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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
15/04/2014
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HOJE NO
"RECORD"
Daniel Hubmann sagra-se campeão
da Europa em distância longa
O suíço Daniel Hubmann sagrou-se esta terça-feira, em Palmela,
campeão europeu em distância longa com o tempo final de 1:10:19 horas.
Svetlana Mironova, da Rússia, terminou a minuto e 25 segundos. Pedro
Nogueira terminou longe do vencedor, acabando a prova com 1:48:47.
No
setor feminino e mesma variente, a compatriota Judith Wyder também
levou a melhor à concorrência, com 1:30:23, secundada pela norueguesa
Olav Lundanes. A portuguesa Raquel Costa terminou na 40.ª posição.
* Os atletas portugueses precisam de mais rodagem e melhores condições para treinar.
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II- A INCRÍVEL
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II- A INCRÍVEL
JORNADA HUMANA
1-ÁSIA
Alice viaja neste episódio para a Ásia em busca das pessoas que
evoluíram dos nossos ancestrais africanos e estabeleceram um dos
maiores impérios construtores que se tem noticia. Ela investiga com a
ajuda da genética se, segundo teorias de cientistas chineses, eles
descendem ou não de um grupo diferente de homnídeos, o homo erectus.
Uma excepcional narrativa sobre a História da Humanidade, com a habitual qualidade da BBC
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Aumento da pobreza infantil
em Portugal "é dramático"
O
sociólogo Renato Carmo considerou, esta terça-feira, "dramático"
para Portugal que "cerca de um quarto das crianças e jovens"
esteja em risco de pobreza, com o aumento deste fenómeno nas
famílias com dois ou mais filhos.
"Recentemente,
estamos a verificar que a pobreza está a aumentar nas famílias que
têm dependentes, nomeadamente mais de dois, ou nas famílias
monoparentais", o que "tem reflexo na pobreza infantil",
disse, aludindo a indicadores estatísticos recentes.
Quanto à pobreza infantil, indicou, "cerca de um quarto da população até aos 17 anos está em risco de pobreza", sendo esta percentagem ainda mais elevada numa análise da linha de pobreza ancorada ao ano de 2009, um cenário já avaliado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A linha de pobreza é sempre relativa ao rendimento do ano e à mediana do rendimento disponível do ano em causa. Portanto, tendo em conta 2009, em que a mediana era maior, 30% das crianças está atualmente numa situação abaixo da linha de pobreza", enfatizou.
Renato Carmo, do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e do Observatório das Desigualdades, falava à agência Lusa à margem do VIII Congresso Português de Sociologia, a decorrer na Universidade de Évora (UÉ), até quarta-feira.
No âmbito da mesa-redonda "Formas de Pobreza em Contexto de Crise", em que foi orador, o sociólogo disse que este incremento da pobreza infantil é "dramático" para Portugal, sobretudo no atual quadro demográfico do país.
"Num país que está a perder população ativa, que está a envelhecer e tem grandes problemas do ponto de vista da renovação geracional, verificamos que parte considerável das crianças vive em pobreza", realçou.
O aumento da pobreza, sobretudo nestas famílias com mais de dois filhos, explica-se "em grande medida, pelo desemprego", afirmou Renato Carmo, lembrando que, entre 2008 e 2012, o país "perdeu mais de meio milhão de empregos".
"O rendimento decresce e isso tem implicações nas famílias mais extensas, em que é necessário haver uma maior distribuição do rendimento. Portanto, neste momento, o que nós estamos a assistir é ao aumento da pobreza em famílias que têm crianças, ou seja, na pobreza infantil", frisou.
Portugal é, pois, segundo o sociólogo, um país "em morte lenta", a qual "está a acelerar".
"Isto não é sustentável. O futuro do país está gravemente ameaçado", alertou, defendendo a necessidade de "respostas mais sistémicas" por parte do Estado e de "uma nova geração de medidas sociais, pensadas para os jovens e crianças".
Como contraponto positivo, em Portugal, verifica-se que "o risco de pobreza na população mais idosa está a diminuir", graças às "políticas sociais direcionadas, e bem, ao longo dos últimos anos", para essa faixa populacional.
"E isso tem a ver com esse incremento de rendimento", o qual, "provavelmente, pode até não ser suficiente em muitos casos, mas aconteceu", disse, aludindo a indicadores estatísticos recentes.
Quanto à pobreza infantil, indicou, "cerca de um quarto da população até aos 17 anos está em risco de pobreza", sendo esta percentagem ainda mais elevada numa análise da linha de pobreza ancorada ao ano de 2009, um cenário já avaliado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A linha de pobreza é sempre relativa ao rendimento do ano e à mediana do rendimento disponível do ano em causa. Portanto, tendo em conta 2009, em que a mediana era maior, 30% das crianças está atualmente numa situação abaixo da linha de pobreza", enfatizou.
Renato Carmo, do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e do Observatório das Desigualdades, falava à agência Lusa à margem do VIII Congresso Português de Sociologia, a decorrer na Universidade de Évora (UÉ), até quarta-feira.
No âmbito da mesa-redonda "Formas de Pobreza em Contexto de Crise", em que foi orador, o sociólogo disse que este incremento da pobreza infantil é "dramático" para Portugal, sobretudo no atual quadro demográfico do país.
"Num país que está a perder população ativa, que está a envelhecer e tem grandes problemas do ponto de vista da renovação geracional, verificamos que parte considerável das crianças vive em pobreza", realçou.
O aumento da pobreza, sobretudo nestas famílias com mais de dois filhos, explica-se "em grande medida, pelo desemprego", afirmou Renato Carmo, lembrando que, entre 2008 e 2012, o país "perdeu mais de meio milhão de empregos".
"O rendimento decresce e isso tem implicações nas famílias mais extensas, em que é necessário haver uma maior distribuição do rendimento. Portanto, neste momento, o que nós estamos a assistir é ao aumento da pobreza em famílias que têm crianças, ou seja, na pobreza infantil", frisou.
Portugal é, pois, segundo o sociólogo, um país "em morte lenta", a qual "está a acelerar".
"Isto não é sustentável. O futuro do país está gravemente ameaçado", alertou, defendendo a necessidade de "respostas mais sistémicas" por parte do Estado e de "uma nova geração de medidas sociais, pensadas para os jovens e crianças".
Como contraponto positivo, em Portugal, verifica-se que "o risco de pobreza na população mais idosa está a diminuir", graças às "políticas sociais direcionadas, e bem, ao longo dos últimos anos", para essa faixa populacional.
"E isso tem a ver com esse incremento de rendimento", o qual, "provavelmente, pode até não ser suficiente em muitos casos, mas aconteceu", disse, aludindo a indicadores estatísticos recentes.
* NÃO É DEMAGOGIA
Os luxos de políticos, banqueiros e restantes donos do dinheiro são sustentados por quem passa fome.
(DIVULGUE ESTA IDEIA)
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Alemã RWE inicia abastecimento
de gás para a Ucrânia
A empresa alemã iniciou esta terça-feira o
fornecimento de gás natural para a Ucrânia numa tentativa de minimizar
as repercussões para a economia ucraniana do aumento do preço do gás
imposto pela empresa estatal russa Gazprom.
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A partir desta terça-feira a Ucrânia viu reduzida a sua dependência energética face à Rússia depois da energética alemã RWE
ter iniciado o abastecimento de gás, via Polónia, para aquele país. Foi
para já a resposta encontrada pelo ocidente para diminuir o impacto
decorrente do fim dos descontos praticados pela russa Gazprom no fornecimento de gás para a Ucrânia.
O gás que começou a ser hoje canalizado para a Ucrânia é proveniente da União Europeia, da Noruega e da própria Rússia. Este abastecimento será feito num valor próximo daquele que é praticado pela empresa alemã e que já inclui as despesas de transporte, refere a Reuters.
A RWE apesar do anúncio feito esta terça-feira fechou a sessão bolsista a desvalorizar 0,65% para 28,435 euros por acção, seguindo a tendência de quedas ligeiras registadas nas duas sessões anteriores.
O início da crise na Crimeia e as ameaças do Kremlin de interromper o abastecimento de gás, através dos gasodutos que atravessam a Ucrânia, fizeram soar o alarme dentro de uma União Europeia que depende em cerca de 60% do gás natural russo.
Contudo Kiev, que viu no dia 1 de Abril o preço por metro cúbico de gás aumentar em cerca de 45%, não vê resolvida a dependência energética face a Moscovo, cujo fornecimento representa mais de dois terços do gás natural consumido pelo país.
A Europa que assumiu recentemente a vontade de reduzir a dependência energética relativamente a Moscovo num prazo de três meses aguarda ainda por medidas que estarão a ser estudadas pela Comissão Europeia.
* Tudo o que for possível para derrotar a estratégia do filho de Putin é bom, apesar do medo inicial.
O gás que começou a ser hoje canalizado para a Ucrânia é proveniente da União Europeia, da Noruega e da própria Rússia. Este abastecimento será feito num valor próximo daquele que é praticado pela empresa alemã e que já inclui as despesas de transporte, refere a Reuters.
A RWE apesar do anúncio feito esta terça-feira fechou a sessão bolsista a desvalorizar 0,65% para 28,435 euros por acção, seguindo a tendência de quedas ligeiras registadas nas duas sessões anteriores.
O início da crise na Crimeia e as ameaças do Kremlin de interromper o abastecimento de gás, através dos gasodutos que atravessam a Ucrânia, fizeram soar o alarme dentro de uma União Europeia que depende em cerca de 60% do gás natural russo.
Contudo Kiev, que viu no dia 1 de Abril o preço por metro cúbico de gás aumentar em cerca de 45%, não vê resolvida a dependência energética face a Moscovo, cujo fornecimento representa mais de dois terços do gás natural consumido pelo país.
A Europa que assumiu recentemente a vontade de reduzir a dependência energética relativamente a Moscovo num prazo de três meses aguarda ainda por medidas que estarão a ser estudadas pela Comissão Europeia.
* Tudo o que for possível para derrotar a estratégia do filho de Putin é bom, apesar do medo inicial.
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JOÃO TEIXEIRA LOPES
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Sociólogo e docente na Universidade do Porto
IN "PÚBLICO"
03/04/14
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Os dez deveres do desempregado,
segundo Isabel Jonet
Os desempregados jamais devem usar as redes sociais. Podem encontrar por lá o Papa Francisco e enveredar por maus caminhos
1 – Os desempregados têm por dever principal trabalhar e não
mandriar. Só o trabalho liberta. Devem acordar cedo, fazer ginástica e
comer pouco.
2 – Os desempregados devem rezar as matinas e as vespertinas, com sentimentos puros.
3 – Os desempregados devem agradecer a Deus. Por não serem pobres.
Ou se são pobres, por não serem miseráveis. Ou se são miseráveis, por
não viverem no Uganda.
4 – Os desempregados não podem receber subsídio, pois isso torna-os
moles, dependentes e com um agudo défice de empreendedorismo.
5 – Os desempregados jamais devem usar as redes sociais. Podem encontrar por lá o Papa Francisco e enveredar por maus caminhos.
6 – Os desempregados devem lavar os dentes com água de três dias.
7 – Os desempregados devem trabalhar como voluntários sob a estrita condição de nunca pedirem remuneração.
8 – Se alguma entidade insistir em remunerá-los apenas devem aceitar
uma pequena quantia, inferior a dois euros, para poderem dar esmola.
9 – Os desempregados são europeus, por isso estão autorizados a ir a Lourdes a pé uma vez por ano.
10 – Os desempregados existem para a caridade alheia, tal como os
pobres. O seu futuro é o passado e o seu fim último é esperarem,
limpinhos, com paciência, humildade e singela alegria. O país não seria
mesmo sem eles.
Sociólogo e docente na Universidade do Porto
IN "PÚBLICO"
03/04/14
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HOJE NO
"DESTAK"
A solução para evitar cinco milhões
de mortes por ano
Especialista confirma que prática de exercício físico poderia evitar cinco milhões de mortes por ano.
Ou por preguiça, ou por falta de tempo ou apenas porque sim. São muitos os motivos que justificam a falta de exercício físico. Mas é apenas um o motivo que está por detrás de problemas que, todos os anos, resultam na morte de pelo menos cinco milhões de pessoas: a inatividade física.
O tema esteve em destaque na quinta edição do Congresso Internacional de Atividade Física e Saúde Pública que, no Rio de Janeiro, reuniu os maiores especialistas mundiais na matéria. Como I-Min Lee, investigadora da Harvard Medical School, que confirmou, através de dados científicos, o que há muito se apregoa. Segundo vários estudos, entre 6% e 10% dos casos de doenças crónicas e mortais, como a diabetes, cancro ou acidentes vasculares cerebrais, têm a sua origem na falta de exercício.
A estes números junta-se outro, da Organização Mundial de Saúde: pelo menos 31% da população mundial não pratica o mínimo de atividade física para se manter saudável, o mesmo é dizer, não ‘perde’ 30 minutos por dia, cinco dias por semana, para se mexer um pouco.
Com base nos dados existentes, I-Min Lee e os colegas fizeram as contas, publicadas na revista The Lancet e, que confirmam que «se pudéssemos eliminar toda a inatividade física no mundo podíamos evitar cerca de 5,3 milhões de mortes por ano».
E se os governos e as organizações sociais apostassem em políticas de incentivo ao exercício, a esperança de vida em todo o mundo podia aumentar quase mais um ano em termos gerais, com subidas, individualmente falando, de dois a quatro anos dependendo do tipo de atividade praticada.
Mais mortes prematuras
O risco é, então, inversamente proporcional à prática de exercício, aumentando quando este é inexistente.
Morrem mais os que se mexem pouco, e correm também o risco de morrer mais cedo, confirma a especialista. «A inatividade física é tão perigosa como o tabagismo ou a obesidade para gerar doenças não transmissíveis. Ser inativo aumenta o risco de morte prematura em 27%», explicou.
* Convém esclarecer que actividade física não é armar-se em atleta.
Marchar é o melhor que tem a fazer pelo seu coração, deixe-se da moda foleira dos clubes de saúde.
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HOJE NO
"i"
Gás natural sobe 2,4% a partir de Julho
Aumento proposto pela ERSE reflecte a redução da procura e novos investimentos
A
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai propor um
aumento médio de 2,4% nas tarifas reguladas de gás natural, para vigorar
a partir de 1 de Julho.
Uma utilização mais reduzida das infra-estruturas de transporte e distribuição, resultado da queda do consumo, a necessidade de remunerar novos investimentos e um aumento do preço médio do petróleo desde a última fixação das tarifas, em Abril do ano passado, são justificações para esta nova subida nos preços do gás.
O aumento médio aplica-se a clientes com consumo inferior ou igual a 10 mil metros cúbicos. O aumento proposto para a tarifa social é de 1%.
De acordo com dados da ERSE, a tarifa regulada aplica-se ainda a mais de 50% dos clientes domésticos, não obstante o forte crescimento do mercado liberalizado no gás natural. Esta tarifa vai vigorar durante três meses e será sujeita a ajustamentos trimestrais. Nas contas do regulador, o impacto na factura média mensal vai oscilar entre os 32 e os 56 cêntimos.
A variação agora proposta será finalizada a 15 de Junho depois de ouvido o Conselho Tarifário.
* O assalto continua
Uma utilização mais reduzida das infra-estruturas de transporte e distribuição, resultado da queda do consumo, a necessidade de remunerar novos investimentos e um aumento do preço médio do petróleo desde a última fixação das tarifas, em Abril do ano passado, são justificações para esta nova subida nos preços do gás.
O aumento médio aplica-se a clientes com consumo inferior ou igual a 10 mil metros cúbicos. O aumento proposto para a tarifa social é de 1%.
De acordo com dados da ERSE, a tarifa regulada aplica-se ainda a mais de 50% dos clientes domésticos, não obstante o forte crescimento do mercado liberalizado no gás natural. Esta tarifa vai vigorar durante três meses e será sujeita a ajustamentos trimestrais. Nas contas do regulador, o impacto na factura média mensal vai oscilar entre os 32 e os 56 cêntimos.
A variação agora proposta será finalizada a 15 de Junho depois de ouvido o Conselho Tarifário.
* O assalto continua
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ORTODOXOS JUDEUS
Wish You Were Here
Dois Charedi (ultra-ortodoxos judeus)tocando Pink Floyd em Jerusalém
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«Se o clube não quiser, apertamos a mão
. e está resolvido» – Guardiola
O técnico Josep Guardiola garantiu que aceita perfeitamente as críticas, por causa das duas derrotas do Bayern, e que está pronto para sair se o colosso alemão não estiver satisfeito com o seu trabalho.
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HOJE NO
"A BOLA"
«Se o clube não quiser, apertamos a mão
. e está resolvido» – Guardiola
O técnico Josep Guardiola garantiu que aceita perfeitamente as críticas, por causa das duas derrotas do Bayern, e que está pronto para sair se o colosso alemão não estiver satisfeito com o seu trabalho.
«Estou aqui para
ajudar, mas se o clube não quiser apertamos a mão e está resolvido. Não
tem nenhum problema», afirmou Guardiola, em declarações reproduzidas na Marca.
O técnico espanhol tem sido sujeito a várias críticas por causa dos recentes desaires.
«Tenho de aceitar aquilo que têm dito sobre mim. Estou aqui para fazer o meu trabalho, o melhor possível e o meu maior talento é trabalhar, trabalhar e trabalhar.»
O técnico espanhol tem sido sujeito a várias críticas por causa dos recentes desaires.
«Tenho de aceitar aquilo que têm dito sobre mim. Estou aqui para fazer o meu trabalho, o melhor possível e o meu maior talento é trabalhar, trabalhar e trabalhar.»
* Os alemães falam de papo cheio, Guardiola é dos melhores treinadores do mundo
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* Um ministro sanguinário, não é único.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Japão disposto a continuar caça
à baleia no Pacífico Norte
O ministro da Agricultura e Pescas japonês afirmou estar
disposto a manter a caça de baleias no Pacífico Norte, apesar da recente
decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de ordenar o
cancelamento do programa de captura na Antártida.
De acordo com a agência noticiosa japonesa Kyodo, Yoshimasa
Hayashi disse que o ministério vai defender o programa para "manter a
cultura de consumo de baleia e garantir o fornecimento de carne baleia",
sempre que seja sustentável para populações dos cetáceos.
O governo japonês declarou já que vai aceitar a decisão do TIJ, de 31 de março, a determinar o cancelamento do programa de pesca com fins científicos no oceano Antártico por considerar que o objetivo deste programa não se ajusta às exigências da legislação internacional.
Apesar da sentença só afetar as campanhas na Antártida, a decisão podia ameaçar o programa de caca de baleias, também para fins científicos, no Pacífico Norte.
Hayashi admitiu que o governo nipónico ainda não tomou uma decisão sobre se a frota do Pacífico Norte vai zarpar no final deste mês, como é hábito, para dar início à campanha anual.
Além deste segundo programa de pesca científica, o Japão continua a capturar, para fins comerciais, espécies mais pequenas de cetáceos, incluindo golfinhos, junto às suas costas.
O governo japonês declarou já que vai aceitar a decisão do TIJ, de 31 de março, a determinar o cancelamento do programa de pesca com fins científicos no oceano Antártico por considerar que o objetivo deste programa não se ajusta às exigências da legislação internacional.
Apesar da sentença só afetar as campanhas na Antártida, a decisão podia ameaçar o programa de caca de baleias, também para fins científicos, no Pacífico Norte.
Hayashi admitiu que o governo nipónico ainda não tomou uma decisão sobre se a frota do Pacífico Norte vai zarpar no final deste mês, como é hábito, para dar início à campanha anual.
Além deste segundo programa de pesca científica, o Japão continua a capturar, para fins comerciais, espécies mais pequenas de cetáceos, incluindo golfinhos, junto às suas costas.
* Um ministro sanguinário, não é único.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
1.400 milhões de cortes, parcela a parcela
O Governo aprovou hoje em Conselho de
Ministros cortes no valor de 1.400 milhões de euros de forma a garantir
um défice de 2,5% no próximo ano. Conheça as áreas alvo de poupanças.
- Redução de custos nos Ministérios com reorganização de
serviços, centralização de competências, fusões e ganhos de eficiência.
- 730 milhões de euros;
- Poupanças com tecnologias de informação e comunicação, consultoria,
pareceres e outros trabalhos especializados, bem como o programa
Aproximar - 320 milhões de euros;
- Redução de
funcionários públicos, tanto pela via da aposentação, como através de
rescisões amigáveis. Não haverá novos programas - 180 milhões de euros;
- Novas fusões, reorganizações e redução de indemnizações compensatórias no Sector Empresarial do Estado - 170 milhões de euros.
* No concreto sabemos que vamos levar uma punhalada de 1.400 milhões de euros, só que a definição das rubricas é tão vaga que raia a burrice.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Presidente da Nigéria oferece iPhones
de ouro no casamento da filha
Telemóveis oferecidos em casamento tinham uma cobertura de ouro de 24 quilates.
O presidente nigeriano Goodluck Jonhatan ofereceu iPhones cobertos de ouro de 24 quilates a todos os convidados do casamento entre a sua filha, Faith Sawke Elizabeth, e o príncipe Osim Godswill Edward.
A cerimónia onde os convidados foram surpreendidos pela lembrança decorreu em Abuja. Apesar de os presentes serem insólitos, esta não é a primeira vez em que Goodluck Jonhatan dá iPhones de ouro aos seus amigos, segundo o jornal local 'Nigerian Bulletin'.
* O caciquismo impera em África e os G20 ajudam.
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CAPACETES DE COMBATE
DO FUTEBOL AMERICANO
TORNAM-SE MODA
(College FB Pro Combat Helmet Concepts Go Viral)
Alabama
Arkansas
Auburn
Florida
Georgia
Kentucky
LSU
Mississippi State
Ole Miss
South Carolina
Pensávamos que o futebol americano era um desporto enganámo-nos, é só porrada, é com este espírito que os universitários americanos são formados.
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Associação Dariacordar quer transformar Lisboa
“Primeira capital do mundo
zero desperdício"
A Dariacordar, que em dois anos recuperou mais de 900 mil refeições que tinham como destino o lixo, quer transformar Lisboa na “primeira capital do mundo zero desperdício”, revelou o presidente da associação.
Para isso, a Associação Dariacordar, que criou o Movimento Zero Desperdício, vai assinar na quarta-feira um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação Calouste Gulbenkian para alargar o movimento a todas as freguesias da cidade.
O presidente da associação, António Costa Pereira, adiantou que o movimento já recuperou “mais de 900 mil refeições” em apenas quatro municípios Sintra, Cascais, Loures e Lisboa.
O objetivo é estender o movimento “a mais autarquias”, disse António Costa Pereira. “Em Lisboa, começámos com uma freguesia e, neste momento, já vamos em sete e a ideia é alargar este conceito a todas as freguesias da cidade”, explicou, adiantado que o primeiro passo será dado na quarta-feira com a assinatura do protocolo com a autarquia.
Segundo António Costa Pereira, vai ser a própria câmara a contactar todas as entidades públicas e privadas a juntarem-se ao movimento.
“A nossa intenção é tornar Lisboa a primeira capital do mundo zero desperdício”, através de “ações muito concretas”, disse o mentor do movimento, dando como exemplo “uma campanha” dirigida às crianças.
“Para mudar o mundo, tem de começar-se pelos mais novos. Se eles perceberem o que é o desperdício, daqui a uns anos isto não volta a acontecer e vão envergonhar os mais velhos se não se portarem bem”, comentou.
Dois anos após a criação do movimento, o mentor do projeto fez um balanço “francamente positivo” da iniciativa, lançada a 16 de abril de 2012.
“O movimento está a crescer e, neste momento apoia cerca de 2100 famílias”, que abrangem cerca de 7300 pessoas”, adiantou.
O Zero Desperdício é “uma atitude contra o desperdício”, que tem várias vantagens: Sociais, ajuda quem precisa, económicas, ambientais e cívicas.
O movimento tem lutado contra o desperdício, através do aproveitamento de milhares de refeições em “perfeitas condições que eram deitadas ao lixo” por restaurantes, empresas e instituições devido a uma má interpretação da lei.
“Tornámos legal a recolha de refeições em condições” e “facto de ser legal deu mais conforto a quem quer doar refeições”, comentou.
O movimento conta já com cerca de 100 “parceiros doadores”, entre os quais a Assembleia da República, o Banco de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos, supermercados, hotéis, hospitais, escolas, refeitórios de empresas e eventos.
Estas entidades doam as refeições, que nunca foram servidas, nem estiveram em contacto com o público, a cerca de 60 instituições dos quatro municípios, que depois as distribuem pelas famílias que sinalizaram.
Todas as instituições que trabalham com o movimento recebem formação na área da higiene e segurança alimentar, porque “há regras simples, mas necessárias para que as refeições cheguem em condições”, disse.
“Isto são verdadeiras parcerias”, comentou António Costa Pereira que deu um “novo nome” PPP: “Parcerias Pelas Pessoas”.
* Cooperar com a DARIACORDAR é o que está a dar!
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
MP investiga 650 burlas ao SNS
e à Segurança Social
"Esquemas" mais ou menos imaginativos têm lesado os cofres do Serviço
Nacional de Saúde e da Segurança Social. Segundo dados da PGR, entre
2009 e 2013, foram investigados mais de 650 casos. Os dois ministérios
concertaram esforços com a Polícia Judiciária no combate à fraude
Sete gravidezes consecutivas de
gémeos; uma assinatura falsa para receber durante anos a pensão da prima
falecida; três bilhetes de identidade para receber três vezes o
Rendimento Social de Inserção (RSI); empresas fantasmas criadas apenas
para receber o subsídio de desemprego; falsificação de receitas médicas;
esquemas de compras e vendas fictícias de medicamentos. Tudo serve para
tentar enganar o Estado. De acordo com dados fornecidos pela
Procuradoria Geral da República ao DN, entre 2009 e 2013 foram
investigados mais de 650 casos de fraude à Segurança Social e ao Sistema
Nacional de Saúde (SNS).
Como muitos dos processos estão em investigação, o montante em que o Estado foi lesado ainda não está apurado, mas, só na área da saúde, o ministério liderado por Paulo Macedo contabiliza 225 milhões de euros em três anos. A este valor, o Ministério da Justiça junta cinco milhões na área da a Social - referentes a apenas dez processos -, mas reconhece que a burla "será substancialmente superior" pois muitas destas investigações estão ainda "em estado relativamente embrionário".
O ministro da Solidariedade e da a Social, Pedro Mota Soares, recusa-se a avançar com valores quanto ao prejuízo do Estado, mas justifica este volume de inquéritos com "um conjunto de planos específicos da área da prevenção", elogiando "as polícias de investigação que têm conseguido efetivamente desmontar redes de criminosos que tentam abusar do dinheiro do Estado". O ministro admite que a própria a Social tem aumentado a fiscalização, fazendo "mais ações" e dando particular atenção a "um conjunto de fenómenos tipicamente considerados de maior risco". Mota Soares defende que há "prestações em que será mais fácil fazer uma fraude", referindo-se ao RSI.
Um dos grandes problemas na área da Segurança Social era precisamente a falta de cruzamento de dados e uma certa incapacidade do sistema para detetar fraudes. Na mesma linha do ministro, a presidente do Instituto da Segurança Social, Mariana Ribeiro Ferreira, explicou ao DN que a entidade que dirige "tem vindo a reforçar os mecanismos de controlo e prevenção deste tipo de situação e a introduzir procedimentos para o aumento da eficácia na fiscalização, através de um investimento nos sistemas de informação e numa maior articulação com as entidades judiciais que atuam nestas matérias".
Esta maior ligação justificará, em parte, os números que a Procuradoria-Geral da República (PGR) adiantou ao DN: só nos departamentos de Investigação e Ação Penal de Lisboa, Coimbra e Baixo Vouga entraram 593 inquéritos nos últimos cinco anos relacionados com fraudes à Segurança Social.
Mas apesar de ter sido intensificada a colaboração entre a tutela e as autoridades judiciais, ainda há um caminho a percorrer. É que, como explica Maria da Saudade Nunes, diretora nacional da Unidade de Combate à Corrupção (UNCC), "na área da segurança social a fraude não é de menor dimensão relativamente à da saúde", atribuindo muitas das fraudes "há falta de comunicação, procedimentos que não são os corretos e lacunas que, quem percebe dos sistemas, pode aproveitar".
Aliás, só assim se percebe casos como o de uma senhora que comunicou por sete vezes o nascimento de gémeos (para receber o respetivo subsídio) ou de pessoas que recebem durante anos as reformas de familiares já mortos (ver casos na edição de terça-feira). Destacando as mais-valias das equipas interdisciplinares, Maria da Saudade Nunes defende que "este tipo de parcerias deveriam ser aplicadas a outros serviços do Estado".
Problemas na Saúde
São menos casos, mas nem por isso menos lesivos. Dados da PGR, solicitados pelo DN, indicam que em fevereiro estavam pendentes no DCIAP 29 inquéritos relacionados com o SNS, e outros 29 casos estavam em curso nos demais serviços do Ministério Público. No total, entre 2012 e 2013 foram deduzidas seis acusações e arquivados sete inquéritos. Grande parte destas investigações só foi possível após o reforço de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Polícia Judiciária, iniciada em janeiro de 2012.
Maria da Saudade Nunes explica que o primeiro passo foi a criação de um grupo de trabalho - com elementos da polícia de investigação e do Infarmed, da Entidade Reguladora da Saúde e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) - que, num primeiro momento, identificou indicadores de risco. Ou seja, desvios que poderiam indiciar fraudes. "No caso da área da saúde, o facto de já existir o Centro de Conferência de Faturas, que centraliza toda a informação, facilitou a tarefa", refere.
Porém, "era necessário cruzar informação relativa a médicos, pacientes, farmácias e medicamentos para se detetarem suspeitas fraudulentas", referiu a responsável da UNCC. E os resultados dessa "afinação" no sistema de informação interno do Ministério da Saúde começaram a dar frutos: mais casos identificados logo à partida pela IGAS (que após confirmação dos indícios de fraude os envia para a PJ), mais investigações e operações da judiciária no terreno.
"O negócio da saúde mexe com muitos milhões e, durante muito tempo, viveu-se uma sensação de impunidade", diz Maria da Saudade e, por isso mesmo, "a mediatização destes casos acaba por ter um carácter inibitório". E, com os dados já obtidos, chega-se à conclusão de que "este tipo de fraudes são praticadas por todo o País, envolve grupos organizados e estão envolvidas várias classes profissionais", resume a responsável, adiantando ainda que "as receitas falsas com elevada comparticipação do SNS" constituem a burla mais frequente.
Um dos casos mais mediáticos é o denominado Remédio Santo, em fase de julgamento no Tribunal de Monsanto. Envolve 18 pessoas suspeitas de pertencerem a uma alegada rede que, através de um suposto esquema de uso fraudulento de receitas, terá lesado o SNS em cerca de quatro milhões de euros.
Entre os envolvidos estão médicos, farmacêuticos, delegados de informação médica e um comerciante de pão. A alegada fraude passava pela obtenção, com a conivência de médicos, de receitas passadas em nome de utentes do SNS que beneficiavam da prescrição de medicamentos com elevadas comparticipações do Estado. Com as receitas falsas, os arguidos compravam os medicamentos em diversas farmácias, onde apenas era paga, no ato da compra, a parte do preço que cabia ao utente. Depois, o SNS pagava à farmácia o valor relativo à comparticipação.
Como muitos dos processos estão em investigação, o montante em que o Estado foi lesado ainda não está apurado, mas, só na área da saúde, o ministério liderado por Paulo Macedo contabiliza 225 milhões de euros em três anos. A este valor, o Ministério da Justiça junta cinco milhões na área da a Social - referentes a apenas dez processos -, mas reconhece que a burla "será substancialmente superior" pois muitas destas investigações estão ainda "em estado relativamente embrionário".
O ministro da Solidariedade e da a Social, Pedro Mota Soares, recusa-se a avançar com valores quanto ao prejuízo do Estado, mas justifica este volume de inquéritos com "um conjunto de planos específicos da área da prevenção", elogiando "as polícias de investigação que têm conseguido efetivamente desmontar redes de criminosos que tentam abusar do dinheiro do Estado". O ministro admite que a própria a Social tem aumentado a fiscalização, fazendo "mais ações" e dando particular atenção a "um conjunto de fenómenos tipicamente considerados de maior risco". Mota Soares defende que há "prestações em que será mais fácil fazer uma fraude", referindo-se ao RSI.
Um dos grandes problemas na área da Segurança Social era precisamente a falta de cruzamento de dados e uma certa incapacidade do sistema para detetar fraudes. Na mesma linha do ministro, a presidente do Instituto da Segurança Social, Mariana Ribeiro Ferreira, explicou ao DN que a entidade que dirige "tem vindo a reforçar os mecanismos de controlo e prevenção deste tipo de situação e a introduzir procedimentos para o aumento da eficácia na fiscalização, através de um investimento nos sistemas de informação e numa maior articulação com as entidades judiciais que atuam nestas matérias".
Esta maior ligação justificará, em parte, os números que a Procuradoria-Geral da República (PGR) adiantou ao DN: só nos departamentos de Investigação e Ação Penal de Lisboa, Coimbra e Baixo Vouga entraram 593 inquéritos nos últimos cinco anos relacionados com fraudes à Segurança Social.
Mas apesar de ter sido intensificada a colaboração entre a tutela e as autoridades judiciais, ainda há um caminho a percorrer. É que, como explica Maria da Saudade Nunes, diretora nacional da Unidade de Combate à Corrupção (UNCC), "na área da segurança social a fraude não é de menor dimensão relativamente à da saúde", atribuindo muitas das fraudes "há falta de comunicação, procedimentos que não são os corretos e lacunas que, quem percebe dos sistemas, pode aproveitar".
Aliás, só assim se percebe casos como o de uma senhora que comunicou por sete vezes o nascimento de gémeos (para receber o respetivo subsídio) ou de pessoas que recebem durante anos as reformas de familiares já mortos (ver casos na edição de terça-feira). Destacando as mais-valias das equipas interdisciplinares, Maria da Saudade Nunes defende que "este tipo de parcerias deveriam ser aplicadas a outros serviços do Estado".
Problemas na Saúde
São menos casos, mas nem por isso menos lesivos. Dados da PGR, solicitados pelo DN, indicam que em fevereiro estavam pendentes no DCIAP 29 inquéritos relacionados com o SNS, e outros 29 casos estavam em curso nos demais serviços do Ministério Público. No total, entre 2012 e 2013 foram deduzidas seis acusações e arquivados sete inquéritos. Grande parte destas investigações só foi possível após o reforço de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Polícia Judiciária, iniciada em janeiro de 2012.
Maria da Saudade Nunes explica que o primeiro passo foi a criação de um grupo de trabalho - com elementos da polícia de investigação e do Infarmed, da Entidade Reguladora da Saúde e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) - que, num primeiro momento, identificou indicadores de risco. Ou seja, desvios que poderiam indiciar fraudes. "No caso da área da saúde, o facto de já existir o Centro de Conferência de Faturas, que centraliza toda a informação, facilitou a tarefa", refere.
Porém, "era necessário cruzar informação relativa a médicos, pacientes, farmácias e medicamentos para se detetarem suspeitas fraudulentas", referiu a responsável da UNCC. E os resultados dessa "afinação" no sistema de informação interno do Ministério da Saúde começaram a dar frutos: mais casos identificados logo à partida pela IGAS (que após confirmação dos indícios de fraude os envia para a PJ), mais investigações e operações da judiciária no terreno.
"O negócio da saúde mexe com muitos milhões e, durante muito tempo, viveu-se uma sensação de impunidade", diz Maria da Saudade e, por isso mesmo, "a mediatização destes casos acaba por ter um carácter inibitório". E, com os dados já obtidos, chega-se à conclusão de que "este tipo de fraudes são praticadas por todo o País, envolve grupos organizados e estão envolvidas várias classes profissionais", resume a responsável, adiantando ainda que "as receitas falsas com elevada comparticipação do SNS" constituem a burla mais frequente.
Um dos casos mais mediáticos é o denominado Remédio Santo, em fase de julgamento no Tribunal de Monsanto. Envolve 18 pessoas suspeitas de pertencerem a uma alegada rede que, através de um suposto esquema de uso fraudulento de receitas, terá lesado o SNS em cerca de quatro milhões de euros.
Entre os envolvidos estão médicos, farmacêuticos, delegados de informação médica e um comerciante de pão. A alegada fraude passava pela obtenção, com a conivência de médicos, de receitas passadas em nome de utentes do SNS que beneficiavam da prescrição de medicamentos com elevadas comparticipações do Estado. Com as receitas falsas, os arguidos compravam os medicamentos em diversas farmácias, onde apenas era paga, no ato da compra, a parte do preço que cabia ao utente. Depois, o SNS pagava à farmácia o valor relativo à comparticipação.
* O estado a que os políticos levaram o país por terem sido incapazes de dar o exemplo.
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