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HOJE NO
"OBSERVADOR"
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Assembleia confirma fim das taxas no aborto e adoção por casais homossexuais
Os diplomas que Cavaco vetou vão agora voltar a Belém depois de serem
novamente aprovados pela Assembleia da República. O Presidente foi
acusado de “revanchismo” no plenário depois de ter devolvido diplomas
sobre a introdução de taxas moderadoras na interrupção voluntária da
gravidez e na adoção por casais do mesmo sexo. Paula Teixeira da Cruz,
ex-ministra da Justiça, votou favoravelmente os dois diplomas.
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No
final da votação, onde a maioria foi favorável à confirmação dos dois
diplomas – nomeadamente PS, CDS, PCP, Verdes e PAN – o presidente da
Assembleia da República, Ferro Rodrigues, afirmou que os diplomas seriam
enviados “rapidamente” para Belém. Pedro Delgado Alves, deputado do PS,
afirmou que o seu partido “mantém a firme vontade democrática de proteger as famílias” e todas a pessoas que sejam discriminados, “derrubando o último obstáculo neste percurso”, numa referência a Cavaco Silva.
O Presidente vetou estes dois diplomas no final de janeiro,
logo após as eleições presidenciais, devolvendo assim estas duas leis ao
Parlamento. Tanto o PS, como os partidos que apoiam o Governo no
Parlamento, já tinham afirmado que as duas medidas seriam aprovadas
novamente. Na discussão, o Bloco de Esquerda criticou as “palavras amargas” de Cavaco Silva, a deputada socialista Isabel Moreira afirmou que o Presidente optou pela “inutilidade”, enquanto o PSD disse que a esquerda estava a levar a cabo “um lamentável ajuste de contas com o Presidente”.
No
diploma sobre a revogação das taxas moderadoras do aborto, houve 119
votos a favor – PS, BE, PCP, PAN e PEV – e 97 votos contra – PSD e CDS. A
deputada Paula Teixeira da Cruz foi a única deputada à direita que
votou favoravelmente este diploma. No que diz respeito à adoção por
casais do mesmo sexo, 137 deputados votaram a favor, 73 contra e houve 8
abstenções. Vários deputados do PSD, como Teixeira da Cruz, mas também
Teresa Caeiro votaram favoravelmente e outros deputados
sociais-democratas como Duarte Marques ou Berta Cabral abstiveram-se.
No
CDS, dois deputados também optaram pela abstenção. Nem Paulo Portas,
nem Pedro Passos Coelho estavam presentes durante estas votações.
* O sr. Presidente leva uma bofetada de luva parda, enquanto Coelho e Portas demonstram a sua força pela falta de frontalidade, nada admira.
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