10/07/2018

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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46-ARTE ARRISCADA
A Piece of my Heart

Interpretação de:
Vaida Tamoševičiūtė

Coreografia:
Vaida Tamoševičiūtė




FONTE:  Live Art Denmark


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GRANDES LIVROS/50

AUTORES DO MUNDO

5- O INFERNO


Dante Alighieri



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Mulheres do mundo árabe 
discutem condições e obstáculos 
.da afirmação política

Dezenas de deputadas, vereadoras, altas funcionárias estatais e defensoras dos direitos da mulher no mundo árabe começaram hoje a analisar na capital marroquina os desafios culturais, legislativos e económicos que travam a sua participação política.

Estas dirigentes reúnem-se a partir de hoje em uma conferência organizada pelo governo de Marrocos e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) para analisar a liderança feminina e a participação política da mulher na Jordânia e Egito e nos magrebinos Tunísia e Marrocos, com um foco especial na situação no mundo rural. 
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Para a diretora de programas no Centro palestiniano da Mulher para Consultas Jurídicas e Sociais, Amal Abusrour, "a mulher rural árabe sofre de uma discriminação dupla: a exclusão devia ao sistema patriarcal e a habitual desigualdade de oportunidades nas zonas rurais".

A mesma responsável acrescentou, em declarações à agência Efe, que a cultura conservadora, a falta de incentivos legais (como as quotas destinadas às mulheres nos órgãos eleitos) e a instabilidade política que limitam a participação da mulher palestiniana.

Além das defensoras dos direitos da mulher, foram também ouvidos testemunhos de mulheres procedentes de comunidades conservadores distantes das cidades e que a cederam a cargos políticos de relevo.

A presidente da Câmara de Jebeniana, no leste da Tunísia, com cinco mil habitantes, Jouda Zghidi, assegurou que chegou a ganhar as eleições graças às disposições da legislação do seu país, que lhe permitiu encabeçar a sua lista eleitoral.

Na Tunísia, a lei eleitoral, recordou Zghidi, impõe aos partidos políticos que a metade das suas listas de candidatos às diferentes eleições seja dirigida por mulheres.

Este privilégio legislativo é contudo insuficiente para a autarca, apesar de ser importante para ganhar a confiança da sociedade. Assim, explicou que conseguiu ter o apoio dos eleitores devido ao seu trabalho como professora do ensino secundário, que lhe permitiu ganhar a confiança dos pais dos seus alunos.

Reconheceu que, como autarca, encontra dificuldades para compatibilizar o seu cargo político, a sua profissão e o seu papel tradicional como dona de casa, e queixou-se da falta de meios e experiência para convencer mais mulheres a participar na gestão dos assuntos públicos.

Sobre a presença de mulheres no poder legislativo, por exemplo, são as tunisinas que mais lugares ocupam nos parlamentos dos respetivos países, com 34%, seguidas pelas marroquinas (mais de 20%), jordanas (15,4%) e egípcias, com 14,9%.

* Estas mulheres lutadoras são uma lufada de ar fresco na tromba do machismo medieval árabe em pleno século XXI.

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1-OS SAMURAIS



UMA EXCELENTE SÉRIE DO CANAL HISTÓRIA

Os Samurais existiram por quase 8 séculos (do VIII ao XV), ocupando o mais alto status social porquanto existiu o governo militar nipônico denominado xogunato. 

Pessoas treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro, O samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer com honra a viver sem a mesma. 

Seppuku, suicídio honrado de um samurai em que usa uma tanto (faca) e com ela enfia no estômago e puxa-a para cima eviscerando-o. Uma morte dolorosa e orgulhosa. 

Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses. Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo "samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a militar. 

Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai, bastando para isso adestrar-se no Kobudo (artes marciais samurais), manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta. 

Assim, o título de "samurai" começou a ser passado de pai para filho. O samurai mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi (1584—1645), um guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em Edo (atual Tóquio) e venceu o grande Sasaki Kojirō, outro grande samurai. 

No fim da era Tokugawa, os samurais eram burocratas aristocráticos ao serviço dos daimiô, com as suas espadas servindo para fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a classe dos samurais foi abolida e foi estabelecido um exército nacional ao estilo ocidental. 

O rígido código samurai, chamado bushido, ainda sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos outros aspectos do seu modo de vida. 

Os Samurais, como classe social, deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador do Japão retomou o poder do país. O seu legado continua até nossos dias, influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.

WIKIPEDIA

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/  
/DA MADEIRA"
ARAE esclarece caso do arroz da marca ‘DANA’

Sobre a informação que circula na rede social Facebook acerca dum arroz oriundo do Paquistão com a marca ‘DANA’, a Autoridade Regional das Actividades Económicas (ARAE) informa que não tem qualquer informação nomeadamente no sistema internacional de alertas sobre géneros alimentícios RASFF.
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Num comunicado enviado pelo gabinete da vice-presidência é esclarecido o seguinte: “Dos contatos efetuados junto dos grossistas em actividade na Região Autónoma da Madeira, o mesmo não foi identificado. No âmbito do Plano Regional de Pesquisa de Resíduos de Pesticidas em géneros alimentícios este produto não foi identificado. 

No ano 2018 este plano abrangeu 36 amostras de várias marcas e lotes de cada marca. Refira-se, ainda, que esta não é a primeira vez que surgem notícias sobre este arroz. Já no ano passado, as autoridades espanholas deram a conhecer um desmentido sobre este mesmo produto.”

* Quem quer lixar o arroz DANA? Ou não!

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VI-EXPEDIÇÃO AVENTURA

4- AFRICA ANIMAL
1- TEMPERAMENTO AFRICANO


COM RICHARD RASMUSSEN

As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Jeep vendeu no primeiro semestre 
.o equivalente a quatro anos 

As vendas da Jeep em Portugal totalizaram 844 veículos nos primeiros seis meses deste ano, o que corresponde quase à soma das vendas da marca nos últimos quatro anos. Novos modelos e integração na rede de concessionários da FCA foram fundamentais.

Nos primeiros seis meses deste ano, a Jeep vendeu no mercado português 844 veículos, segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP). Este número equivale quase à soma das vendas da marca do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) nos últimos quatro anos, que se cifraram em 863 unidades.

Sérgio Martins, director de relações externas e comunicação da FCA Portugal, disse ao Negócios que o forte crescimento nas vendas foi largamente influenciado pela integração da Jeep na FCA Portugal, ocorrida em Setembro do ano passado. Também os novos modelos Compass e Renegade ajudaram ao aumento das vendas. 
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"A integração da Jeep na FCA Portugal permitiu o acesso a uma rede de concessionários muito mais vasta. Foi feito um importante esforço de modernização dos stands e de formação dos funcionários para a inclusão da Jeep na oferta disponível nos concessionários do grupo", referiu o responsável.

De acordo com Sérgio Martins, as vendas registadas na primeira metade do ano "estão a corresponder às expectativas traçadas". O responsável indica que foram vendidos 850 veículos entre Janeiro e Junho, um número ligeiramente superior ao divulgado pela ACAP.

O modelo Renegade representou mais de metade das vendas, com um total de 500 unidades. Seguiu-se o Compass, com 320 veículos vendidos. O Wrangler registou 25 viaturas vendidas, enquanto os modelos Cherokee e Grand Cherokee, os mais caros do catálogo da marca, venderam cinco unidades.

Em 2014, as vendas da Jeep no mercado português foram de 104 unidades. No ano seguinte foram vendidos 247 veículos. Em 2016 as vendas cifraram-se em 220 viaturas e, em 2017, o total vendido foi de 292 unidades. Assim, nestes quatro anos a Jeep vendeu 863 veículos em Portugal.

A Jeep viu assim as suas vendas aumentarem, no semestre, 2.537,5% no mercado nacional face ao ano passado, período em que vendeu apenas 32 carros. Este ritmo de crescimento foi o mais acentuado entre as marcas em Portugal. O número de veículos vendidos em Portugal foi de 156,4 mil, o que corresponde a um aumento de 5,4% face ao mesmo período do ano passado.

* Consta que os maiores compradores foram professores do ensino público com  contratos precários com o ME. O nome do modelo, "renegade", é sugestivo.
O dinheiro não está em boas mãos.

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CARMO MACHADO

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 STOP

Parem com esta vergonha, senhores políticos! Porque nós estamos fartos de ver a educação ser tratada como uma mulher de alterne, por quem se vive uma paixão que logo desaparece na legislatura seguinte

Sim, parem. Mas parem de vez. Se não vivem o vosso dia a dia numa escola pública, se não vos passa pela cabeça o que é ensinar alunos de escolas de territórios educativos de intervenção prioritária ou outros, se nunca foram professores na vossa vida ou se o foram apenas em ambientes controlados como é ensinar no ensino universitário ou em colégios privados de elite, caros senhores, por favor, calem-se! Posso excluir deste rol aqueles que fizeram da sua vida e da sua carreira um estudo permanente das Ciências de Educação mas mesmo vós, excelentíssimos doutores, peçam aos políticos que nos consultem antes de legislar porque, de mudanças coladas com cuspo, estamos já fartos. Eis chegada a hora de dizermos Basta! Consultem-nos com tempo e honestidade. Consultem-nos para saber que projeto temos nós, professores, para a Educação em Portugal. E a vós, caríssimos diretores escolares, façam reuniões gerais para discutirmos medidas de inovação, medidas de combate à indisciplina, estratégias de motivação dos nossos alunos que estão, muitas vezes, tão fartos deste sistema quanto nós... Parem de nos convocar para nos contarem novamente quais as regras a cumprir nas vigilâncias dos exames nacionais, por amor de Deus!
 
Vivemos tempos difíceis para os professores. Como é injusta esta afirmação! Vivem-se tempos difíceis para quase todos, exceção feita a alguns banqueiros e a todos os corruptos, políticos ou não, com contas chorudas adormecidas à sombra de offshores. O resto vai vivendo como pode. E os professores carregam às costas as disfunções deste país desgovernado, desta justiça em banho-maria, desta saúde adoentada e, sobretudo, desta sociedade onde os atores de telenovela, os futebolistas, os presidentes dos clubes de futebol e os participantes nas casas dos segredos são hoje os verdadeiros heróis nacionais.

Os professores têm feito milagres nas últimas décadas com matéria-prima de fraca qualidade e recursos que deixam muito a desejar. Já não bastava andarmos com a casa às costas, termos seis turmas diferentes, darmos aulas a trinta alunos numa sala apertada, passarmos humilhações difíceis de imaginar, darmos aulas em horário não letivo (que ninguém nos paga), sermos verdadeiros administrativos quando deveríamos era termos tempo para pesquisar, ler e estudar, termos a culpa pelos maus resultados dos alunos, sermos agredidos por pais e encarregados de educação... como agora também sermos alvo desta grande injustiça nacional: apagar nove anos, quatro meses e dois dias de vida profissional aos docentes. Parece estar encontrado o verdadeiro saco de boxe da sociedade portuguesa da atualidade.

Parem com esta vergonha, senhores políticos! Porque nós estamos fartos de ver a educação ser tratada como uma mulher de alterne, por quem se vive uma paixão que logo desaparece na legislatura seguinte. Não podemos, professores, alunos, pais e encarregados de educação, continuar a depender destas alternâncias políticas nem dos caprichos de ministros que nunca deram uma aula na escola básica e/ou secundária e que, por isso mesmo, não sentem nem sabem o que os livros sobre educação não lhes podem contar. A educação tem de deixar de ser uma paixão para ser um amor para a vida inteira.

A sociedade mudou, meus senhores. A mobilidade social é cada vez mais difícil de alcançar. A educação não pode ser um uniforme de tamanho único que, nestas condições, acabamos por ser obrigados a vestir a todos os alunos (com a tão proclamada redução, parece que iremos passar de 30 para 28 alunos, o que fará certamente toda a diferença), quer eles caibam lá dentro quer não. Porque, meus senhores, a dinâmica das estratégias políticas limita a implementação e o desenvolvimento dos processo de mudança. E além disso, não há nem haverá nunca mudanças sem os professores. Não há, os professores sabem disso, um projeto estruturado para a Educação em Portugal. Fazem-se mudanças – geralmente abruptas - de acordo com quem entre e quem sai dos cargos políticos, mudanças que nos chegam desse Deus invisível que se chama Ministro da Educação mas a quem, nós, professores, não conseguimos nunca rezar. Por que será? Seremos todos nós descrentes e vazios de fé, esta classe de gente perdida, estes insatisfeitos e exigentes funcionários do estado, com a vida tão facilitada e férias a não ter fim? Ou seremos nós, professores de Portugal, demasiado pacientes? Talvez... talvez seja defeito profissional visto trabalharmos diariamente com crianças e jovens - muitos deles provenientes de famílias desestruturadas - que connosco contam como âncora ao longo de tantos anos das suas vidas.

Não, senhor Ministro, nós não somos meros funcionários do Estado. Talvez não saiba mas somos muito mais do que isso! E dizemos-lhe que até funcionamos muito bem tendo em conta os contextos de mudança em que temos vivido desde a revolução de abril. Mas, senhor Ministro, agora chegou a hora de lhe dizermos que estamos cansados de funcionar.

Saberá o senhor Ministro que a concretização das políticas educativas falha e falhará sempre sem os professores? Saberá ainda, caro Ministro da Educação, que estamos velhos e cansados, alguns até mortos já? Mas não se iluda, caro senhor. Os professores nunca até aqui mostraram a sua força. Estamos divididos. Contando por alto, são catorze estruturas da FNE e da Fenprof, mais oito sindicatos independentes e o recentemente criado S.T.O.P., feito (segundo parece) por professores que dão aulas para professores que dão aulas e ainda por cima, apartidário. Mas não deixa de ser demasiada gente a decidir, ou pior, a dividir...

Senhor Ministro: os professores precisam do respeito da sociedade, dos pais, dos alunos. Sejam vocês a dar o exemplo ao país. Ou então, só nos resta defender um novo caminho por onde a Educação deve seguir. Afastada dos partidos e dos seus interesses e ligada a uma sociedade livre, pensante, preocupada com o Presente e com o Futuro sem nunca se esquecer do seu Passado. Utopia? Talvez, senhor Ministro! Porém, lembre-se: somos professores, partilhamos o sonho e oferecemos criatividade. É que nem todos os professores deste país morreram ainda, senhor Ministro da Educação.

Sindicatos: a partir de setembro esqueçam as greves aos primeiros tempos da manha bem como as manifestações na avenida! A partir de setembro, quando quiserem abrir as escolas e começar as aulas, promovam a união da classe docente! Mostrem-nos que têm coragem para promover a verdadeira união da classe docente! Mostrem ao país que defendem a qualidade da educação. Convoquem a verdadeira revolução: que nos vistamos todos de preto e fiquemos às portas das escolas; que ninguém dê aulas; que os professores mais motivados arrastem consigo os colegas adormecidos; que os diretores se unam aos professores numa luta comum; que os pais e encarregados de educação se juntem a nós. Sem medo, colegas! Os alunos apoiar-nos-ão na nossa luta e os pais, que nos conhecem como bons professores e diretores de turma, seguir-nos-ão e trarão os outros. Porque só eles sabem que somos professores vinte e quatro horas por dia e estamos e estivemos sempre lá, desde o primeiro dia em que nos entregaram os seus filhos ainda pequenos... Eles sabem disso.

Colegas: uma vez o acesso à educação está praticamente garantido em Portugal, falta agora arregaçar as mangas e lutar pela sua qualidade. Somos nós professores, que temos de fazer esta luta. Mais ninguém – exceto por razões e com fins políticos - parece ter coragem ou capacidade de a iniciar. O que ensinar? Como? Com que fins? Somos nós, colegas, que temos de tomar içar as velas desta barca que naufraga. Os problemas da escola são os problemas da sociedade e vice-versa mas a sociedade parece ainda não ter entendido isto.

Chegou a hora de pararmos de obedecer cega e estupidamente a este desnorte! Somos profissionais pensantes. Queremos mudanças! Queremos o tempo de serviço a que temos direito (nem sequer estamos a pedir retroativos)! Exigimos qualidade! Exigimos respeito! Se somos nós que no terreno lutamos diariamente contra os muitos constrangimentos do sistema, seremos nós também que temos de mostrar aos nossos políticos que não estamos interessados nos seus jogos de poder. Sem medo, colegas!

Pessoa, tu sim, tu tinhas razão. É hora!


*Carmo Miranda Machado é formadora profissional na área comportamental e professora de Português no ensino público há vinte e sete anos, tendo trabalhado com alunos do 7º ao 12º anos de escolaridade. Possui um Mestrado em Ciências da Educação (Orientação das Aprendizagens) pela Universidade Católica Portuguesa e tem como formação base uma Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa. Tem dedicado a sua vida às suas três grandes paixões: o ensino, a escrita e as viagens pelo mundo. Colabora na Revista Mais Alentejo desde Fevereiro de 2010 como autora da crónica Ruas do Mundo, tendo ganho o Prémio Mais Literatura atribuído por esta revista nesse mesmo ano. Publicou até ao momento, os seguintes títulos pela editora Colibri: Entre Dois Mundos, Entre Duas Línguas (2007); Eu Mulher de Mim (2009); O Homem das Violetas Roxas (2011) e Rios de Paixão (2015).

IN "VISÃO"
05/07/18

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1602.UNIÃO



EUROPEIA



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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Saiba quem são os 15 novos arguidos 
do ataque à academia de Alcochete 

Alano Silva, um dos alvos da operação da GNR, será um dos braços direitos do cabecilha da claque Juve Leo, Mustafá.

A GNR desencadeou, esta segunda-feira, uma operação que visou 15 suspeitos de estarem envolvidos nos incidentes em maio na academia do Sporting em Alcochete. Destes 15, quatro tinham mandados de busca, mas não de detenção. O que os levou a serem, apenas, constituídos arguidos, segundo avança a  SÁBADO.
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Segundo a Procuradoria Geral da República há ainda mais dois que não deverão ser detidos. Ao contrário dos restantes nove que deverão ser acusados dos mesmos crimes de introdução de lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravado, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário e terrorismo. 

Nove que devem, entretanto, seguir o mesmo caminho dos 27 suspeitos que já estão presos preventivamente. 

* Será boa notícia a que informar estar o traste BdC preso, aguardamos.

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189-BEBERICANDO


COMO FAZER  
"PINGA AZUL + SKOL BEATS"

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28-O SEGREDO DOS DEUSES




* Extraordinária série informativa "O Segredo dos Deuses",  grande reportagem da Investigação TVI, levada a cabo por Judite França e Alexandra Borges.


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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Depois do sufoco, a explosão de alegria em Mae Sai: “Hoje vou conseguir dormir, pela primeira vez em semanas”

Autoridades anunciam formalmente o fim da bem sucedida operação de resgate, deixando o campo de Pong Pha em êxtase. Todos os envolvidos nas operações suspiram, agora, de alívio.

Reportagem em Mae Sai, Tailândia
“Fizemos uma coisa que nunca ninguém tinha feito. Cumprimos uma missão impossível.” O ex-governador de província de Chiang Rai e comandante das operações de resgate, Narongsak Osotthanakorn, falou assim aos jornalistas para ajudar a explicar a dimensão do que ocorreu nos últimos dias no sistema de grutas de Tham Luang. “Agora, é altura de fotografias!”, declarou no final. Foi depois inundado por uma maré de flashes e uma série de jornalistas, na sua maioria tailandeses, que celebraram o resgate bem sucedido de 12 crianças e do seu treinador, utilizando o grito dos fuzileiros que já se tornou quase o mantra desta operação: “Hooyah!”
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CORAJOSOS MERGULHADORES TAILANDESES
Não foram dados pormenores sobre o estado de saúde do treinador Ekkapol Chanthawong, nem dos rapazes que foram resgatados com ele. Os responsáveis preferiram concentrar-se nos elogios às equipas de resgate e à cobertura dos media, mas conseguiram ainda deixar uma palavra em honra de Saman Kunan, o mergulhador que morreu na semana passada, durante os trabalhos dentro da gruta. “Ele sim, é o herói de Tham Luang”, disseram, explicando que uma homenagem está a ser pensada.

As palavras do ex-governador tocam fundo no coração da maioria dos tailandeses que aqui estão presentes, que gostam de ouvir os elogios ao caráter do povo e os pedidos para que esta operação sirva de exemplo para o resto do mundo. Grupos de senhoras de meia idade dançam para as câmaras de televisão, ensaiam gritos coletivos, fazem sinais de vitória com os dedos. Os voluntários, como o tradutor Tee, mostram-se orgulhosos. “Alguma vez viste uma operação assim?”, pergunta ao Observador o jovem, na casa dos 20.

As pessoas aqui tratam-se como família. Conheço pessoas que abriram as portas de sua casa para alguns estrangeiros que cá vieram e isso foi um pequeno passo que contribuiu para este sucesso geral.”

Atrás de si, empilham-se cadeiras, arrumam-se mesas, guarda-se o pad thai que sobrou. Do campo improvisado, cada vez resta menos; os habitantes de Mae Sai preparam-se para pegar na trouxa, pelo menos por hoje. Alguns ainda voltarão amanhã para ajudar nas operações de limpeza da floresta, ao pé da gruta, mas, muito provavelmente, já não terão um exército de jornalistas internacionais para alimentar e não se justifica estarem ali tantos.

Nao Warat, de 26 anos, sorri enquanto limpa uma mesa com desinfetante. “Estou tão animada e aliviada. Pela primeira vez em três semanas, vou ter uma boa noite de sono. Graças a Buda!“, diz, juntando as duas mãos em sinal de agradecimento, com o pano molhado pendurado numa delas. Secretária de uma empresa de saúde, Nao não tem qualquer experiência de cozinha ou nas limpezas, mas pouco importa. Natural de Mae Sai, não podia deixar passar a oportunidade de contribuir para ajudar a salvar os “Javalis Selvagens”. “Estava toda a gente tão preocupada aqui…”, suspira.

A sensação de alívio mistura-se com a alegria e deixa os corpos moles. Muitos aproveitam para se sentar com calma pela primeira vez em dias. Os agentes da polícia, que até aqui faziam por manter o ar rígido, soltam-se finalmente e exibem os sorrisos. Mesmo assim, não aceitam ainda falar aos jornalistas — o respeito pelas “regras” definidas pelo controlo das operações mantém-se. Os comandantes, aliás, frisaram isso na sua conferência de imprensa, informando com orgulho que a pessoa responsável por ter filmado a área do resgate com um drone que sobrevoou a zona já foi presente a tribunal e condenada em apenas um dia. “Quero avisar: sigam as regras. A todos os [jornalistas] que o fizeram , obrigado”, anunciaram — uma frase que não é de espantar se recordarmos que a Tailândia é atualmente governada por uma junta militar, desde o golpe de Estado levado a cabo pelo Exército em 2014.

Mas hoje, em Pong Pha, não é dia de pensar em política. No campo, os mais velhos abraçam-se e os mais novos tiram selfies. Os tailandeses formam pequenos grupos para comentar os acontecimentos do dia, com aquela eletricidade de quem partilhou um momento comum marcante sobre o qual não consegue deixar de falar. Nao, que continua afincadamente a esfregar a mesa de plástico, promete que irá também juntar-se às celebrações, mas não para já:

Uma amiga minha acabou de me telefonar e disse ‘vamos festejar!’. Mas eu não consigo ainda. Primeiro, há que dormir”, confessa, os olhos cansados por trás do eyeliner escuro.

Mais cansados do que Nao estarão, certamente, os mergulhadores e restantes membros das equipas de resgate, que concluíram hoje uma missão que até há poucos dias parecia digna de ficção científica. Foi uma prova de resistência, de dias e dias a atravessar um sistema de grutas apertado e meio submerso, para cá e para lá, em percursos de horas. O cansaço é muito, sim. Mas isso não os impede de, quando passam de carro em frente ao centro de imprensa, se unirem e gritarem, de braços no ar, uma única palavra — “Hooyah!”

Saman Kunan é um herói cuja memória deve ser respeitada para sempre. Para nós o maior herói é sem dúvida o treinador, foi ele que ao  "segurar" os miúdos conseguiu que todas as  corajosas pessoas envolvidas na operação de salvamento tivessem o trabalho muito facilitado, não há nas imagens filmadas qualquer registo de pânico nos rostos dos adolescentes.


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OMNIA

Fee Ra Huri


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HOJE NO
"RECORD"
O vídeo de despedida do Real Madrid: 
«Obrigado, Cristiano»


O Real Madrid despediu-se esta terça-feira de Cristiano Ronaldo, partilhando nas redes sociais um vídeo no qual mostra os melhores momentos do extremo português durante os nove anos que passou na capital espanhola. "Obrigado, Cristiano", conclui o vídeo.

* Um agradecimento formal, a carta de despedida de Ronaldo prima pela educação, respeito e afecto pelos adeptos do  Real Madrid. Florentino Peres irá torcer a orelha e não pingará uma gota de sangue.

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XIII-TABU


E.U.A.


1.VIDAS SECRETAS



* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas. É natural que dada a extensão de algumas séries as mesmas se prolonguem por mais meses do ano corrente.

** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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PLOGGING
SABE O QUE É?



FONTE: Portuguese Newspapers

Le groupe Rogers adopte 
.le nouveau fitness craze



FONTE: Radio One


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A cada respiração, milhões 
de crianças inalam ar tóxico



FONTE: UNICEF

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PORTO
1912




FONTE: André Ferreira


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NÃO PERCA A MEMÓRIA


O que já se sabe sobre a lista de
. pagamentos do ‘saco azul’ do GES

Santos Silva, Bava, Isabel Almeida, António Soares, Ricardo Salgado e os restantes quatro líderes dos clãs da família Espírito Santo são os alegados beneficiários do 'saco azul' já conhecidos.

Carlos Santos Silva (o que na ótica do Ministério Público significa dizer José Sócrates), Zeinal Bava, Isabel Almeida, António Soares, Ricardo Salgado e os restantes quatro líderes dos clãs da família Espírito Santo são os alegados beneficiários de pagamentos do ‘saco azul’ já conhecidos. Há ainda 18 altos funcionários do BES que recebiam pagamentos regulares.


Desde que o Observador noticiou em exclusivo que o Ministério Público (MP) tinha em seu poder documentação que permitia reconstituir a lista de pagamentos da offshore Espírito Santo (ES) Enterprises que muito se tem falado sobre o ‘saco azul’ do GES.

A lista de pagamentos inclui titulares de cargos políticos e públicos, titulares de órgãos sociais de empresas participadas pelo GES, membros da família Espírito Santo, administradores e funcionários do BES.

O que é um saco azul?

Corresponde a fundos não declarados nas contabilidade oficial de uma empresa com o objetivo de fugir ao fisco e/ou de pagar subornos. É sinónimo de contas clandestinas (caixa 2 ou caixa b são outros sinónimos) que apenas é do conhecimento de um círculo restrito de pessoas. Contudo, e como explica o Ciberdúvidas, este termo nem sempre teve esta conotação pejorativa.


Desde então que o Observador e outros jornais, como o Expresso e o Correio da Manhã, têm revelado diversos nomes que fazem parte dessa lista de pagamentos, sendo igualmente certo que ainda faltam conhecer muitos mais. O Observador continua a tentar confirmar as informações que possui sobre a identidade dos beneficiários do ‘saco azul’ do GES. Eis a parte da lista que já é conhecida:

1- Carlos Santos Silva
O nome do ex-primeiro-ministro surgiu pela, primeira vez, ‘pela mão’ de Hélder Bataglia. O líder da Escom e ex-homem forte da família Espírito Santo para os mercados africanos e da Venezuela é suspeito na Operação Marquês de ter transferido cerca de 20,9 milhões de euros para contas do alegado testa-de-ferro de José Sócrates: Carlos Santos Silva

Numa curta declaração ao Expresso, Bataglia afirmou que a ES Enterprises era a origem dos fundos transferidos para Carlos Santos Silva. Nessa altura, já se sabia, por documentos enviados pelo próprio Bataglia para a Comissão Parlamentar de Inquérito do BES, e que foram revelados pelo jornal i, que o líder da Escom tinha recebido cerca de 7,5 milhões de euros da ES Enterprises a título de comissão pela prospeção de novos negócios em Angola e no Congo Brazzaville nas áreas financeiras, petrolífera e imobiliário. Tais pagamentos, segundo Bataglia declarou à CPI do BES, tinham sido realizados com o conhecimento e o acordo de Ricardo Salgado.

A grande novidade das declarações de Bataglia ao Expresso é que foi o próprio a fazer a ligação entre as transferências feitas para Santos Silva/Sócrates e a ES Enterprises – o que fez mudar toda a perspetiva dos investigadores e a levá-los a investigar as decisões que o governo de Sócrates tomou sobre a Portugal Telecom (PT), nomeadamente a venda da Vivo à Telefónica e correspondente compra da Oi. Existirá proximidade de datas entre as transferências realizadas e os momentos-chave das decisões daqueles dossiês da PT onde José Sócrates e Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, tiveram influência. Aliás, diversos contactos entre estes dois políticos já constavam dos autos da Operação Marquês.

Mais tarde, num depoimento que fez em Luanda no âmbito do cumprimento da carta rogatória emitida pelas autoridades portuguesas, o líder da Escom acabou por ser (bastante) mais suave, tendo mesmo afirmado que “não fez ou teve propósito de fazer qualquer atribuição de valores ou outra vantagem a José Sócrates Pinto de Sousa, diretamente ou por intermédio de Carlos Santos Silva ou outros, a troco ou por causa seja do que for”.

José Sócrates, por seu lado, continua a manter a sua defesa e a recusar a ideia central da Operação Marquês de que Carlos Santos Silva é o seu testa-de-ferro, refutando, portanto, quaisquer suspeitas de corrupção.

2-Zeinal Bava
É uma situação assumida pelo próprio ex-presidente executivo da PT. O Correio da Manhã noticiou que tinha recebido cerca de 8,5 milhões euros da ES Enterprises, o Expresso corrigiu o valor para 18,5 milhões de euros e o Observador acrescentou que o valor tinha sido transferido em duas tranches: uma de 8,5 milhões em 2010 e outra de cerca de 10 milhões em 2011.

Mais uma vez, a venda da Vivo e a compra da Oi será, de acordo com o MP, o que está por detrás destas transferências.

A todas aquelas publicações, Zeinal Bava deu a mesma explicação: tratou-se de uma aplicação fiduciária. Isto é, Zeinal limitou-se a receber o dinheiro do GES para eventualmente aplicar, em seu nome e de um grupo de quadros da PT (que nunca chegou a ser contactado), num futuro aumento de capital social da PT quando esta fosse totalmente privada (o que só aconteceu em 2014). Como tal aplicação nunca foi realizada, Bava devolveu o capital e juros numa data nunca revelada.

O Observador revelou igualmente que essa explicação não batia certo com as declarações que Ricardo Salgado tinha feito na Operação Monte Branco em 2014, quando foi detido e constituído arguido pela primeira vez.

Nesse interrogatório, Salgado assumiu que tinha sido ele a dar as ordens das transferências para Zeinal Bava.

3 - Ricardo Salgado e os restantes líderes da família Espírito Santo
O ex-presidente executivo do BES terá um duplo papel como beneficiário do saco azul do GES:
  • Terá recebido cerca de 7 milhões de euros da ES Enterprises, que o próprio Salgado classifica como um empréstimo. Parte desse montante (4 milhões de euros), segundo o MP, terá servido para comprar ações da EDP durante a última fase de privatização da elétrica nacional que decorreu em 2011.
  • Terá recebido complementos salariais pela sua atividade no exterior ao serviço do Grupo Espírito Santo desde, pelo menos, a criação da ES Enterprises nos anos 90.
Neste último ponto é importante recordar que a cúpula da família Espírito Santo decidiu nos anos 80, aquando do seu regresso a Portugal para participar nas privatizações do setor financeiro decididas pelo governo de Cavaco Silva, que os líderes dos cinco clãs continuariam a ser remunerados no exterior pelos cargos que ocupavam nas sociedades internacionais do GES. Essas remunerações começaram por ser pagas pela offshore Espírito Santo International (localizada nas Ilhas Virgens Britânicas e diferente da Espírito Santo International, com sede no Luxemburgo).

Tal responsabilidade foi transferida, a partir de 1993, para a ES Enterprise, como o Observador revelou a seu tempo. O ano de 1993 corresponde à criação do ‘saco azul’ do GES nas Ilhas Virgens Britânicas, tal como o Expresso e a TVI noticiaram.

4 - Isabel Almeida e António Soares
São os últimos nomes a serem conhecidos e foram revelados pelo Observador na última quarta-feira. São dois ex-altos funcionários do BES com importantes funções no banco que foi liderado por Ricardo Salgado. Isabel Almeida era a diretora do Departamento Financeiro, Mercados e Estudos (DFME), enquanto António Soares foi o responsável pela sala de mercados do BES e, mais tarde, chief financial officer da seguradora BES Vida.

Estes dois altos funcionários terão recebido cerca de 1,2 milhões de euros em 2009 e 2010 através do ‘saco azul’ do GES.

Os valores que receberam foram explicados por Ricardo Salgado ao MP como complementos remuneratórios pela atividade que ambos terão desenvolvido no exterior. Contudo, a equipa do procurador José Ranito, que investiga o caso BES, suspeita que os mesmos corresponderão a uma remuneração alegadamente ilícita pelo papel que Almeida e Soares terão tido na implementação de um alegado esquema de financiamento fraudulento do GES, alegadamente à custa do balanço do BES e dos próprios clientes do banco.

Nesse esquema terão ainda participado Cláudia Boal Faria e o seu marido Pedro Costa. Por isso mesmo, o MP constituiu estes quatro ex-funcionários como arguidos no caso BES.

5 - 18 altos funcionários do BES
É igualmente uma novidade revelada esta quarta-feira pelo Observador: além de Isabel Almeida e de António Soares, a lista de pagamentos do ‘saco azul’ do GES terá, pelo menos, mais 16 altos funcionários do BES. Do DFME e de outros departamentos relevantes do BES.

É provável, contudo, que o número final até seja superior. Tudo porque era uma prática comum do BES, desde pelo menos 2007, atribuir um prémio anual aos funcionários que se tivessem destacado. Tais prémios eram atribuídos na Suíça e no Luxemburgo através de contas bancárias abertas no Banque Privée Espírito Santo, com fundos transferidos de contas do ‘saco azul’ do GES. Muitas dessas contas foram abertas em nome de familiares dos responsáveis do BES premiados, o que configura, na ótica do MP, uma tentativa de dissimulação do destinatário final desses fundos.

Confrontado com o pagamento de tais valores de forma regular pelo MP, Ricardo Salgado classificou as mesmas como “remunerações complementares”, sendo que tais prémios só seriam atribuídos a funcionários que tivessem tido uma colaboração com empresas do GES com sede no estrangeiro.

O problema é que o MP entende que tem indícios de que tais valores estão relacionados com atividades em Portugal, o que poderá configurar a prática dos crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

** Notícia publicada no "OBSERVADOR" em 24/10/16, para que não esqueça estes novos heróis nacionais.

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