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SÓ DEVE ABRIR QUEM GOSTAR
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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NR: Entendemos haver visitadores que gostam mais de visionar notícias da ciência, da música, da sexualidade etc., mas este também é o Portugal que temos recheado de ódios e religiões que os estimulam. Ainda ninguém fez o "inventário" de quantos destes assassinos são pessoas de fé, parece propositado.
Não consta a presença de indivíduos asiáticos nas notícias destes vídeos.
DURMAM BEM!
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Com o passar do tempo, a data de 21 de fevereiro de 2022 será, provavelmente, identificada como o momento em que a Europa enfrentou um nova mudança. A invasão russa da Ucrânia foi o primeiro passo de um processo que o dia 20 de janeiro de 2025, com a tomada de posse do presidente norte-americano, haveria de consolidar: a vulgarização do desrespeito pela vida e pelos direitos da pessoa.
Ao longo dos anos, em particular na última década, assistimos a um intensificar de movimentos migratórios, ditados em grande medida pelos desequilíbrios económicos que sabemos identificar mas não conseguimos resolver. Fomos enfrentando esse problema com um pressuposto de base: estamos a lidar com pessoas que devem ser protegidas e os seus direitos básicos salvaguardados (mesmo que muitas vezes não o tenhamos conseguido fazer).
Agora, assistimos a uma nova forma de olhar as pessoas e os seus direitos. Mesmo quem não concorda com as novas regras de repatriamento de migrantes impostas pela Administração Trump vai alterando a forma como olha para esse fenómeno cada vez mais vulgar e alargado a outros países. E o sentido, quase inevitável, é de que cada vez mais aceitaremos como normal formas de tratamento indignas que até há pouco considerávamos exceção.
A forma como essa mudança se assemelha a outros períodos da História, sobretudo do século passado, deve fazer-nos pensar no caminho que seguimos e nas opções que tomamos.
* Editor-executivo-adjunto
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 24/03/25.
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Graças ao seu desempenho no controverso "Emilia Pérez", tocou o céu, arrebatou vários festivais, foi reconhecida com inúmeros prémios com que todos os artistas sonham, era a favorita para ganhar um Óscar, mas alguns "tweets" arrastaram-na para o abismo.
Karla Sofía Gascón é uma personalidade avassaladora, o que se vê é o que se tem, "para o bem e para o mal", como ela própria reconhece. Depois de semanas desaparecida e silenciada pelo "cancelamento" de que foi alvo, reapareceu em Madrid para apresentar o seu novo livro: "Lo que queda de mí" ("O que resta de mim", em português).
Em conversa com vários meios de comunicação social, incluindo a Euronews, a atriz de Alcobendas abriu o coração para explicar como se sentiu depois de ter sido "cancelada" pela cultura popular, como agiria se isso lhe acontecesse atualmente, fala dos Óscares de Hollywood e da sua comentada ausência na passadeira vermelha e redime-se com a publicação deste livro, que mistura realidade e ficção.
“É um livro que o vai comover, que fala da sua luta, da sua identidade, de momentos cruciais da sua carreira”, começa por descrever a sua editora Almuzara, antes de dar lugar à protagonista desta história.
Esta é a primeira vez que publica um livro em Espanha, embora se baseie numa publicação anterior que fez no México, que foi atualizada com os últimos acontecimentos e reflexões da sua vida. "Este livro faz parte de um momento muito difícil da minha vida", reconhece, referindo-se à situação que teve de enfrentar depois de virem a público vários "tweets" do seu passado:"Estive numa situação muito complicada, tudo o que tinha construído na minha vida ruiu."
Nas 500 páginas do livro, que começou a escrever em 2017, há episódios ficcionados da sua vida, razão pela qual Gascón o descreve como uma "publicação maravilhosa que conta muitas coisas sobre mim, mas o leitor tem de descobrir quais são verdadeiras e quais não são". Escolheu este formato para se afastar da autobiografia e a sua editora sublinha que tem uma história e uma forma de expressão “muito boas”.
Karla Sofía "despe-se" nesta obra, reconhecendo que relata alguns dos momentos mais complicados da sua vida, alguns deles relacionados com as altas esferas do poder no México, onde desenvolveu uma grande carreira de atriz. Esta foi uma fase "maravilhosa" da sua vida, durante a qual acabou por se apaixonar por um senador da República e envolver-se numa relação "muito complicada".
Consciente da polémica gerada nas últimas semanas e fiel a si própria, fez uma declaração de intenções neste almoço com a imprensa em que estivemos presentes: "Vou dar-vos a manchete: sou menos racista do que o Gandhi e menos do Vox do que o [Pablo] Echenique", uma afirmação que deu a volta ao mundo em 24 horas e que a levou a ser, mais uma vez, um tema em destaque nas redes sociais. Karla sabe perfeitamente como gerir os seus tempos e palavras.
Com esta frase, defende-se das acusações de que tem sido alvo desde que vieram a debate os seus "tweets" passados, que muitos consideraram racistas ou ultraconservadores. "O ódio só pode ser travado com amor e não com mais ódio", afirma, garantindo que se sente agora muito melhor depois do que aconteceu e reiterando que foi vítima de um ataque coordenado.
Ninguém tem de me perdoar por nada
Karla Sofía está ciente de que as suas declarações em 2015 foram muito impopulares para um setor da população, mas insiste que foram retiradas do contexto, que muitas são uma montagem e que ela mudou com o passar do tempo e não pensa aquilo que esses "tweets" refletem.
Explica ainda que não se lembrava das mensagens escritas e que quase tinha apagado a sua conta dias antes porque não partilhava a visão de Elon Musk, o dono da rede social: "Não deixei o X porque, depois de ter sido nomeada para os Globos de Ouro, deram-me novos direitos sobre a conta sem pagar", refere, com uma gargalhada.
Apesar da polémica, insiste que “ninguém tem de me perdoar por nada, se alguém se sentiu ofendido com as minhas declarações, que me explique”, acrescenta. “Vi tanta gente falar de mim sem me conhecer, chamar-me 'Vox lady,' de extrema-direita ou racista.”
A atriz também abordou a forma como a controvérsia afetou a sua carreira e a perceção do público. Nem sequer lhe foi permitida a entrada na passadeira vermelha dos Óscares, apesar de estar nomeada: “Nem dei por isso, fizeram-me passar, por outro lado, e quando me apercebi tinha saltado a passadeira”, explica.
“Queriam transformar-me num robô, numa pessoa imaculada que representa não sei quem. Não represento ninguém a não ser eu própria. Se alguém se identificar comigo, ótimo, mas não sou perfeita e não quero ser. A arte vem da imperfeição humana."
Esta necessidade de "transformar" os famosos em personagens perfeitas faz com que o mundo da Sétima Arte se distancie da realidade e interponha uma barreira entre os cidadãos e estas estrelas inatingíveis que parecem incapazes de cometer erros. Como disse o cantor C. Tangana nos Prémios Goya: "Sejamos compreensivos, perdoemos e deixemos que as pessoas cometam erros. Porque quanto maior for o erro, mais precisamos do perdão dos outros". Em suma: sejamos humanos e aceitemos que cada pessoa é um prisma com muitos lados diferentes.
Sobre as acusações de racismo, insistiu no seu historial pessoal: “Considero totalmente injusto ser rotulada de racista, uma palavra contra a qual lutei toda a minha vida. Passei a minha vida a apoiar as causas dos negros, de outros grupos étnicos, e ser rotulado como tal é algo que não cabe na minha cabeça.”
Gascón sugeriu ainda que poderá haver uma intenção deliberada por detrás da polémica: “É óbvio que existe uma intenção de retirar quatro palavras do contexto. Escolheram o que lhes interessava para criar uma imagem de mim que não corresponde ao que sou.”
Apesar dos danos sofridos, a atriz mostrou resiliência e foco no futuro: “O meu combustível é o ódio que recebo, transformo-o em algo útil para me superar. Não me arrependo do silêncio que mantive após o 'cancelamento', foi uma batalha contra mim própria que ganhei. Este livro ajudou-me a retomar a minha vida, a seguir em frente."
Com “Lo que queda de mí”, Karla Sofía Gascón procura não só redimir-se, mas também convidar o leitor a refletir sobre a verdade, a identidade e a luta pessoal. “A vida é assim, quando estamos no topo, algo nos faz cair. Mas continuo a acreditar no ser humano e tenho a responsabilidade para com a minha filha, e para comigo, de não desistir”, concluiu.
Um excelente trabalho de Maria Muñoz Morillo & Roberto Macedonio Vega
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ℌ𝔲𝔤𝔬 𝔳𝔞𝔫 𝔡𝔢𝔯 𝔇𝔦𝔫𝔤
𝔗𝔦𝔞𝔤𝔬 ℜ𝔦𝔟𝔢𝔦𝔯𝔬
Hυмσя є cσηнєcιмєηтσ єм ρσятυgυє̂ѕ
(cσιѕα яαяα)
COLETTE MAZE
NR: A pretensão é através duma construção bem humorada diminuir a ignorância dos portugueses relativamente à vida de pessoas de bem!
NR/2: Em Dezembro de 2024 esta interessantíssima e inteligente série chegou ao fim. Foram 6 anos e 1260 episódios, aqui ainda teremos muitos para divulgar antes de "irmos morrer".
Ao ℌ𝔲𝔤𝔬 𝔳𝔞𝔫 𝔡𝔢𝔯 𝔇𝔦𝔫𝔤 e ao 𝔗𝔦𝔞𝔤𝔬 ℜ𝔦𝔟𝔢𝔦𝔯𝔬, grandes responsáveis por este sucesso desejamos o melhor da vida e que inventem depressa outra série inteligente, o país precisa!