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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
08/01/2015
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O Comité Olímpico dos Estados Unidos (USOC) escolheu Boston para ser candidata a acolher os Jogos Olímpicos de 2024, cuja cidade-sede será anunciada em setembro de 2017.
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HOJE NO
"A BOLA"
Boston será candidata a acolher
Jogos Olímpicos de 2024
O Comité Olímpico dos Estados Unidos (USOC) escolheu Boston para ser candidata a acolher os Jogos Olímpicos de 2024, cuja cidade-sede será anunciada em setembro de 2017.
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Boston estava na corrida com Washington, San
Francisco e Los Angeles, juntando-se agora a Roma como cidade candidata à
organização do evento.
Os Estados Unidos não organizam os Jogos desde 1996 (Atlanta), falhando as candidaturas em 2012 (Nova Iorque) e 2016 (Chicago).
Os Estados Unidos não organizam os Jogos desde 1996 (Atlanta), falhando as candidaturas em 2012 (Nova Iorque) e 2016 (Chicago).
* 28 anos depois talvez ganhe.
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* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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XXIV- O UNIVERSO
3- O UNIVERSO LÍQUIDO
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Associação Sem Limites
apresenta cartão de sócio
A Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades
Especiais – Associação Sem Limites vai lançar o seu cartão de sócio,
destinado a pessoas com necessidades especiais.
O cartão destina-se a apoiar as pessoas com necessidades especiais residentes na Região Autónoma da Madeira, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida das mesmas. Desta forma, atribui benefícios económicos e sociais nos serviços prestados pela associação, nomeadamente a participação em actividades desportivas (natação adaptada, boccia, etc), o aconselhamento, orientação e esclarecimento ao nível de legislação aplicável às pessoas com necessidades especiais por profissionais qualificados.
O cartão confere ainda a possibilidade dos seus titulares usufruírem de descontos no acesso a diversos serviços prestados por entidades parceiras da Associação Sem Limites.
O cartão de identificação teve um grande impacto e sucesso em países distintos, nomeadamente, Espanha, Holanda, Inglaterra e Portugal Continental inclusive, nomeadamente no benefício de descontos e isenções destinadas a pessoas com necessidades especiais, como por exemplo, visitas a monumentos e acesso à cultura.
Para adquirir o cartão de sócio, o associado tem de se dirigir às instalações da associação, preencher a ficha de inscrição e contribuir mensalmente com um valor simbólico.
A apresentação do cartão está agendada para o próximo dia 14 de Janeiro pelas 11 horas.
* Fica o registo de uma boa iniciativa.
O cartão destina-se a apoiar as pessoas com necessidades especiais residentes na Região Autónoma da Madeira, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida das mesmas. Desta forma, atribui benefícios económicos e sociais nos serviços prestados pela associação, nomeadamente a participação em actividades desportivas (natação adaptada, boccia, etc), o aconselhamento, orientação e esclarecimento ao nível de legislação aplicável às pessoas com necessidades especiais por profissionais qualificados.
O cartão confere ainda a possibilidade dos seus titulares usufruírem de descontos no acesso a diversos serviços prestados por entidades parceiras da Associação Sem Limites.
O cartão de identificação teve um grande impacto e sucesso em países distintos, nomeadamente, Espanha, Holanda, Inglaterra e Portugal Continental inclusive, nomeadamente no benefício de descontos e isenções destinadas a pessoas com necessidades especiais, como por exemplo, visitas a monumentos e acesso à cultura.
Para adquirir o cartão de sócio, o associado tem de se dirigir às instalações da associação, preencher a ficha de inscrição e contribuir mensalmente com um valor simbólico.
A apresentação do cartão está agendada para o próximo dia 14 de Janeiro pelas 11 horas.
* Fica o registo de uma boa iniciativa.
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1-MANIPULAÇÃO E
* Um excelente trabalho editado pela "SIC"
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1-MANIPULAÇÃO E
CONTROLE MENTAL
A grande luta do cidadão no sec XXI é evitar que religiões, filosofias,teorias económicas e políticas, lhe dominem a mente.
* Um excelente trabalho editado pela "SIC"
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Jogos infantis são campeões
em invasão de privacidade
Aplicações móveis recolhem dados desnecessários de utilizadores especialmente vulneráveis.
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Os jogos destinados a crianças registaram a pior
avaliação de protecção à privacidade entre as aplicações (apps) mais
descarregadas na plataforma Android. A conclusão é de um estudo da
Universidade americana Carnegie Mellon que analisou mais de um milhão de
programas.
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Na lista das apps com pior pontuação, encontram-se os
populares jogos para crianças ‘Fruit Ninja', ‘Angry Birds', ‘Despicable
Me', ‘My Talking Tom', ‘Subway Surfers', ou ‘Drag Racing'. Estas
aplicações recolhem dados relativos às contas do utilizador em serviços
como o Google e o Skype, número de telefone, contactos, mensagens,
microfone, fotografias e localização do aparelho, seja por GPS ou por
rede.
"Os anunciantes recolhem assim informações mais específicas
sobre o utilizador, numa tentativa de personalizarem a publicidade",
alerta Jason Hong, responsável pelo estudo divulgado no site
PrivacyGrade.org.
O estudo avalia as aplicações e atribui notas
que vão de A+ a D. Para isso, os investigadores montaram um modelo de
pontuação que tem em conta quais as informações que o utilizador espera
que a aplicação recolha e os dados a que ela, de facto, tem acesso. O
modelo foi criado com base na ideia de que a violação do direito à
privacidade deve ser medida pela expectativa de protecção em cada
contexto.
"Se a ideia que a pessoa tem estiver alinhada com o que
de facto a aplicação faz, haverá menos problemas relacionados com a
privacidade, uma vez que a pessoa estará completamente ciente do
comportamento da aplicação", explicam os investigadores do estudo.
Mediante essa lógica, Facebook, Youtube, WhatsApp e Instagram, por
exemplo, obtêm um A.
Fonte oficial da Comissão Nacional de
Protecção de Dados (CNPD) admitiu ao Económico que o facto de as
aplicações não respeitarem a privacidade do utilizador, recolhendo dados
desnecessários para a entrega do serviço "é preocupante" e tem
"levantado muitos problemas". "Tem de haver um aspecto mais punitivo e
um quadro mais claro para que quem desenvolve estas apps tenha noção até
onde pode ir", sublinha a responsável, acrescentando que "é
indispensável que se crie uma regulação internacional sobre a matéria,
porque a intervenção tem de ser global, já que a nível nacional não
temos qualquer jurisdição sobre essas empresas, que estão na sua maioria
sedeadas nos Estados Unidos", acrescenta.
Do outro lado do
Atlântico, as autoridades têm estado atentas. A rede social Path foi
multada 800 mil dólares em 2013 por recolher números de telefone a
partir da lista de contactos dos utilizadores e no ano passado, o site
Yelp teve de pagar 450 mil dólares por recolher dados sobre a
localização de menores de idade. No entanto "ainda existe um longo
caminho a percorrer à escala global", adverte a mesma fonte.
A
responsável deixa ainda o conselho: "os cidadãos devem estar atentos no
sentido de não utilizarem aplicações que não tenham políticas de
privacidade claras, devem saber escolher e ter em mente que a utilização
de uma aplicação pode resultar num enorme risco". Nesse sentido,
explica, "deve tentar-se fechar o telefone ao máximo, as definições do
telefone servem para isso, e há coisas que se podem barrar logo à
partida nas configurações".
* O pricipal problema é a balda dos pais para aquilo que os filhos procuram na Net.
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JOSÉ NETO
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A seguir, com Artur Jorge e Tomislav Ivic, sendo aquele o que mais influência teve na aplicação do meu humilde conhecimento em termos de treino (atletas após lesão) e no treino personalizado para a optimização do rendimento, o F.C. PORTO vir-se-ia a constituir verdadeira cátedra da minha Universidade do fazer! …
Mas não esqueço o meu Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa - graças à sua anuência, um dia eu subi, em 1982/83, aquelas escadas e pude tocar o céu! …
Análise do Futebol Clube do Porto – (1982/83) – o lançamento de alicerces para GRANDES ÊXITOS do Futuro
“ Diz como jogas e eu te direi como deves treinar”! - era esta a filosofia de vida dum dos maiores treinadores de todos os tempos do Futebol Português. Anteriormente referenciado pela dinâmica de trabalho imposta, foi dos primeiros treinadores a constituir equipas técnicas com uma polivalência de funções, ultrapassando a generalidade conhecida pela existência dum Treinador Principal e um Treinador Adjunto, geralmente responsável pelo treino dos guarda-redes, no reconhecimento de que a complexidade do homem jogador reclamava intervenções diferenciadas.
As equipas técnicas do Pedroto eram geralmente constituídas por Técnico Principal, 1/2 Técnicos-adjuntos, Metodólogo de Treino e Técnico Observador e Análise de Jogo.
Pedroto, um técnico adiantado no tempo… uma personalidade inultrapassável na liderança dos saberes e fazeres, como disse. Foi na área da Observação e Análise do Jogo que propriamente iniciamos esta revolução em Portugal. Ajudou-me a encontrar a resposta da eficiência do tratamento do jogo para o treino, sendo este adaptado às circunstâncias e ensaiando notas explicativas para um rendimento do “adivinhado” sucesso.
No mapa correspondente à ficha de jogo (em média demorava 3 a 4 horas a tratar), alguns parâmetros assumiam prioridade de reflexão, tais como:
A Técnica ao serviço da excelência – estudo e análise do passe – o estatuto duma relação perfeita com base na comunicação gestual, dum todo ajustado às condicionantes do Jogo. Para Pedroto, no estudo e análise do passe, deveria ter-se em atenção:
- a observação da técnica utilizada e identificação do jogador e consequência.
- zona do terreno de jogo
- concentração de jogadores adversários
- condições atmosféricas e estado do terreno de jogo
- capacidade agressiva do opositor directo
- fundamental importância para a exigência de execução do último passe
- resultado no marcador.
Como nota de referência correspondente a este item, podemos salientar uma capacidade notável do passe, fazendo uma regressão para cerca de 50% do passe errado do início para o final da época, com maior incidência positiva no sector defensivo. Até se dizia que a equipa jogava de “olhos fechados”.
Outro dos parâmetros a merecer uma significativa importância, foi o estudo do remate – essa oportunidade que o jogador tinha de, correndo o risco, assumir a responsabilidade de finalizar uma jogada que teve um princípio e um meio, concluindo-a na obtenção do golo. A análise deste elemento, deveria fazer constar:
- referência do jogador rematador, tipo de remate efectuado e consequência
- zona de finalização
- característica da jogada que lhe antecedeu
- momento do jogo
Observações: – na avaliação deste elemento deveria constar o número de jogadas de ataque, no sentido de estudar a percentagem de eficácia da equipa (relativa – jogadas de ataque vs remates efectuados ou absoluta – remates realizados vs golos conseguidos).
Poderemos referir, ainda neste âmbito e a título de exemplo, que foi identificado um jogador que executou em 5 jogos 12 remates e apenas 1 golo e, nos 5 jogos seguintes, 18 remates e 8 golos.
Ainda uma referência especial à conquista da 1.ª bota de ouro por Fernando Gomes em 1982/83, efectuando um total de 162 remates e 36 golos, com a excelente média de 4,5 remates para a obtenção dum golo. Ainda a constatação de 88% de os golos terem sido obtidos em 5 zonas específicas no interior da área, sendo 50% com preparação, 25% sem preparação e 25% de cabeça.
A título de comparação, na conquista da 2.ª bota de ouro (1985/86), Fernando Gomes efectuou 151 remates e 39 golos, reduzindo a média para o valor excelente de 3,8 remates para a obtenção dum golo, sendo 50% dos totais efectuados numa única zona específica da área.
Um elemento de estudo sempre requerido era a Posse da Bola. A importância deste item para Pedroto era a constatação de que “quem é o dono da bola… é o dono do jogo”. Por isso a importância em referenciar este parâmetro na ficha de avaliação de jogo em cada 15 minutos, subdividindo o tempo de posse em cada 5 minutos. Entendia que:
- manter a posse da bola, seria manter a iniciativa do jogo, cansar o adversário, obrigando-o a jogar sob grande pressão psicológica e a entrar em crise de raciocínio.
- manter a posse da bola, implicava não apenas o domínio da mesma, mas, a elevada capacidade de protecção, condução e controle, criando as condições básicas mais favoráveis para a evolução do jogo, e, neste âmbito, o virtuosismo, a improvisação e a criatividade do jogador era uma mais valia para a confirmação deste princípio - e o F.C. Porto estava neste particular superiormente servido.
Como nota de referência, o facto de, num estudo correspondente a 1983/84, o tempo de posse de bola em relação aos adversários ter atingido o valor médio superior de 14 minutos e 22 segundos por jogo.
Outros elementos de reflexão por parte da liderança do Pedroto:
- A observação e análise do jogo como ponto de partida para o treino semanal. Daí a reunião de carácter técnico e reflexivo, com a presença de todos os jogadores (inclusive lesionados) e equipa técnica, antes do início do microciclo de treino semanal, no sentido de se avaliar de forma objectiva o comportamento individual e colectivo e construir as bases de orientação metodológica da semana, tendo em conta as competências também evidenciadas do próximo adversário, no sentido de preparar de forma bem explícita e documentada as melhores formas de o neutralizar.
- A importância da imprensa desportiva e diária referente á análise do jogo. Solicitou-me o Pedroto que avaliasse a qualidade informativa referente aos jogos realizados, classificando de 0 a 5 as críticas relatadas pelos jornalistas identificados, devendo ainda sublinhar a cores diferentes sobre o que entendesse ser verdade, mentira e digno de crítica.
- A importância da planificação do treino desportivo, preocupando-se com os factores onde se deveriam alicerçar a programação: material, locais de treino, potencial humano, condições socioeconómicas dos jogadores, calendário competitivo, testes, examinação médico-desportiva, etc., - sempre aberto a sugestões, à discussão das ideias, atribuindo e responsabilizando para as funções que pudessem conter segurança para obtenção de êxito.
- A importância na abordagem das competências psicológicas – controle da ansiedade, problemas de concentração, auto-confiança, confronto com a adversidade, motivação, espírito de equipa, etc., - hoje de tão flagrante evidência na investigação e, com poucas excepções, associadas ao treino, mereciam do Pedroto cuidado especial e muita reflexão.
Nos aspectos fundamentais da relação interpessoal Treinador/Jogador, como nos diz Martens (1987), alguns deles estavam contidos no seu discurso:
- as suas mensagens eram directas: ninguém tinha que saber por outro.
- assumia pessoalmente o que pretendia dizer.
- a mensagem verbal e não verbal procurava sempre ser congruente.
-a comunicação estava sempre sintonizada com a formulação de objectivos, desafiadores, mas realistas.
Formulava questões noite dentro, rompia conceitos, desafiava o erudito, encorajando sobretudo o intranquilo.
Para aqueles que entravam em desespero e agonia e se deixavam deprimir mais facilmente, usava compromissos de honra, sem um carácter crítico e depreciativo, raramente lhes apontando os erros de forma pública, bem de acordo com as orientações modernas da pedagogia.
Regra geral, chamava-os a sua casa, ao seu gabinete e confiava neles! …
Era assim mestre Pedroto. Pergunto, o que sobrou da sua doutrina?
Observação do jogo - qualificação do treino.
Coincidindo com a entrada de Pinto da Costa e José Maria Pedroto no F.C. Porto, a Imprensa Desportiva exibia títulos como estes:
- “observação geral de dados, recolha de factos observados de forma relacionada e inteligível, tratamento estatístico e reflexão do recolhido – desproblematização na construção de hipóteses explicativas, comparação dos níveis de rendimento e sua transferência para a metodologia de treino semanal”… (Jornal Porto, Jan. 1984).
- “poucos passes errados e mais tempo de posse de bola na base de clara supremacia do F.C. Porto” … “grande desnível de amplitude entre F.C. Porto e adversários” … “cada jogador é uma personalidade numa equipa que actua com base na multiplicidade e polivalência de funções” … “programação atenta, cuidada e científica no desenvolvimento de todo o treino” … (A Bola, 14 Fev. 1985).
- “campeão analisado no «laboratório» - menos remates, mais eficácia – equipa mais ofensiva, mais dinâmica , mais concretizadora”… (Jornal de Notícias, Maio 1985).
- “contribuir para a maximização do aproveitamento das mais importantes situações que influem no resultado final, objectivando-as, medindo-as, comparando-as para testar realidades, a partir da metodologia de treino criada, a arma dos Campeões!”… (revista Dragões, Dezembro, 1985).
- “F.C. Porto mais dinâmico, mais agressivo, mais eficaz e o seu modelo de jogo aproxima-se do «Futebol Total»”… (A Bola, 19 Abril 1986)
- “les plans du petit prof. observations extraordinaires sur le jeu de l´équipe. Simple originalité ou arme secret?… professeur Neto a inventé une methode pour chiffrer le football. Une méthode originale et dune saisissante precision, une base de travail pour le success… établir programme d´entraînement de la semaine en insistant sur les points faiblesmis en evidence”… (Revista France Football, 26. Maio 1987).
- “observações de caracterização de esforço em termos individuais, ou seja o espaço percorrido pelo jogador, a forma como o percorre, as intervenções técnicas que lhe estão inseridas num processo táctico estratégico, tendo em conta o jogo e o adversário”… (A Bola, 8 Out. 1987),…
E, com tudo isto, estava-se a anunciar as bases dum clube campeão, um futuro congregador de expectativas subjacentes às ideias do mestre Pedroto que me ajudou a encontrar as tais respostas da eficiência no tratamento do jogo para o treino, adaptado às circunstâncias que do mesmo fazia renascer. Observar e analisar o jogo, ensaiando notas explicativas para o rendimento, tendo o sucesso como limite ou talvez o princípio para a administração dum novo ciclo – eis a novidade.
As saudades do mestre foram aos poucos esmorecendo pela notável competência evidenciada pelo seu seguidor, o treinador – Artur Jorge. Da sua capacidade de liderança renascia um espírito de vitória que o mestre implantara, tendo, porém, acrescentado uma renovada força mobilizadora com base em novos parâmetros de análise, gerando, como vimos relatando, ainda mais eficácia na equipa e, numa promissora descodificação de competências entre os jogadores que dela faziam parte, criando e recriando uma cultura ganhadora, própria dum saber sustentado num fazer, ancorado nos êxitos que o clube ia alcançando, do qual a expressão máxima foi o primeiro título de Campeão Europeu em 1987.
Com abertura de mais um ciclo pós-Artur Jorge, ingressa como técnico do F.C. Porto Tomislav Ivic. Dotado de outros argumentos de carácter empírico, foi dando seguimento aos processos que ajudaram a explicar um continuado êxito.
rda, toda a esperança é sagrada”.
Se, em termos de metodologia de treino, os avanços se tornaram significativos no que concerne às grandes exigências do jogo (mais distâncias percorridas pelos jogadores, maior intensidade e pressão no desenvolvimento de processos para a conquista dum resultado, etc.), também, ao nível do treinador, como gestor operacional para o rendimento, os níveis de exigência são a todo o momento colocados à prova.
No âmbito da planificação do treino desportivo, tem-se assistido, nestes últimos anos, a uma evolução extraordinária. Este trabalho de programação e planeamento é uma tarefa à qual a qualidade crítica e reflexiva dos metodólogos de treino jamais poderá ficar indiferente, quer no que se refere às condições infra-estruturais da prática desportiva e sua operacionalidade (zonas de treino), quer no que se refere à organização do departamento (gabinetes de trabalho, serviços, logística, etc.), …
Em relação ao treino, deverá o treinador preocupar-se na orientação e gestão das cargas bem como a sua operacionalidade; em relação à competição, submeter a uma apreciação crítica a sua calendarização; em relação aos jogadores, constituir dossiers individuais de diversas competências; em relação à equipa técnica, a gestão operacional das múltiplas funções; em relação à colaboração com outros especialistas, procurar um apoio pluridisciplinar nas diversas vertentes que conduzem ao sucesso, quer na área da fisiologia, como na medicina física e reabilitação, psicologia, biomecânica, estatística, nutricionismo, etc., cujo reportório se deve identificar com as exigências no cumprimento das tarefas (Neto, 2007).
Ontem como hoje, é prioritário, para sistematizar um ciclo de treino, conhecer todas as qualidades do jogador, para o que há evidente necessidade de as diagnosticar através dos esforços participativos no decorrer do treino e do jogo.
A observação e análise do jogo e do rendimento participativo por parte do jogador, matéria que, no início da década de 1980, começou a ser testada, a primeira vez em Portugal, por José Maria Pedroto, imediatamente seguida por outro treinador de sucesso Artur Jorge (o primeiro treinador português a sagrar-se Campeão Europeu), foi semente que floresceu e, em termos de alto rendimento, penso que, nos dias de hoje, não haverá clube que não utilize uma metodologia de avaliação e investigação para o rendimento.
A análise do jogo, referenciado como elemento de estudo, tem vindo a constituir-se, ao longo dos tempos, uma “ferramenta” indispensável para a orientação e gestão de competências. No sentido de confirmar estas tomadas de consciência crítica e até por um critério de inteira justiça, no que respeita a uma referência histórico-evolutiva dos trabalhos realizados em Portugal, será importante frisar os desenvolvidos por Malveiro (1983), autor que apresentou uma metodologia de observação para análise do jogo, fazendo apelo a um tratamento informático; Castelo (1986, 1994 e 1996) realizou as suas investigações sobre a caracterização do jogo de Futebol; Neto (1993), apresentou um trabalho intitulado “A Observação no Futebol”, onde descreveu a análise do jogo realizada nas épocas entre 1982 e 1988, ao serviço do F.C. Porto; Claudino (1993) elaborou um sistema de observação para aplicação nos jogos desportivos colectivos; Garganta (1997) fez um estudo da organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento; Maçãs (1997) elaborou um estudo sobre a identificação e caracterização do processo ofensivo em Selecções Nacionais de Futebol Júnior; Fernando Matos caracterizou a finalização nos campeonatos do mundo de Futebol sénior de 1998 e 2002. Relativamente à investigação na área do Futebol Feminino, Helena Costa (2005) foi pioneira, tendo caracterizado através da análise do jogo, todo o processo ofensivo da Selecção Alemã, campeã da Europa e do Mundo.
No estrangeiro, tomando como referência os estudos realizados por autores estrangeiros, apresentamos alguns exemplos: Olsen (1998) analisou as jogadas que conduziram ao golo nos jogos do campeonato Mundial do México 86; Mombaerts (1991) analisou os jogos do campeonato da Europa de 1998 e do Mundo 1990; Dufour (1993) analisou os golos do campeonato do Mundo de Itália 90; Luhtanen (1993) estudou a eficácia das acções ofensivas das equipas participantes no Mundial de Itália 90; Hughes (1996) que estudou os jogos do campeonato do Mundo de Itália 90, analisou as situações de golo e a sua relação com o número de posses de bola e de passes realizados por posse de bola; Gréhaigne (2001) analisou os jogos do campeonato do Mundo de 1986, estudando as sequências ofensivas terminadas em golo (Neto & Matos, 2008).
A observação e análise do jogo torna-se, então, um instrumento na avaliação e conhecimento do Futebol, tendo-se constituído como um dos aspectos mais importantes da maximização do rendimento, na procura dum saber mais sustentado para uma intervenção técnico-pedagógica mais adequada por parte do treinador.
Ao conhecermos as condições sobre as quais se desenvolvem as acções da competição, podemos estabelecer, de forma concreta e realística, um perfil de exigências ao qual os futebolistas necessitam de corresponder. No futebol, a construção do treino deverá decorrer da informação retirada do jogo, pelo que a caracterização da estrutura da actividade e a análise do conteúdo do jogo revelam uma importância e influência crescentes na estruturação e organização do treino (Costa, 2005).
Não obstante uma extraordinária evolução dos instrumentos de análise do jogo, desde os sistemas de notação manual, à combinação com o relato oral para ditafone, à utilização do computador para tratamento de dados ou seu registo simultâneo com voz, até à digitalização pelo uso de várias câmaras de vídeo - quanta mais valia repousava na sabedoria de uma simples pergunta levantada por um estudante de Desporto num final de curso em Maio de 1981 e que um Treinador (José Maria Pedroto), com o olhar no infinito abriu os horizontes onde ainda repousam notícias de sucesso, disparadas por elevadas expectativas que, de quando em vez, ainda fazem saltar alguns deuses adormecidos.
Nesse mesmo dia, compreendi melhor uma frase que tinha lido no Diário XI de Miguel Torga (p. 202): “Mesmo absu
Nesta data em que se evocam os 30 anos de saudade pelo mestre Pedroto (também meu) , humildemente cultivo a minha memória evocando alguém que via o Futebol com os olhos do futuro.
QUE DESCANSE EM PAZ!...
Metodólogo de Treino Desportivo
Mestre Psicologia Desportiva
Doutor em Ciências do Desporto/Futebol
Formador/F.P.F. - U.E.F.A.
Docente Universitário
IN "A BOLA"
07/01714
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«José Maria Pedroto
30 anos de saudade!»
Foi em Abril de
1981 que tudo aconteceu, já vai em 33 anos! “É o cavalo do tempo a
galopar” como canta Miguel Torga, na sua Câmara Ardente! …
Era simples aluno do Instituto Superior de Educação Física do Porto e o convidado da Opção Futebol do 5º ano era, uma das figuras mais carismáticas do Futebol Português – José Maria Pedroto.
No período do debate, ousei formular a seguinte questão:
- Sr. Pedroto, qual a importância do jogo e as suas circunstâncias para a planificação do treino semanal duma equipa?
Surpreendeu-me ao perguntar o meu nome e ao convidar-me a visitar a sua “sala de aulas”, na altura o Vitória de Guimarães.
Imaginar-se-á a ansiedade que me acompanhou nessa deslocação. Tendo sido conduzido à presença do Sr. Pedroto, encontrei um treino “à porta fechada” entre o Vitória e o Gil Vicente, após o que fui convidado a entrar no seu gabinete.
Olhe, professor, diga-me lá: como funcionam as mitocôndrias? … e… que pensa dos treinos bidiários com um trabalho de força explosiva à tarde?… e… o que sabe sobre… Eu, ainda a preparar as respostas, fixei-me no seu olhar soberano e ao mesmo tempo paternal, e respondi:
- Desculpe, Sr. Pedroto, mas eu vim aqui procurar respostas para as minhas perguntas – aqui o senhor é que sabe! … ele esboçou um largo sorriso, acendeu um cigarro e agora numa voz mais pousada e terna disse-me:
- Ora pergunte lá o que pretende… e a noite entrou connosco numa conversa de Futebol, como jamais houvera tido! …
Carregado de dúvidas, algumas achegas, expectativas a reter e após esta primeira lição, imaginar-se-á a alegria que senti, quando me convidou a tomar um café no Velasquez, próximo da sua residência.
Ali, junto a uma coluna central, deu-me um lugar a seu lado e, depois de saborear mais uma tertúlia entre amigos (e eram tantos), convidou-me a acompanhá-lo até Guimarães, ao longo de cujo percurso a conversa se revelou crescentemente entusiasmante.
E os tempos iam passando, até que um dia quis surpreendê-lo. O Vitória jogava em Penafiel e eu “armado” de cronómetro e com base numa ficha criada para o efeito, fui registando - passes errados, ataques realizados, remates efectuados, (jogador, zona e tipo), percentagens relativas e absolutas, tempos de posse de bola, etc, etc.
Vim para casa e, no dia imediato historiei, de forma objectiva os dados do jogo, elaborei um histograma de barras (com lápis de cor) e procurei em 4 ou 5 páginas a análise mais elucidativa do jogo.
Na 3.ª feira seguinte, muito ansioso e expectante entreguei-lhe o material e ao mesmo tempo fiquei de olho na sua reacção. E eis-me que me saiu com esta:
- é pá… hoje o nosso treino vai valer por esta abordagem!… Morais, chama-me esses “meus meninos” ao balneário!…
Damas, Abreu, Romeu, Gregório Freixo, Festas, Tó Pedroto, Tó Zé, Flávio, Barrinha, Nivaldo, Tito… etc… todos convocados para uma reflexão imprevista, surpreendente e, à sua maneira anunciadora de novos processos.
- Agora vamos comparar estes dados com um jogo em casa e o próximo fora… diz-me! …
Aproximava-se a época 1982/83 e, num final de dia, abeirou-se de mim e lançou-me uma frase que me varreu a alma e que eu jamais poderei esquecer:
- Prof.- p’ro ano vai comigo p’ro Porto! …
E, num dia de Julho, transpus, pela primeira vez, a porta de acesso à sala onde estavam concentrados os técnicos e jogadores, tais como:
Zé Beto, Tibi, Fernando Gomes, Rodolfo, Jaime Pacheco, Sousa, João Pinto, Costa, Frasco, etc., e, logo mais um daqueles arranques à Pedroto que me fez estremecer novamente por dentro:
- Está aqui o homem que nos vai ajudar a ser Campeões! …
…eu?! …eu?! …, Sr. Pedroto, por amor de Deus, eu que nunca ganhei nada, eu venho aqui aprender a ser Campeão! Peço que me ensinem o caminho para todos sermos Campeões!
E foi assim o meu 1.º contacto com Pedroto, uma personalidade magnética e liderante no saber e no fazer. Ajudou-me a encontrar as respostas adequadas no tratamento do jogo para o treino e do treino para o jogo e o que dele emergia. Com o Pedroto fui convidado a observar o jogo e, a partir do mesmo, ensaiavam-se as notas explicativas para o rendimento do adivinhado sucesso por um treinador tão adiantado neste tempo da minha existência e a quem sempre devotarei a minha gratidão.
Era simples aluno do Instituto Superior de Educação Física do Porto e o convidado da Opção Futebol do 5º ano era, uma das figuras mais carismáticas do Futebol Português – José Maria Pedroto.
No período do debate, ousei formular a seguinte questão:
- Sr. Pedroto, qual a importância do jogo e as suas circunstâncias para a planificação do treino semanal duma equipa?
Surpreendeu-me ao perguntar o meu nome e ao convidar-me a visitar a sua “sala de aulas”, na altura o Vitória de Guimarães.
Imaginar-se-á a ansiedade que me acompanhou nessa deslocação. Tendo sido conduzido à presença do Sr. Pedroto, encontrei um treino “à porta fechada” entre o Vitória e o Gil Vicente, após o que fui convidado a entrar no seu gabinete.
Olhe, professor, diga-me lá: como funcionam as mitocôndrias? … e… que pensa dos treinos bidiários com um trabalho de força explosiva à tarde?… e… o que sabe sobre… Eu, ainda a preparar as respostas, fixei-me no seu olhar soberano e ao mesmo tempo paternal, e respondi:
- Desculpe, Sr. Pedroto, mas eu vim aqui procurar respostas para as minhas perguntas – aqui o senhor é que sabe! … ele esboçou um largo sorriso, acendeu um cigarro e agora numa voz mais pousada e terna disse-me:
- Ora pergunte lá o que pretende… e a noite entrou connosco numa conversa de Futebol, como jamais houvera tido! …
Carregado de dúvidas, algumas achegas, expectativas a reter e após esta primeira lição, imaginar-se-á a alegria que senti, quando me convidou a tomar um café no Velasquez, próximo da sua residência.
Ali, junto a uma coluna central, deu-me um lugar a seu lado e, depois de saborear mais uma tertúlia entre amigos (e eram tantos), convidou-me a acompanhá-lo até Guimarães, ao longo de cujo percurso a conversa se revelou crescentemente entusiasmante.
E os tempos iam passando, até que um dia quis surpreendê-lo. O Vitória jogava em Penafiel e eu “armado” de cronómetro e com base numa ficha criada para o efeito, fui registando - passes errados, ataques realizados, remates efectuados, (jogador, zona e tipo), percentagens relativas e absolutas, tempos de posse de bola, etc, etc.
Vim para casa e, no dia imediato historiei, de forma objectiva os dados do jogo, elaborei um histograma de barras (com lápis de cor) e procurei em 4 ou 5 páginas a análise mais elucidativa do jogo.
Na 3.ª feira seguinte, muito ansioso e expectante entreguei-lhe o material e ao mesmo tempo fiquei de olho na sua reacção. E eis-me que me saiu com esta:
- é pá… hoje o nosso treino vai valer por esta abordagem!… Morais, chama-me esses “meus meninos” ao balneário!…
Damas, Abreu, Romeu, Gregório Freixo, Festas, Tó Pedroto, Tó Zé, Flávio, Barrinha, Nivaldo, Tito… etc… todos convocados para uma reflexão imprevista, surpreendente e, à sua maneira anunciadora de novos processos.
- Agora vamos comparar estes dados com um jogo em casa e o próximo fora… diz-me! …
Aproximava-se a época 1982/83 e, num final de dia, abeirou-se de mim e lançou-me uma frase que me varreu a alma e que eu jamais poderei esquecer:
- Prof.- p’ro ano vai comigo p’ro Porto! …
E, num dia de Julho, transpus, pela primeira vez, a porta de acesso à sala onde estavam concentrados os técnicos e jogadores, tais como:
Zé Beto, Tibi, Fernando Gomes, Rodolfo, Jaime Pacheco, Sousa, João Pinto, Costa, Frasco, etc., e, logo mais um daqueles arranques à Pedroto que me fez estremecer novamente por dentro:
- Está aqui o homem que nos vai ajudar a ser Campeões! …
…eu?! …eu?! …, Sr. Pedroto, por amor de Deus, eu que nunca ganhei nada, eu venho aqui aprender a ser Campeão! Peço que me ensinem o caminho para todos sermos Campeões!
E foi assim o meu 1.º contacto com Pedroto, uma personalidade magnética e liderante no saber e no fazer. Ajudou-me a encontrar as respostas adequadas no tratamento do jogo para o treino e do treino para o jogo e o que dele emergia. Com o Pedroto fui convidado a observar o jogo e, a partir do mesmo, ensaiavam-se as notas explicativas para o rendimento do adivinhado sucesso por um treinador tão adiantado neste tempo da minha existência e a quem sempre devotarei a minha gratidão.
A seguir, com Artur Jorge e Tomislav Ivic, sendo aquele o que mais influência teve na aplicação do meu humilde conhecimento em termos de treino (atletas após lesão) e no treino personalizado para a optimização do rendimento, o F.C. PORTO vir-se-ia a constituir verdadeira cátedra da minha Universidade do fazer! …
Mas não esqueço o meu Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa - graças à sua anuência, um dia eu subi, em 1982/83, aquelas escadas e pude tocar o céu! …
Análise do Futebol Clube do Porto – (1982/83) – o lançamento de alicerces para GRANDES ÊXITOS do Futuro
“ Diz como jogas e eu te direi como deves treinar”! - era esta a filosofia de vida dum dos maiores treinadores de todos os tempos do Futebol Português. Anteriormente referenciado pela dinâmica de trabalho imposta, foi dos primeiros treinadores a constituir equipas técnicas com uma polivalência de funções, ultrapassando a generalidade conhecida pela existência dum Treinador Principal e um Treinador Adjunto, geralmente responsável pelo treino dos guarda-redes, no reconhecimento de que a complexidade do homem jogador reclamava intervenções diferenciadas.
As equipas técnicas do Pedroto eram geralmente constituídas por Técnico Principal, 1/2 Técnicos-adjuntos, Metodólogo de Treino e Técnico Observador e Análise de Jogo.
Pedroto, um técnico adiantado no tempo… uma personalidade inultrapassável na liderança dos saberes e fazeres, como disse. Foi na área da Observação e Análise do Jogo que propriamente iniciamos esta revolução em Portugal. Ajudou-me a encontrar a resposta da eficiência do tratamento do jogo para o treino, sendo este adaptado às circunstâncias e ensaiando notas explicativas para um rendimento do “adivinhado” sucesso.
No mapa correspondente à ficha de jogo (em média demorava 3 a 4 horas a tratar), alguns parâmetros assumiam prioridade de reflexão, tais como:
A Técnica ao serviço da excelência – estudo e análise do passe – o estatuto duma relação perfeita com base na comunicação gestual, dum todo ajustado às condicionantes do Jogo. Para Pedroto, no estudo e análise do passe, deveria ter-se em atenção:
- a observação da técnica utilizada e identificação do jogador e consequência.
- zona do terreno de jogo
- concentração de jogadores adversários
- condições atmosféricas e estado do terreno de jogo
- capacidade agressiva do opositor directo
- fundamental importância para a exigência de execução do último passe
- resultado no marcador.
Como nota de referência correspondente a este item, podemos salientar uma capacidade notável do passe, fazendo uma regressão para cerca de 50% do passe errado do início para o final da época, com maior incidência positiva no sector defensivo. Até se dizia que a equipa jogava de “olhos fechados”.
Outro dos parâmetros a merecer uma significativa importância, foi o estudo do remate – essa oportunidade que o jogador tinha de, correndo o risco, assumir a responsabilidade de finalizar uma jogada que teve um princípio e um meio, concluindo-a na obtenção do golo. A análise deste elemento, deveria fazer constar:
- referência do jogador rematador, tipo de remate efectuado e consequência
- zona de finalização
- característica da jogada que lhe antecedeu
- momento do jogo
Observações: – na avaliação deste elemento deveria constar o número de jogadas de ataque, no sentido de estudar a percentagem de eficácia da equipa (relativa – jogadas de ataque vs remates efectuados ou absoluta – remates realizados vs golos conseguidos).
Poderemos referir, ainda neste âmbito e a título de exemplo, que foi identificado um jogador que executou em 5 jogos 12 remates e apenas 1 golo e, nos 5 jogos seguintes, 18 remates e 8 golos.
Ainda uma referência especial à conquista da 1.ª bota de ouro por Fernando Gomes em 1982/83, efectuando um total de 162 remates e 36 golos, com a excelente média de 4,5 remates para a obtenção dum golo. Ainda a constatação de 88% de os golos terem sido obtidos em 5 zonas específicas no interior da área, sendo 50% com preparação, 25% sem preparação e 25% de cabeça.
A título de comparação, na conquista da 2.ª bota de ouro (1985/86), Fernando Gomes efectuou 151 remates e 39 golos, reduzindo a média para o valor excelente de 3,8 remates para a obtenção dum golo, sendo 50% dos totais efectuados numa única zona específica da área.
Um elemento de estudo sempre requerido era a Posse da Bola. A importância deste item para Pedroto era a constatação de que “quem é o dono da bola… é o dono do jogo”. Por isso a importância em referenciar este parâmetro na ficha de avaliação de jogo em cada 15 minutos, subdividindo o tempo de posse em cada 5 minutos. Entendia que:
- manter a posse da bola, seria manter a iniciativa do jogo, cansar o adversário, obrigando-o a jogar sob grande pressão psicológica e a entrar em crise de raciocínio.
- manter a posse da bola, implicava não apenas o domínio da mesma, mas, a elevada capacidade de protecção, condução e controle, criando as condições básicas mais favoráveis para a evolução do jogo, e, neste âmbito, o virtuosismo, a improvisação e a criatividade do jogador era uma mais valia para a confirmação deste princípio - e o F.C. Porto estava neste particular superiormente servido.
Como nota de referência, o facto de, num estudo correspondente a 1983/84, o tempo de posse de bola em relação aos adversários ter atingido o valor médio superior de 14 minutos e 22 segundos por jogo.
Outros elementos de reflexão por parte da liderança do Pedroto:
- A observação e análise do jogo como ponto de partida para o treino semanal. Daí a reunião de carácter técnico e reflexivo, com a presença de todos os jogadores (inclusive lesionados) e equipa técnica, antes do início do microciclo de treino semanal, no sentido de se avaliar de forma objectiva o comportamento individual e colectivo e construir as bases de orientação metodológica da semana, tendo em conta as competências também evidenciadas do próximo adversário, no sentido de preparar de forma bem explícita e documentada as melhores formas de o neutralizar.
- A importância da imprensa desportiva e diária referente á análise do jogo. Solicitou-me o Pedroto que avaliasse a qualidade informativa referente aos jogos realizados, classificando de 0 a 5 as críticas relatadas pelos jornalistas identificados, devendo ainda sublinhar a cores diferentes sobre o que entendesse ser verdade, mentira e digno de crítica.
- A importância da planificação do treino desportivo, preocupando-se com os factores onde se deveriam alicerçar a programação: material, locais de treino, potencial humano, condições socioeconómicas dos jogadores, calendário competitivo, testes, examinação médico-desportiva, etc., - sempre aberto a sugestões, à discussão das ideias, atribuindo e responsabilizando para as funções que pudessem conter segurança para obtenção de êxito.
- A importância na abordagem das competências psicológicas – controle da ansiedade, problemas de concentração, auto-confiança, confronto com a adversidade, motivação, espírito de equipa, etc., - hoje de tão flagrante evidência na investigação e, com poucas excepções, associadas ao treino, mereciam do Pedroto cuidado especial e muita reflexão.
Nos aspectos fundamentais da relação interpessoal Treinador/Jogador, como nos diz Martens (1987), alguns deles estavam contidos no seu discurso:
- as suas mensagens eram directas: ninguém tinha que saber por outro.
- assumia pessoalmente o que pretendia dizer.
- a mensagem verbal e não verbal procurava sempre ser congruente.
-a comunicação estava sempre sintonizada com a formulação de objectivos, desafiadores, mas realistas.
Formulava questões noite dentro, rompia conceitos, desafiava o erudito, encorajando sobretudo o intranquilo.
Para aqueles que entravam em desespero e agonia e se deixavam deprimir mais facilmente, usava compromissos de honra, sem um carácter crítico e depreciativo, raramente lhes apontando os erros de forma pública, bem de acordo com as orientações modernas da pedagogia.
Regra geral, chamava-os a sua casa, ao seu gabinete e confiava neles! …
Era assim mestre Pedroto. Pergunto, o que sobrou da sua doutrina?
Observação do jogo - qualificação do treino.
Coincidindo com a entrada de Pinto da Costa e José Maria Pedroto no F.C. Porto, a Imprensa Desportiva exibia títulos como estes:
- “observação geral de dados, recolha de factos observados de forma relacionada e inteligível, tratamento estatístico e reflexão do recolhido – desproblematização na construção de hipóteses explicativas, comparação dos níveis de rendimento e sua transferência para a metodologia de treino semanal”… (Jornal Porto, Jan. 1984).
- “poucos passes errados e mais tempo de posse de bola na base de clara supremacia do F.C. Porto” … “grande desnível de amplitude entre F.C. Porto e adversários” … “cada jogador é uma personalidade numa equipa que actua com base na multiplicidade e polivalência de funções” … “programação atenta, cuidada e científica no desenvolvimento de todo o treino” … (A Bola, 14 Fev. 1985).
- “campeão analisado no «laboratório» - menos remates, mais eficácia – equipa mais ofensiva, mais dinâmica , mais concretizadora”… (Jornal de Notícias, Maio 1985).
- “contribuir para a maximização do aproveitamento das mais importantes situações que influem no resultado final, objectivando-as, medindo-as, comparando-as para testar realidades, a partir da metodologia de treino criada, a arma dos Campeões!”… (revista Dragões, Dezembro, 1985).
- “F.C. Porto mais dinâmico, mais agressivo, mais eficaz e o seu modelo de jogo aproxima-se do «Futebol Total»”… (A Bola, 19 Abril 1986)
- “les plans du petit prof. observations extraordinaires sur le jeu de l´équipe. Simple originalité ou arme secret?… professeur Neto a inventé une methode pour chiffrer le football. Une méthode originale et dune saisissante precision, une base de travail pour le success… établir programme d´entraînement de la semaine en insistant sur les points faiblesmis en evidence”… (Revista France Football, 26. Maio 1987).
- “observações de caracterização de esforço em termos individuais, ou seja o espaço percorrido pelo jogador, a forma como o percorre, as intervenções técnicas que lhe estão inseridas num processo táctico estratégico, tendo em conta o jogo e o adversário”… (A Bola, 8 Out. 1987),…
E, com tudo isto, estava-se a anunciar as bases dum clube campeão, um futuro congregador de expectativas subjacentes às ideias do mestre Pedroto que me ajudou a encontrar as tais respostas da eficiência no tratamento do jogo para o treino, adaptado às circunstâncias que do mesmo fazia renascer. Observar e analisar o jogo, ensaiando notas explicativas para o rendimento, tendo o sucesso como limite ou talvez o princípio para a administração dum novo ciclo – eis a novidade.
As saudades do mestre foram aos poucos esmorecendo pela notável competência evidenciada pelo seu seguidor, o treinador – Artur Jorge. Da sua capacidade de liderança renascia um espírito de vitória que o mestre implantara, tendo, porém, acrescentado uma renovada força mobilizadora com base em novos parâmetros de análise, gerando, como vimos relatando, ainda mais eficácia na equipa e, numa promissora descodificação de competências entre os jogadores que dela faziam parte, criando e recriando uma cultura ganhadora, própria dum saber sustentado num fazer, ancorado nos êxitos que o clube ia alcançando, do qual a expressão máxima foi o primeiro título de Campeão Europeu em 1987.
Com abertura de mais um ciclo pós-Artur Jorge, ingressa como técnico do F.C. Porto Tomislav Ivic. Dotado de outros argumentos de carácter empírico, foi dando seguimento aos processos que ajudaram a explicar um continuado êxito.
rda, toda a esperança é sagrada”.
Se, em termos de metodologia de treino, os avanços se tornaram significativos no que concerne às grandes exigências do jogo (mais distâncias percorridas pelos jogadores, maior intensidade e pressão no desenvolvimento de processos para a conquista dum resultado, etc.), também, ao nível do treinador, como gestor operacional para o rendimento, os níveis de exigência são a todo o momento colocados à prova.
No âmbito da planificação do treino desportivo, tem-se assistido, nestes últimos anos, a uma evolução extraordinária. Este trabalho de programação e planeamento é uma tarefa à qual a qualidade crítica e reflexiva dos metodólogos de treino jamais poderá ficar indiferente, quer no que se refere às condições infra-estruturais da prática desportiva e sua operacionalidade (zonas de treino), quer no que se refere à organização do departamento (gabinetes de trabalho, serviços, logística, etc.), …
Em relação ao treino, deverá o treinador preocupar-se na orientação e gestão das cargas bem como a sua operacionalidade; em relação à competição, submeter a uma apreciação crítica a sua calendarização; em relação aos jogadores, constituir dossiers individuais de diversas competências; em relação à equipa técnica, a gestão operacional das múltiplas funções; em relação à colaboração com outros especialistas, procurar um apoio pluridisciplinar nas diversas vertentes que conduzem ao sucesso, quer na área da fisiologia, como na medicina física e reabilitação, psicologia, biomecânica, estatística, nutricionismo, etc., cujo reportório se deve identificar com as exigências no cumprimento das tarefas (Neto, 2007).
Ontem como hoje, é prioritário, para sistematizar um ciclo de treino, conhecer todas as qualidades do jogador, para o que há evidente necessidade de as diagnosticar através dos esforços participativos no decorrer do treino e do jogo.
A observação e análise do jogo e do rendimento participativo por parte do jogador, matéria que, no início da década de 1980, começou a ser testada, a primeira vez em Portugal, por José Maria Pedroto, imediatamente seguida por outro treinador de sucesso Artur Jorge (o primeiro treinador português a sagrar-se Campeão Europeu), foi semente que floresceu e, em termos de alto rendimento, penso que, nos dias de hoje, não haverá clube que não utilize uma metodologia de avaliação e investigação para o rendimento.
A análise do jogo, referenciado como elemento de estudo, tem vindo a constituir-se, ao longo dos tempos, uma “ferramenta” indispensável para a orientação e gestão de competências. No sentido de confirmar estas tomadas de consciência crítica e até por um critério de inteira justiça, no que respeita a uma referência histórico-evolutiva dos trabalhos realizados em Portugal, será importante frisar os desenvolvidos por Malveiro (1983), autor que apresentou uma metodologia de observação para análise do jogo, fazendo apelo a um tratamento informático; Castelo (1986, 1994 e 1996) realizou as suas investigações sobre a caracterização do jogo de Futebol; Neto (1993), apresentou um trabalho intitulado “A Observação no Futebol”, onde descreveu a análise do jogo realizada nas épocas entre 1982 e 1988, ao serviço do F.C. Porto; Claudino (1993) elaborou um sistema de observação para aplicação nos jogos desportivos colectivos; Garganta (1997) fez um estudo da organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento; Maçãs (1997) elaborou um estudo sobre a identificação e caracterização do processo ofensivo em Selecções Nacionais de Futebol Júnior; Fernando Matos caracterizou a finalização nos campeonatos do mundo de Futebol sénior de 1998 e 2002. Relativamente à investigação na área do Futebol Feminino, Helena Costa (2005) foi pioneira, tendo caracterizado através da análise do jogo, todo o processo ofensivo da Selecção Alemã, campeã da Europa e do Mundo.
No estrangeiro, tomando como referência os estudos realizados por autores estrangeiros, apresentamos alguns exemplos: Olsen (1998) analisou as jogadas que conduziram ao golo nos jogos do campeonato Mundial do México 86; Mombaerts (1991) analisou os jogos do campeonato da Europa de 1998 e do Mundo 1990; Dufour (1993) analisou os golos do campeonato do Mundo de Itália 90; Luhtanen (1993) estudou a eficácia das acções ofensivas das equipas participantes no Mundial de Itália 90; Hughes (1996) que estudou os jogos do campeonato do Mundo de Itália 90, analisou as situações de golo e a sua relação com o número de posses de bola e de passes realizados por posse de bola; Gréhaigne (2001) analisou os jogos do campeonato do Mundo de 1986, estudando as sequências ofensivas terminadas em golo (Neto & Matos, 2008).
A observação e análise do jogo torna-se, então, um instrumento na avaliação e conhecimento do Futebol, tendo-se constituído como um dos aspectos mais importantes da maximização do rendimento, na procura dum saber mais sustentado para uma intervenção técnico-pedagógica mais adequada por parte do treinador.
Ao conhecermos as condições sobre as quais se desenvolvem as acções da competição, podemos estabelecer, de forma concreta e realística, um perfil de exigências ao qual os futebolistas necessitam de corresponder. No futebol, a construção do treino deverá decorrer da informação retirada do jogo, pelo que a caracterização da estrutura da actividade e a análise do conteúdo do jogo revelam uma importância e influência crescentes na estruturação e organização do treino (Costa, 2005).
Não obstante uma extraordinária evolução dos instrumentos de análise do jogo, desde os sistemas de notação manual, à combinação com o relato oral para ditafone, à utilização do computador para tratamento de dados ou seu registo simultâneo com voz, até à digitalização pelo uso de várias câmaras de vídeo - quanta mais valia repousava na sabedoria de uma simples pergunta levantada por um estudante de Desporto num final de curso em Maio de 1981 e que um Treinador (José Maria Pedroto), com o olhar no infinito abriu os horizontes onde ainda repousam notícias de sucesso, disparadas por elevadas expectativas que, de quando em vez, ainda fazem saltar alguns deuses adormecidos.
Nesse mesmo dia, compreendi melhor uma frase que tinha lido no Diário XI de Miguel Torga (p. 202): “Mesmo absu
Nesta data em que se evocam os 30 anos de saudade pelo mestre Pedroto (também meu) , humildemente cultivo a minha memória evocando alguém que via o Futebol com os olhos do futuro.
QUE DESCANSE EM PAZ!...
Metodólogo de Treino Desportivo
Mestre Psicologia Desportiva
Doutor em Ciências do Desporto/Futebol
Formador/F.P.F. - U.E.F.A.
Docente Universitário
IN "A BOLA"
07/01714
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Cinco anos de prisão por
explorar casas de prostituição
explorar casas de prostituição
Homem, de 62 anos, arrendou apartamentos nos concelhos de Anadia e Águeda. O Tribunal de Aveiro condenou esta quinta-feira a cinco anos de prisão efetiva um homem, de 62 anos, que explorou duas casas de prostituição no distrito de Aveiro, onde estava uma menor fugida de uma instituição de acolhimento.
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O coletivo de juízes deu como provado que o arguido arrendou apartamentos nos concelhos de Anadia e Águeda, no interior dos quais algumas mulheres se dedicavam à prostituição. Numa das casas exploradas pelo suspeito, as autoridades encontraram uma rapariga de 15 anos, que tinha fugido de uma instituição onde tinha sido determinado o seu internamento pelo Tribunal de Menores.
O tribunal deu ainda como provado que o arguido manteve relações sexuais com a menor, tendo-a convencido a prostituir-se. O arguido, que foi detido em fevereiro de 2014, vai manter-se em prisão preventiva a aguardar o trânsito em julgado da decisão.
* Cinco anos é pouco, relações sexuais com menor devia levar no minímo 10. Daqui a pouco tempo vai montar lupanares noutras cidades.
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ABRIR A CORTINA DE FERRO
* Uma produção "EURONEWS"
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ABRIR A CORTINA DE FERRO
NUMA VIAGEM DE BICICLETA
* Uma produção "EURONEWS"
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4 - A QUEDA
II-TERCEIRO REICH
4 - A QUEDA
A
História não se repete, acontece. Para sabermos mais de nós, enquanto
passageiros da terra, não podemos ignorar os momentos mais felizes(?) ou
os mais tenebrosos da história do homem.
* Contém imagens pesadas
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
* Contém imagens pesadas
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Nazaré volta a dar a maior
.onda do mundo
O francês Benjamin Sanchis ultrapassou o recorde de 30 metros do norte-americano Garrett McNamara e entrou para o Livro de Recordes do Guiness.
Benjamin Sanchis vai entrar para o Livro de Recordes
do Guiness pela maior onda surfada. O francês ultrapassou assim a marca
de 30 metros, estabelecida pelo norte-americano Garrett McNamara. E
onde foi? Na Nazaré, onde o próprio McNamara tinha conseguido o anterior
feito.
O novo record, de 33 metros, foi atingido no passado dia 11 de dezembro, na Praia do Norte.
Apoiado por Deric Rebière num jet-ski,
o surfista de 33 anos atirou-se à onda, desaparecendo depois no mar.
“Não conseguia seguir a linha que queria, senão teria ido mais para o
dentro”, contou Sanchis, citado
pelo jornal i. “Senti rapidamente que tinha subido demais. De um
momento para o outro dei um salto de 4 ou 5 metros, quando descia com a
prancha na vertical. E no final da onda, caí”. Sanchis ficou enrolado
debaixo da onda durante cerca de 30 segundos, até que foi salvo por
Rebière.
Para entrar para Livro do Guiness, o desempenho do surfista
francês teve de ser primeiro avaliado e aprovado por um conjunto de
especialistas. A marca foi homologada neste sábado.
* BRAVO, a Nazaré na crista da onda, para quando um português a desafiar o mar na Praia do Norte?
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Bill Gates testa o seu novo investimento: água produzida a partir de fezes humanas
Bill Gates visitou complexo onde as fezes humanas são transformadas em água potável e eletricidade, uma solução que o magnata considera que poderá ser importante em países mais pobres.
Bebeu,
gostou e garante ser seguro. Bill Gates visitou o complexo de uma
empresa que construiu uma máquina que transforma as fezes humanas em
água potável e em eletricidade. O magnata observou todo o processo, que
demorou poucos minutos e terminou com o Bill Gates a beber água, que
momentos antes era fezes humanas.
"A água sabe tão bem como qualquer outra de uma garrafa e tendo estudado a engenharia por trás [do processo], eu beberia satisfeito todos os dias. É assim tão segura", escreveu Bill Gates no seu blog. O magnata explica que "através do engenhoso sistema de vapor", a máquina "produz eletricidade mais do que suficiente para queimar o próximo lote de fezes." Ou seja, "gera a sua própria energia" e ainda sobra eletricidade. Refere ainda que o processador mais avançado que viu "consegue lidar fezes de mais de cem mil pessoas, produzindo até 86 mil litros de água potável por dia e uma rede de 250 kw de eletricidade.
Bill Gates acredita que o Omniprocessor (como foi apelidado em inglês) poderá ser uma solução para os problemas sanitários recorrentes nos países mais pobres. Dada a impossibilidade de serem construídas redes sanitárias idênticas às dos países desenvolvidos, este processo "pode desenvolver em segurança formas baratas para se livrar das fezes humanas".
Melhorar as condições sanitárias nos países mais pobres é um dos objetivos da fundação de Bill e Melinda Gates. O criador do Windows escreveu ainda que um projeto piloto do Omniprocessor vai começar no Senegal.
"O nosso objetivo é construir processadores suficientemente baratos que empresários de países pobres ou em desenvolvimento possam investir neles e iniciar um negócio rentável de tratamento de fezes", salientou Bill Gates.
* Num país em que existem milhares de pessoas a abastecerem-se para comer nos caixotes de lixo, água de merda deve ser bem melhor.
JÁ HAVIA COMPOTA |
"A água sabe tão bem como qualquer outra de uma garrafa e tendo estudado a engenharia por trás [do processo], eu beberia satisfeito todos os dias. É assim tão segura", escreveu Bill Gates no seu blog. O magnata explica que "através do engenhoso sistema de vapor", a máquina "produz eletricidade mais do que suficiente para queimar o próximo lote de fezes." Ou seja, "gera a sua própria energia" e ainda sobra eletricidade. Refere ainda que o processador mais avançado que viu "consegue lidar fezes de mais de cem mil pessoas, produzindo até 86 mil litros de água potável por dia e uma rede de 250 kw de eletricidade.
Bill Gates acredita que o Omniprocessor (como foi apelidado em inglês) poderá ser uma solução para os problemas sanitários recorrentes nos países mais pobres. Dada a impossibilidade de serem construídas redes sanitárias idênticas às dos países desenvolvidos, este processo "pode desenvolver em segurança formas baratas para se livrar das fezes humanas".
Melhorar as condições sanitárias nos países mais pobres é um dos objetivos da fundação de Bill e Melinda Gates. O criador do Windows escreveu ainda que um projeto piloto do Omniprocessor vai começar no Senegal.
"O nosso objetivo é construir processadores suficientemente baratos que empresários de países pobres ou em desenvolvimento possam investir neles e iniciar um negócio rentável de tratamento de fezes", salientou Bill Gates.
* Num país em que existem milhares de pessoas a abastecerem-se para comer nos caixotes de lixo, água de merda deve ser bem melhor.
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HOJE NO
"RECORD"
Mercedes alcança melhor
resultado em Portugal
No ano em que conquistou a dobradinha na Fórmula 1, com Lewis
Hamilton a juntar o título de piloto ao de mundial de construtores,
também no mercado português, a Mercedes alcançou outra vitória, ao
conseguir o melhor resultado de sempre.
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Em 2014, a
construtora alemã comercializou 10 206 automóveis, números que revelam
uma subida de vendas na ordem dos 45% face a 2013, a melhor quota de
mercado de sempre (7.1%), superando os valores de 2010. Estes números
revelam, ainda, que o mercado português foi, de facto, o segundo melhor
para a Mercedes, que só na Alemanha conquistou uma quota de mercado
superior.
Nas marcas "Premium", a Mercedes foi mesmo a que
mais cresceu, seguida da BMW (+39%) e da Audi (+33%). Para estes números
muito contribuiu a procura pelo Classe A com 3 093 unidades, o sector
mais procurado.
“Aproximar a marca das pessoas” ao mesmo tempo
que esta se torna “um luxo acessível” foram os fatores que tornaram
possíveis este crescimento, de acordo com Carsten Dippelt, Diretor Geral
de Vendas e Marketing da Mercedes no nosso país.
Para o ano
2015, as expectativas da marca são de um crescimento ligeiro do mercado
de automóveis, que a Mercedes pretende acompanhar com a introdução de
seis novos modelos. Os responsáveis da Mercedes acreditam ainda que a
escolha do surfista Garrett McNamara como embaixador da marca poderá
trazer um retorno positivo, não apenas para a Mercedes, mas ainda para o
turismo e, consequentemente, para a economia nacional.
* Esta alegria e felicidade passa-se num país em que já existem 3 milhões de pessoas pobres e 1 em cada 3 crianças tem fome.
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DOUTRO SÉCULO
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DOUTRO SÉCULO
ANTES DA TAP
Esta, é provavelmente uma das companhias menos conhecidas e faladas, que integrou o Grupo CUF, até pela sua singularidade.
Quem é que afinal sabia que a CUF teve uma companhia de aviação?
Arriscamos
a dizer que certamente serão poucas pessoas as que sabem tal facto,
provando mais uma vez o pioneirismo da CUF em muitos sectores, até mesmo
o da aviação.
Pois bem, essa é a interessante e curiosa história que hoje aqui vos trazemos.
A
19 de Julho de 1945, a Sociedade Continental de Transportes Aéreos, é
transformada na C.T.A. com o objectivo de explorar linhas aéreas no
território nacional ou fora dele.
Aquando da sua fundação o capital desta sociedade era de 5.000 contos, subscrito e divido pelos seguintes acionistas:
Daun & Bleck, Limitada, 500.000$
- Carlos Eduardo Bleck, 250.000$
- D. José de Saldanha, 250.000$
- Manuel Augusto José de Mello, 300.000$
- Sociedade Geral de Comércio, Industria e Transportes Limitada, 2.000.000$
- José Inácio Castel-Branco, 100.000$
- Dr. Luiz Albuquerque de Sousa Lara, 300.000$
- Sousa Lara & Filhos Limitada, 500.000$
- Fernando Enes Ulrich, 100.000$
- Dr. António Garcês, 100.000$
- António de Sommer Champalimaud, 200.000$
- Dr. José de Sousa e Melo, 200.000$
- João Maria José de Mello, 100.000$
- Dr. Álvaro Belo Pereira, 100.000$
- Carlos Eduardo Bleck, 250.000$
- D. José de Saldanha, 250.000$
- Manuel Augusto José de Mello, 300.000$
- Sociedade Geral de Comércio, Industria e Transportes Limitada, 2.000.000$
- José Inácio Castel-Branco, 100.000$
- Dr. Luiz Albuquerque de Sousa Lara, 300.000$
- Sousa Lara & Filhos Limitada, 500.000$
- Fernando Enes Ulrich, 100.000$
- Dr. António Garcês, 100.000$
- António de Sommer Champalimaud, 200.000$
- Dr. José de Sousa e Melo, 200.000$
- João Maria José de Mello, 100.000$
- Dr. Álvaro Belo Pereira, 100.000$
Como
se pode ver pela lista atrás apresentada, vamos nela encontrar nomes
sonantes da economia nacional, como António Champalimaud, a família
Sousa Lara que detinha grandes investimentos no Ultramar, ou os Ulrich
ligados a diversos interesses económicos.
A
maioria do Capital acionista (2.300.000$)é detida pela Sociedade Geral e
Manuel de Mello, colocando assim esta Holding da CUF no comando desta
nova empresa.
Será
no dia 2 de Dezembro de 1945 (4 meses após a constituição desta
sociedade) era oficialmente inaugurada pelo Presidente da República
Óscar Carmona e demais membros do Governo a carreira
Lisboa-Porto-Lisboa.
Apresenta
nesse mesmo ano a filiação na I.A.T.A. (International Air Transport
Association, que ainda hoje é a mais alta autoridade internacional do
transporte aéreo) sendo esta aceite.
A sua frota era constituída por um Percival Proctor, e por três bimotores DeHavilland DH-89 cujas matriculas eram as seguintes: CS-ADI, CS-ADJ e CS-ADK, todos adquiridos na Inglaterra.
Posteriormente um destes bimotores foi
adquirido pela Aeronáutica Militar em 1950, podendo ser vista hoje no
Museu do Ar em Alverca.
Mais tarde são ainda adquiridos à Força Área dos Estados Unidos dois Douglas C-47A(CS-TDX e CS-TDZ) sendo a sua adaptação aviação civil sido feita por pessoal das Oficinas Metalomecânicas da CUF.
A
C.T.A. vai construir toda uma infra-estrutura de apoio as suas rotas
aéreas, para isso constrói hangares privativos nos Aeroportos de Lisboa e
Porto, com oficinas , armazéns, operações de voo, equipamento de rádio,
salas de pessoal navegante, cantinas etc.
Por
essa altura o pessoal ao serviço da C.T.A. deveria de rondar o numero
de 70 pessoas, numero que teria tendências a subir com a expansão da
Companhia.
Havia
já planos de expansão delineados por fases, em 1946 o objectivo seria
inaugurar uma carreira Lisboa-Madrid com um serviço diário, pedindo
autorização para tal ao Governo, sendo esta recusada, ficando outros
projetos na gaveta, como as Linhas Internacionais no Continente Europeu,
e obviamente aquilo que então se designava pelas Linhas Imperiais de
modo de ligar a Metrópole com as principais cidades do seu Ultramar.
Para essa expansão tinha já a C.T.A. pensado adquirir 4 Douglas DC-4 "Skymaster" e também Douglas DC-6 aviões já de grande capacidade e com maior alcance aéreo.
Podemos dizer que á C.T.A. de certa maneira foram cortadas as pernas.
Devido à política do Governo, e de homens como o sobejamente conhecido Secretário da Aeronáutica Civil Humberto Delgado,
preferiu-se reorganizar o Transporte Aéreo em Portugal, chamando as
Autoridades tais responsabilidades, preferindo deixar cair a C.T.A.
(talvez por esta estar nas mãos de privados) e criar assim os
Transportes Aéreos Portugueses (T.A.P.) cuja metade do capital acionista
estava nas mãos do Estado sendo o restante subscrito por privados.
A linha Lisboa-Porto-Lisboa é suspensa em 1947, e a C.T.A. seria liquidada definitivamente em 1949.
E
desta efémera e interessante história falta apresentar um interessante e
raro lote de documentos respeitantes a esta empresa, isto porque uma
tal Madame Silva (que é como está escrito no bilhete) que na época tinha
23 anos, guardou tais documentos, talvez como recordação, e assim
chegaram ás mãos de alguém que os preservou mas que não podemos identificar, sendo um testemunho da breve história da C.T.A.
Custo do Bilhete (303 escudos em 1946)
Talão de Bagagem (frente)
Talão de Bagagem (verso)
Esta senhora que viajou para o Porto, fez um Seguro Pessoal de Transportes Aéreos, e qual seria a companhia?
Só podia ser a Império claro!
Sendo também ela pioneira neste tipo de seguros, o custo do mesmo já com todas as despesas incluídas era de 20 escudos.
Aqui fica o envelope enviado pela C.T.A. com a respectiva apólice e o cartão de cumprimentos da seguradora
Apólice (frente)
Apólice (verso)
Cartão de Cumprimentos
* Como informação acrescida podemos dizer que a primeira companhia aérea de carreiras regulares foi a DETA fundada em Moçambique em 1936.
Na coluna da esquerda encontra o link "VOANDO EM MOÇAMBIQUE" contendo informação muito interessante sobre a matéria.
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