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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
22/10/2016
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XV-SEM VERGONHA
2- FANTASIA SEXUAL
PAULA BARROS
ATÉ AO PRÓXIMO SÁBADO
A NOSSA FICÇÃO
A MÓNICA MOREIRA LIMA, jornalista de profissão
não chegavam as notícias comezinhas do quotidiano, nem que fosse uma
bomba de neutrões.
Pensou, pensou, engendrou equipa tão louca como
ela, baratinou os maiorais da TV GUARÁ e "amadrinhou"o "SEM VERGONHA"
programa despudorado tão ao nosso gosto, cheio de pimenta por todo o
lado, sem qualquer grosseria e divertido.
Ela só pode ser inteligente e boa!
O QUE DIZ A AUTORA
O Sem Vergonha é o programa mais polémico e irreverente da TV
brasileira. Já rendeu vídeos para os quadros Top Five do CQC e Passou na
TV do Agora é Tarde, ambos da BAND. Foi tema de uma matéria de duas
páginas na maior revista de circulação nacional, a VEJA. E culminou com
uma entrevista antológica ao Rafinha Bastos, no Agora é Tarde. Todos os
programas estão disponíveis no blog e no YouTube. Não recomendo sua
exibição para menores de 18 (anos ou cm) para evitar traumas futuros.
Falo de sexo sem pudor, sem frescuras, sem meias palavras, sem
eufemismos e com muito bom humor. Advertimos que o Sem Vergonha pode
provocar ereções involuntárias e uma vontade irreprimível de dar, sem
restrições de orifícios.
FONTE: TV GUARÁ
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5-Filho da Mãe
1ª Temporada
Múltiplas Aparições
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ALERGIA ALIMENTAR
1- DIAGNÓSTICO CLÍNICO/II
Uma interessante série conduzida pelo Dr. Aderbaldo Magno Sabrá, Membro Titular Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Membro da Academia Nacional de Medicina,Professor de Pediatria, Gasteroenterologia e Alergia Alimentar.
* Uma produção "CANAL MÉDICO"
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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CARMEN REINHART
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IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
19/10/16
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Os perigos
da complacência da dívida
É difícil imaginar
uma recuperação sustentada do crescimento da Grécia sem outra ronda de
cortes e de perdão de dívida por parte dos credores oficiais, que agora
detêm a maioria da dívida do país.
"O que o Governo gasta, o público paga. Não existe défice a descoberto", disse John Maynard Keynes na obra A Tract on Monetary Reform (Um tracto sobre a reforma monetária, numa tradução livre).
Mas Robert Skidelsky, autor da magistral biografia de três volumes de Keynes, não concorda. Num texto recente, intitulado o papão da dívida pública,
Skidelsky apresenta uma narrativa condescendente, num tom geralmente
reservado para crianças e animais de estimação, sobre a insensata
preocupação do seu velho, antiquado e financeiramente iletrado amigo
sobre o fardo colocado nas gerações futuras com o aumento da dívida dos
governos.
Se o ponto de Skidelsky fosse que algumas economias, incluindo a
norte-americana, beneficiariam de gastos mais elevados em
infra-estruturas, mesmo com mais dívida, eu sinceramente concordaria. Há
razões imperiosas para impulsionar o investimento público nos Estados
Unidos, incluindo infra-estruturas deterioradas, crescimento tépido,
baixas taxas de juro e espaço limitado para mais estímulos monetários.
Para os Estados Unidos, tal ímpeto pode ser especialmente bem-vindo na
medida em que a Reserva Federal está a subir as taxas de juro (ainda que
gradualmente), enquanto outros países as aliviam ainda mais ou as
mantêm, e o dólar provavelmente fortalece.
Mas este não foi o caminho que Skidelsky tomou. Em vez disso, na sua crítica a um comentário de Kenneth Rogoff,
argumentou que é disparatado que um país que pode emitir dívida na sua
própria moeda se preocupe com o nível de dívida a médio prazo. Chamem-me
antiquada mas este argumento cheira a complacência e não é apoiado em
factos. Sobre este tema, Skidelsky confunde dois documentos diferentes
sobre dívida e crescimento, um documento meu de 2012, no qual
alegadamente há alguns receios com dados, com outro no qual fui
co-autora com Rogoff e Vincent Reinhart, no qual não há nenhuns.
Vindo de um autor que conhece Keynes tão bem, tal complacência é desapontante. Não posso ler How to Pay For the War(Como
pagar uma Guerra, numa tradução livre) e concluir que Keynes pensava
que as elevadas dívidas de guerra eram um "papão" para o Reino Unido. De
facto, o instrumento do acordo de Bretton Woods, que Keynes
posteriormente ajudou a elaborar, foi desenhado para aliviar a difícil
transição para a saída de uma situação de dívida.
O caso dos estímulos orçamentais de curto prazo, mesmo no caso
de serem uma forma de aumentar a despesa com infra-estruturas, não podem
ignorar as perspectivas de médio prazo para economias já com elevadas
obrigações com a dívida, envelhecimento da população e o que aparenta
ser uma tendência de queda estável do crescimento potencial da
produção.
Como Skidelsky nota, a dívida subiu significativamente no Reino
Unido e nos Estados Unidos (entre outros) desde 2008, enquanto as taxas
de juro continuaram baixas ou caíram. Devemos por isso concluir que uma
dívida elevada não está ligada ao baixo crescimento e elevadas taxas de
juro (que desencorajam os gastos públicos)?
Lendo um pouco mais do meu estudo desenvolvido com Rogoff e
Reinhart, é possível ver que "há pouco que sugira um mapeamento
sistémico entre as grandes subidas na média das taxas de juro e nas
grandes (e negativas) diferenças no crescimento durante os episódios
individuais de sobre-endividamento".
A nossa investigação considerou 26 episódios de elevada dívida
entre 1800 e 2011, olhando tanto para as taxas de crescimento como para
os níveis reais (ajustados à inflação) das taxas de juro. Em 23 destes
episódios de elevada dívida, o crescimento era baixo e em oito o
crescimento abrandou mesmo com as taxas de juro reais a manterem-se mais
ou menos nos mesmos níveis ou a baixarem. O sobre-endividamento do
Japão (dívida totalmente em moeda nacional), que remonta a 1995, ilustra
este padrão.
Porque é que o elevado endividamento e baixo crescimento coexistem, apesar do financiamento barato?
Elevados níveis de dívida podem e limitam as capacidades do
país para lidar com eventos adversos. Por exemplo, alguns dos grandes
bancos italianos foram diagnosticados à medida que se aproximavam da
insolvência e precisavam de uma recapitalização substancial. Não é
surpreendente que a confiança das famílias e das empresas italianas
tenha sido abalada e que as fugas de capital se tenham seguido. Se a
dívida italiana não fosse já de 130% do PIB, o Governo poderia estar
numa posição de dar os recursos para lidar definitivamente com os
persistentes problemas da banca e da confiança?
O nosso estudo de 2012 identificou três países em situação de
sobre-endividamento da dívida pública, algo que começou em meados da
década de 1990 – a Grécia, a Itália e o Japão. Em relação a outras
economias avançadas, estas três economias têm o pior desempenho em
termos de crescimento. Para ser clara, o desempenho económico de um país
depende de vários factores. Mas a visão de que é o baixo crescimento
que faz com que a dívida suba, apesar de ser importante quando se avalia
os efeitos cíclicos, dificilmente explica a experiência que estes três
países tiveram em duas décadas.
É difícil imaginar uma recuperação sustentada do crescimento da
Grécia sem outra ronda de cortes e de perdão de dívida por parte dos
credores oficiais, que agora detêm a maioria da dívida do país. A Itália
depende fundamentalmente das elevadas compras por parte do Banco
Central Europeu das suas obrigações (os seus balanços de target 2
subiram recentemente, reflectindo fugas de capital). O Banco do Japão
trabalha cada vez mais no sentido de aumentar as expectativas para a
inflação e para o crescimento dos preços, que podem ajudar a diminuir o
valor da dívida pendente. ("A inflação é um colector de impostos" como
observou Keynes). Outros países, como Portugal, lutam contra o baixo
crescimento e com uma posição orçamental frágil.
Os receios sobre os níveis de dívida (pública e privada)
ultrapassaram as economias desenvolvidas e chegaram a muitos mercados
emergentes. Não consigo lembrar-me de um Governo que esteja preocupado
por ter baixos níveis de dívida. Talvez porque o papão da dívida tenha dentes.
Skidelsky não precisa que lhe lembrem do registo histórico que
tem nada mais do que uma dúzia de economias desenvolvidas que receberam
um alívio de dívida de uma forma ou de outra durante a recessão da
década de 1930. A abordagem para reverter os níveis actuais de dívida
provavelmente varia consideravelmente de país para país mas é tempo para
um maior ênfase na reestruturação da dívida (que vem com um menu de
opções) e não na acumulação de mais dívida.
Carmen Reinhart é professora de International Financial System na Kennedy School of Government da Universidade de Harvard.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
19/10/16
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VIII-VIDA SELVAGEM
3- Os suricatas do Namibe
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Professora de escola católica fez sexo
. com alunos mais de 150 vezes
Uma professora de Sociologia de um colégio católico em Harrisburg, no estado norte-americano da Pennsylvania, está acusada de mais de 200 crimes sexuais com dois alunos, cujas idades não foram reveladas.
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Randi Lynn Zurenko, de 33 anos, enfrenta 153 acusações de abuso sexual de crianças, 13 de abuso institucional, 33 de contacto impróprio com menores, 20 de envio de material audiovisual obsceno a menor e 13 de corrupção de menores.
Uma das vítimas é uma rapariga mas, para já, a polícia não revelou o sexo da outra vítima. A mulher é casada e tem três filhos. A docente, que lecionava no Colégio Bichop McDevitt, começava por abordar os alunos nas aulas. Depois de ter a confiança dos menores, enviava-lhes selfies nua e tentava marcar encontros sexuais.
Os alunos confessaram ter feito sexo com a professora "muitas vezes" num parque próximo da escola, no carro da professora, na casa desta e até na praia. As autoridades encontraram várias fotografias da professora em atos sexuais com os alunos, assim como dos menores nus, no telemóvel da docente de Sociologia.
Durante o primeiro interrogatório, Randi Zurenko confessou ter tirado as fotografias. Os abusos da primeira vítima começaram em 2013 e só terão terminado quando a criança saiu do colégio. Já a segunda vítima foi abusada desde o início de 2015 até à semana passada, quando o caso foi denunciado.
"Fomos informados de uma investigação policial no âmbito de um caso de relação imprópria de uma professora com alunos no passado dia 18 de outubro. Seguindo a política da diocese de Harrisburg, a docente em questão, a Sr.ª Zurenko, foi imediatamente suspensa e assim continuará enquanto decorrerem as investigações", disse a direção do colégio católico em comunicado.
A professora aguarda agora o início do julgamento, numa altura em que as autoridades tentam apurar se haverá mais vítimas.
* Azar não ser portuguesa e não dar aulas em Portugal....
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ESTA SEMANA NO
"OJE/JORNAL ECONÓMICO"
"OJE/JORNAL ECONÓMICO"
Governo quer menos reclusos nas cadeias
A secretária de Estado da Justiça defende alterações ao Código Penal que permitam definir um novo “quadro sancionatório substitutivo da prisão de curta duração”.
A secretária de Estado da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, defendeu
esta sexta-feira a diminuição das penas curtas de cadeia, dizendo que a
promoção do trabalho comunitário e de uma maior utilização das pulseiras
eletrónicas são prioridades do sistema judicial.
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Helena Mesquita Ribeiro, em conferência na Ordem dos Advogados,
afirma que é “razoável” equacionar uma revisão ao Código Penal, com
vista ao “aperfeiçoamento do quadro sancionatório substitutivo da prisão
de curta duração, que passe pela revisão dos institutos substitutivos
da prisão por dias livres e do regime de semidetenção, substituindo-os
por medida de permanência na habitação com fiscalização por meios de
controlo à distância”.
A secretária de Estado defende que este uso de pulseiras eletrónicas
deveria ser também acompanhado por programas de reabilitação e de
prevenção da reincidência, assentes no trabalho comunitário.
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Desde 2012, a população prisional aumentou para mais de 14 mil
pessoas, sendo que mais de metade foram detidas nas áreas metropolitanas
de Lisboa e Porto. A maioria dos condenados são homens (94%) e são
cidadãos nacionais (82%). Quase dois terços desta população tem menos de
40 anos de idade.
* Nós desejamos menos bandidos nas ruas, políticos, banqueiros e afins....
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Depois de estarem a perder por 0-2, Monteiro e Donean, marido e mulher, deram a volta ao resultado e venceram o par sueco Mattias Karlsson/Matilda Ekholm por 3-2, pelos parciais de 5-11, 10-12, 11-5, 11-6 e 14-12.
Em singulares masculinos, João Monteiro também venceu o grego Panagiotis Gionis por 4-0 (11-7, 11-8, 12-10 e 11-9) e confirmou o apuramento para os oitavos de final, onde está ainda Marcos Freitas depois de bater o alemão Benedikt Duda por 4-3 (6-11, 11-5, 11-9, 10-12, 12-10, 9-11 e 11-6).
João Geraldo ficou pelo caminho depois de perder por 1-4 com o francês Simon Gauzy mas garantiu, juntamente com Tiago Apolónia, a presença nos quartos de final na vertente de pares. João Monteiro fez dupla com o austríaco Stefan Fegerl e também seguiu em frente.
Em femininos, Fu Yu venceu a checa Hana Matelova por 4-3 e é a única portuguesa em prova depois de Jieni Shao ter sido eliminada pela alemã Ying Han (1-4).
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HOJE NO
"A BOLA"
João Monteiro e Daniela Donean,
marido e mulher campeões da Europa
em pares mistos
O português João Monteiro conquistou com a romena
Daniela Donean a medalha de ouro em pares mistos no Europeu de ténis de
mesa que decorre em Budapeste, Hungria.
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Depois de estarem a perder por 0-2, Monteiro e Donean, marido e mulher, deram a volta ao resultado e venceram o par sueco Mattias Karlsson/Matilda Ekholm por 3-2, pelos parciais de 5-11, 10-12, 11-5, 11-6 e 14-12.
Em singulares masculinos, João Monteiro também venceu o grego Panagiotis Gionis por 4-0 (11-7, 11-8, 12-10 e 11-9) e confirmou o apuramento para os oitavos de final, onde está ainda Marcos Freitas depois de bater o alemão Benedikt Duda por 4-3 (6-11, 11-5, 11-9, 10-12, 12-10, 9-11 e 11-6).
João Geraldo ficou pelo caminho depois de perder por 1-4 com o francês Simon Gauzy mas garantiu, juntamente com Tiago Apolónia, a presença nos quartos de final na vertente de pares. João Monteiro fez dupla com o austríaco Stefan Fegerl e também seguiu em frente.
Em femininos, Fu Yu venceu a checa Hana Matelova por 4-3 e é a única portuguesa em prova depois de Jieni Shao ter sido eliminada pela alemã Ying Han (1-4).
* Amor campeão, que bonito.
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ESTA SEMANA
NA "GERINGONÇA"
NA "GERINGONÇA"
Revogado perdão de 19 milhões
de Sérgio Monteiro à Barraqueiro
O parecer da Inspeção-Geral das Finanças já foi
homologado e propõe a revogação parcial de despacho do governo anterior
por haver dúvida sobre a “boa aplicação dos dinheiros públicos.”
O despacho agora parcialmente revogado procedia ao pagamento de quase
19 milhões de euros, em 2012 e 2013, a duas empresas do grupo
Barraqueiro, num processo liderado Sérgio Monteiro, então secretário de
Estado dos Transportes.
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Os montantes em causa referem-se a compensações financeiras a
operadores de transportes coletivo na Área Metropolitana de Lisboa,
devidas pela sua adesão ao passe social, uma vez que o custo real do
serviço é inferior ao valor pago pelo utente.
O cálculo dos montantes tem sido feito a partir de uma repartição com
base num inquérito à mobilidade de 2007. Devido a problemas de
contabilização na bilhética ficou assente que as compensações de 2012 e
2013 seriam entregues de forma provisória até ser apurado o montante
realmente devido.
O despacho de 2015 de Sérgio Monteiro desobrigava as empresas de
devolver o diferencial apurado pela Autoridade Metropolitana e que no
caso na Barraqueiro ascendia a 19 milhões pagos indevidamente. O
despacho foi na altura contestado pela Autoridade Metropolitana sem que
contudo Sérgio Monteiro recuasse na sua decisão que subtraía 19 milhões
ao erário público a favor da Barraqueiro.
* O sr. Monteiro um amigalhaço dos endinheirados.
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HOJE
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Évora inaugura memorial aos
milhares de vítimas da Inquisição
Nos 480 anos da criação do Tribunal do Santo Ofício na cidade alentejana, nasce um monumento na Praça do Giraldo
Os
milhares de vítimas da Inquisição portuguesa passam, a partir de hoje, a
ter um monumento em sua homenagem na cidade de Évora. Situado entre a
fonte da Praça do Giraldo e a Igreja de Santo Antão, onde se realizaram
diversos autos-de-fé, o monumento, da autoria do escultor João Sotero, é
inaugurado no dia em que se assinalam 480 anos sobre a data em que foi
lida na Sé de Évora, perante o rei D. João III, a bula papal que
autorizava a instalação e o funcionamento em Portugal do Tribunal do
Santo Ofício.
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"Deu-se a circunstância
de o rei D. João III estar em Évora, e haveria de ser aqui que seria
lida a bula papal de criação da Inquisição em Portugal", diz ao DN o
historiador Manuel Branco, revelando que o projeto de criação do
memorial surgiu depois de terem sido encontradas diversas ossadas junto
ao antigo Palácio da Inquisição, atual Fórum Eugénio de Almeida.
"As
últimas obras ali realizadas puseram a descoberto as ossadas de
diversas pessoas que morreram enquanto se encontravam detidas nos
cárceres da Inquisição e que foram lançadas para a entulheira como se de
um animal se tratasse", refere.
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Nem a morte das vítimas parou a ação
persecutória do Santo Ofício: "Nalguns casos foi feita uma esfinge da
pessoa para ser queimada na praça pública. Não escapavam a este ato de
exorcismo."
Manuel Branco refere-se à
Inquisição como "uma época trágica" que pôs "em evidência" a
intolerância da sociedade portuguesa. Daí o desafio lançado à Câmara de
Évora para a criação de um memorial de homenagem às vítimas.
"A
intolerância, religiosa ou de outro tipo, é um problema que tem de ser
banido da sociedade. Esta iniciativa pretende sensibilizar as pessoas
para a importância de conviverem com a diferença", diz o presidente da
autarquia, Carlos Pinto de Sá, lamentando que "se continuem a levantar
vozes em torno de valores que julgávamos ultrapassados, como a xenofobia
perante os imigrantes ou o terrorismo".
Durante
o seu período de funcionamento, até 1794, os tribunais da Inquisição de
Lisboa, Porto, Coimbra e Évora queimaram 1175 pessoas vivas (mais 633
em efígie) e impuseram castigos a mais cerca de 30 mil, número que os
historiadores dizem "subestimar" a realidade.
"De início tudo o que era cristão novo ou
luterano era alvo do Santo Ofício. Depois foi tudo a eito. Tudo o que
era denunciado por comportamentos desviantes", diz o historiador
Francisco Bilou. "Muitos morreram por ação direta da Inquisição, outros
eram enviados para as galés ou para os lugares mais longínquos do
reino."
No caso de Évora, Francisco
Bilou diz não existir uma certeza absoluta sobre o local onde eram
montados os cadafalsos, embora esse sítio fosse seguramente entre a
fonte da Praça do Giraldo e a Igreja de Santo Antão. "As vítimas saíam
em procissão desde o palácio da Inquisição, com os jesuítas à frente,
desciam a Rua 5 de Outubro e eram encaminhadas para um palco em torno do
qual tinham sido levantadas diversas bancadas."
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Aí
chegadas, restava-lhes esperar pela leitura das respetivas sentenças:
"Algumas tinham de se retratar publicamente, outras eram açoitadas,
outras deportadas. Os casos mais graves culminavam com a queima dos réus
numa fogueira."
Segundo Francisco Bilou, uma vez conhecida
a sentença e "lidas as penas", a Igreja não ficava a ver a consumação
do castigo: "Entregava o réu ao braço secular da justiça e a hipocrisia
chegava ao ponto de dizerem que uma determinada pessoa deveria ser
queimada, mas não deveria ser morta."
"Era
uma festa, às vezes com o rei a assistir, um espetáculo que culminava
com uma fogueira destinada a fazer o que diziam ser a justiça."
O
historiador refere que qualquer "comportamento estranho" era suficiente
para a abertura de um processo, algo que surgia diariamente fruto de
uma "rede de cumplicidades e denúncias". Entre os casos que estudou,
destaca o de um rapaz de 9 anos que teria dito em público "viva a lei de
Moisés, abaixo a de Cristo".
"Foi
denunciado à Inquisição por uma pessoa que dizia estar na rua para ir
rezar a ave-maria. Ficou a suspeita de o miúdo estar tomado pela bebida,
sem culpa alguma, mas ainda assim passou mais de um ano na prisão e foi
condenado ao pagamento das custas, a alguns açoites e a vir à praça
pública dizer que estava arrependido. Um requinte de malvadez", remata.
"Nom queria comer nem come touçinho nem carne de porco"
Entre
os muitos "pecados" de Justa Rodríguez, queimada em auto-de-fé na Praça
do Giraldo a 23 de setembro de 1543, constava o da alimentação. "Nom
queria comer nem come touçinho nem carne de porco", escreveu o
inquisidor, que viu nesta vontade da ré um claro indício de judaísmo,
religião que proíbe o consumo de diversos alimentos.
De
origem espanhola, a mulher foi condenada por se ter desviado da "Santa
fé católica" nos anos que antecederam a sua prisão no aljube de Évora.
No processo é acusada, por exemplo, de ter lavado o cadáver do segundo
marido derramando a água dos cântaros "ao modo e maneira que os judeus
fazem a seus mortos", de ser vista a seguir os "ritos e cerimoniais" da
lei judaica e de em certa ocasião ter negado que Jesus Cristo fosse o
messias enviado por Deus.
Perante a
gravidade das acusações, a Inquisição de Évora não teve dúvidas em
considerá-la "herege e apóstata" (quem renuncia a uma determinada
religião), condenando-a à pena mais grave.
Destino
idêntico teve Luis de la Penha, garrotado e queimado na fogueira em
1626, depois de ter ganho fama como vidente e curandeiro. "Benzia
enfermos, dizendo orações e palavras em voz baixa de modo que se não
podiam ouvir e tinha um livro de quiromancia pelo qual vendo a mão de
muitas pessoas dizia e adivinhava coisas que estavam por vir", registou o
inquisidor Francisco Barreto, acusando ainda o réu de ter "muitos
papéis escritos de sua letra, nos quais se continham invocações do
Demónio, sortes para adivinhar, caracteres incógnitos e muitas orações
supersticiosas e coisas tocantes à danada arte de magia e feitiçaria".
Nascido
em Espanha, Luis de la Penha foi "denunciado, preso e sentenciado pela
Inquisição em 1619", diz o historiador Francisco Bilou. Libertado uma
primeira vez, acabaria por ser novamente preso e, desta vez, condenado à
fogueira "porque a Igreja não tem mais que fazer com o réu por usar mal
a misericórdia que no primeiro lapso lhe foi concedida".
* "santa inquisição" a "santa barbaridade" do marketing católico, não é barbaridade única cometida por esta colectividade de fé.
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HOJE
"RECORD"
Nuno Saraiva absolvido...
após cumprir castigo
O Conselho de Disciplina (CD) da FPF revogou o castigo (15 dias suspenso
e multa de 102 euros) a Nuno Saraiva pelo teor de um texto publicado
pelo diretor de comunicação dos leões no Facebook a 16 de setembro.
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A decisão surge após o recurso do recorrente e, sabe Record,
é fundamentada com o facto de o meio de prova para condenar Saraiva ser
inválido.
O CD, na pessoa do seu presidente José Manuel Meirim,
reconhece não ter reservas em mudar decisões, caso erre em primeira
instância.
* Palmas para Meirim, pessoa séria admite cometer erros. Nuno Saraiva foi injustamente castigado tem direito a ser indemnizado.
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