04/08/2020

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

.

153-The Perfect Human

.
153-ARTE ARRISCADA
The Perfect Human

Intérprete:
Lilith Primavera
Sylvia di Ianni
Música
Stefano 66k de Angelis
Filme 
Lidia Ravviso



FONTE:  Lilith Primavera

.

ENGENHARIA DE TOPO/22.6

.

ENGENHARIA DE TOPO/22

22.6-Ilhas artificiais do Dubai



FONTE: Universo do Documentário
.
.
XIV - DITADORES
2- HIDEKI TOJO
A EVOLUÇÃO DA MALDADE



FONTE:  MrdominioPublico001 

.
.
Desafio em Dose Dupla
6.3- Himalaia


   Documentários Br
.

JOSÉ EDUARDO AGUALUSA

.






A voz discordante

Maciel sentou-se no sofá, esquecido dos ovos que estalavam na frigideira: quem seria aquela mulher? Começou a imaginar rostos que se adaptassem a uma voz assim. Tinha de ser ruiva, com uma cabeleira em chamas e uns olhos azuis de fim de mundo. Durante 15 dias sonhou com ela

Maciel Martins sonhava, deitado na areia, quando escutou a voz dela pela primeira vez. Estendera a toalha à sombra esquálida de uma palmeira, deitara-se de barriga para baixo e adormecera. Sonhou que estava estendido na areia de uma praia isolada, quando uma lenta gaivota pousou ao seu lado:

– A vida inteira me deixei levar pelo vento – disse a gaivota. A voz dela era suave e, no entanto, levemente arranhada, como um lenço de seda que tivesse ficado muito tempo abandonado ao sol

– Isso acabou. Agora sou eu quem sopra o vento.

Despertou. Pensou em voltar-se e abrir os olhos, para ver a quem pertencia a voz, mas sentia-se bem assim, com o sol dançando nas suas costas. Não se moveu. Quando se voltou e abriu os olhos, ela já não estava lá. Duas semanas mais tarde, manhã de domingo, encontrava-se na cozinha, a estrelar ovos, quando uma voz, no rádio, o arrancou dos seus pensamentos. Correu para a sala. Aumentou o volume. Confirmou, agitado: sim, era a mesma voz que escutara na praia!

– A vida na Terra surgiu por acaso ou por necessidade? – interrogava-se a voz. – Surgiu porque não podia ser de outra forma, porque tinha de ser. Surgiu por necessidade.

Calou-se. O locutor anunciou o fim da entrevista e logo colocou no ar uma canção de Gilberto Gil: “Não tenho medo da morte / mas, sim, medo de morrer.”

Maciel sentou-se no sofá, esquecido dos ovos que estalavam na frigideira: quem seria aquela mulher? Começou a imaginar rostos que se adaptassem a uma voz assim. Tinha de ser ruiva, com uma cabeleira em chamas e uns olhos azuis de fim de mundo. Durante 15 dias sonhou com ela. Então, numa outra manhã de domingo, mais quente ainda do que a primeira, o telefone tocou. Maciel atendeu. Do outro lado acendeu-se a inconfundível voz:

– Bom-dia! É o senhor Maciel?

Maciel confirmou, trémulo, as mãos suando. A voz – aquela voz vermelha que o perseguia em sonhos – explicou que precisava urgentemente dos serviços de um canalizador: “Tenho a cozinha inundada. Acho que um cano rebentou.” O canalizador anotou o endereço, tomou um duche, perfumou-se, vestiu o uniforme, juntou o equipamento, saiu para a rua e entrou no seu carro, preparado para conhecer a ruiva mulher da sua vida. O GPS deixou-o diante de uma vivenda ampla, num dos bairros mais caros da cidade. O portão estava aberto, de forma que Maciel entrou e acionou a campainha. Abriu-lhe a porta um homenzinho pequenino, redondinho, com olhos estreitos e um cabelo muito negro e sedoso, que parecia ter sido cuidadosamente passado a ferro e depois colado ao crânio. Olharam-se os dois com mútua antipatia.

– Sou o canalizador – esclareceu Maciel, antes de prosseguir, convicto de que o outro fosse um dos empregados, talvez o jardineiro. – A sua patroa ligou para mim.

O homenzinho empertigou-se:

– Sou o patrão de mim mesmo!

Maciel recuou dois passos, assombrado. Era ela, a mulher da sua vida. Ou, então, o homenzinho engolira a mulher da sua vida. Roubara-lhe a voz. O outro estranhou a reação:

– Aconteceu alguma coisa?

Maciel desculpou-se: o calor sufocante daqueles dias provocara-lhe uma tontura momentânea. O homenzinho deixou-o entrar. Conduziu-o à cozinha. Ofereceu-lhe um copo com água. Baldes e toalhas amontoadas no chão testemunhavam o desastre recente. O canalizador não demorou a encontrar o problema. Enquanto trabalhava, suando, sentia-se morrer. Apaixonara-se por uma mulher que nunca existira. Pior: apaixonara-se por uma mulher ruiva que era, afinal, um homenzinho gordo. Se fosse cego, pensou, continuaria apaixonado. Poderia até casar-se com aquele homenzinho gordo. À noite, na cama, o homenzinho gordo leria para ele os romances esquecidos de Camilo Castelo Branco (Maciel gostava de Camilo), e seriam felizes. O problema, portanto, era ter visto o homem. Agora que o vira, falando com aquela voz discordante, nunca mais conseguiria desvê-lo. Negou-se a receber o valor do conserto e regressou ao carro, cabisbaixo, apagado, respirando com dificuldade o ar ardente da manhã.

Passou dias deprimido. Era como se lhe tivesse morrido o futuro. Um amigo, vendo-o assim, a cada manhã mais murcho, mais curvado, convidou-o para sair. Levou-o a uma festa, no terraço de um prédio quase em ruínas, iluminado a custo por meia dúzia de velas colocadas dentro de altos copos de vidro. Uma centena de pessoas dançava ao som de ritmos cubanos. Maciel sentou-se a um canto, saboreando uma caipirinha, enquanto via o amigo desaparecer por entre as sombras dançantes. Subitamente, um golpe de vento chicoteou o terraço. Voaram chapéus. Ouviu-se um quebrar de cristais, enquanto os copos rolavam no chão e as velas se apagavam. A música extinguiu-se. Então, no negrume abrupto, Maciel sentiu passar um perfume de mulher – e voltou a apaixonar-se. Como sempre, também essa paixão terminou mal.

– A realidade traiu-me de novo – queixou-se ao amigo.

O outro riu-se, trocista

– Não. O que se passa é que a realidade tem mais imaginação do que tu.

Maciel teve de lhe dar razão.

IN "VISÃO"
31/07/20

.
.


2351.UNIÃO



EUROPEIA




.
.
290-BEBERICANDO




COMO FAZER
"Caipirinha de Vinho"

.
.
VIII-OBSERVATÓRIO DE QUASE TUDO

3 - O lado obscuro do Dubai



FONTE:  É TV 

.
.
Live at Home Tribute

Hozier

Take Me To Church


.

31-DO MAR, O LIXO



DO MAR, O LIXO
~31~

𝒞𝑜𝓂𝑜 𝑜𝓈 𝑜𝒸𝑒𝒶𝓃𝑜𝓈 𝓈𝑒 𝓅𝑜𝒹𝑒𝓂 𝓁𝒾𝓂𝓅𝒶𝓇

- 𝓈𝑜𝓏𝒾𝓃𝒽𝑜𝓈 -



ℬ𝑜𝓎𝒶𝓃 𝒮𝓁𝒶𝓉 𝒶𝓁𝒾𝒶 𝑜 𝒶𝓂𝒷𝒾𝑒𝓃𝓉𝒶𝓁𝒾𝓈𝓂𝑜, 𝒶 𝒸𝓇𝒾𝒶𝓉𝒾𝓋𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒 𝑒 𝒶 𝓉𝑒𝒸𝓃𝑜𝓁𝑜𝑔𝒾𝒶 𝓅𝒶𝓇𝒶 𝓇𝑒𝓈𝑜𝓁𝓋𝑒𝓇 𝓆𝓊𝑒𝓈𝓉𝑜̃𝑒𝓈 𝑔𝓁𝑜𝒷𝒶𝒾𝓈 𝒹𝑒 𝓈𝓊𝓈𝓉𝑒𝓃𝓉𝒶𝒷𝒾𝓁𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒. 
𝒜𝓉𝓊𝒶𝓁𝓂𝑒𝓃𝓉𝑒 𝒶 𝓉𝓇𝒶𝒷𝒶𝓁𝒽𝒶𝓇 𝓃𝒶 𝓅𝑜𝓁𝓊𝒾𝒸̧𝒶̃𝑜 𝒸𝒶𝓊𝓈𝒶𝒹𝒶 𝓅𝑒𝓁𝑜𝓈 𝓅𝓁𝒶́𝓈𝓉𝒾𝒸𝑜𝓈 𝓃𝑜𝓈 𝑜𝒸𝑒𝒶𝓃𝑜𝓈, 𝒶𝒸𝓇𝑒𝒹𝒾𝓉𝒶 𝓆𝓊𝑒 𝒶𝓈 𝒶𝓉𝓊𝒶𝒾𝓈 𝓂𝑒𝒹𝒾𝒹𝒶𝓈 𝒹𝑒 𝓅𝓇𝑒𝓋𝑒𝓃𝒸̧𝒶̃𝑜 𝓉𝑒𝓇𝒶̃𝑜 𝓆𝓊𝑒 𝓈𝑒𝓇 𝒸𝑜𝓂𝓅𝓁𝑒𝓂𝑒𝓃𝓉𝒶𝒹𝒶𝓈 𝒸𝑜𝓂 𝒶 𝓇𝑒𝓂𝑜𝒸̧𝒶̃𝑜 𝒶𝓉𝒾𝓋𝒶 𝒹𝑜𝓈 𝓅𝓁𝒶́𝓈𝓉𝒾𝒸𝑜𝓈, 𝒶 𝒻𝒾𝓂 𝒹𝑒 𝓉𝑒𝓇 𝑒̂𝓍𝒾𝓉𝑜. 
𝒞𝑜𝓂 𝑜 𝓈𝑒𝓊 𝒸𝑜𝓃𝒸𝑒𝒾𝓉𝑜 𝒸𝒽𝒶𝓂𝒶𝒹𝑜 𝒹𝑒 "ℰ𝓍𝓉𝓇𝒶𝒸̧𝒶̃𝑜 𝒹𝑜 ℒ𝒾𝓍𝑜 ℳ𝒶𝓇𝒾𝓃𝒽𝑜", ℬ𝑜𝓎𝒶𝓃 𝒮𝓁𝒶𝓉 𝓅𝓇𝑜𝓅𝑜̃𝑒 𝓊𝓂𝒶 𝓈𝑜𝓁𝓊𝒸̧𝒶̃𝑜 𝓇𝒶𝒹𝒾𝒸𝒶𝓁 𝒹𝑒 𝓁𝒾𝓂𝓅𝑒𝓏𝒶, 𝒸𝑜𝓂 𝒶 𝓆𝓊𝒶𝓁 𝑔𝒶𝓃𝒽𝑜𝓊 𝑜 𝓅𝓇𝑒́𝓂𝒾𝑜 "ℬ𝑒𝓈𝓉 𝒯𝑒𝒸𝒽𝓃𝒾𝒸𝒶𝓁 𝒟𝑒𝓈𝒾𝑔𝓃" 𝑒𝓂 𝟤𝟢𝟣𝟤 𝓃𝑜 𝒯𝒰 𝒟𝑒𝓁𝒻𝓉. 

ℰ𝓈𝓉𝒶 𝓅𝒶𝓁𝑒𝓈𝓉𝓇𝒶 𝒻𝑜𝒾 𝒹𝒶𝒹𝒶 𝓃𝓊𝓂 𝑒𝓋𝑒𝓃𝓉𝑜 𝓁𝑜𝒸𝒶𝓁 𝒯ℰ𝒟𝓍, 𝓅𝓇𝑜𝒹𝓊𝓏𝒾𝒹𝑜 𝒾𝓃𝒹𝑒𝓅𝑒𝓃𝒹𝑒𝓃𝓉𝑒𝓂𝑒𝓃𝓉𝑒 𝒹𝒶𝓈 𝒞𝑜𝓃𝒻𝑒𝓇𝑒̂𝓃𝒸𝒾𝒶𝓈 𝒯ℰ𝒟.


FONTE:TEDx Talks


.
Cães que cheiram o coronavirus



FONTE:  euronews

.
.
𝕮𝕴𝕹𝕰  𝕮𝕷𝖀𝕭𝕰
36) ALIEN
Dissecando A Cena Mais Chocante



FONTE:  EntrePlanos

.

ALGARVE - 1938

.
ALGARVE - 1938
A propαɢαɴdα cιɴzeɴтα do Eѕтαdo Novo



FONTE:  VIRIATOSMILITARIA
.
.
EDUCADO E PRESTATIVO

.


2418
Senso d'hoje
MALU CURSINO
JORNALISTA BRASILEIRA
BBC - LONDRES
A ‘balsa do sexo’, uma das experiências 
mais estranhas de todos os tempos



FONTE:  BBC News Brasil
.
.

LIMPANDO AS PATINHAS


.
.

BOM DIA


.

100.𝐼𝐼𝐼 - ᙏᥱ⳽ຕᥱɾ



100-CINEMA
FORA "D'ORAS"

𝐼𝐼𝐼 - ᙏᥱ⳽ຕᥱɾ



Sιɴopѕe:

No século XVIII em Viena , Franz Anton Mesmer acredita poder curar pessoas apenas modificando algo energético no interior de seus pacientes; 
no entanto, as únicas que parecem ter alguma tipo de melhora são as jovens senhoras que ele ajuda. 

Seus métodos controversos e suas consequências levam-no a deixar Viena e seguir para Paris. 

Uma vez lá, e demonstrando seus métodos únicos para proporcionar uma cura aos pacientes, é censurado pelos demais médicos.

Eleɴco:

Alan Rickman Franz Anton Mesmer 
Amanda Ooms Maria Theresia Paradis 
Donal Donnelly Doctor 
David Burke Doctor 
David Hemblen Dr. Ingehousz 
Simon McBurney Franz 
Gillian Barge Frau Mesmer 
Peter Dvorsky Dr. Deslon 
János Gosztonyi Footman 
István Szilágyi Coachman 
Anna Thalbach Francisca 
Caroline Holdaway Felicity 
Heinz Trixner Barão de Horka 

FONTE:
LibertaMENTE com LEANDRO MOTTA