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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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A 20 de agosto de 1857, o poeta Charles Baudelaire e o seu editor foram julgados na 6ª Vara Correcional do Tribunal de Paris pela publicação de “As Flores do Mal”, livro acusado de conter ultrajes à moral pública e à religião. O tribunal sentenciou que seriam retirados seis poemas, sendo o primeiro sobre Lesbos — “Mãe da festa latina e das orgias gregas,/ Lesbos, cujos beijos, lânguidos e jucundos,/ Quentes como sóis, frescos como melancias,/ Adornam as noites e os dias gloriosos” —, outro sobre a paixão entre Hipólita e Delfina, todos sobre amores.
Tem sentido considerar que o poeta não tinha “lugar de fala” acerca de amor lésbico, pois não era mulher e não o viveu? Ou que, ao louvar esse amor, dele se estava a apropriar? Pela minha parte, curvo-me perante Baudelaire, que mudou a poesia e se atreveu a desafiar o interdito. Muitas outras pessoas o fizeram, talvez Safo antes de todas, umas com a sua experiência de vida, outras com a sua poesia que é razão da vida, e ele juntou-se-lhes. Ainda bem que teve essa coragem, isso é a arte e é o que dela recebemos.
* Professor universitário. Activista do Bloco de Esquerda.
IN "EXPRESSO" - 05/08/22.
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OH JLO
EM ANGOLA NÃO HÁ DEMOCRACIA
NAS ELEIÇÕES DE AGOSTO
A FRAUDE CONTINUA
Eleições Angolɑ "Isto estɑ́ tudo ɑmɑrrɑdo"
Luɑtʮ Beiɾɑ̃σ
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