugal, por exemplo. Os 27 líderes dos Estados-membros da União Europeia (UE) querem que o novo Mecanismo de Estabilidade Europeu tenha um limite máximo de 500 mil milhões de euros para empréstimos a países em dificuldades

- Fundo Monetário Internacional

A União Europeia decidiu aumentar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em 200 mil milhões de euros para que a entidade possa socorrer Estados-membros em perigo.

"Os países do euro e outros Estados-membros porão à disposição do FMI até 200 mil milhões de euros para aumentar os nossos recursos financeiros e fazer frente à crise", disse Van Rompuy em conferência de imprensa no final do primeiro dia do Conselho Europeu.

A director-geral do FMI, Christine Lagarde, declarou por sua vez que as decisões tomadas pelos líderes europeus em Bruxelas são um "importante contributo" para enfrentar a crise na zona euro e "fortalecer" a "recuperação económica global". "Aprecio esta demonstração de liderança da Europa, e tenho esperança de que outros façam também a sua parte", sustentou.


* E uma reunião destes artistas que não têm feito o trabalho de casa se não a Europa não estava neste estado, custa ao cidadão contribuinte a cintilante verba de 10 milhões de euros.
Preferimos o Zé Cabra que também não canta mas é mais barato, uma sensaboria, nem andam à porrada uns aos outros


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MÁRIO JORGE CARVALHO



PELA NOSSA SAÚDE !

Os números assustam e merecem reflexão: por volta do final de 2004, o Estado injectou no SNS ao redor de 500 milhões de euros para regularizar dívidas aos seus fornecedores; quatro anos depois, em 2009, o Estado, através de um esquema muito discutível de mobilização de verbas, regularizou perto de 800 milhões de euros de dívidas; segundo as últimas notícias, ainda o mesmo Estado está a preparar-se para injectar no SNS, dois anos depois, 1,6 mil milhões de euros com o mesmo objectivo - regularização das dívidas a fornecedores.

Como é óbvio, este crescimento exponencial e impossível de ser mantido põe dois problemas cruciais: o primeiro é a sua razão de ser - não sendo conhecidas razões conjunturais de saúde pública ou tragédias sistémicas, porque crescem desta maneira as despesas? Em segundo lugar, a questão é posta por cínicos e com intuitos eminentemente demagógicos: se toda a despesa do Estado, depois de inscrita no OGE, tem de estar devidamente cabimentada, como é possível sequer haver endividamento transitado e acumulável de ano para ano?
A resposta a estas duas questões é naturalmente diferente mas tem, no fundo, a mesma origem: a total incapacidade do Estado, a todos os níveis, para gerir competentemente seja o que for, em particular quando, exigindo-se capacidades de liderança, risco e decisão, elas são substituídas por uma inultrapassável cultura burocrática que sobre tudo domina e se impõe.
A principal razão para o crescimento exponencial da despesa é a até agora total falta de coragem política e gestionária para abordar de vez e frontalmente a questão da oferta dos serviços e produtos de cuidados de saúde - ao fim e ao cabo, cumprir com uma das regras mais básicas da gestão: a mais eficiente distribuição e repartição dos recursos escassos disponíveis.
Toda a gente o sabe e quase ninguém o quer defender em público: temos serviços públicos caríssimos, só existentes e sustentados para ilusoriamente e por exemplo fazer formação interna (e praticamente nenhuma ou residual investigação), que poderiam perfeitamente ser substituídos com benefício para toda a gente (e obviamente em primeiro lugar para o doente) pelo outsourcing exterior a preços francamente competitivos; pelos serviços de cuidados de saúde que já são propostos e fornecidos à população em percentagens superiores a 65%, o que indicia uma economia de escala em termos de preços a contratar que o serviço público só está neste momento a bloquear, por marginal. Mas, pior do que tudo isto, temos escandalosas duplicações de oferta, separadas por centenas de metros ou meia dúzia de quilómetros entre elas, em que cada uma não ultrapassa os cinquenta ou sessenta por cento da respectiva capacidade instalada. Pior ainda, enfrentamos este problema até ao nível das próprias organizações de saúde - desde hospitais que nunca deveriam ter sido construídos e que são autênticos elefantes brancos de ineficácia e incapacidade estruturante de uma exploração equilibrada até à notória sobreoferta, avaliável a olho nú e sem qualquer comissão técnica, em termos de especialidades a cobrir uma área populacional que se sabe, por exemplo e à partida, poder ser perfeitamente coberta por metade do investimento assumido ou previsto.
Não se tenha a mais pequena dúvida - no SNS existe o que, por princípio e conceito fundamentais, não deveria existir: a concorrência efectivamente desregulada nos aspectos mais cruciais dos investimentos efectuados. Ou melhor e para que tudo fique mais claro, as opções de investimento e escolha no SNS deveriam aproximar-se o mais possível do que se qualificaria como o resultado objectivo de um processo de contratualização interna e avaliação de desempenho em excelência.
De facto, não há outra alternativa duplamente clínica e técnica para podermos escolher o destino do escasso dinheiro disponível ou a oferta de serviço e produto que melhor respondam às necessidades do doente: operacionalizar a excelência no respectivo desempenho.
Enquanto fugirmos a estas questões basilares, pela incapacidade total de ouvir efectivamente os profissionais, impor critérios de total discricionariedade no corte dos custos operacionais ou criar desigualdades de autêntico arbítrio, confundindo e não diferenciando excelência de desempenho com a mediocridade, dificilmente, e como é óbvio, atingiremos o umbral da gestão eficiente do SNS.
A regularização racional da oferta dos cuidados de saúde, como objectivo prioritário absoluto da possível e desejável regeneração do SNS, passa assim pelo que se esconde ou se menoriza: a coragem para eliminar o pressuposto político - num sentido lato - da avaliação do investimento e da prestação do serviço. E no pressuposto político incluo desde a influência partidária local ou regional nas opções de investimento à política interna dentro das organizações de saúde, onde o privilegiar das opções nem sempre se faz de forma tecnicamente irrepreensível.
Quem precisa ou julga vir a precisar a curto prazo de cuidados de saúde não pode deixar de ter um carinho e uma atenção muito especial para o SNS - ele é talvez, e por efeito dos seus profissionais, a maior e mais consistente conquista de um povo tradicionalmente parco em benefícios e atenções. Daqui, também e portanto, uma outra conclusão: é com os seus profissionais e para eles que se fará (ou não) qualquer processo de reconversão e sustentabilidade.
O estado de espírito actual das diversas classes profissionais da saúde - de desânimo, de alheamento e de alguma revolta - é verdadeiramente preocupante. Há que criar uma verdadeira cultura de mobilização, co-participação e co-responsabilização transversal que ponha as organizações a funcionar definitivamente num processo "bottom-up" de gestão que envolva portanto todas as lideranças intermédias.
Mas, para isso, também se pediria aos dirigentes corporativos dos profissionais da saúde que passem urgentemente de uma posição que, na aparência e da parte do homem comum, parece ser sistematicamente reactiva e de bloqueio, para a eleição pública e sistematizada dos grandes objectivos que sustentarão as negociações a promover para se chegar ao tal resultado que ninguém tem dúvidas que é comum e generalizado.
Ficou por enunciar a tal segunda razão para aquele crescimento exponencial da despesa na saúde, e essa vai direitinha para a hipocrisia do Estado. O Estado, que negoceia leoninamente contratos-programa e depois é o primeiro a não os cumprir; o Estado, que faz planos pluri-anuais de atividade projectada para a saúde e, depois, é o primeiro a dar conta pública do respectivo falhanço; o Estado, que, autenticamente à última da hora, estabelece sem critérios públicos justificados aumentos anuais para a despesa - sabendo, de antemão, que, a cumprir-se rigorosamente o que se estabeleceu, a compra dos medicamentos ou a adjudicação de obras e equipamentos urgentes ficarão inexoravelmente sem cabimento a partir do fim do primeiro trimestre ou ainda no decorrer do primeiro semestre. Pretender responsabilizar gestores nestas condições é, portanto e acima de tudo, um inaceitável acto de hipocrisia.
Não há desperdícios na saúde? Está tudo devidamente controlado e sem mácula? Não será também preciso um processo interno assumido corajosamente de reeducação gestionária a todos os níveis do SNS? Com certeza! Só que isso não pode nem deve fazer esquecer ou escamotear as grandes razões que, hipocritamente, são preteridas nos congressos, seminários e mesas-redondas, onde os candidatos a "salvadores da pátria" pululam atrás dos microfones e câmaras da comunicação social.
  


IN "VIDA ECONÓMICA"
02/12/12

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TARIFAS NAS EX-SCUT


A 22















 
A 23






















 A 24



















 A 25


















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HOJE NO

"JORNAL DE NEGÓCIOS"



Exportações cresceram 15,2% 
no terceiro trimestre

O desequilíbrio da balança comercial portuguesa desagravou-se no terceiro trimestre do ano com as exportações crescerem e as importações a declinarem no terceiro trimestre.

As saídas de bens cresceram 15,2% entre 30 de Julho a 31 de Outubro, face ao mesmo período do ano passado e, ao mesmo tempo, as entradas de bens sofreram uma diminuição de 0,8%, segundo divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta evolução ditou um desagravamento de 1,492 mil milhões de euros do défice da balança comercial, explica o comunicado do INE publicado hoje no seu “site”. A taxa de cobertura das importações pelas exportações melhorou em 10,3 pontos percentuais para 74,6%, constata o INE.

No mês de Outubro a evolução do Comércio Internacional em Portugal foi ainda mais favorável no sentido de um maior equilíbrio da balança de pagamentos. As expedições para o estrangeiro aumentaram 15,7%, sendo impulsionadas tanto pelas vendas a Países Comunitários como a Países Terceiros. As entradas sofreram uma quebra de 7,3% devido, sobretudo, à descida verificada no Comércio Intraomunitário.

Face ao mês de Setembro, as exportações cresceram 0,1% e as entradas caíram 7,5%, reflectindo uma quebra do Comércio Extracomunitário, reporta o INE.

As exportações para países da União Europeia aumentaram 12,5%, enquanto as importações desceram 3,2%, em termos homólogos. No Comércio Extracomunitário, as exportações aumentaram 23,1% e as importações cresceram 6%, refere o INE.

As categorias da economia mais responsáveis pela evolução das exportações foram a de Combustíveis e lubrificantes, ao progredirem 38,5%, em termos homólogos, enquanto a importação destes mesmos bens cresceu 14,2%. A categoria de Fornecimentos Industriais cresceu, em exportações, 18,9% e a de Material de transporte e acessórios avançou 17,8% em exportações e declinou 14,1% em importações.


* O volume das exportações é um dedo "mindinho" que se levanta contra a  crise.

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1 - KAMCHATKA

(RÚSSIA SELVAGEM)


NatGeo - Rússia Selvagem - Kamchatka. A península de Kamchatka, localizada na margem oriental da Rússia, é um lugar surpreendente onde os vulcões criam uma terra de fogo e gelo.

Nesta região turbulenta, águias douradas e águias marinhas de Steller prosperam e compartilham as presas do lago Kuril. Estas gigantes aves de rapina entram em uma batalha espetacular por sua presa.

Nos vales úmidos e exuberantes de Kamchatka, ursos pardos se banqueteiam com a desova anual dos salmões e entram em um caldeirão borbulante e geotérmico de águas repletas de vida e vapor quente. Quando os salmões voltam para o lago Kuril, os ursos pardos se olham cautelosamente conforme se alinham nos bancos vulcânicos para apanhar a comida.

Ainda em Kamchatka, raposas vermelhas dão seus primeiros passos fora do obrigo, ovelhas-das-neves mantêm os olhos atentos no céu para se proteger de ataques aéreos e carcajus vasculham o campo em busca de alimento.

Mas os vulcões ativos de Kamchatka transformam continuamente a paisagem. Em um passado não muito distante, um grande deslizamento engoliu o vale ao despejar 4,5 milhões de metros cúbicos de rocha, cascalho e neve.

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HOJE NO

"DESTAK"



Transportadoras: 
Cliente final é que terá de suportar cobrança das SCUT

O presidente da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) defende que tem de ser o cliente final a suportar as portagens das SCUT porque as empresas de transporte não têm capacidade.

“É um impacto tremendo [as portagens]. Obviamente que não pode ser absorvido pelas empresas, terá de ser transferido para o cliente”, disse António Mousinho à Lusa.

As portagens em quatro autoestradas SCUT (Sem Custos para o Consumidor) entraram em vigor na quinta-feira na A23 (entre Torres Novas/Abrantes e a Guarda), na A24 (entre Vila Verde/Chaves e Arcas-Estrada Nacional 2), a A25 (entre Aveiro e Vila Formoso) e a A22 (entre Lagos e Castro Marim/Vila Real de Santo António).

Afirmando que as empresas “não tinham, na sua estrutura de custos, em vista estas portagens”, António Mousinho ressalvou que os valores em causa são “muito significativos” e “impossíveis de absorver pelas empresas”.

Para exemplificar, disse que um transporte Porto-Madrid custa entre 550 a 600 euros e só a portagem na A25 representa cerca de 50 euros.

“Estamos a falar em cerca de 10 por cento do valor total do transporte. É um impacto tremendo”, afirmou.

O presidente da ANTRAM disse ainda que tem defendido junto do Governo que seja criado um “desconto de quantidade”.

“Como os nossos associados são utilizadores permanentes dessa infraestruturas, que tenham a consideração de que um utilizador frequente deve ter um tratamento diferente de um esporádico ou ocasional. É essa medida que estamos à espera”, ressalvou.

António Mousinho criticou ainda o que considerou ser a falta de alternativas às SCUT para quem não as queira utilizar, lamentando que se tenha acabado com os Itinerários Principais (IP) e os Itinerários Complementares (IC).

“Não existem alternativas, a A25, por exemplo, foi construída sobre o IP5. Se os IP e os IC se mantivessem, podia-se dizer que existia uma verdadeira alternativa”, indicou.

O presidente da ANTRAM ressalvou ainda que em Espanha “praticamente não há portagens” e em França “existem descontos para os utilizadores frequentes”.


* Mas já não se sabia quem quem se lixa é o mexilhão, isto é, o Tuga???

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PATRIMÓNIO IMATERIAL 
DA HUMANIDADE

RODRIGO

CAIS DO SODRÉ





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HOJE NO

"i"

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Futebol. Qualquer semelhança com arranjinhos é pura coincidência
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A goleada do Lyon na Croácia (7-1) levantou suspeitas e trouxe de novo a discussão à baila. Afinal, há ou não equipas que não se importam de jogar para o bem comum?


Só um milagre garantiria o apuramento ao Lyon na Liga dos Campeões. Um milagre ou um arranjinho, claro. A situação era simples: o Lyon tinha de ganhar na Croácia ao Dínamo Zagreb e esperar que o Ajax perdesse em casa com o Real Madrid. Se isso acontecesse, tudo se decidiria na diferença de golos: o Ajax tinha 6-3 e o Lyon 2-6. Concluindo: com uma desvantagem de sete golos, só duas goleadas permitiriam que o Lyon seguisse em frente.
O Lyon esteve a perder 0-1, chegou ao intervalo empatado (1-1) e partiu para a goleada na segunda parte (7-1). Na Holanda, o Real Madrid ganhou 3-0 e ajudou o outrora carrasco dos merengues. Como não podia deixar de ser, o resultado da Croácia está a gerar muita polémica, especialmente depois de ter sido divulgada a imagem de um eventual piscar de olho do central Vida após um golo que nasceu de um erro seu. O dia seguinte, ontem, ficou marcado por várias reacções. A UEFA foi uma das primeiras a reagir e afirmou que “até agora não houve nada de invulgar que provoque o início de uma investigação”. A posição do clube croata é mais forte e garante interpor todas as “acções legais” ao seu dispor contra os meios de comunicação social que especularam ou questionaram sobre a veracidade do resultado: “É um escândalo e malicioso afirmar que o jogo de quarta-feira foi suspeito. Fazê-lo é menosprezar o Dínamo, que terminou com um resultado muito negativo e que teve repercussões imediatas, como o despedimento do treinador”. Por último, também o Lyon emitiu um comunicado, lamentando que a vitória “não seja considerada como um grande feito desportivo como acontece com outros feitos do futebol francês.
Com ou sem arranjinhos, a verdade é que a história do futebol está cheia de episódios que levaram a críticas dos prejudicados e que ainda hoje são vistos como jogos combinados. O i juntou seis que vão desde os primórdios do futebol, passando por Mundiais, apuramentos para Europeus e escalões secundários do futebol português.


1898. STOKE CITY-BURNLEY, 1-1
Decidia-se uma vaga na primeira liga inglesa. O Stoke City tinha sido último e o Burnley era uma das equipas da segunda divisão com hipóteses de subir. Um jogo decidiria quem ficava com a vaga mas o empate final garantiu que as duas equipas teriam lugar. O regulamento era assim mesmo e permitia o empate, mas ainda assim a liga inglesa não gostou da coincidência e decidiu alargar o campeonato para 18 equipas. Assim, Stoke City e Burnley ficaram ambos na primeira divisão, tal como o Newcastle e Blackburn, as duas equipas que saíam prejudicadas do empate.


1978. ARGENTINA-PERU, 6-0
Disputava-se a segunda fase de grupos do Mundial da Argentina. O Brasil já tinha terminado a participação e estava em boa posição para garantir um lugar na final. Só uma vitória da Argentina sobre o Peru por quatro golos ou mais faria com que o organizador estivesse na final.
Os jogos anteriores não deixavam grandes sinais de entusiasmo. Em cinco encontros, os argentinos tinham apenas seis golos marcados. Mas, como tudo se decidia em 90 minutos, a futura campeã mundial goleou o já eliminado Peru por 6-0 e foi à final com a Holanda. Os brasileiros não gostaram e o facto de o guarda-redes peruano ter nascido na Argentina não ajudou muito. Nunca se provou nada, mas a hipótese política, dado que os argentinos controlavam o fornecimento de trigo aos peruanos também ganhou força.


1982. RFA-ÁUSTRIA, 1-0
De um Mundial na América do Sul com equipas sul-americanas para um Mundial na Europa com equipas europeias, quatro anos depois. Na última jornada do grupo 2, alemães e austríacos estavam numa situação de mata-mata. Se a Alemanha não ganhasse, passavam Áustria e Argélia. Se a Alemanha ganhasse por três golos de diferença, passavam alemães e argelinos. Mas uma vitória por um ou dois golos de diferença seria perfeita para as duas equipas que falavam alemão. E assim foi mesmo. A República Federal Alemã entrou no jogo a todo o gás e Hrubesch inaugurou o marcador aos dez minutos no El Molinón em Gijón, Espanha. A partir daí, houve 80 minutos de descanso e os adeptos argelinos nas bancadas chegaram mesmo a queimar uma bandeira alemã em sinal de protesto.
As transmissões televisivas na RFA e na Áustria também foram feitas com desagrado: o comentador da ARD recusou-se a comentar o jogo e o austríaco aconselhou as pessoas a desligar a televisão. O jogo ajudou a FIFA a mudar o formato de forma a que os últimos jogos do grupo se disputassem à mesma hora para evitar futuros arranjinhos. Ou assim pensavam eles na altura.


1983. ESPANHA-MALTA, 12-1
Há muito que a Malta é um saco de pancada para as grandes selecções mas a 21 de Dezembro de 1983, em Sevilha, ganhou uma nova dimensão. Quatro dias antes, a Holanda tinha goleada a Malta por 5-0 e aumentava a pressão para o jogo dos espanhóis. Disputava-se o apuramento para o Euro-1984 e a vantagem de golos era esmagadora para a equipa de Ruud Gullit, Peter Houtman e companhia. Se a Espanha quisesse ir ao Euro (não só foi como só foi travada na final pela França, 0-2), teria de vencer por onze golos de diferença. Se está à espera de um 11-0 engana-se. Santillana marcou primeiro, aos 16’, mas Degiorgio empatou para os malteses aos 24’. Mas como no fundo é tudo uma malta porreira, a goleada cresceu até aos 12-1, com o último golo, o do apuramento, a ser marcado aos 83 minutos por Señor. Falta saber se espanhóis e malteses foram realmente todos senhores de respeito.


2003. PORTIMONENSE-EST. AMADORA, 2-3
Era um dos jogos grandes da última jornada da Liga de Honra em 2002/2003, juntamente com o Rio Ave-Naval. Faltava decidir um lugar de subida e os figueirenses partiam com vantagem (54 pontos), à frente de Estrela da Amadora (54 mas com desvantagem no confronto directo) e Portimonense 51 (com vantagem se ganhasse e a Naval perdesse em Vila do Conde).
Os algarvios queriam a subida e estiveram a ganhar por 2-0 até perto do fim mas o resultado em Vila do Conde impedia a subida. O Estrela da Amadora reagiu nos minutos finais e, perto do fim, já os tricolores tinham empatado: Doriva aos 80’ e Semedo aos 85’. Quando o Rio Ave-Naval terminou em 0-0, faltavam jogar três minutos de desconto no Algarve. E, no último minuto, penálti para o Estrela que Doriva converteu. O empate deixava as duas equipas na Liga de Honra mas o golo nos descontos impediu o sonho figueirense e levou o Estrela da Amadora para a primeira divisão. Álvaro Magalhães, treinador da Naval, não gostou: “A sensação que temos é que a grande penalidade que apareceu no jogo com o Portimonense não existiu.”


2004. DINAMARCA-SUÉCIA, 2-2
É o Europeu de Portugal. Na última jornada da fase de grupos, só um empate a dois golos garante o apuramento às duas selecções nórdicas caso a Itália derrote a Bulgária. A squadra azzurra sofreu e Cassano só marcou o golo da vitória aos 90’+4 mas os caprichos do duelo nórdico (como diz o título, qualquer semelhança com arranjinho é só pura coincidência) proporcionaram mesmo um empate a dois golos. Os dinamarqueses estiveram a vencer por duas vezes mas o golo salvador dos suecos surgiu por Jonson, de forma dramática, a um minuto do final do tempo regulamentar. É obra.


* É desporto, pois é?

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OUVINDO PELA ÚLTIMA VEZ 
A MÚSICA PREFERIDA





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HOJE NO
"PÚBLICO"

Um quinto da população portuguesa 
não tem qualquer nível de ensino

Condições de habitabilidade melhoraram substancialmente na última década, mas ainda há quase dois por cento de alojamentos sem instalação de banho ou duche.

Entre 2001 e 2011 quase duplicou o número de pessoas que passou a ter curso superior – são agora cerca de 1,2 milhões. Esta tendência também se verifica no ensino secundário. Mas, contas feitas, apenas 12% da população possui o ensino superior completo, 13% o secundário, o que contrasta com os 19% da população sem qualquer nível de ensino. São dados provisórios do Censos 2011 ontem divulgados no Instituto Nacional de Estatística (INE), em Lisboa.

O coordenador do Gabinete de Censos do Instituto Nacional de Estatística (INE), Fernando Casimiro, destacou ontem a passagem de 284 mil licenciados em 1991, 674 mil em 2001 e 1,262 milhões de pessoas este ano. São as mulheres quem possui qualificações mais elevadas, sendo 61% dos licenciados do sexo feminino, mas são também as mulheres que predominam no grupo de pessoas sem qualquer escolaridade. Apesar das boas notícias, 19% das pessoas não têm qualquer nível de ensino. O ensino básico do 1.º ciclo corresponde ao nível mais elevado da população – 25%.

Em 30 anos Portugal perdeu um milhão de crianças (até aos 14 anos) e ganhou 900 mil idosos (mais de 65 anos). "A população idosa quase dobrou a sua representação no país", disse Fernando Casimiro, nesta segunda fase da apresentação dos dados do recenseamento geral da população de 2011. Hoje, 19% dos portugueses têm 65 ou mais anos de idade. Mas há excepções, "as regiões autónomas são uma espécie de reserva demográfica", sublinhou. Na Madeira a população aumentou 9,3% e nos Açores 2,06%. As ilhas superam as restantes regiões na população jovem e nas menores percentagens de população idosa.

No grupo etário mais jovem, até aos 14 anos de idade, inclui-se 15% da população residente em Portugal. De acordo com o INE, há "um duplo envelhecimento dos portugueses", por um lado pelo aumento da população idosa, e por outro pela redução da população jovem, especialmente nas regiões do Alentejo e Centro. Na última década houve um agravamento do índice de dependência total, que passou de 48 para 52, o que significa que por cada 100 pessoas em idade activa existem 52 dependentes.

As chamadas famílias unipessoais foram as que mais cresceram, 37,3% em dez anos, o que resultará sobretudo do envelhecimento da população, um valor muito acima das chamadas "famílias clássicas", cujo aumento se ficou pelos 10,8% no mesmo período de tempo.

No Portugal de 2011 são 21,4% os que vivem sozinhos, uma realidade mais vincada no interior do país, na região Centro e Sul do país, mas que também atinge valores muito elevados nos munícipios de Lisboa e Porto. A dimensão média das famílias é, em 2011, de 2,6 pessoas, enquanto que em 2001 era de 2,8. Há uma "estabilização das famílias com três pessoas", revelam também os dados do Censos 2011.

A redução do núcleo familiar é também visível na diminuição das famílias com quatro e com cinco ou mais pessoas: passaram de 15,4% em 1991 para 6,5% este ano.

Tal como já acontecia há dez anos, continua a haver mais mulheres do que homens no país, mas a tendência acentuou-se: há 91,5 homens para 100 mulheres, face a 93,4 por 100 mulheres há uma década. As maiores taxas de mortalidade no masculino e a sua menor esperança de vida ajudam a explicar este fenómeno, que não se verifica em todas as faixas etárias. Por exemplo, até aos 24 anos predominam eles em relação a elas (13,1% face a 12,6% do total da população).

Casados são 47%

O grupo dos indivíduos casados é o que tem maior peso, em ambos os sexos, englobando 47% dos portugueses. A população divorciada, com uma representatividade de 6% do total da população, tem mais peso no Sul e nos municípios do litoral.

Depois de ter dado conta, em Julho, do aumento em 12,1% dos edifícios e de mais 16,3% de alojamentos destinados à habitação, o INE dá agora nota "de um ganho significativo das condições" das residências em Portugal. Subiram 70% as habitações que passaram a ter esgotos, sendo o Algarve e o Alentejo os que mais se afastam da média nacional pela negativa, reduziram-se substancialmente as casas sem casa de banho ou duche e sem água canalizada.Em termos nacionais, continuam a não dispor de água canalizada 0,59% (23.579) dos alojamentos, não têm esgotos 0,45% dos alojamentos (17.966) e a falta de casa de banho com instalações de banho ou duche ocorre em 1,92% das casas (76.924).

Os números divulgados confirmam os resultados preliminares já apresentados este ano e revelam que a população residente aumentou cerca de dois por cento nos últimos dez anos, sendo que no passado dia 21 de Março (momento censitário) viviam no país 10.561.614 pessoas. O crescimento registado deve-se principalmente ao saldo migratório (91%) e em 9% ao saldo natural. Só no terceiro trimestre do próximo ano vão ser divulgados os dados definitivos do Censos.

Os Censos 2011 em cinco indicadores-chave

Lisboa mais instruída
A população da região de Lisboa apresenta, em comparação com as restantes, níveis de ensino mais elevados. Têm um curso superior 16,7% da população. O Centro, Algarve e Norte estão quase ao mesmo nível, com 10% de licenciados. No extremo oposto estão os Açores, com apenas 8,4% da população com licenciatura.

Resistentes no interior
O número de municípios que perderam população aumentou: de 171 em 2001 passaram para 198 em 2011. Mas há cidades do interior que resistem à desertificação: Bragança, Viseu, Castelo Branco, Évora e Beja. Continua a concentração na costa, sendo maior na faixa litoral a norte de Setúbal, Algarve e áreas metropolitanas.

Construções algarvias
O crescimento do número de habitações construídas é comum a todas as regiões do país, mas o Algarve tem, na última década, o maior crescimento em termos de edifícios (mais 23,9%). A região autónoma da Madeira surge como a segunda região com maior crescimento do parque habitacional da última década.

Metade casados
Apesar do aumento dos divórcios, os casados continuam a representar grande parte da população: são 47%, face a 40% de solteiros, 7% de viúvos e 6% de divorciados. Os solteiros são mais homens (51,6%), os divorciados mais mulheres (58,6%).

Casa própria
Cerca de 73% dos alojamentos de residência habitual são ocupados pelo proprietário, já os arrendados representam 19,7% das residências e as restantes situações, tais como empréstimos ou outras, constituem 6,8%. Lisboa é a região do país com maior percentagem de arrendamento (27%).


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- 19% da população sem qualquer tipo de escolaridade
- 25% com a antiga 4ª classe
- 2% ainda toma banho de púcaro e alguidar

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MAIS CORPOS LINDOS



UMA MARAVILHA DE ARTE,
É PRECISO CORAGEM PARA FAZER DO CORPO UMA TELA

VEJA EM TELA CHEIA


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HOJE NO
"A BOLA"

«Pela primeira vez futebol é discutido 
por quem o conhece por dentro» - Toni

Aos 65 anos, faz «uma interrupção» na carreira de treinador para abraçar o projecto da lista de Carlos Marta. Candidato a vice-presidente para as selecções, diz que muito há a fazer, pois o trabalho de base foi descurado. Entre ideias e projectos, regozija-se com a primeira vitória: o futebol para as pessoas do futebol.

-Como surgiu o convite para ser o vice-presidente para as selecções da lista presidida pelo candidato Carlos Marta?
- Há uma relação próxima com Carlos Marta desde há muitos anos. A conversa foi curta e não hesitei. Há um virar de página no futebol português e as linhas programáticas apresentadas foram as razões que me levaram a aceitar.

- Há muito a mudar no futebol português?
- O futebol português tem tido performances muito boas, quer ao nível de selecções, desde 1996, excepção do Mundial de 1998, quer ao nível de clubes.

- Mas nem tudo está bem...
- Gilberto Madail vai ficar para a história dados os resultados extraordinários, mas há outros aspectos que descurou. Falta trabalho de base. É esse o ponto principal para quem liderar a FPF. Há que criar uma base maior de praticantes e de recrutamento para podermos ter dentro de cinco/dez anos gente que possa dar continuidade aos bons resultados.

- A Casa das Selecções continua a ser um projecto adiado. O que tem planeado neste sentido?
- Mais do que a Casa das Selecções, pretendemos a casa do futebol, como está destacado no programa de Marta. O Jamor parece ser o local que reúne as melhores condições para albergar não só o futebol, mas todos os outros agentes do futebol.


* OXALÁ...

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14 - OOPS !!!!!!!!!!