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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
04/10/2016
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ministra trama oficiais da Academia Militar.
Generais "simplex" à vista na GNR
Há 820 oficiais na GNR (80% do total) a sentir-se afrontados pela ministra da Administração Interna
Pode
um enfermeiro ser médico sem um curso de medicina? Claro que não. É
esta a analogia que fazem os oficiais da GNR, formados na Academia
Militar (AM) para serem uma elite de comandantes da maior força se
segurança do país, quando olham para a proposta do novo estatuto
preparado pela ministra da Administração Interna.
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Constança
Urbano de Sousa quer permitir que militares da GNR, com menos
habilitações e menos tempo de formação (ver caixa em baixo), possam
subir ao topo da hierarquia e que , mesmo sem o curso da Academia, sejam
promovidos a generais. Seria caso único na Europa. A Associação que
representa os oficiais da AM (ANOG) diz que esta ideia da ministra
"constitui uma afronta para a maioria dos oficiais da GNR, que veem as
suas expectativas comprometidas, e para a prestigiada Academia Militar".
Acusam a governante de querer criar "generais Simplex" e acreditam que,
a ser aprovada, esta medida causará "uma desunião e destabilização sem
precedentes, que podem ser fatais na GNR".
Confrontada
pelo DN com as preocupações destes oficiais, a ministra alega que a
proposta de estatuto "mantém a base não discriminatória do atual
estatuto, que também não faz qualquer distinção entre a origem dentro do
mesmo quadro, pelo que a expectativa mantém-se para todos".
Mas,
na verdade, a proposta de Constança Urbano de Sousa dissipa a dúvida
que o atual regulamento suscitava em relação aos requisitos necessários
para o "salto" dos coronéis, que não passaram pela Academia, para o
generalato. O estatuto em vigor desde 2007 diz que devem ter
"habilitações complementares idênticas às exigidas" aos oficiais das
Forças Armadas. Esta expressão criou expectativas a esses coronéis, ao
ponto de, pelo menos um deles, Albano Pereira, já na reserva, o ter
tentado. Mas sem sucesso.
Mas agora, a
ministra clarificou e insiste numa ambição que já foi de António Costa,
quando era ministro da Administração Interna e que foi vetado por Cavaco
Silva. No documento que enviou às associações da GNR admite como
qualificação para a promoção a brigadeiro-general (novo posto na
categoria dos oficiais generais) o "grau de mestre obtido em
estabelecimento do ensino superior, nas áreas de conhecimento com
interesse para a Guarda, definidas pelo comandante-geral", não exigindo
que tenham a licenciatura da Academia.
Para
a ministra "expectativas dos oficiais da AM mantém-se inalteráveis, não
havendo nesta proposta de estatuto nenhuma alteração em relação ao
atual". Não é esse o entendimento da ANOG. "Para nós é mais que claro
que a sra.Ministra pretende igualar o que não e igual e prejudicar os
oficiais da AM. Se os coronéis sem o curso da Academia forem promovidos,
ocupam os lugares de topo, impedindo irreversivelmente os nossos
oficiais, que tinham a expectativa de poder liderar a GNR, de lá chegar.
E isso é que é discriminar. É gravíssimo para a coesão da instituição",
diz Santos Alves, da direção da ANOG.
Quem
beneficiará deste novo modelo são 167 tenentes coronéis e coronéis que
fizeram um curso de formação mais curto e que já beneficiam, em relação
aos da AM, em termos de antiguidade e promoções por terem entrado mais
cedo nos quadros. Um número reduzido, cerca de uma dezena, fez cursos
superiores, entre os quais Direito, História e Sociologia. Estão à
dirigir os Comandos Distritais e alguns deles em postos de confiança
política do governo, como é o caso dos coronéis Óscar Rocha, assessor do
primeiro-ministro, Costa Pinto, oficial de ligação no MAI, e Paulo
Guerreiro, o chefe de gabinete da secretária-geral do Sistema de
Segurança Interna. Sendo que a GNR só tem 10 vagas para generais e a
serem preenchidas as da Academia ficam bloqueadas.
Como
tiveram uma formação mais prolongada, os militares da Academia ainda
estão agora no posto de tenente coronel, embora haja 10 que já podem ser
promovidos a coronel. No entanto, precisam ainda de quatro anos no
posto, para poderem frequentar o curso de oficial general. Se tudo
corresse como previram substituiriam os generais das Forças Armadas em
2020. Assim, assinala um deles, "é como uma morte súbita na carreira. 25
anos a cumprir tudo o que havia, passo a passo, para quando estamos
quase a chegar ao objetivo para que nos preparámos, alguém nos empurrar
para o lado e, fazendo batota, chegar à meta primeiro. Caso único nos
países civilizados e aliados de Portugal".
* Há que definir o que é um país civilizado, um país civilizado pode albergar políticos, banqueiros, altos funcionários vigaristas? A GNR foi sempre a galinha dos ovos de oiro dos militares da Academia e muito mais depois do 25 de Abril porque constava que cada comissão no ultramar equivalia a um andarzito na "Metrópole" e a guerra colonial acabou. Não sabemos o que é um general "simplex" mas dos "complex" não temos boas informações.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Patinagem Artística
José Cruz
sagra-se campeão mundial júnior
José Cruz conquistou esta terça-feira a medalha de ouro no Mundial de
Patinagem Artística, que se realiza em Novara, na competição de Solo
Dance Juniores.
O português recebeu a nota de 9,8, ficando à frente de
Nicola Marenda e Brayan Carreño terceiro.
No setor feminino, Mariana Souto ficou com a medalha de foi prata em Solo Dance Juniores Femininos.
* Notícia tão pequena para tanto valor.
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5-O ESTRUPO
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5-O ESTRUPO
DA EUROPA
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Passos diz que se mantém na liderança
do PSD para representar os eleitores
O líder
do PSD justificou, esta terça-feira, a permanência na liderança do
partido pela "obrigação moral" de representar os que votaram em si nas
legislativas de 2015, dizendo acreditar ter condições para voltar a ser
primeiro-ministro.
"Sinto que
tenho moralmente a obrigação de representar os que votaram em mim e não
se sentem representados neste Governo e até se sentem ameaçados por este
Governo", afirmou Passos Coelho, em entrevista à SIC, lembrando que nas
legislativas de há um ano se verificou uma circunstância inédita -- o
partido que venceu as eleições não estar a governar.
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Questionado
sobre se acredita ter condições de voltar a ser primeiro-ministro,
Passos Coelho respondeu afirmativamente: "Não só há condições, como acho
que é necessário para o país ter uma alternativa séria".
"Não
governei a olhar para as sondagens e não estou na oposição a olhar para
as sondagens, esse é o perfil do Governo, não é o meu perfil",
declarou, garantindo que sairá da liderança do PSD "no dia em que achar"
que está a mais.
Sobre as eleições
autárquicas do próximo ano, Passos Coelho reiterou que o PSD está dentro
dos prazos que aprovou para a apresentação de candidatos -- "até final
do ano para um primeiro lote de candidaturas e até março/abril para
fechar este processo" -- e desvalorizou não ter sido informado da
escolha de José Eduardo Martins, um crítico da sua liderança, para
coordenar o programa eleitoral autárquico para Lisboa.
"Não
tenho que ser consultado sobre essa matéria, Deus me livre de me estar a
pronunciar sobre matérias como essas pelo país inteiro", disse.
Em
matéria económica, o líder do PSD repetiu as críticas ao modelo do
atual Governo liderando por António Costa, apontando indicadores como os
do crescimento, investimento ou exportações.
"Para
mim é muito claro que o tempo que estamos a viver é um tempo que está a
ser desperdiçado", disse, considerando que o modelo económico do
executivo socialista "está a revelar o seu falhanço".
Dizendo
não querer "sequer acreditar" que a questão de um novo resgate se venha
a colocar, Passos Coelho considerou que só a possibilidade de esse tema
ser falado externamente "é um susto" e não deveria ser ignorada pelas
autoridades portuguesas.
Sem nunca
dizer se acredita ou não no cumprimento das metas do défice, Passos
Coelho apontou um desvio de 1.300 milhões de euros na receita até
agosto, "quase 0,7% do PIB" em relação ao previsto.
"O
Governo está a empurrar com a barriga a atividade normal do Estado, o
Estado pode decidir não gastar mas não pode decidir não gastar
eternamente", alertou.
Questionado
sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, que deverá ser entregue
no parlamento a 14 de outubro, o líder do PSD voltou a dizer que a
responsabilidade desse documento é do Governo e considerou que, se a
opção for a de elevar a carga fiscal indireta, será "um mau caminho",
salientando que este foi o caminho do anterior executivo socialista,
liderado por José Sócrates.
"Nessa altura estava o Governo exatamente como está hoje, a aumentar impostos aflito para cumprir as metas do défice", disse.
Questionado
sobre o que distingue a opção do atual Governo do executivo PSD/CDS,
que também aumentou impostos, Passos Coelho apontou a situação de
"emergência nacional".
"A grande
diferença é que nós na altura não tínhamos um tostão, agora parece que
temos, só ouço falar em aumentos, restituições, parece que nos saiu o
totoloto ou herdámos de um familiar abastado", criticou.
Apesar
das muitas críticas ao Governo apoiado no parlamento por BE, PCP e PEV,
o líder do PSD considerou normal o apoio que o Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa, tem dado ao executivo de António Costa.
"O
Presidente da República creio que tem atuado bem, tem procurado criar
um clima de cooperação e apoio ao Governo (...) Nesta altura é muito
importante que o Presidente possa dar sinais claros de apoio ao
Governo", defendeu.
* Senilidade precoce.
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RITA CRUZ
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IN "VISÃO"
02/10/16
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Cultura servida à mesa
KUALA LUMPUR, MALÁSIA - A comida está omnipresente em todas as ocasiões e é assunto de sério orgulho
“Comer é o desporto nacional!” ouço o embaixador sussurrar com
antecipado deleite ao ministro do seu país, em visita oficial à Malásia.
São dez da manhã e está a terminar a primeira de muitas reuniões que se
vão suceder nesse dia. Acompanha o Ministro uma comitiva de cerca de
dez senadores e empresários, o embaixador e eu, como intérprete. Assim
que as últimas palavras de despedida são emitidas e antes ainda que
alguém tenha tempo de se levantar das cadeiras, é rapidamente colocado à
frente dos digníssimos participantes, agora tornados honráveis
comensais, uma refeição de frango frito e noodles. Com o pequeno almoço
buffet do Hotel ainda em início de digestão, o ministro esboça um
sorriso e prepara-se para atenciosamente descartar o convite à
alimentação. “Nem pensar em não comer”, acrescenta o embaixador,
acostumado a este protocolo e a deliciar-se com a situação, “seria uma
tremenda desfeita”. E assim, perante os olhos atentos dos empresários e
funcionários governamentais que os receberam, a comitiva do país
resignou-se a petiscar sem grande entusiasmo e algum embaraço um segundo
pequeno almoço. A seguir, viria uma nova reunião, com mais momentos
gastronómicos. E assim por diante durante dois dias. Na Malásia, a
comida está omnipresente em todas as ocasiões e é assunto de sério
orgulho.
Não sei se é apenas a minha faceta beirã a dar de si,
mas esta história da devoção à comida não me é estranha. Obviamente, se
um prato nos é posto à frente, é necessário comer, e comer muito, e
repetir – caso contrário é uma desfeita, e uma desfeita séria, uma crise
diplomática de pequenas proporções. Não se sai de casa de ninguém sem
levar todos os cantos e recantos do estômago cheio. E não se trata de
uma devoção silenciosa. Comecei a reparar, graças ao estrangeiro que fui
buscar à Austrália para invadir a nossa família, que não só a comida é
um elemento fundamental dos nossos encontros, na forma como é
apresentada e muitas vezes atenciosamente impingida, mas também na forma
como permeia as nossas conversas. É como se houvesse uma agenda
pré-estabelecida em cada encontro: inicia-se a reunião com louvores à
comida apresentada, o que nos leva ao ponto seguinte, que é a lembrança
de um outro manjar – partilhado até à exaustão e muito provavelmente não
pela primeira vez; segue-se uma breve interrupção do tema para comentar
assuntos do dia a dia, e no ponto três da agenda retomamos o fio à
meada, quando o/a cozinheiro/a pergunta se estão todos satisfeitos, o
que dá inicio a novos louvores (quando assim é) e inicio do seguinte
ponto: mais uma incursão na memória gastronómica de um dos participantes
que pode ou não conduzir a uma outra; nova interrupção para falar da
vizinha, ou da prima, ou da tia, ou, se alguém arrisca, tocar nos temas
da política, religião ou futebol com a segurança de que, ferindo-se
alguma susceptibilidade, podemos regressar ao porto seguro das
divagações gastronómicas.
Graças a este paralelo, a esta
devoção comum, encontrei na comida, até ao momento, uma porta de entrada
na alma deste país, que me está vedada de tantas outras formas – pela
linguagem que não falo, a cultura que não conheço, a religião que não
partilho, os lugares que a minha pele branca não frequenta. Nas casas em
que cresci, quem não gosta de um bom garfo e um bom copo é encarado com
a silenciosa estranheza de um bicho absurdo e desconhecido, cujas
intenções se desconhecem; um bom comensal, por outro lado, é um
compincha e quanto mais come e mais bebe, mais parte da família é. Da
mesma forma, apreciar a comida, em Kuala Lumpur, permite-me despir-me um
pouco da minha roupagem física e cultural de estrangeira.
Sempre que faço viagens de Uber – infelizmente cada vez menos desde que
temos carro – pergunto sempre ao condutor onde me aconselha a comer. Os
malaios de etnia chinesa, particularmente, adoram a pergunta e adoram
recomendar sítios. Durante várias semanas depois de nós termos chegado, o
Roger manteve contacto com um desses condutores, que lhe enviava
fotografias e direções de locais sempre que acabava de comer uma boa
refeição. Era uma espécie de guia personalizado cujas recomendações
seguimos várias vezes.
Há imensos restaurantes em Kuala Lumpur,
e os preços são muito acessíveis na generalidade. Nas zonas mais
povoadas por expatriados, os restaurantes têm muito bom aspecto, a
decoração é cuidada e apetece entrar em quase todos. Lado a lado com
eles, sobrevivem as barracas de comida de rua, sempre cheias. As
recomendações, quando as recebo de locais, nunca recaem nesses
restaurantes, onde a refeição custará alguns 30€ para duas pessoas. São
as barracas de comida de rua que nos recomendam, onde uma refeição não
chega aos 10€ para duas pessoas, ou restaurantes de decoração simples,
que passam desapercebidos com a sua roupagem pobre, mas que, se olharmos
com atenção, estão sempre repletos de gente. Já ficámos insatisfeitos
em alguns restaurantes de roupagem rica, mas nunca ainda nos
restaurantes de rua. Curiosamente, raras vezes encontramos outros
expatriados nestes locais. O receios das intoxicações alimentares e da
falta de higiene não é ultrapassado pela óbvia constatação de que os
restaurantes não costumam encher-se de pessoas que adoram passar o dia a
vomitar e que, como tal, um grandioso restaurante vazio constitui um
risco maior à nossa flora intestinal do que um estabelecimentozeco de
esquina persistentemente cheio de gente.
A melhor experiência
que tivemos até agora foi graças à esposa de um colega do Roger, natural
da Malásia e de etnia chinesa. Levou-nos a um desses restaurantes de
rua, de cadeiras e mesas de plástico, onde se ouve o barulho dos
geradores e não existe uma única feição ocidental. Foi ela que, em
mandarim, negociou o pedido. Digo negociou porque parte dos pratos que
vieram nem sequer figuravam no menu. Ninguém percebeu o que foi pedido,
para lástima minha, porque percebi depois que não poderia reproduzir
aquela refeição sem a ajuda dela. O manjar foi indescritível, uma
absoluta surpresa de sabores que não cabe no meu vocabulário. Depois
dele, acabaram-se os restaurantes chineses em Portugal - tive finalmente
a confirmação de que são uma impostura equivalente à comida portuguesa
servida aos ingleses nas ruas de Albufeira.
Um dia hei-de dizer
algumas palavras em malaio e talvez em mandarim. Hei-de ter tempo de
ler mais sobre a história e a cultura deste país. Hei-de conhecer mais
sítios e encontrar uma forma de furar a bolha onde vivo e penetrar mais
na dinâmica local. Até lá, tenho os restaurantes de rua, onde a
miscelânea cultural que a Malásia é se transforma numa magnífica mistura
de cheiros e sabores.
* Rita mudou-se em Julho para a Malásia, deixando para trás a Austrália onde viveu dois anos. Já montou casa em várias partes do mundo. É fisioterapeuta, mas trabalhou durante vários anos no ramo dos Direitos Humanos e ajuda humanitária. Tem dois filhos pequenos, de 2 e 4 anos.
IN "VISÃO"
02/10/16
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Yahoo espiou centenas de milhões
de emails dos seus clientes
A pedido do FBI e da Agência de Segurança
Nacional (NSA) dos Estados Unidos, a Yahoo criou em 2015 um programa
secreto para espiar os emails dos seus clientes e passar informação
relevante a estes organismos.
A Yahoo
espiou centenas de emails dos seus clientes, refere a Reuters, citando
ex-trabalhadores da tecnológica e uma terceira pessoa ao corrente dos
factos.
Segundo as informações que vieram agora a lume, a Yahoo criou no ano passado, no âmbito de uma directiva governamental dos EUA, um programa secreto para procurar informação específica no correio electrónico dos seus clientes privados e enviá-la ao FBI e NSA.
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Vários especialistas em vigilância electrónica sublinham que esta não é a primeira vez que uma empresa de Internet acede a pedidos dos EUA para espiarem os seus clientes, aplicando filtros que procuram mensagens e palavras específicas nas caixas de entrada dos emails dos seus utilizadores, refere, por seu lado, o El País.
A Reuters não conseguiu ainda apurar que tipo de informação foi transmitida pela Yahoo às autoridades norte-americanas nem se o governo dos EUA solicitou serviços similares a outras empresas do sector. A Microsoft e a Google, por exemplo, quando questionadas sobre este assunto, escusaram-se a comentar.
Nos termos da nova legislação aprovada em 2008, os serviços de inteligência norte-americanos podem solicitar às empresas nacionais informação sobre os seus clientes. A justificação é que estes dados ajudam as autoridades a detectar e evitar redes terroristas que operam no país.
As revelações de Edward Snowden, que trabalhou na NSA e foi responsável pela fuga de muita informação relevante e confidencial, revelou pormenores sobre este tipo de programas nos últimos anos e obrigou o governo dos EUA a reduzir a sua vigilância electrónica de modo a obedecer aos direitos de privacidade dos cidadãos.
A Yahoo, liderada por Marissa Meyer (na foto), poderia ter recusado o pedido das autoridades, usando dois argumentos: a imensa quantidade de informação que era pedida e a necessidade de ter de criar um programa específico para filtrar as caixas de entrada dos emails dos seus clientes, salienta o El País.
Foi precisamente isso que fez a Apple, quando em inícios do ano recusou criar um programa especial para que o FBI acedesse ao iPhone encriptado do atirador responsável pelo massacre de San Bernardino em 2015.
* O verdadeiro "Big Brother" é a administração americana.
Segundo as informações que vieram agora a lume, a Yahoo criou no ano passado, no âmbito de uma directiva governamental dos EUA, um programa secreto para procurar informação específica no correio electrónico dos seus clientes privados e enviá-la ao FBI e NSA.
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Vários especialistas em vigilância electrónica sublinham que esta não é a primeira vez que uma empresa de Internet acede a pedidos dos EUA para espiarem os seus clientes, aplicando filtros que procuram mensagens e palavras específicas nas caixas de entrada dos emails dos seus utilizadores, refere, por seu lado, o El País.
A Reuters não conseguiu ainda apurar que tipo de informação foi transmitida pela Yahoo às autoridades norte-americanas nem se o governo dos EUA solicitou serviços similares a outras empresas do sector. A Microsoft e a Google, por exemplo, quando questionadas sobre este assunto, escusaram-se a comentar.
Nos termos da nova legislação aprovada em 2008, os serviços de inteligência norte-americanos podem solicitar às empresas nacionais informação sobre os seus clientes. A justificação é que estes dados ajudam as autoridades a detectar e evitar redes terroristas que operam no país.
As revelações de Edward Snowden, que trabalhou na NSA e foi responsável pela fuga de muita informação relevante e confidencial, revelou pormenores sobre este tipo de programas nos últimos anos e obrigou o governo dos EUA a reduzir a sua vigilância electrónica de modo a obedecer aos direitos de privacidade dos cidadãos.
A Yahoo, liderada por Marissa Meyer (na foto), poderia ter recusado o pedido das autoridades, usando dois argumentos: a imensa quantidade de informação que era pedida e a necessidade de ter de criar um programa específico para filtrar as caixas de entrada dos emails dos seus clientes, salienta o El País.
Foi precisamente isso que fez a Apple, quando em inícios do ano recusou criar um programa especial para que o FBI acedesse ao iPhone encriptado do atirador responsável pelo massacre de San Bernardino em 2015.
* O verdadeiro "Big Brother" é a administração americana.
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HOJE NO
"DESTAK"
Hipermercados devem 15 milhões
de euros de taxa de segurança alimentar
O ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Florestas, Capoulas Santos, disse hoje na Assembleia da República, que estão por cobrar às grandes superfícies cerca de 15 milhões de euros relativos à taxa de segurança alimentar.
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"Há cerca de 15 milhões por cobrar e mais 6,3 milhões de euros de uma faturação que ainda não está totalmente vencida" relativos a 2016, adiantou o ministro durante uma audição na comissão parlamentar de Agricultura.
Fonte do gabinete de Capoulas Santos esclareceu que este montante é relativo a 9, 7 milhões de euros de dívidas apuradas entre 2012 e 2015 (dos quais 9,2 milhões de euros pertencem à Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce), mais 6,3 milhões de euros relativos à primeira tranche de 2016.
* Mas porque não cobraram?? Algum favor??
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MAX PEZZALI
NESSUN RIMPIANTO
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No entanto, não fica claro o motivo pelo qual os signatários optam por um abaixo-assinado em vez de uma participação ao Ministério Público. Isto, porque por lei, o Ministério Público tem a obrigação de investigar sempre que tenha notícia de um ilícito criminal.
Recorde-se que uma investigação do jornal Público revelou no fim de semana que Cavaco pagou metade do IMI que era devido durante 15 anos. Tudo, porque o antigo Presidente não forneceu às Finanças dados corretos relativos à moradia que detém na Praia da Coelha, no Algarve.
Cavaco terá entre às Finanças uma declaração, mas, como escreve o Público, "essa declaração descreve uma propriedade composta por uma moradia com uma área coberta de 252 m2 e uma área descoberta de 1634 m2" que nunca existiu. A casa que foi construída era diferente da que estava no projeto e, caso as regras de IMI em vigor se lhe tivessem aplicado, Cavaco Silva teria pago o dobro do imposto que pagou durante 15 anos.
Até agora, Cavaco tem recusado comentar o caso.
* Quem o elegeu duas vezes para PR? Neste momento parece que ninguém.
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HOJE NO
"i"
Grupo de Cidadãos pede
. "responsabilização criminal" de Cavaco
Um grupo de cidadãos criou uma petição online
para exigir ao Ministério Público que abra um inquérito a Cavaco Silva
na sequência da notícia do Público que dava conta de que o antigo
Presidente da República teria fornecido dados errados ao Fisco que
fizeram com que pagasse menos IMI do que era devido.
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"O cidadão Anibal Cavaco Silva deu dados
falsos às Finanças, o que lhe permitiu pagar menos impostos que os
devidos durante 15 anos. O cidadão prevaricou. O cidadão cometeu um
crime, ao prestar informações falsas visando ganho financeiro. O cidadão
deve ser tratado como qualquer outro nas mesmas circunstâncias, se a
igualdade realmente existe, e se as leis são mesmo para cumprir da mesma
forma e por todos", escrevem os signatários lembrando o princípio de
igualdade previsto na Constituição e o dever de investigar do Ministério
Público.
No entanto, não fica claro o motivo pelo qual os signatários optam por um abaixo-assinado em vez de uma participação ao Ministério Público. Isto, porque por lei, o Ministério Público tem a obrigação de investigar sempre que tenha notícia de um ilícito criminal.
Recorde-se que uma investigação do jornal Público revelou no fim de semana que Cavaco pagou metade do IMI que era devido durante 15 anos. Tudo, porque o antigo Presidente não forneceu às Finanças dados corretos relativos à moradia que detém na Praia da Coelha, no Algarve.
Cavaco terá entre às Finanças uma declaração, mas, como escreve o Público, "essa declaração descreve uma propriedade composta por uma moradia com uma área coberta de 252 m2 e uma área descoberta de 1634 m2" que nunca existiu. A casa que foi construída era diferente da que estava no projeto e, caso as regras de IMI em vigor se lhe tivessem aplicado, Cavaco Silva teria pago o dobro do imposto que pagou durante 15 anos.
Até agora, Cavaco tem recusado comentar o caso.
* Quem o elegeu duas vezes para PR? Neste momento parece que ninguém.
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HOJE NO
"A BOLA"
Conselho de Arbitragem
reitera obrigatoriedade de árbitros
. reportarem pressões
O Conselho de Arbitragem (CA) de Federação
Portuguesa de Futebol (FPF) reiterou, esta terça-feira, a
obrigatoriedade de os árbitros reportarem quaisquer pressões que sejam
alvo, numa mensagem enviada a todos os agentes do setor.
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Após a
reunião semanal e um dia depois de uma denúncia do Sporting, o órgão
presidido por José Fontelas Gomes solicitou a árbitros, árbitros
assistentes, observadores e demais agentes de arbitragem que denunciem
quaisquer situações que possam danificar a boa imagem do setor ou
limitem a sua liberdade de ação.
Na segunda-feira, o Sporting, na página do seu departamento de comunicação no Facebook, deu conta de algumas «pressões» feitas a agentes da arbitragem.
«Temos recebido relatos de que elementos ligados à arbitragem começam a ser `ameaçados´ de poder perder os seus trabalhos fora do futebol se `as coisas não voltarem ao que eram´. Estas `pressões´ estarão a ser feitas pelos próprios patrões e/ou superiores hierárquicos. A estar a suceder é absolutamente execrável e nós estaremos atentos, denunciando toda e qualquer situação. Não vão conseguir parar a mudança fundamental no futebol!», lê-se na mensagem `leonina´.
Na segunda-feira, o Sporting, na página do seu departamento de comunicação no Facebook, deu conta de algumas «pressões» feitas a agentes da arbitragem.
«Temos recebido relatos de que elementos ligados à arbitragem começam a ser `ameaçados´ de poder perder os seus trabalhos fora do futebol se `as coisas não voltarem ao que eram´. Estas `pressões´ estarão a ser feitas pelos próprios patrões e/ou superiores hierárquicos. A estar a suceder é absolutamente execrável e nós estaremos atentos, denunciando toda e qualquer situação. Não vão conseguir parar a mudança fundamental no futebol!», lê-se na mensagem `leonina´.
* O poderoso patronato é capaz de tudo.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Descobertos em cave nos EUA vinhos portugueses com mais de 200 anos
Mais de 130 garrafas raras de vinho português, sobretudo Vinho
Madeira, foram encontrados numa casa histórica em Elizabeth, nordeste
dos Estados Unidos, e estarão expostos a partir de quinta-feira no Museu
Liberty Hall da mesma cidade.
"Apesar de a minha pesquisa não ser a de um especialista, não
consegui encontrar nenhuma coleção de Vinho Madeira no país que se
equipare a esta. É uma das mais antigas coleções nos EUA", disse à Lusa o
diretor do museu, Bill Schroh.
Os vinhos foram descobertos no edifício do museu, um edifício histórico construído em 1772 pelo primeiro governador de Nova Jérsia, William Livingston.
Por esta mansão, passaram vários presidentes, como George Washington, Herbert Hoover ou Gerald Ford, e foi também aqui que viveu Alexander Hamilton, o primeiro secretário de Tesouro dos EUA, enquanto estudava.
As garrafas de Madeira e Porto foram encontradas em 1995, na adega situada na cave ou numa arrecadação do terceiro andar, mas só passados 20 anos é que começou o difícil trabalho de identificação.
"Muitas das garrafas estavam em más condições, algumas sem rótulo, tornando muito difícil ou quase impossível datá-las. As mais antigas que podemos verificar são Lennox Madeira, importadas pelo comerciante e advogado Robert Lenox em 1796 e engarrafadas em 1798", diz o diretor do museu.
Muito do espólio, no entanto, ainda precisa ser estudado.
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"Há garrafas que indicam ser portuguesas, mas é preciso mais trabalho para as autenticar. Há, por exemplo, caixas com a marca 'Ministro Português', do início do século XIX, e outras que dizem 'Don Pedro - 1836'", explica Bill Schroh.
O Vinho Madeira era muito popular nos EUA no século XVIII, tendo sido, em 1776, a escolha dos "Founding Fathers" (pais fundadores) para brindar depois de assinarem a Declaração da Independência.
Em 1789, o primeiro Presidente norte-americano, George Washington, também o bebeu na sua tomada de posse.
"Com o desenvolvimento dos vinhos californianos no século XX, o Madeira teve uma queda na popularidade, mas está agora a ter um pequeno regresso devido à sua relevância na génese da nossa nação", explica o diretor do museu.
Junto com a coleção de vinhos nacionais, o museu inaugura na quinta-feira a renovação da sua adega (que reúne cerca de 600 garrafas, incluindo rum, whisky, gin e diferentes licores) numa cerimónia em que participa o cônsul português em Newark, Pedro Soares de Oliveira.
* Um achado fantástico, muito gostaríamos de ver esta colecção, os gringos que a estimem e preservem.
Os vinhos foram descobertos no edifício do museu, um edifício histórico construído em 1772 pelo primeiro governador de Nova Jérsia, William Livingston.
Por esta mansão, passaram vários presidentes, como George Washington, Herbert Hoover ou Gerald Ford, e foi também aqui que viveu Alexander Hamilton, o primeiro secretário de Tesouro dos EUA, enquanto estudava.
As garrafas de Madeira e Porto foram encontradas em 1995, na adega situada na cave ou numa arrecadação do terceiro andar, mas só passados 20 anos é que começou o difícil trabalho de identificação.
"Muitas das garrafas estavam em más condições, algumas sem rótulo, tornando muito difícil ou quase impossível datá-las. As mais antigas que podemos verificar são Lennox Madeira, importadas pelo comerciante e advogado Robert Lenox em 1796 e engarrafadas em 1798", diz o diretor do museu.
Muito do espólio, no entanto, ainda precisa ser estudado.
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"Há garrafas que indicam ser portuguesas, mas é preciso mais trabalho para as autenticar. Há, por exemplo, caixas com a marca 'Ministro Português', do início do século XIX, e outras que dizem 'Don Pedro - 1836'", explica Bill Schroh.
O Vinho Madeira era muito popular nos EUA no século XVIII, tendo sido, em 1776, a escolha dos "Founding Fathers" (pais fundadores) para brindar depois de assinarem a Declaração da Independência.
Em 1789, o primeiro Presidente norte-americano, George Washington, também o bebeu na sua tomada de posse.
"Com o desenvolvimento dos vinhos californianos no século XX, o Madeira teve uma queda na popularidade, mas está agora a ter um pequeno regresso devido à sua relevância na génese da nossa nação", explica o diretor do museu.
Junto com a coleção de vinhos nacionais, o museu inaugura na quinta-feira a renovação da sua adega (que reúne cerca de 600 garrafas, incluindo rum, whisky, gin e diferentes licores) numa cerimónia em que participa o cônsul português em Newark, Pedro Soares de Oliveira.
* Um achado fantástico, muito gostaríamos de ver esta colecção, os gringos que a estimem e preservem.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
OCDE:
Inflação sobe para 0,9% em agosto
devido à evolução dos preços da energia
No acumulado do ano até Agosto, os preços de energia caíram a um ritmo mais lento (-6,7%) do que na queda homóloga de Julho de 2016 (-7,8%), enquanto os preços dos alimentos caíram -0,2% em Agosto, em comparação com um aumento de 0,1% em Julho. Excluindo produtos alimentares e energéticos, a inflação anual ficou estável em 1,8% em Agosto de 2016, diz o relatório.
A inflação homóloga média na Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico (OCDE) subiu uma décima em Agosto, para os
0,9% (em Julho tinha sido de 0,8%) devido a uma descida menos
pronunciada dos preços da energia e à descida dos preços dos alimentos
nos países membros da organização.
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No acumulado do ano até Agosto, os preços de energia caíram a um
ritmo mais lento (-6,7%) do que na queda homóloga de Julho de 2016
(-7,8%), enquanto os preços dos alimentos caíram -0,2% em Agosto, em
comparação com um aumento de 0,1% em Julho. Excluindo produtos
alimentares e energéticos, a inflação anual ficou estável em 1,8% em
Agosto de 2016, diz o relatório.
A zona euro manteve-se sem alterações nos 0,2%, com taxas positivas
na Alemanha (0,4%) e França (0,2 %) e negativas em Itália (-0,1%) e
Espanha (-0,3 %).
A inflação anual da área do euro medida pelo índice harmonizado de
preços ao consumidor manteve-se estável em 0,2% em Agosto de 2016. Mas
excluindo alimentos e produtos energéticos, a inflação anual da área do
euro diminuiu ligeiramente para 0,8%. No entanto, a estimativa
provisória do Eurostat para Setembro deste ano aponta para um pico da
inflação global anual nos 0,4% na zona euro.
A inflação anual na área do G20 diminuiu ligeiramente para 2,1% em
Agosto, o que compara com 2,2% em Julho. A inflação anual caiu na
maioria das economias emergentes do G20.
Em Portugal, a inflação homóloga de Agosto situou-se nos 0,8%.
* A inflação não é nenhum papão, grave é o boicote concertado dos "investidores" portugueses.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
PGR abre inquérito a alegada fraude
nos estágios do IEFP
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou esta terça-feira a abertura de um inquérito para apurar uma alegada fraude nos estágios profissionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional.
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Segundo avançou fonte da PGR à Lusa, o Ministério Público (MP) abriu uma investigação para apurar ilícitos criminais cometidos por empresas no âmbito das fraudes com estágios profissionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). De acordo com a imprensa desta manhã, há cerca de um mês, o Ministério Público dizia estar a "recolher elementos, tendo em vista apurar se há, ou não, procedimentos a desencadear no âmbito das respetivas competências", o que agora se confirma.
Os elementos que chegaram ao Ministério Público partiram do IEFP -- que assumiu, na altura, ter entregado às autoridades três denúncias -- bem como da CGTP, que denunciou publicamente um caso de fraude em Évora. Também o Conselho Nacional da Juventude revelou ter denunciado nove casos junto do MP. A 28 de agosto, o IEFP afirmou que iria promover uma "auditoria interna" aos procedimentos dos serviços, na sequência das alegadas fraudes nos estágios profissionais financiados pelo instituto.
Em causa estava uma denúncia de que haveria empresas que abrem estágios financiados pelo IEFP mas, posteriormente, obrigam os estagiários a devolverem parte do dinheiro ou a pagarem os encargos da empresa junto da Segurança Social. O presidente do IEFP, António Valadas Silva, referiu, na altura, que até então, o instituto tinha recebido "três queixas concretas", as quais encaminhou para o Ministério Público.
* Em que estado está a trafulhice no Estado???
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Cartas anónimas, denúncias
e uma acusação de difamação:
a luta pelo poder na CCDR Centro
Ana Abrunhosa, presidente da CCDR Centro, terá enviado cartas anónimas a caluniar o antecessor. O objetivo? Afastar o adversário e ocupar o cargo dele. O MP acaba de a acusar de difamação.
Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação
e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, foi constituída arguida
pelo Ministério Público por suspeitas dos crimes de difamação agravada e denúncia caluniosa contra o antecessor e ex-deputado social-democrata Pedro Saraiva.
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Em
causa, estão as cartas anónimas alegadamente enviadas por Ana
Abrunhosa, com ajuda do ex-marido Luís Filipe Borrego, a vários
titulares de altos cargos de responsabilidade, entre os quais o então
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o ministro das Finanças, Vítor
Gaspar, o procurador-geral da República e o diretor da Polícia
Judiciária, onde lançava intencionalmente acusações falsas sobre Pedro Saraiva. O objetivo? Afastar do cargo o presidente da CCDR do Centro e avançar para um “lugar que há muito ambicionava”.
A acusação, a que o Observador teve acesso, consta num
despacho do Ministério Público, através do Departamento de Investigação e
Ação Penal (DIAP) de Coimbra. De acordo com a investigação, Ana
Abrunhosa e Luís Filipe Borrego terão enviado cartas anónimas a partir de contas de correio eletrónico falsas
e criadas para o efeito onde imputavam a Pedro Saraiva “factos graves
que bem sabia não serem verdadeiros” com objetivo de “ofender a honra e a
consideração pessoal e profissional” do social-democrata.
Na missiva, os dois denunciavam, entre outras coisas, “o facto de (…) Pedro Saraiva ser dono de empresas de consultoria e de outras empresas
e, simultaneamente, gestor do Quadro de Referência Estratégico Nacional
(QREN)”. Algo que nunca veio a ser confirmado, apesar das investigações
que foram feitas nesse sentido.
Tudo começou em 2013,
precisamente um ano antes de Pedro Saraiva terminar o mandato na CCDR
Centro. Ana Abrunhosa, que fora vice-presidente da CCDRC de 2008 e 2010,
exercia funções de vogal executiva da comissão diretiva do Mais Centro –
Programa Operacional Regional do Centro. Com a ajuda do ex-marido, e “fazendo-se passar por um grupo de empresas de consultoria e de cidadãos da região“,
os dois denunciavam alegados conflitos de interesses do ex-deputado
social-democrata com empresas daquela região para o afastar do cargo.
[A chegada de Pedro Saraiva] foi para muitos de nós, empresários, o receio de que muitos negócios que tínhamos em carteira iriam por água abaixo. Esses receios têm-se vindo a transformar em certezas, pois tem-nos acontecido já termos praticamente negócio fechado com empresas, municípios, associações de municípios e de um momento para o outro [estas entidades] desfazem acordos que tinham connosco, para fazerem contratos com as empresas de Pedro Saraiva“, denunciavam então Ana Abrunhosa e Luís Filipe Borrego, sob anonimato.
Os
factos imputados a Pedro Saraiva foram investigados pelas autoridades
autoridades e rapidamente descartados. O ex-deputado social-democrata
acabaria por não se recandidatar e Ana Abrunhosa seria nomeada para o
cargo que desejava. O que Ana Abrunhosa e Luís Filipe Borrego não
esperavam é que a Polícia Judiciária, através do cruzamento dos
endereços de protocolo de internet (IP) chegasse aos verdadeiros autores
das cartas. Isto mesmo depois de os arguidos terem tentado ocultar o rasto. É isso que sugere a acusação.
A
primeira carta, enviada a 5 de fevereiro de 2013, foi redigida a partir
de um computador associado à etiqueta “Presidente DEM” e tinha um software conhecido como “GNU Ghostscript 7.05”. Para criar o álibi perfeito, os dois decidiram criar a conta eletrónica “antandrade1960@gmail.com”.
Foi a partir desse email, que Ana Abrunhosa e o ex-marido terão enviado a carta anónima em formato PDF para diversos funcionários da CCDR Centro, incluindo para a própria Ana Abrunhosa. Tudo “de forma a dissimular a sua responsabilidade”, concluiu o Ministério Público.
Ora, os investigadores seguiram o rasto aos emails e descobriram que o documento tinha sido enviado a partir do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) do ISEC, onde o ex-marido de Ana Abrunhosa foi presidente. Mais: o software
em questão encontra-se instalado nos computadores afetos ao presidente
do instituto. Estas duas pistas permitiram às autoridades descobrir,
posteriormente, a origem das missivas.
A denúncia acabaria por ter
repercussão mediática e dar origem a um processo de averiguações na
Secretaria de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional. Pedro
Saraiva chegou mesmo a ser ouvido pela tutela, que deliberou a “total falsidade [daquelas] afirmações“.
Não
satisfeitos, de acordo com a investigação, Ana Abrunhosa e o ex-marido
terão posto a circular outra missiva com informações falsas sobre Pedro
Saraiva, desta vez a partir do endereço de correio eletrónico
pedro.saraiva111@gmail.com”. A segunda carta foi enviada a 3 de
fevereiro de 2014, “altura em que estava a decorrer o concurso aberto pela CRESAP para presidente de CCDRC”, segundo conseguiu apurar o Ministério Público. Pedro Saraiva era o “grande adversário da arguida” e era preciso afastá-lo a qualquer custo. É esta a versão que corre no despacho do Ministério Público.
A investigação posterior concluiu que os arguidos acederam a este segundo email a partir da “casa de morada de família” dos dois. Para a investigação, já não restavam grandes dúvidas sobre a origem das acusações.
Em
2014, o Governo de Pedro Passos Coelho nomeou Ana Abrunhosa para a
presidência da CCDRC por um período de cinco anos. Luís Filipe Borrego, é
professor e integra o conselho técnico-científico do Instituto Superior
de Engenharia de Coimbra (ISEC). Os arguidos são agora acusados de dois crimes de difamação agravada e um crime de denúncia caluniosa.
*Ontem uma notícia do jornal "i" abordava o tema da "delação premiada" que muitos dos que trabalham na jurisprudência portuguesa advogam, manifestámo-nos fortemente contra. Hoje nem de propósito, o "OBSERVADOR" edita esta notícia de "delação/calúnia" absolutamente premiada pelo governo de Passos Coelho/Paulo Portas, está tudo dito.
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