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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
13/10/2016
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HOJE NO
"DESTAK"
António Guterres vai nomear mulher
para secretária-geral adjunta
O futuro secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou hoje que vai nomear uma mulher para secretária-geral adjunta.
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"Quando propuser uma secretaria-geral adjunta será uma mulher. É a minha firme intenção que seja uma mulher", afirmou o antigo primeiro-ministro português, nas primeiras declarações à imprensa portuguesa desde que foi eleito para secretário-geral da Organização da Nações Unidas.
Guterres vincou que "é normal em termos de paridade que, se o secretário-geral for um homem, a secretária-geral adjunta seja uma mulher e que se a secretária-geral for uma mulher que o secretário-geral adjunto seja um homem".
* Equilíbrio
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Não é uma situação inédita, mas também não é
muito usual no país. As operações de caça ao homem são raras e por isso
um rápido exercício de memória coletiva leva-nos a, pelo menos, três
casos: a fuga dos irmãos Cavaco, de Manuel Palito e ainda de Victor
Jorge, protagonista do caso conhecido como o “Massacre do Osso da
Baleia”.
Um fugitivo “invisível”
Antes do caso Aguiar da Beira, a fuga mais recente foi a de Manuel Baltazar, mais conhecido por “Palito”, que esteve 34 dias fugido às autoridades. Condenado em 2015 à pena máxima – 25 anos de cadeia – pelo Tribunal de Viseu, a justiça classificou “Palito” como uma pessoa com “uma personalidade violenta, egoísta, egocêntrica e dominadora”. Foi condenado por quatro crimes de homicídio qualificado, dos quais dois na forma tentada: matou a mãe e uma tia da ex-mulher e tentou matar a ex-mulher e a filha com tiros de caçadeira. .
Os crimes ocorreram em abril de 2014 em Valongo dos Azeites, S. João
da Pesqueira. Após os atos, o homicida – que já tinha antecedentes de
violência doméstica – pôs-se em fuga. No mês que se seguiu, as zonas
envolventes às aldeias de Trevões e Valongo dos Azeites encheram-se de
militares da GNR e de agentes da Polícia Judiciária. Os meios de
comunicação social em peso seguiram a perseguição: as imagens de
patrulhas da GNR a cavalo encheram ecrãs. E rapidamente se percebeu que
as buscas estavam para durar.
Caçador e conhecedor da zona, “Palito” protagonizou uma longa fuga e foi avistado várias vezes por populares. A duração da caça ao homem e os esforços infrutíferos das autoridades foram até alvo de paródias nas redes sociais.
Acabou por ser detido sem oferecer resistência, muito debilitado, quando tentava entrar na própria casa. Mais tarde explicou que ia buscar mantimentos. A PJ acreditava, na altura, que “havia fortes suspeitas” de que Manuel Baltazar teria “recebido a ajuda de uma ou mais pessoas” durante o tempo em que andou fugido.
A fuga mais mortífera do país
Aconteceu a 28 de julho de 1986. A cadeia de Pinheiro da Cruz – estabelecimento de segurança máxima em Grândola – foi o cenário da fuga mais mortífera das prisões portuguesas. Seis fugitivos considerados perigosos, armados (até com metralhadoras!), mataram três guardas prisionais e feriram outro. Na fuga fizeram reféns outros três guardas que usaram como escudo para conseguir sair da prisão.
Os fugitivos puseram-se então em fuga. Todos tinham um passado conturbado e penas pesadas: Germano Ramiro Raposinho, de 32 anos, cumpria a pena máxima por homicídio. Vítor Cavaco, também de 32 anos, era conhecido por “Vítor Ameixa”, e tinha sido condenado a 17 anos por roubos. O irmão, José Faustino Cavaco, respondia pela alcunha de “Americano”, e cumpria pena de 19 anos pelo homicídio de um agente da PSP. O grupo de presidiários em fuga completava-se com dois ex-paraquedistas, Augusto José Ramalho e José Fernandes Gaspar, condenados a cinco e a 20 anos por roubos e finalmente Carlos Alberto Ferreira Pereira, condenado a 17 anos por assalto à mão armada.
“Embora Raposinho fosse, desde o início, apontado como o “cérebro” da fuga, Faustino Cavaco era considerado o mais perigoso dos seis”, de acordo com as palavras que escreveu este verão o Observador, que recuperou o caso no dia em que a fuga cumpriu trinta anos.
A perseguição tornou-se numa dor de cabeça para as autoridades e a população do Algarve – a região tida como destino da fuga – viveu em sobressalto: pistas falsas, avistamentos em discotecas e restaurantes, houve de tudo, o que não facilitou o trabalho às autoridades.
A 11 de agosto, quatro dos seis fugitivos já tinham sido apanhados. Dois em Lisboa, outros dois após um cerco em Quarteira. Um dos fugitivos, Augusto Ramalho, morreu durante o cerco: ter-se-á, alegadamente, suicidado. Era o ‘game over’ para estes quatro fugitivos, mas para os irmãos Cavaco o jogo das escondidas ainda estava a começar.
O filme só chegaria ao fim quatro meses após a fuga. A 24 de novembro, os irmãos foram localizados por um agente da PJ perto de Loulé. Tinham tomado de assalto a casa de um jardineiro da câmara, que descreveu depois o cenário. Durante 45 dias, os irmãos viveram ali, coagindo o proprietário, que saía todos os dias para o trabalho, enquanto a mulher e a filha ficavam na moradia. Entregaram-se sem resistência.
O massacre de Osso da Baleia
Há 29 anos, Victor Jorge matou em dois dias sete pessoas: cinco na Praia do Osso da Baleia, Pombal e duas (a mulher e uma filha) na Amieira, Marinha Grande. O crime ficaria conhecido por “Massacre do Osso da Baleia” e ainda hoje é tido como um dos mais “horrendos registados em Portugal”.
De acordo com os relatos da época, Victor Jorge, que trabalhava numa agência bancária e nas horas vagas fotografava casamentos, “assassinou a tiro e à pancada naquela praia cinco pessoas que tinham participado numa festa de anos na Guia, Pombal”. Depois deste ataque mortífero no areal, dirigiu-se depois para casa, na Amieira, atraiu a mulher e uma filha a um pinhal próximo onde as matou à facada. A filha mais nova ainda foi ferida, mas segundo se veio a saber terá suplicado ao pai para não a matar e este deixou-a escapar com vida. O homicida, que tinha então 38 anos, fugiu durante dois dias às autoridades. Acabou por ser apanhado em Porto de Mós. Em tribunal, confessou o múltiplo homicídio. A defesa invocou que o réu era inimputável e chegou a alegar “doença mental grave”, pedindo o internamento. Foi condenado a 20 anos de prisão.
Foi libertado em 2005, ao fim de 14 anos preso. Em 2012, quando o crime perfez 25 anos, vivia em Inglaterra e alguma imprensa fez eco de que já teria tentado, por várias vezes, o suicídio.
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HOJE NO
"i"
A morte violenta antecedeu
sempre as fugas dos últimos 30 anos
Dos irmãos Cavaco a “Palito”, passando pelo Osso da Baleia. No fim foram sempre apanhados
Um fugitivo “invisível”
Antes do caso Aguiar da Beira, a fuga mais recente foi a de Manuel Baltazar, mais conhecido por “Palito”, que esteve 34 dias fugido às autoridades. Condenado em 2015 à pena máxima – 25 anos de cadeia – pelo Tribunal de Viseu, a justiça classificou “Palito” como uma pessoa com “uma personalidade violenta, egoísta, egocêntrica e dominadora”. Foi condenado por quatro crimes de homicídio qualificado, dos quais dois na forma tentada: matou a mãe e uma tia da ex-mulher e tentou matar a ex-mulher e a filha com tiros de caçadeira. .
Caçador e conhecedor da zona, “Palito” protagonizou uma longa fuga e foi avistado várias vezes por populares. A duração da caça ao homem e os esforços infrutíferos das autoridades foram até alvo de paródias nas redes sociais.
Acabou por ser detido sem oferecer resistência, muito debilitado, quando tentava entrar na própria casa. Mais tarde explicou que ia buscar mantimentos. A PJ acreditava, na altura, que “havia fortes suspeitas” de que Manuel Baltazar teria “recebido a ajuda de uma ou mais pessoas” durante o tempo em que andou fugido.
A fuga mais mortífera do país
Aconteceu a 28 de julho de 1986. A cadeia de Pinheiro da Cruz – estabelecimento de segurança máxima em Grândola – foi o cenário da fuga mais mortífera das prisões portuguesas. Seis fugitivos considerados perigosos, armados (até com metralhadoras!), mataram três guardas prisionais e feriram outro. Na fuga fizeram reféns outros três guardas que usaram como escudo para conseguir sair da prisão.
Os fugitivos puseram-se então em fuga. Todos tinham um passado conturbado e penas pesadas: Germano Ramiro Raposinho, de 32 anos, cumpria a pena máxima por homicídio. Vítor Cavaco, também de 32 anos, era conhecido por “Vítor Ameixa”, e tinha sido condenado a 17 anos por roubos. O irmão, José Faustino Cavaco, respondia pela alcunha de “Americano”, e cumpria pena de 19 anos pelo homicídio de um agente da PSP. O grupo de presidiários em fuga completava-se com dois ex-paraquedistas, Augusto José Ramalho e José Fernandes Gaspar, condenados a cinco e a 20 anos por roubos e finalmente Carlos Alberto Ferreira Pereira, condenado a 17 anos por assalto à mão armada.
“Embora Raposinho fosse, desde o início, apontado como o “cérebro” da fuga, Faustino Cavaco era considerado o mais perigoso dos seis”, de acordo com as palavras que escreveu este verão o Observador, que recuperou o caso no dia em que a fuga cumpriu trinta anos.
A perseguição tornou-se numa dor de cabeça para as autoridades e a população do Algarve – a região tida como destino da fuga – viveu em sobressalto: pistas falsas, avistamentos em discotecas e restaurantes, houve de tudo, o que não facilitou o trabalho às autoridades.
A 11 de agosto, quatro dos seis fugitivos já tinham sido apanhados. Dois em Lisboa, outros dois após um cerco em Quarteira. Um dos fugitivos, Augusto Ramalho, morreu durante o cerco: ter-se-á, alegadamente, suicidado. Era o ‘game over’ para estes quatro fugitivos, mas para os irmãos Cavaco o jogo das escondidas ainda estava a começar.
O filme só chegaria ao fim quatro meses após a fuga. A 24 de novembro, os irmãos foram localizados por um agente da PJ perto de Loulé. Tinham tomado de assalto a casa de um jardineiro da câmara, que descreveu depois o cenário. Durante 45 dias, os irmãos viveram ali, coagindo o proprietário, que saía todos os dias para o trabalho, enquanto a mulher e a filha ficavam na moradia. Entregaram-se sem resistência.
O massacre de Osso da Baleia
Há 29 anos, Victor Jorge matou em dois dias sete pessoas: cinco na Praia do Osso da Baleia, Pombal e duas (a mulher e uma filha) na Amieira, Marinha Grande. O crime ficaria conhecido por “Massacre do Osso da Baleia” e ainda hoje é tido como um dos mais “horrendos registados em Portugal”.
De acordo com os relatos da época, Victor Jorge, que trabalhava numa agência bancária e nas horas vagas fotografava casamentos, “assassinou a tiro e à pancada naquela praia cinco pessoas que tinham participado numa festa de anos na Guia, Pombal”. Depois deste ataque mortífero no areal, dirigiu-se depois para casa, na Amieira, atraiu a mulher e uma filha a um pinhal próximo onde as matou à facada. A filha mais nova ainda foi ferida, mas segundo se veio a saber terá suplicado ao pai para não a matar e este deixou-a escapar com vida. O homicida, que tinha então 38 anos, fugiu durante dois dias às autoridades. Acabou por ser apanhado em Porto de Mós. Em tribunal, confessou o múltiplo homicídio. A defesa invocou que o réu era inimputável e chegou a alegar “doença mental grave”, pedindo o internamento. Foi condenado a 20 anos de prisão.
Foi libertado em 2005, ao fim de 14 anos preso. Em 2012, quando o crime perfez 25 anos, vivia em Inglaterra e alguma imprensa fez eco de que já teria tentado, por várias vezes, o suicídio.
* O crime de sangue é macabro.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Benfica tem o terceiro melhor
marketing digital da Europa
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Um estudo colocou o Benfica entre os melhores
clubes da Europa no que ao planeamento e estratégia de vendas nas
plataformas digitais diz respeito.
A agência de marketing desportivo Sportt analisou a forma como os clubes europeus posicionam os seus produtos no mercado digital – estratégia de preços, portefólio, promoção e distribuição – e classificou a estratégia do Benfica como a terceira melhor a nível europeu.
«O comércio digital com design focado na experiência da marca, usa a identidade do clube. Tem uma estrutura de navegação semelhante à do comércio digital em grande escala. A navegação por categorias, menos focada no stock, oferece uma variedade de produtos. A equipa pertence à plataforma. Tem portes grátis para promoções. Funciona em português, espanhol e inglês. Tal como um elemento básico de um site, é interativo e móvel», lê-se na análise deste estudo ao site dos encarnados.
Segundo este mesmo estudo, só o Inter de Milão e o Paris Saint-Germain superam o Benfica na estratégia digital. Pior classificados neste ‘ranking’ ficam alguns colossos como o Manchester United, Bayern, Real Madrid, Manchester City ou o Barcelona, que utilizada as plataformas da marca que patrocina o clube para vender os seus produtos.
Ranking:
1. Inter Milão (Itália)
2. Paris Saint-Germain (França)
3. Benfica (Portugal)
4. Nápoles (Itália)
5. PSV Eindhoven (Holanda)
6. Manchester United (Inglaterra)
7. Juventus (Itália)
8. Roma (Itália)
9. Bayer (Alemanha)
10. Real Madrid (Espanha)
11. Manchester City (Inglaterra)
12. Dínamo Kiev (Ucrânia)
13. Celtic (Escócia)
14. Dortmund (Alemanha)
15. Atlético Madrid (Espanha)
16. Shakhtar Donetsk (Ucrânia)
17. Barcelona (Espanha)
A agência de marketing desportivo Sportt analisou a forma como os clubes europeus posicionam os seus produtos no mercado digital – estratégia de preços, portefólio, promoção e distribuição – e classificou a estratégia do Benfica como a terceira melhor a nível europeu.
«O comércio digital com design focado na experiência da marca, usa a identidade do clube. Tem uma estrutura de navegação semelhante à do comércio digital em grande escala. A navegação por categorias, menos focada no stock, oferece uma variedade de produtos. A equipa pertence à plataforma. Tem portes grátis para promoções. Funciona em português, espanhol e inglês. Tal como um elemento básico de um site, é interativo e móvel», lê-se na análise deste estudo ao site dos encarnados.
Segundo este mesmo estudo, só o Inter de Milão e o Paris Saint-Germain superam o Benfica na estratégia digital. Pior classificados neste ‘ranking’ ficam alguns colossos como o Manchester United, Bayern, Real Madrid, Manchester City ou o Barcelona, que utilizada as plataformas da marca que patrocina o clube para vender os seus produtos.
Ranking:
1. Inter Milão (Itália)
2. Paris Saint-Germain (França)
3. Benfica (Portugal)
4. Nápoles (Itália)
5. PSV Eindhoven (Holanda)
6. Manchester United (Inglaterra)
7. Juventus (Itália)
8. Roma (Itália)
9. Bayer (Alemanha)
10. Real Madrid (Espanha)
11. Manchester City (Inglaterra)
12. Dínamo Kiev (Ucrânia)
13. Celtic (Escócia)
14. Dortmund (Alemanha)
15. Atlético Madrid (Espanha)
16. Shakhtar Donetsk (Ucrânia)
17. Barcelona (Espanha)
* Repetimos, BENFICA é a a maior marca portuguesa.
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BRUNO VIEIRA AMARAL
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IN "OBSERVADOR"
13/10/16
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Bob Dylan não merecia
Mais do que qualquer outra coisa, este prémio é um manguito a todos os grandes escritores norte-americanos dos últimos 40 anos. Roth, McCarthy, DeLillo, Pynchon, foram ultrapassados de moto por Dylan.
Vi em direto o anúncio do vencedor do Prémio Nobel da Literatura:
“strodmondstalet eigvarna literature prize vöng Bob Dylan…”. Quase caí
da cadeira. “strodmondstalet eigvarna”????? Estes gajos só podem estar a
gozar. Mas pronto. Quanto ao vencedor, acho bem. Também acho um bocado mal. Enfim, ainda não sei. Foi, sem dúvida, uma escolha corajosa.
No ano em que pela primeira vez o prémio foi anunciado por uma mulher, a
Academia mostrou ter tomates. Ou então que, lá dentro, estavam todos
sob o efeito daquelas cenas que o Bob fumava.
Mais do que qualquer
outra coisa – e o que, em menos de três horas, já se disse sobre o
papel da Academia Sueca na destruição das barreiras da literatura daria
para encher várias bibliotecas, ou discotecas – este prémio é um
manguito a todos os grandes escritores norte-americanos dos últimos 40
anos. Philip Roth, Cormac McCarthy, Don DeLillo, Thomas Pynchon,
geralmente apontados como possíveis galardoados foram ultrapassados pela
direita, de moto, por Dylan. Há uns anos, um membro da academia
criticava a literatura norte-americana por ser demasiado “insular”,
umbiguista.
Escolher Bob Dylan à frente de todos os outros é o mesmo que lhes dizer: “estão a ver o que é ser universal?” Recorde-se que Toni Morrison tinha sido a última norte-americana a receber o Nobel, há vinte e três anos.
Agora, a sério. Bob Dylan? É verdade que já tinha sido apontado
várias vezes como um dos favoritos, mas era uma espécie de brincadeira
paralela e secundária. Ninguém levava isso muito a sério até porque
nenhum outro letrista, talvez à excepção de Leonard Cohen, era apontado
como potencial nobelizado. E o que não falta são grandes letristas. A história do século XX está cheia deles.
Claro que, sendo discutível, se pode dizer que Bob Dylan está noutro
patamar. Tudo bem. Porém, repare-se nos nomes que o acompanham quando se
trata de escolher os melhores autores de letras da música
anglo-saxónica, de acordo com uma votação num site manhoso: John Lennon,
Eminem, Roger Waters, Elliot Smith, Kurt Cobain, Neil Young, Tupac
Shakur, Robert Plant e Freddie Mercury.
Pronto, talvez não seja a
melhor lista, mas mesmo uma que inclua Bruce Springsteen, Nick Cave,
Jarvis Cocker e Jay-Z, ou Joni Mitchell, Fiona Apple e Suzanne Vega, não
fornece nenhum nome que possa algum dia vir a estar nas cogitações da
Academia. Já para não falar que uma lista de potenciais letristas
nobelizáveis seria ainda mais “ocidentalizada” do que é habitual: ou alguém
consegue imaginar o Nobel ir para aquele grande letrista checo? Ou para
um grande baladeiro turco? Ou para um tipo que renovou a grande
tradição musical da África Ocidental? Ou para, por exemplo,
Chico Buarque? E, na minha modesta opinião, a opinião de quem não faz
parte da Academia, Chico Buarque é um letrista superior a Bob Dylan.
A
Academia é muitas vezes criticada por atribuir o prémio a escritores
desconhecidos, daqueles com nomes impronunciáveis, quando esse talvez
seja o efeito mais positivo do Nobel: o de permitir que alguns grandes
escritores com pouca ou nenhuma repercussão internacional vençam as
barreiras de um mercado editorial cada vez mais dependente das
“descobertas” recomendadas pelo mundo anglo-saxónico. Nesse sentido, atribuir
o prémio a Bob Dylan é um desperdício, uma espécie de parênteses em que
a Academia preferiu celebrar-se a si própria e à sua veia provocatória,
naquele género de provocação passivo-agressiva em que o galardoado é um
mero instrumento de agressão. Portanto, mais do que lhe atribuir o
prémio, a academia atirou-lho à cabeça. E o grande Bob Dylan não
merecia.
* Bruno Vieira Amaral é crítico literário, tradutor e
autor do romance As Primeiras Coisas, vencedor do prémio José Saramago
em 2015
IN "OBSERVADOR"
13/10/16
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Holanda prepara suicídio assistido
de idosos que sintam que a vida
chegou ao fim
O Governo da Holanda está a preparar legislação para autorizar o
suicídio assistido de pessoas idosas que sintam que a sua vida chegou
ao fim, anunciaram dois ministros.
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“Pessoas que consideram, após profunda reflexão, que
completaram a sua vida, devem ter a possibilidade, sob rigorosas
condições, de pôr fim à vida da forma digna que escolherem”, afirmaram
os ministros da Saúde e da Justiça holandeses numa declaração conjunta.
A legislação em preparação considera que a convicção de “ter completado a própria vida é sentida sobretudo pelos idosos”, pelo que a autorização se lhes reserva, explicaram os ministros, sem contudo especificar qualquer idade.
Trata-se de pessoas que “já não veem qualquer possibilidade de dar um sentido à sua vida, sentem profundamente a perda de independência e estão isoladas ou sós porque perderam um ente querido”, afirmaram.
Pessoas, acrescentaram, que se sentem “dominadas por um cansaço absoluto e pela perda de amor-próprio”, mas que “para poderem pôr fim às suas vidas, precisam de ajuda”.
A Holanda permite a eutanásia desde 2002, ano em que, com a Bélgica, se tornou um dos dois primeiros países a autorizar a morte assistida de doentes incuráveis.
A legislação em vigor prevê que um mínimo de dois médicos certifique que não há qualquer alternativa razoável para o doente e que o sofrimento deste “é insuportável e sem qualquer esperança de melhora”.
Mas diferentes interpretações da lei têm suscitado polémica, sobretudo depois de menores de idade com doenças terminais terem sido autorizados a escolher a eutanásia e certas doenças mentais, como a demência, terem sido consideradas “sofrimento insuportável”.
Em 2015, a Holanda registou 5.516 casos de eutanásia, correspondentes a 3,9% de todas as mortes.
Mais de 70% dos que optaram pela eutanásia sofriam de cancro e 2,9% de demência ou de doenças psiquiátricas.
O novo quadro legal deverá prever que um “assistente na morte” – alguém com formação médica – só possa autorizar o suicídio assistido depois de se certificar de que nenhum tratamento pode superar o “desejo de morrer”.
A conformidade do caso com a lei tem depois de ser validada por uma comissão de especialistas.
Apesar de o suicídio assistido não ser legal, em 2013, um holandês que confessou ter ajudado a mãe de 99 anos a morrer não foi punido porque os juízes consideraram que “agiu por amor”.
* Nós concordamos com o suicídio assistido.
A legislação em preparação considera que a convicção de “ter completado a própria vida é sentida sobretudo pelos idosos”, pelo que a autorização se lhes reserva, explicaram os ministros, sem contudo especificar qualquer idade.
Trata-se de pessoas que “já não veem qualquer possibilidade de dar um sentido à sua vida, sentem profundamente a perda de independência e estão isoladas ou sós porque perderam um ente querido”, afirmaram.
Pessoas, acrescentaram, que se sentem “dominadas por um cansaço absoluto e pela perda de amor-próprio”, mas que “para poderem pôr fim às suas vidas, precisam de ajuda”.
A Holanda permite a eutanásia desde 2002, ano em que, com a Bélgica, se tornou um dos dois primeiros países a autorizar a morte assistida de doentes incuráveis.
A legislação em vigor prevê que um mínimo de dois médicos certifique que não há qualquer alternativa razoável para o doente e que o sofrimento deste “é insuportável e sem qualquer esperança de melhora”.
Mas diferentes interpretações da lei têm suscitado polémica, sobretudo depois de menores de idade com doenças terminais terem sido autorizados a escolher a eutanásia e certas doenças mentais, como a demência, terem sido consideradas “sofrimento insuportável”.
Em 2015, a Holanda registou 5.516 casos de eutanásia, correspondentes a 3,9% de todas as mortes.
Mais de 70% dos que optaram pela eutanásia sofriam de cancro e 2,9% de demência ou de doenças psiquiátricas.
O novo quadro legal deverá prever que um “assistente na morte” – alguém com formação médica – só possa autorizar o suicídio assistido depois de se certificar de que nenhum tratamento pode superar o “desejo de morrer”.
A conformidade do caso com a lei tem depois de ser validada por uma comissão de especialistas.
Apesar de o suicídio assistido não ser legal, em 2013, um holandês que confessou ter ajudado a mãe de 99 anos a morrer não foi punido porque os juízes consideraram que “agiu por amor”.
* Nós concordamos com o suicídio assistido.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Ambulância transporta equipa
de programa da TVI
O transporte de uma equipa do programa ‘Somos Portugal’, da TVI, por uma ambulância dos Bombeiros de Vila Verde, Braga, no passado domingo durante a ‘Festa das Colheitas’, está a gerar polémica.
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Elementos da corporação terão sido "obrigados" pelo vice-presidente da direção, Paulo Renato Rocha, a "transportar os colaboradores da TVI numa ambulância, em marcha de emergência, para fugir ao trânsito". Nesse período, entre as 13h30 e as 19h30, os Bombeiros de Vila Verde terão ainda recusado transportes urgentes, sendo obrigados a solicitar ambulâncias de outros concelhos.
O caso foi denunciado por um grupo de sócios dos Bombeiros, indignados com a direção, que irá apresentar queixa na Autoridade de Proteção Civil, no Ministério Público de Vila Verde e no DCIAP Lisboa.
Carlos Braga, presidente dos Bombeiros de Vila Verde, confirmou ao CM o transporte do staff da TVI, mas nega ter sido usada uma ambulância de emergência. "É uma colaboração normal, que costumamos prestar, mas o carro usado foi uma ambulância de transporte de doentes e não pôs em causa o socorro", explicou.
Já Paulo Renato Rocha escusou-se a comentar as acusações, dizendo apenas que a denúncia tem "finalidade política".
A TVI e a Coral Europa, produtora do programa, não comentaram a situação. O Ministério da Administração Interna não respondeu até ao fecho desta edição.
* Esta situação ridícula precisa de esclarecimento.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Taxa sobre refrigerantes
avança no Orçamento
Nova taxa sobre refrigerantes e outras bebidas açucaradas atingirá um máximo de 16 cêntimos por litro. Comerciantes terão quatro meses para escoar "stocks" e receitas reverterão para o SNS.
A “fat tax” vai mesmo avançar. A partir do próximo ano, os
refrigerantes e as bebidas com uma taxa de álcool entre 0,5% e 1,2% vol.
(conhecidas como bebidas sem álcool) com açúcar adicionado vão ficar
mais caros. O aumento máximo não deverá ultrapassar os 16 cêntimos por litro e o mínimo rondará os oito cêntimos por litro, consoante a quantidade de açúcar presente na bebida.
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Ao que o Observador apurou, esta nova taxa — que foi avançada pelo Jornal de Negócios na semana passada, mas que o secretário de Estado adjunto da Saúde, em maio, ao Expresso, já tinha mencionado
— será mesmo inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2017, que
será entregue no Parlamento esta sexta-feira. A sua aplicação será
diferenciada consoante o teor de açúcar presente nas bebidas.
Assim, aos refrigerantes e às bebidas com uma taxa de álcool superior a 0,5% vol. e igual ou inferior a 1,2% vol. com 80 gramas de açúcar por litro será aplicada uma taxa de 8,22 euros por hectolitro. E no caso das bebidas com 80 ou mais gramas de açúcar por litro o aumento corresponderá a 16,46 euros por hectolitro. O mesmo é dizer que o imposto variará entre os oito e os 16 cêntimos por litro.
O
que significa que, por exemplo, uma lata de Coca-Cola (de 33 cl) — que
tem 106 gramas de açúcar por litro — terá um acréscimo de cinco cêntimos
por via deste novo imposto. Cinco cêntimos esses que vão acrescer ao
preço da bebida antes do IVA, ou seja, na prática, a subida do preço
final de venda ao público desta bebida será superior a cinco cêntimos.
Bebidas à base de leite, néctares e suplementos dietéticos escapam
Tal como já se vinha falando, isentas deste imposto deverão ficar as bebidas à base de leite, soja ou arroz; os sumos e néctares
de frutos e de algas ou de produtos hortícolas e bebidas de cereais,
amêndoa, caju e avelã; bem como bebidas consideradas alimentos para as
necessidades dietéticas especiais ou suplementos dietéticos.
Também
escaparão à aplicação deste novo imposto as bebidas não alcoólicas
utilizadas em processos de fabrico ou que sejam matéria-prima de outros
produtos, bem como bebidas não alcoólicas usadas para controlo de
qualidade e testes de sabor.
Comerciantes têm quatro meses para escoar stocks sem o novo imposto
O Observador sabe que o Governo admite criar um período de transição
para a aplicação desta medida. Os comerciantes que, à data da entrada em
vigor da lei, tenham bebidas destas em stock terão a possibilidade de as vender sem a cobrança do novo imposto. Para isso terão de comunicar à Autoridade Tributária as quantidades que possuem em armazém e terão quatro meses para as escoar. Ou seja, só a partir de maio será aplicado o novo imposto na sua plenitude.
E
as receitas que vierem a ser obtidas por via deste imposto, deduzidas
dos encargos da cobrança, serão consignadas à sustentabilidade do
Serviço Nacional de Saúde (SNS), até porque esta é uma taxa que visa
diminuir os comportamentos nocivos à saúde.
Já em maio, numa entrevista ao Expresso, o secretário de Estado adjunto da Saúde, Fernando Araújo, revelou
que as receitas com este novo imposto, que deveria estar pronto a tempo
deste orçamento, seriam aplicadas “na promoção de hábitos saudáveis,
com campanhas de prevenção contra a obesidade”.
“Sweet tax”: a versão light da “fat tax”
O novo imposto a aplicar sobre os refrigerantes e bebidas com um teor
de álcool até 1,2% vol. adicionados de açúcar fica muito aquém da “fat
tax”, a taxa sobre produtos nocivos à saúde. A ideia original, que
passava por agravar os preços dos produtos alimentares com excesso de
sal, açúcar e gordura — mas estava longe de ser consensual –, derivou
numa taxa sobre bebidas açucaradas e acabou mesmo num novo imposto
apenas sobre refrigerantes e bebidas com um teor de álcool até 1,2% com
adição de açúcar.
A “fat tax” não é uma ideia nova. Já em 2014, o então ministro da Saúde, Paulo Macedo, chegou a dizer publicamente que pretendia avançar com a aplicação de uma taxa sobre os produtos nocivos à saúde,
de forma a melhorar os hábitos de consumo dos portugueses, apostando na
prevenção da doença. Mas Pires de Lima, ministro da Economia, não
tardaria a deitar a intenção por terra: “Não há taxa. É uma ficção, um
fantasma que nunca foi discutido em Conselho de Ministros e cuja
especulação só prejudica o funcionamento da economia”.
O objetivo
do Governo com a introdução deste novo imposto passa por tentar
disciplinar os hábitos de consumo. Resta saber se será suficiente para
dissuadir os comportamentos alimentares menos saudáveis dos portugueses.
Ao DN, Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção Geral de Saúde (DGS), afirmou
recentemente que uma taxa sobre os produtos com açúcar só faria sentido
se correspondesse a 10% a 20% do preço do produto que, segundo o
especialistas, é o “valor estimado por economistas como sendo o que cria
impacto na redução do consumo”.
* Uma "fat tax" com estes valores não passa de "pífia tax", valia mais não terem mexido.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Diretor-geral da Saúde contesta dados
da OMS sobre tuberculose
Francisco
George afirmou que a taxa de incidência da tuberculose, em Portugal, tem
diminuído desde 2000, estando o país "abaixo da linha vermelha" dos 20
casos por cem mil habitantes
O
diretor-geral da Saúde, Francisco George, contestou os dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a incidência da tuberculose em
Portugal, salientando que se trata de estimativas com margens de erro.
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Um
relatório da OMS, divulgado esta quinta-feira, assinala que Portugal
era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência
de tuberculose, com 23 casos por cem mil habitantes.
À
Lusa, o diretor-geral da Saúde sustentou, reagindo ao relatório, que a
OMS apresenta "estimativas com margens de erro, e não números reais,
absolutos".
Em comunicado, Francisco
George esclarece que a taxa de incidência de tuberculose em Portugal, em
2015, era de 19,2 casos por cem mil habitantes, precisando que, no ano
passado, foram diagnosticados e comunicados à Direção-Geral da Saúde
(DGSaúde) 1987 novos casos da doença (excluindo retratamentos) de um
total de 2158.
"Oportunamente, já
tínhamos dito aos relatores que não concordávamos com o relatório e com a
fórmula apresentada. Em Portugal, não há estimativas, há números
absolutos correspondentes a cada caso que é diagnosticado e tratado",
frisou, acrescentando que foi pedida à OMS uma auditoria ao sistema de
informação usado pela DGSaúde, para que não seja aplicada a margem de
erro nas estatísticas.
Para países como
Portugal, com "sistemas de informação rigorosos que não foram
auditados", é aplicada uma margem de erro, invocou.
O
diretor-geral da Saúde apontou que a taxa de incidência da tuberculose,
em Portugal, tem diminuído desde 2000, estando o país "abaixo da linha
vermelha" dos 20 casos por cem mil habitantes.
"Mas
temos a noção de que temos de continuar a trabalhar muito", comparando
com os valores dos países na Europa Ocidental, ressalvou.
De
acordo com o relatório da OMS, que tem estimativas sobre a doença à
escala global, Portugal foi, em 2015, em termos europeus, apenas
superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia,
Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia,
com taxas de incidência da tuberculose superiores à da região europeia,
que foi de 36 casos por cem mil habitantes.
Apesar
da prevalência em Portugal, a DGSaúde realçou, em março, na divulgação
de dados sobre a infeção, que o país atingiu, no ano passado, o número
mais baixo de sempre de casos de tuberculose.
* Só uma pessoa com muita competência tem um percurso transversal a vários governos num lugar tão desejado como é o de Director-geral da DGS.
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HOJE NO
"RECORD"
Fernando Santos:
«Fiquei chocado com palavras de
José Eduardo sobre Marco Silva»
Fernando Santos esteve no comando técnico dos três grandes do futebol
português e por ele passaram vários jogadores que hoje em dia trocaram
as chuteiras pelo banco. Marco Silva, apesar de nunca ter sido
orientado pelo engenheiro, também fez esse percurso.
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O selecionador nacional conhece o técnico há largos anos e desenvolveu uma sólida amizade. Daí ser uma das testemunhas do processo interposto pelo treinador a José Eduardo, a propósito de uma entrevista feita em 2014.
O antigo jogador do Sporting falou de "interesses próprios" do
técnico dos leões na altura que iriam contra os do clube e que, por esse
motivo, não havia condições para a continuidade deste no cargo.
Durante a sessão desta quinta-feira, o selecionador manifestou o
desagrado perante as palavras de José Eduardo. "Chocaram-me as
declarações. Senti-me afetado por se tratar de questões pessoais", disse
o selecionador, assumindo ter entrado em contacto com Marco Silva logo
após ter tomado conhecimento das acusações de José Eduardo.
Face a palavras descritas como insensatas, Fernando Santos questionou
Marco Silva sobre a natureza das declarações, frisando que o treinador
estava na altura perplexo com a situação.
Questionado ainda sobre as interações entre Marco e o grupo de
trabalho leonino, o selecionador respondeu que o treinador sempre teve
uma ‘excelente relação’ com os jogadores do Sporting, não compreendendo
assim as polémicas declarações de José Eduardo.
Na sessão, Fernando
assumiu que todos os treinadores são alvo de crítica, mas desaprova
quaisquer acusações de índole pessoal.
* Alvíssaras, há gente que gosta de alvíssaras. Fernando Santos não gosta de desonestidades.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Nobel da Medicina pede que
se deixe de falar contra transgénicos
O Nobel
da Medicina de 1993, o bioquímico inglês Richard John Roberts, pediu
hoje aos ecologistas para deixarem de "assustar o mundo" com mensagens
contra os alimentos transgénicos, salientando que nunca provocaram
qualquer problema de saúde.
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Richard John Roberts, responsável pela carta de 110 prémios Nobel a apoiarem o cultivo de transgénicos, participou esta quinta-feira no primeiro Congresso Internacional sobre Pobreza e Fomes, organizado pela Universidade Católica de Valência, que vai reunir até sábado peritos naquelas áreas.
Richard John Roberts, responsável pela carta de 110 prémios Nobel a apoiarem o cultivo de transgénicos, participou esta quinta-feira no primeiro Congresso Internacional sobre Pobreza e Fomes, organizado pela Universidade Católica de Valência, que vai reunir até sábado peritos naquelas áreas.
Num encontro com os
jornalistas, o prémio Nobel da Medicina disse que o chegou o momento de o
"Greenpeace e os partidos verdes deixarem de assustar todo o mundo" com
as suas mensagens contra os transgénicos.
Uma
mensagem, que segundo o bioquímico, é muito boa para aquelas
organizações e partidos arranjarem fundos, mas que "faz muito mal aos
países em vias de desenvolvimento e com fome".
Richard John Roberts fundamentou as suas afirmações na investigação científica e nos últimos 25 anos.
"Levamos
25 anos a consumir alimentos transgénicos ou animais que consumiram
alimentos transgénicos e não há registo de um único incidente de saúde
relacionado com aquele consumo", nem no meio ambiente, acrescentou.
* Apesar de torcermos o nariz aos transgénicos, talvez por ignorância, sabemos que este homem é um sábio.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
DA MADEIRA"
Movimento de Mulheres junta-se
a iniciativa para erradicar a pobreza
O
núcleo regional Movimento Democrático de Mulheres (MDM) anunciou esta
tarde que vai associar-se à iniciativa que o Movimento Erradicar Pobreza
organiza na segunda-feira, na Praça do Carmo, no Funchal.
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Numa
nota assinada pela coordenadora regional do MDM, Sílvia Vasconcelos,
explica que esta participação justifica-se por ser “importante
reorganizar políticas e acções de cidadania que eliminem, revertam e
sensibilizem para as causas económicas e sociais que estão na origem do
aumento da pobreza e da desigualdade que a pobreza agrava”.
Esta
organização lembra que em Junho de 2015 um estudo com dados do gabinete
estatístico da União Europeia (Eurostat) concluiu que, em média, as
mulheres portuguesas recebem pensões 31% mais baixas do que os homens.
Em média, por mês, recebem uma pensão de 606 euros e os homens de 880
euros. Sublinhava também que as mulheres entre os 55 e os 64 anos de
idade estão mais expostas à pobreza, com 55% de risco antes de
transferências sociais, contra os 44% de homens com a mesma idade. “Esta
questão torna-se ainda mais preocupante se tivermos em conta que as
mulheres constituem a maior fatia da população no nosso país e na nossa
Região, inclusive as mais velhas, devido à sua maior esperança”, conclui
a nota assinada por Sílvia Vasconcelos.
* Mulheres determinadas na solidariedade
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Deputados exaltam-se depois de Bilhim
. revelar que foi escolhido por Seguro
Bilhim revela que a sua nomeação foi combinada
entre Passos e António José Seguro. O PS não gostou e criticou o facto
de o ex-presidente revelar conversas "secretas". PSD e CDS saíram em
defesa do ex-presidente da Cresap.
O antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho,
escolheu João Bilhim para presidente da comissão que organiza os
concursos para dirigentes no Estado por indicação do então
secretário-geral do PS, António José Seguro. A revelação, feita esta
quinta-feira por João Bilhim no Parlamento, deu origem a
reacções exaltadas, em particular por parte do deputado do PS Ascenso
Simões.
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João Bilhim, que deixou de ser presidente da muito polémica comissão que organiza os concursos para dirigentes no Estado esta semana,
está a ser ouvido na comissão de Orçamento e Finanças. Foi em resposta a
uma pergunta da deputada do PSD que teve oportunidade de esclarecer
como foi escolhido para o cargo, no início da legislatura da coligação
PSD/CDS.
"Eu fui contactado pelo então primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho, que me convidou para presidir a esta comissão e disse:
'senhor professor, o seu nome foi-me dado pelo dr. António José Seguro',
afirmou Bilhim. O professor universitário acrescentou ainda que
contactou o então secretário-geral do PS, que confirmou: ‘fomos nós que pusemos o seu nome’ .A
declaração motivou uma troca acesa de palavras entre o deputado do PS,
Ascenso Simões, e a presidente da Comissão, Teresa Leal Coelho.
Ascenso
Simões começou por negar a declaração de João Bilhim. "Entendeu mal.
Quando aqui nos vem dizer que o secretário-geral do PS o indicou aquilo
que posso dizer é que podia ter dito: 'fui sondado' e tudo bem. Mas
mesmo que tenha sido assim quero-lhe dizer que o senhor hoje fez um mau
serviço à Cresap e a si próprio". "Vir à Assembleia contar conversas de
natureza particular e secreta é um dos maiores erros que pode fazer a si
e que pode fazer à Cresap", sentenciou.
Teresa Leal Coelho,
presidente da comissão parlamentar, tomou então a palavra para insistir
na seguinte ideia: a forma de escolha do presidente da Cresap foi na
altura divulgada publicamente, não constituindo propriamente um segredo.
"Pode não ter sido maciçamente divulgado mas foi público", reiterou.
Uma intervenção que levou a um protesto de Ascenso Simões, que acabou por pedir a palavra em "defesa da honra".
João Bilhim, por seu lado, referiu de forma clara que nunca aceitaria o cargo sem a aprovação de António José Seguro porque é militante do PS. "Eu era militante do PS", começou por referir, salientando que nunca votou no PSD e no CDS. "Não poderia de maneira nenhuma aceitar este cargo se o meu secretário-geral não me dissesse alguma coisa", argumentou, sugerindo que isso seria "traição".
Uma intervenção que levou a um protesto de Ascenso Simões, que acabou por pedir a palavra em "defesa da honra".
João Bilhim, por seu lado, referiu de forma clara que nunca aceitaria o cargo sem a aprovação de António José Seguro porque é militante do PS. "Eu era militante do PS", começou por referir, salientando que nunca votou no PSD e no CDS. "Não poderia de maneira nenhuma aceitar este cargo se o meu secretário-geral não me dissesse alguma coisa", argumentou, sugerindo que isso seria "traição".
* Conversas de faca e alguidar são normais na A.R. e muitos socialistas são excelentes intérpretes.
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