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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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“Ao ódio respondemos com fraternidade, camaradagem, companheirismo e amor. Viseu pode ser uma melhor cidade para viver COM a Marcha, com movimento, com cor, com vozes LGBTQIA+ cheias de Orgulho.”
Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar”*
Para a sua opressão acabar…
Eu tenho visto este povo a lutar, nas ruas, em forma de marcha, desde há cinco anos.
Há cinco anos colaram cartazes contra a marcha que diziam “Viseu, a melhor cidade para viver sem vocês”, este ano arrancaram cartazes e mais uma vez comentários nascidos do ódio salpicaram as publicações nas redes sociais de divulgação desta manifestação.
Ao ódio respondemos com fraternidade, camaradagem, companheirismo e amor. Viseu pode ser uma melhor cidade para viver COM a Marcha, com movimento, com cor, com vozes LGBTQIA+ cheias de Orgulho.
O Orgulho, palavra tantas vezes mal compreendida, é isto: sair à rua sem medo e erguer a voz e as bandeiras, não porque somos especiais, diferentes ou melhores, mas porque somos iguais a nós mesmas e temos orgulho nisso.
Porque queremos que cada pessoa que existe e cada criança que venha a nascer, em Viseu como em qualquer outro lugar, possa ser, sem amarras ou caixinhas, igual a si mesma, não sendo por isso lesado o seu acesso a oportunidades e tratamento digno, na sociedade e nas instituições.
É fundamental a defesa intransigente dos Direitos Humanos, em todas as plataformas possíveis, nomeadamente nos órgãos autárquicos, que, enquanto órgãos, por excelência, de proximidade, podem fazer toda a diferença.
O Bloco de Esquerda tem defendido para Viseu medidas como a criação de um plano municipal LGBTQIA+; o apoio por parte da autarquia à celebração de dias internacionais e nacionais, ou manifestações, que promovam os Direitos Humanos; ou ainda a criação da Casa da Cidadania para associações de direitos humanos. Seremos sempre voz ativa na defesa dos direitos humanos, uma voz que não se cala pela concretização de medidas que possam fazer caminho para um concelho verdadeiramente inclusivo e uma voz sem pudor de sair à rua sempre que for preciso.
Por isso aqui estou, hoje, mais uma vez, com a mesma vontade e energia de há cinco anos.
Por cinco vezes consecutivas desde 2018 o desafio foi lançado: Já Marchavas! E por cinco vezes consecutivas vocês, nós, respondemos e lutamos por um amanhã mais justo e livre para todas as pessoas.
Por um amanhã sem estigmas e discriminações.
Por um amanhã fora das garras do patriarcado: feminista, antifascista e antirracista, em Viseu, em Portugal, no Brasil, no Irão, em todo o mundo!
Por um amanhã em que Lei e Sociedade sejam igualmente inclusivas.
Por um amanhã que vá muito além da tolerância, onde se verifique o direito a uma existência plena e digna de qualquer pessoa.
Pelo amanhã, lutamos, marchamos hoje!
Discurso de Carolina Gomes na 5.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+, enquanto deputada do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Viseu
* “Eu vi este povo a lutar (Confederação)”, letra de José Mário Branco
** - Ativista na Plataforma Já Marchavas, pertence à equipa editorial do Interior do Avesso. Membro da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, da comissão distrital e da concelhia de Viseu. Licenciada em Antropologia.
IN - Discurso de Carolina Gomes na 5.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+, enquanto deputada do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Viseu
NR: Já aqui dissemos que não somos fãs de marchas efectuadas a favor de uma determinada orientação sexual, isto por que somos absolutamente respeitadores de qualquer uma delas. No caso de Viseu são necessárias por causa do exarcebo moralista e odiento com que a igreja católica anestesiou a comunidade do distrito. Não falamos de cor, conhecemos bem a região..
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ADRIANO MOREIRA
Salazar chamou-o para Subsecretário de Estado da Administração Ultramarina, em 1959, e para Ministro do Ultramar, em 1961, cargo em que se manteve até 1963.
Foi, juntamente com Manuel Sarmento Rodrigues, um dos responsáveis diretos pela introdução institucional, nos anos 1950, do lusotropicalismo de Gilberto Freyre no ideário do Estado Novo e nos meios universitários portugueses.
Em 1962, quando era Ministro de Ultramar teve um papel activo na perseguição política de que foi alvo o Professor Vitorino Magalhães Godinho.
Aquando da Crise académica de 1962 que abalou o Estado Novo, Magalhães Godinho solidariza-se com os estudantes, pelo que é alvo de um processo disciplinar que termina com a sua demissão compulsiva do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU) onde Adriano Moreira era o presidente. Magalhães Godinho foi demitido por ter apoiado o movimento estudantil e ter denunciado Adriano Moreira pela sua incompetência enquanto mentor da referida escola. Magalhães Godinho recorreu aos tribunais, Ganhou o recurso para o Supremo Tribunal Administrativo, foi-lhe dada razão, e foi reintegrado, contudo foi-lhe movido um novo processo e foi novamente expulso – as duas decisões foram publicadas no mesmo Diário do Governo. Magalhães Godinho culpará sempre Adriano Moreira pelas sua expulsão.Após ter sido expulso Magalhães Godinho viveu desempregado e com dificuldades financeiras durante grande parte da década de 1960. Só na década de 1970, foi convidado a voltar a França para ocupar um lugar na Universidade de Clermont-Ferrand. Mais tarde Magalhães Godinho dirá “Tive a honra de ser o único professor catedrático demitido.”
Em setembro de 1962 também entrou em choque com o General Venâncio Augusto Deslandes e demitiu-o. O General Deslandes assumiu funções de 117.º Governador-Geral e também Comandante Chefe das Forças Armadas em Angola quando a luta armada da UPA assolava ainda o Norte de Angola. Controlada a situação, e concluída a reocupação de todo o Norte, através da Operação Viriato, o General Deslandes lançou um vasto plano de fomento para Angola, o chamado chamado “plano Deslandes” que incluia a criação de uma Universidade em Luanda. As iniciativas reformistas do General Deslandes encontraram forte resistência em Adriano Moreira que o demitiu.
Na sua ação como governante — coincidindo com a eclosão da Guerra Colonial em Angola — viria estabelecer uma política reformista, que teve como principal marca a abolição do Estatuto do Indigenato (que impedia a quase totalidade dos habitantes das colónias de adquirir a nacionalidade portuguesa) permitindo a esses indígenas aceder à cidadania portuguesa, usufruindo do direito a fixarem-se e circularem em todas as parcelas do território nacional e também do acesso à educação. Levou também a cabo a adoção de um Código de Trabalho Rural, criou escolas do Magistério Primário, fundou o ensino superior nas colónias, ao fazer arrancar os Estudos Gerais Universitários, em Angola e Moçambique.
Salazar manifestou-lhe posteriormente que não podia concordar com várias das suas políticas, afirmando-lhe que mudaria de ministro se não as alterasse. Segundo conta o próprio, comunicou então a Salazar que «Vossa Excelência acaba de mudar de ministro». Entrevistado pela RTP2 em 2014, afirmaria que "Salazar já estava ultrapassado no seu tempo".
Apesar da intenção reformista, a sua ação e a sua defesa da tese lusotropicalista não são isentas de controvérsia; até porque o seu ministério coincidiu com a eclosão da guerra. Por isso, afirma o historiador brasileiro João Alberto da Costa Pinto, foi nesse período que se deu a organização, a partir de 1961, da resistência armada das tropas portuguesas contra os primeiros levantes nacionalistas das colónias e a instituição em Angola das práticas repressivas da PIDE, alegação que recusa na sua autobiografia.
Através da Portaria n.º 18539, de 17 de junho de 1961, assinada pelo Ministro do Ultramar Adriano Moreira ao abrigo dos artigos 4.º e 5.º do Decreto n.º 43600, de 14 de abril de 1961, foi criado, em Chão Bom (Ilha de Santiago, Cabo Verde), o campo de concentração do Tarrafal, oficialmente "Campo de Trabalho de Chão Bom".
O Decreto n.º 43600, de 14 de abril de 1961, assinado pelo Ministro do Ultramar Vasco Lopes Alves, deu execução ao Decreto Lei n.º 39997, de 29 de dezembro de 1954.
Estranhamente, a portaria não refere onde se situa a localidade de Chão Bom. O Campo de Trabalho de Chão Bom foi colocado a funcionar onde anteriormente tinha funcionado o Campo do Tarrafal. Além do campo de trabalho de Chão Bom, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, criou igualmente o campo de trabalho de Missombo, através da Portaria n.º 18702, de 24 de agosto de 1961.
Após o 25 de Abril, aderiu ao Partido do Centro Democrático Social, sendo seu deputado à Assembleia da República.
Foi igualmente presidente deste partido de 1986 a 1988 e, interinamente, de 1991 a 1992. Foi deputado à Assembleia da República até 1995, quando renunciou ao mandato.
Em 2015, foi indicado pelo CDS-PP para o Conselho de Estado, exercendo funções até 2019.
IN "WIKIPEDIA"
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