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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
09/10/2016
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FONTE: NOEL SF
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I-PEDRAS QUE FALAM
2-TERRAS COM NOME
A
RTP Madeira produziu um excelente documentário, numa série de 12 programas, sobra
a temática dos recursos naturais com incidência nos recursos
geológicos, a que denominou "Pedras que falam", de autoria do Engº
Geólogo João Baptista Pereira Silva.
FONTE: NOEL SF
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Franz Freudenthal
Uma nova forma
de curar corações
sem cirurgia
No cruzamento entre invenção médica e cultura indígena, o pediatra e cardiologista Franz Freudenthal corrige buracos nos corações de crianças ao redor do mundo usando um dispositivo nascido nos tradicionais teares bolivianos.
"Os problemas mais complexos da atualidade", diz ele, "podem ser resolvidos com técnicas muito simples, se formos capazes de sonhar"..
"Os problemas mais complexos da atualidade", diz ele, "podem ser resolvidos com técnicas muito simples, se formos capazes de sonhar"..
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ANTÓNIO FREITAS DE SOUSA
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IN "OJE/JORNAL ECONÓMICO"
08/10/16
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Guterres é bom para a Europa?
As tentativas, patrocinadas pela Comissão Europeia, de estancar a vinda de refugiados para a Europa nada têm a ver com humanismo mas apenas com cinismo.
Um dos primeiros dossiers que o novo secretário-geral da ONU, António Guterres – que por acaso do destino é português –, tem pela frente, é o dos refugiados das pantominas que a comunidade internacional anda a fazer no sítio do costume há pelo menos 150 anos: o Médio Oriente. Desgraçadamente para ele, a tendência que prevalece na Europa é a de aceitar refugiados. Mas atenção, só bons refugiados.
Enquadram-se neste grupo os refugiados que já não conseguem viver em cenários de guerra, mas que sejam originalmente uns democratas; e que, já agora, entendam como função sua suar as camisas para ganharem o pão que a Europa lhes vai dar, de preferência trabalhando nos lugares onde os europeus já não têm pachorra para trabalhar. Se forem médicos, melhor ainda: uma mulher-a-dias síria licenciada em medicina pode sempre dar uma ajuda com os miúdos lá em casa e um lixeiro afegão que seja, por exemplo, engenheiro mecânico, há-de ter facilidade em conduzir um camião de resíduos urbanos, mudar-lhe o óleo a cada 15 mil quilómetros e substituir as lâmpadas dos piscas quando isso for necessário.
O que deles se espera é que não teimem em manter os hábitos perniciosos que trazem lá da terra deles, coisas horríveis que a Europa nunca viu, como usar a cabeça coberta (era uma prática comum na Europa até há 50 anos atrás, mas isso agora não interessa nada), a mutilação genital (aconselhada por centenas de médicos europeus até aos primeiros anos do século XX para tratar aquilo a que chamavam os excessos sensuais de algumas mulheres, mas isso agora não interessa nada) e todo um vasto conjunto de práticas mais ou menos conhecidas.
A chatice é que António Guterres – que, tendo sido Alto-Comissário da ONU para os Refugiados – sabe do assunto muito mais do que se imagina. Além disso, já deu mostras de não apreciar por aí além essa preferência europeia pelos refugiados de primeira qualidade e, muito menos, a triste decisão de uma série de Estados europeus de se munirem de muros, arame farpado e metralhadoras para se defenderem das famílias mutiladas, exangues e ofendidas que todos os dias esbarram, boquiabertas, no cimento ainda por secar.
Muito provavelmente, uma das primeiras coisas que António Guterres fará – mesmo que não seja publicamente – é explicar a esses países que as coisas não podem passar-se deste modo e que, ao contrário do que vai prevalecendo como teoria geral cada vez mais enraizada, não há hordas de perigosos terroristas a fazerem de conta que são refugiados. Guterres terá de explicar que as tentativas, patrocinadas pela Comissão Europeia, de estancar a vinda de refugiados para a Europa, mas não de estancar a produção de refugiados, nada têm a ver com humanismo mas apenas com cinismo, e que pagar à Turquia para gerir esse fluxo é o cúmulo impensável desse cinismo. Guterres terá de explicar – mesmo não sendo publicamente – que a imagem de uma criança de cinco anos afogada na rebentação mansa de uma praia europeia não deve gerar lágrimas, mas antes uma fúria imensa e, se possível, violenta contra a porcaria dos muros que estão a ser construídos na periferia do continente.
Neste quadro, o primeiro dossier que o novo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres – que por acaso do destino é português –, tem pela frente, obrigá-lo-á a praticar um sério e, se possível, violento puxão de orelhas aos europeus que continuam a achar que o resto do mundo é uma espécie de jardim zoológico cheio de bizarrias, sem se aperceberem que o resto do mundo está farto de um continente que não produz nada, não manda nada, não influencia nada, mas continua a pavonear-se na cena internacional como se, por cá, fôssemos todos, no mínimo, barões.
As tentativas, patrocinadas pela Comissão Europeia, de estancar a vinda de refugiados para a Europa nada têm a ver com humanismo mas apenas com cinismo.
Um dos primeiros dossiers que o novo secretário-geral da ONU, António Guterres – que por acaso do destino é português –, tem pela frente, é o dos refugiados das pantominas que a comunidade internacional anda a fazer no sítio do costume há pelo menos 150 anos: o Médio Oriente. Desgraçadamente para ele, a tendência que prevalece na Europa é a de aceitar refugiados. Mas atenção, só bons refugiados.
Enquadram-se neste grupo os refugiados que já não conseguem viver em cenários de guerra, mas que sejam originalmente uns democratas; e que, já agora, entendam como função sua suar as camisas para ganharem o pão que a Europa lhes vai dar, de preferência trabalhando nos lugares onde os europeus já não têm pachorra para trabalhar. Se forem médicos, melhor ainda: uma mulher-a-dias síria licenciada em medicina pode sempre dar uma ajuda com os miúdos lá em casa e um lixeiro afegão que seja, por exemplo, engenheiro mecânico, há-de ter facilidade em conduzir um camião de resíduos urbanos, mudar-lhe o óleo a cada 15 mil quilómetros e substituir as lâmpadas dos piscas quando isso for necessário.
O que deles se espera é que não teimem em manter os hábitos perniciosos que trazem lá da terra deles, coisas horríveis que a Europa nunca viu, como usar a cabeça coberta (era uma prática comum na Europa até há 50 anos atrás, mas isso agora não interessa nada), a mutilação genital (aconselhada por centenas de médicos europeus até aos primeiros anos do século XX para tratar aquilo a que chamavam os excessos sensuais de algumas mulheres, mas isso agora não interessa nada) e todo um vasto conjunto de práticas mais ou menos conhecidas.
A chatice é que António Guterres – que, tendo sido Alto-Comissário da ONU para os Refugiados – sabe do assunto muito mais do que se imagina. Além disso, já deu mostras de não apreciar por aí além essa preferência europeia pelos refugiados de primeira qualidade e, muito menos, a triste decisão de uma série de Estados europeus de se munirem de muros, arame farpado e metralhadoras para se defenderem das famílias mutiladas, exangues e ofendidas que todos os dias esbarram, boquiabertas, no cimento ainda por secar.
Muito provavelmente, uma das primeiras coisas que António Guterres fará – mesmo que não seja publicamente – é explicar a esses países que as coisas não podem passar-se deste modo e que, ao contrário do que vai prevalecendo como teoria geral cada vez mais enraizada, não há hordas de perigosos terroristas a fazerem de conta que são refugiados. Guterres terá de explicar que as tentativas, patrocinadas pela Comissão Europeia, de estancar a vinda de refugiados para a Europa, mas não de estancar a produção de refugiados, nada têm a ver com humanismo mas apenas com cinismo, e que pagar à Turquia para gerir esse fluxo é o cúmulo impensável desse cinismo. Guterres terá de explicar – mesmo não sendo publicamente – que a imagem de uma criança de cinco anos afogada na rebentação mansa de uma praia europeia não deve gerar lágrimas, mas antes uma fúria imensa e, se possível, violenta contra a porcaria dos muros que estão a ser construídos na periferia do continente.
Neste quadro, o primeiro dossier que o novo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres – que por acaso do destino é português –, tem pela frente, obrigá-lo-á a praticar um sério e, se possível, violento puxão de orelhas aos europeus que continuam a achar que o resto do mundo é uma espécie de jardim zoológico cheio de bizarrias, sem se aperceberem que o resto do mundo está farto de um continente que não produz nada, não manda nada, não influencia nada, mas continua a pavonear-se na cena internacional como se, por cá, fôssemos todos, no mínimo, barões.
IN "OJE/JORNAL ECONÓMICO"
08/10/16
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Tarzan era um cavalo sujeito a maus tratos até que mudou de dono. O vídeo evidencia o trabalho e o afecto de que o animal foi alvo para recuperar do medo e da angústia.
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4-TARZAN
Um cavalo maltratado
ÚLTIMO EPISÓDIO
Tarzan era um cavalo sujeito a maus tratos até que mudou de dono. O vídeo evidencia o trabalho e o afecto de que o animal foi alvo para recuperar do medo e da angústia.
O objectivo do treino é que ao voltar para casa o dono possa continuar a treiná-lo (ensiná-lo a ficar calmo em situações de stress, como saltar um obstáculo, ajudá-lo a aceitar a sela) para que um dia o possa montar.
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XI-VISITA GUIADA
IDANHA-A-VELHA/2
BEIRA BAIXA
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
Mais uma notável produção da RTP
*
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Isabel dos Santos adiciona
o futebol ao seu império
A empresária angolana Isabel dos Santos assumiu a presidência do clube Petro de Luanda, um dos mais representativos do país.
Isabel dos Santos soma agora ao seu império na área da banca, da
energia e das telecomunicações uma mais popular: o futebol. A empresária
angolana, presidente da Sonangol, a petrolífera estatal, assumiu o
cargo de presidente da assembleia-geral do Petro de Luanda, um dos mais
carismáticos clubes do país, com cerca de 9000 sócios.
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Patrocinado
pela Sonangol, este clube fundado em 1980 tem vários títulos
conquistados em várias modalidades, do andebol ao basquetebol, passando
pelo futebol, o voleibol ou o hóquei em patins. Isabel dos Santos
liderou a lista única àquele órgão, do qual fazia também parte Tomás
Faria, que foi reeleito presidente da direção do clube. A sua meta
(ambiciosa) é chegar aos 100.000 sócios.
A filha primogénita de
Eduardo dos Santos, de 43 anos, considerada a mulher mais rica de
África, é uma eterna candidata à sucessão do pai na liderança de Angola.
* A troglodita angolana já adicionou o futebol à vampírica actividade há já alguns anos, não percebemos porque não se revela que a dita é dona do F. C. AROUCA.
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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
Banca entra na guerra do crédito à habitação com spreads mais baixos
Redução das margens de lucro nos créditos à
habitação faz parte da estratégia dos bancos para contrariar queda de
receitas
Os bancos voltaram a abrir as portas de casa aos portugueses. Os números
ainda estão longe dos valores de antes do furacão da crise ter varrido o
mercado imobiliário, mas hoje já é possível ir a um banco pedir um
crédito à habitação e sair de lá com um spread inferior a 2%.
E nem é preciso optar por um dos grandes.
A última instituição
financeira a cortar a margem de lucro foi o Banco BIC, que reduziu o
spread mínimo de 2,10% para 1,65%. Os bancos reconhecem que o mercado
voltou a mexer, e não querem ficar para trás na corrida da concorrência.
Com os níveis historicamente baixos das taxas de juro, é preciso atrair
novos clientes para gerar receitas.
Contactado pelo Dinheiro Vivo, o BIC
reconhece que “as restrições financeiras, nomeadamente a menor
disponibilidade da banca para o crédito hipotecário, condicionaram o
acesso à aquisição de habitação própria, mas ultimamente o mercado tem
vindo a revelar-se mais dinâmico”. A instituição confirma que estudou
“os dados mais recentes do comportamento dos clientes e da concorrência”
para chegar “a um dos spreads mais baixos do mercado”.
Antes do BIC, já o Bankinter tinha percebido que não é preciso estar em
primeiro lugar no campeonato para querer levar a taça. O banco, que
comprou no início do ano o negócio comercial do Barclays em Portugal,
detém a margem mínima de financiamento mais baixa do mercado, com 1,25%.
“O Bankinter anunciou logo no início da sua operação em Portugal que
pretendia ser um parceiro da economia nacional e apoiar as empresas e as
famílias portuguesas. A descida do spread no crédito habitação é uma
demonstração clara desse apoio. 1,25% é o spread mais competitivo do
mercado”, sublinham os responsáveis da instituição.
Entre os líderes do mercado nacional, a competição está ao rubro. Em
agosto o Montepio anunciou um corte da margem de lucro, então superior a
2%, para 1,55%, que concorre quase diretamente com o spread de 1,5%
praticado pelo Santander Totta desde junho. A Caixa Geral de Depósitos e
o BCP também lutam pelo pódio, com um mínimos de 1,75%.
As campanhas surgem umas atrás das outras, mas devemos mesmo agarrá-las?
Sim, mas com cautela, aconselham os especialistas. Por um lado, é
preciso ter em atenção que um spread mínimo nunca virá sem
contrapartidas, como a subscrição de cartões de débito e de crédito do
banco, seguros de vida ou domiciliações de pagamentos, segundo as
simulações feitas pelo Dinheiro Vivo.
E há outros riscos a ter em conta. “Os juros associados ao crédito à
habitação estão a atingir mínimos históricos, logo o custo de recorrer a
financiamento bancário para compra de habitação é mais baixo. Mas não
podemos esquecer que um contrato de crédito à habitação dura normalmente
20 a 30 anos e neste período as taxas de juro podem sofrer alterações
muito significativas. Basta recordar que em 2008 a média da Euribor a 6
meses era superior a 5%, avisa Nuno Rico, economista da Deco.
Com a Euribor a registar níveis negativos em todos os prazos utilizados
no crédito à habitação, aconselha ainda os futuros proprietários a optar
por uma taxa de juro variável nos novos contratos. “A atual oferta de
taxa fixa não é competitiva comparando com as opções de taxa variável , é
mais cara. Apenas poderia ser interessante para prazos mais longos ou
pela totalidade do financiamento, mas as propostas oferecidas pelos
bancos, nestes casos, além de escassas, são muito mais caras”.
Para o economista da Deco, é pouco provável que, apesar da nova guerra
comercial, os spreads venham a baixar para os níveis de antes da crise,
quando a média não ultrapassava os 0,5%. Nas condições atuais, uma
margem de 2% já um um sinal de boas vindas.
* Apesar de sabermos da importância de banca nacional forte, continuamos a sentir um enorme asco pelos banqueiros portugueses.
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O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
O primeiro número da ONDA POP explica quase tudo, os primórdios, os conceitos, a paginação e artigos publicados demonstram o trabalho destes rapazolas nos idos de 60.
Esta semana foi publicado o nº83 da edição impressa, abre com o velório dos Beatles. Para quem era jovem na altura, nós eramos, foi um cataclismo e época de luto. No entanto a terra não parou, o mundo continuou, entre nós aconteceu o fantástico 25 de Abril, dizemos nós, os Beatles morreram e ressuscitam todos os dias.
FERNANDO REBELO, uma voz da rádio, excelente, de quem se sente saudades.
FERNANDO REBELO, uma voz da rádio, excelente, de quem se sente saudades.
EKSEPTION, banda holandesa de sucesso, leia a génese, é muito interessante.
WILSON SIMONAL, será sempre pouco o muito bem que se disser deste cantor injustiçado.
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WILSON SIMONAL, será sempre pouco o muito bem que se disser deste cantor injustiçado.
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BETO DOS WINDIES, quem gosta da história da música tem de ler este livro de JOAQUIM CORREIA, grande rigor histórico.
GIORGIO MORODER italiano de nascença fez-se ao mundo pela determinação e espírito empreendedor.
Cantem com a "ONDA POP", "ELVIS PRESLEY", "SIMON AND GARFUNKEL" e "JOE DOLAN" abrilhantam.
Encontro de Músicos Moçambicanos, tertúlia de saudade e afectos, maravilhoso.
Chamamos-vos a atenção dos videosdiscs que a página apresenta, são da época em que as vozes não eram tratadas por sofisticadas aparelhagens, as que hoje fazem com que trogloditas mal amnhados sem voz possam parecer que cantam, há muitos pelo país, conspurcando as tardes de televisão ao fim de semana..
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Encontro de Músicos Moçambicanos, tertúlia de saudade e afectos, maravilhoso.
Chamamos-vos a atenção dos videosdiscs que a página apresenta, são da época em que as vozes não eram tratadas por sofisticadas aparelhagens, as que hoje fazem com que trogloditas mal amnhados sem voz possam parecer que cantam, há muitos pelo país, conspurcando as tardes de televisão ao fim de semana..
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A "ONDA POP" continua cheia de informação verdadeira, bem elaborada e metódica, sem folclores, mantém a coerência da sua génese. Na net e em português tem o condão de informar e trazer ao presente um passado glorioso de música como ninguém faz. Apresenta música variada de escolha criteriosa, temos o orgulho de dizer que os autores são nossos amigos mas não é por isso que estão na "PEIDA", é pelo valor e inteligência que demonstram.
Neste blogue, na coluna da direita tem um link directo.
OBRIGATÓRIO IR VER!!!
ABJEIAÇOS .
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ESTE MÊS NA
"PC GUIA"
"PC GUIA"
Oculus desenvolve headset
de realidade virtual sem fios
Na conferência Oculus Connect 3, que decorreu esta semana em San
Jose, EUA, a Oculus revelou que o par de comandos Oculus Touch para o
headset Oculus Rift chega às lojas no próximo mês de Dezembro.
O
kit Touch, que estará disponível nos Estados Unidos por 199 dólares
(cerca de 178 euros), inclui o par de comandos, os videojogos VR Sports
Challenge e The Unspoken assim como uma câmara.
Mark Zuckerberg
marcou presença no evento para apresentar o protótipo de um headset
Oculus sem fios. O novo dispositivo de realidade virtual, conhecido
internamente com o nome de código ‘Santa Cruz’, inclui também quatro
pequenas câmaras. Não foram divulgados mais pormenores sobre o novo
headset Oculus.
* O mundo maravilhoso ou vicioso da tecnologia.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Mais de 40 queixas de agressões
a motoristas da Uber desde 2015
Pelo menos 43 queixas de agressões a condutores que trabalham
na plataforma electrónica de transporte de passageiros Uber foram
registadas pela PSP desde 2015, segundo dados desta força de segurança
enviados à Lusa.
Em 2015, a Polícia de Segurança Pública - que não especifica
contra quem foram apresentadas as queixas - contabilizou, em Lisboa, 22
casos de agressões ou ameaças a motoristas da Uber e no primeiro
trimestre deste ano registou nove denúncias. No Porto, a PSP
contabilizou 12 queixas no primeiro trimestre deste ano. Não foram
disponibilizado mais dados sobre as queixas.
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A Uber foi a primeira plataforma online a instalar-se em
Portugal para permitir pedir carros descaracterizados de transporte de
passageiros, com uma aplicação para smartphones que liga quem se quer
deslocar a operadores de transporte. Mais recentemente, a Cabify começou
também a operar no País.
A actividade destas plataformas tem sido polémica, com o sector
do táxi a contestar o facto de não terem de cumprir as mesmas
obrigações que os taxistas - a nível, por exemplo, de formação e de
segurança.
Para regular a actividade, o Governo anunciou em Setembro uma
proposta de diploma que passa a exigir aos motoristas destas plataformas
formação inicial no mínimo de 30 horas (os taxistas têm hoje 150 horas
de formação) e um título de condução específico.
Os carros não podem ter mais de sete anos, passam a ter de
estar identificados com um dístico, terão de ter um seguro semelhante ao
dos táxis e serão obrigados a emitir uma factura electrónica.
Além disso, não podem circular na faixa bus, não podem
estacionar nas praças de táxi e só podem apanhar clientes que os tenham
chamado através da aplicação.
Os taxistas desvalorizaram o anúncio do decreto-lei,
sublinhando que as propostas já constam das recomendações de um grupo de
trabalho e referindo que está a ser feito "um fato à medida" das
plataformas.
* Está-se mesmo a ver que os agressores foram os pokemones.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Quando uma historiadora e um psicanalista deitam os portugueses no divã: "O amor não se diz, faz-se"
Um psicanalista, uma historiadora, várias horas de tertúlia. No divã do consultório estiveram os portugueses e a sua história de vida. Desses meses resultou um livro e uma proposta simples: as grandes mudanças resultam da capacidade de insurgir-se e de ações simples, mas continuadas no tempo. António Coimbra de Matos e de Raquel Varela defendem que isto se faz à escala coletiva, e começa em cada um de nós
Tão diferentes e, imagine-se, tão iguais. Ela dedica-se a investigar a
história do trabalho e dos conflitos sociais. Ele, pioneiro no estudo e
promoção da saúde mental infantil e juvenil, analisa pessoas há
décadas.Nascidos com praticamente meio século (49 anos) de diferença,
une-os a força de vontade para ir ao fundo das questões e fazer alguma
coisa a seguir a isso. Move-os a capacidade de intervir na comunidade,
local e global. Com várias obras científicas publicadas e vários textos e
palestras dirigidos ao público em geral, Raquel e António decidiram
percorrer e esmiuçar, a dois e face-a-face, os trilhos que conduzem às
vulnerabilidades e forças da Nação. Conhecidos por dizerem o que
entendem sem atender ao politicamente correto, ou seja, sem papas na
língua, pensaram, fizeram e o resultado está no livro Do Medo À Esperança (Bertrand
Ed., 181 págs., €15,50). Estivémos à conversa com eles no mesmo
gabinete onde eles se encontraram durante os primeiros meses deste ano
e, ao longo de uma hora (o tempo de uma sessão clínica), os autores
falaram da arte do encontro, da capacidade de cooperar e do conflito
criativo, que não podemos temer se quisermos resgatar a esperança e
viver o presente com outro ânimo e propósito. E sim, é possível. Saiba
como.
Querem contar como foi o ponto de partida para esta viagem a dois?
António
Coimbra de Matos - Conhecemo-nos há três anos, num congresso organizado
pelo Dr Mendes Pedro, em Coimbra. Fomono-nos encontrando e um dia
surgiu a ideia de escrever um livro a quatro mãos. Sim, quatro, porque
usamos o teclado do computador!
Raquel Varela – Cada um de nós
tem uma visão particular da História, no registo individual e no
coletivo. Quisemos transpor para livro estas conversas e fazer pontes,
para refazer o passado e transformar o futuro.
“Quem tem cu tem medo”. Afirmam que ter medo é acomodar-se ao status quo. O medo tem classe social?
RV
– Também tem, sim. Há medos saudáveis, como o medo de ser despedido,
por exemplo. o problema é quando se fica paralisado, incapaz de reagir,
com inibição da ação, para usar a expressão lapidar do António. Na
Guerra Colonial, por exemplo, podia haver medo, mas uns manifestavam-se
contra, outros desertavam e outros que ficaram mortos de medo e acabaram
por morrer lá. Porque não reagiram.
ACM – O medo manifesta-se na
relação: teme-se o social, o outro. Nas sociedades hierárquicas, com
maior pressão para a submissão, o medo é maior.
Há já
quem ironize com o culto da meditação, que está para a economia dos
mercados como o paracetamol para as dores de cabeça... uma droga para
manter a serenidade sem partir a loiça
RV - É uma proposta orientada para o indivíduo. Porém, só os outros nos salvam de nós próprios: Penso em ti, logo existo
(título de obra de Coimbra de Matos). Não é fazendo yoga ou práticas
meditativas que um problema vai deixar de nos magoar. Se me colocarem a
trabalhar por turnos às seis da manhã e eu não puder estar com os
filhos, é normal que eu não esteja bem. As pessoas têm razões para não
estar bem.
Porém, houve alturas em que estivemos pior, como diz o professor nas suas aulas e palestras.
ACM
– Sim, as sociedades têm evoluído para melhor, apesar de recuos vários.
Houve um percurso ascendente e agora estamos a atravessar uma curva
funda, pelo binómio de Schäuble: austeridade por um lado, não ser
lamechas e aguentar com beatitude por outro.
O que pensam do lema “faz a paz e não a guerra”, ou a revolta, já agora?
ACM – Ficar quieto é que não resolve nada!
RV
– Se não reagirmos a uma situação violenta, estamos a violentar-nos. Um
grupo de pessoas pode ter medo e ser o elo mais fraco mas se se unir
consegue operar mudança à escala global.Veja o caso da fábrica que parou
a construção de motores de arranque no Brasil e paralizou toda a
General Motors.
As relações estão enfraquecidas porque os cidadãos têm medo?
ACM
– Vivemos numa sociedade enganadora e sofisticada, em que as coisas se
fazem às escondidas. Há uma aparente horizontalidade, a maior parte das
pessoas até se trata por tu, mas por trás existem hierarquias rígidas. É
a reverência ao comandante, ao chefe, ao professor catedrático.
Não estamos numa sociedade paritária, como mostra o estudo da FFMS, Portugal Desigual.
RV
– O incrível, no meio disto tudo, é que ainda encontramos flores. Vou a
escolas públicas e vejo professores a fazerem exposições, muitas vezes
conseguidas ao final da noite, depois de um dia esgotante, porque
acumulam o trabalho dos administrativos que foram despedidos e conseguem
gerir os comportamentos insolentes de alunos que têm mau ambiente
familiar e em que um terço dos pais estão desempregados. Ou seja, as
pessoas têm coisas muito boas dentro delas para dar.
Ainda não percebi porque se fica enredado no medo, sem imaginar ou criar outro cenário.
ACM
- É mais fácil lidar com um medo visível, uma ditadura militar, do que
com um medo invisível. É o caso da economia de mercado, um simulacro
assente em dinheiro falso e não na produção de bens e serviços.
RV
- As sociedades estão numa transição história: o novo ainda não é, mas o
velho já não é. Das associações mutualistas e de sociedades agrárias
familiares passou-se para sociedades urbanas onde todo o bem-estar
coletivo foi colocado na mão do Estado, que está a desagregar-se. Cada
vez se conta menos com o partido e o sindicato, que antes tinham funções
sociais protetoras.
E não foi sempre um pouco assim, ao longo da História?
(os dois, em uníssono) Não!
ACM
– Houve as sociedades da Idade Média, da culpa e do castigo. As do
princípio do século XX, marcadas pela depressão e pela vergonha, veja os
suicídios ameaçados e os concretizados por não conseguir estar à
altura, por não ser suficientemente bom para entrar na faculdade, num
concurso para emprego. Agora estamos num período de total solidão, o
medo de ficar desamparado. Na família, na escola, nas instituições. Se
nos zangarmos com alguém, desligamos.
Descontinuam-se as relações pessoais?
ACM
– Adelgaçam-se. Nas sociedades atuais a espessura dos laços afetivos é
muito menor, as ligações são mais ténues e diluídas, o que facilita o
desenvolvimento das psicoses.
RV – Há presos que veem mais sol do
que as crianças, li num estudo, porque ficam a brincar sozinhas num
quarto. Damos por adquirido que um divórcio excecional é aquele em que
as pessoas ficam amigas. É normal que as pessoas recebam mais flores na
morte do que em vida.
Como chegámos aqui, ao sentimento de impotência e ao clássico “quem espera desespera”?
ACM
- Essa era a posição do Freud, a de que as coisas vêm do próprio
umbigo. Mas as coisas vêm do ambiente. Se temos um ambiente que não
responde, perdemos a esperança. Isto penetra as próprias famílias. O
interesse dos pais pelos filhos é menor, o que interessa aos filhos
passa-lhes ao lado, querem é que eles não lhes deem problemas e tenham
resultados. É a sociedade do lucro.
Sai-se do contentamento descontente pela via do desassossego? Da desobediência?
ACM - Só há uma forma de lidar contra a opressão, que é a insurreição.
RV – E a insurreição pode ser é um ato de força contra a violência. Quando dizemos “não”…
ACM
(interrompe) – Olhe, a propósito disso: num congresso realizado lá
fora, se uma pessoa defende uma ideia diferente ou discorda isso é
normal, mas se for cá, é logo apelidada de agressiva.
RV – As
pessoas não se afirmam. O violento é o que acontece depois: os cochichos
e calúnias nos locais de trabalho… Quem se sente mais vivo não é quem
tem um trabalho melhor ou ganha mais, é quem reage e assume
responsabilidades. Querem, levantam-se e fazem. Já os que só se queixam…
ACM - Sofrer não é bom, é masoquismo.
No livro centram-se na importância do amor, a semente da esperança. Podem explicar melhor?
ACM
- Há que olhar em frente sem se focar nas causas dos problemas e criar
algo novo, com menos hierarquias e cadeias de comando e mais cooperação.
Sem fugir ao conflito nem alimentar a luta.
RV – É mudando o
ambiente que nos mudamos a nós próprios. Pensar menos e agir mais muda a
forma como pensamos. Eu não amo alguém porque o digo, mas porque chego a
casa e em vez de ficar catatónica no sofá a ver televisão sugiro dar um
passeio à beira-rio e digo “vamos conversar”. E porque ao sábado, mesmo
cansada, digo aos meus filhos “vamos andar de skate e comer um gelado,
em vez de ficar no sofá.”
ACM – O amor não se diz. Faz-se!
RV - (ri-se e acrescenta) Não é por acaso que se diz “fazer amor”.
Contudo, referem que os casais levam vidas divididas e se gerem como num local de trabalho.
RV
– O problema é esse. Não resolvem as questões laborais no local de
trabalho e levam-nas para casa. Os meus colegas não têm de infernizar-me
a vida porque tiveram uma avaliação chata, ou o marido ou o filho, têm
que resolver com a hierarquia, com quem manda, têm que enfrentar o
touro! As pessoas ainda têm muito medo de errar, de falhar… este livro,
por exemplo: podia ter dado errado? Podia. O nosso país já foi cobarde,
atrasado e medroso e transformou-se com a democracia. As pessoas mudaram
com a mudança que fizeram. Também podem ter retrocedido a partir daí,
porque as pessoas estão, mas não são.
Pergunto, de novo, como se cria ou restaura a esperança quando tudo arde? E até foi um ano de muitos incêndios…
RV
– Dou-lhe um exemplo. Colocaram parquímetros na minha rua. Eu coloquei
um papel nas caixas de correio do bairro de Paço de Arcos e pedi uma
reunião com todos. Eles foram, incluindo o administrador dos
parquímetros, votámos contra a medida. O administrador foi despedido e a
câmara de Oeiras retirou os parquímetros. E ainda se resolveram outros
problemas! E digo-lhe mais: o padre Martins, conhecido por ser o padre
vermelho da Madeira, acabou com a confissão e explicou-me porquê: “Então
as pessoas não se encontram nem falam e vêm-me fazer queixa do vizinho?
Que falem directamente com Deus!” Dizem que quem tem medo compra um
cão. Eu defendo: quem tem medo, constrói uma relação! O problema é que
as pessoas não se encontram. Se eu sair com um cão, falam comigo, se
sair com os filhos já não.
E porque há o medo de relacionar-se, de envolver-se?
RV
- É a primeira vez na História que temos uma sociedade maioritariamente
urbana, igualdade entre homens e mulheres. Será que hoje os homens
ainda continuam à procura de uma mãe? Se calhar não, há um desejo de
mais e de melhor e a receptividade ao livro mostra isso.
ACM – Nós somos aquilo que vivemos. Neste momento, somos flexíveis e transformáveis.
RV
– Conheço um psiquiatra e psicanalista famoso nas Astúrias, onde
existem 20 mil pessoas em consultas de saúde mental. Ele defende que os
problemas mentais não aumentaram. Aumentaram, sim, os problemas sociais.
“Quando chegam e me dizem que estão desempregados eu respondo ‘Não
precisa de mim, precisa é de uma comissão de trabalhadores’, e não de um
psiquiatra.” Isso não se resolve com comprimidos.
Mas continua a ser a solução mais à mão, além do futebol, da religião, do fado. E da comida...
RV
– Tenho um amigo que explica isso muito bem: em tempos de alienação, os
instintos vêm ao de cima. Quando a coisa mais importante que temos no
nosso dia não é criar, amar, construir, inventar, mas comer, dormir, é
porque estamos desumanizados. O que muda isto é programar encontros,
fazer coisas, meia hora por dia, relacionar-se no bairro, com a família e
as pessoas próximas. Problemas complexos pedem soluções complexas, mas
há coisas que estão ao alcance de todos e fazem a diferença na vida de
cada um.
ACM – As pessoas têm uma grande capacidade para
observar, reflectir e investigar. No fundo é isto que cada um pode fazer
e que chega a ser mais importante do que ir à procura de uma resposta
nos livros, no psiquiatra, no mestre, no pai. E lembro: criar implica
sempre uma relação a dois, complementar e insaturada.
Ou seja?
ACM
- Uma relação onde há lugar para as diferenças e um espaço aberto para
criar coisas novas, senão entra-se na rotina. A rotina mata. Há que
acreditar nos recursos próprios, sem medo de aprender com o erro. De
falhar melhor.
Por fim, como dar a volta ao medo e iniciar mudanças, aqui e agora mesmo? Sem desesperar?
RV
– Ocorre-me o que diz uma amiga minha, que já pensou no epitáfio: “Só
estou aqui obrigada!” (risos) Correu mal um namoro? Não vá a correr
comprar um cão. A primeira greve não funcionou? A próxima correrá
melhor, embora cometa outros erros, porque nada é perfeito.
ACM –
Outra forma de dizer isso é: “Insista, porque o melhor amor é o
próximo!” Perante o desconhecido, temos medo, desejo e fascínio. E é
preciso não esquecer que quando somos mais doentes temos mais medo.
Quando temos mais saúde fascinamo-nos mais.
* Uma entrevista que proporciona aprender e melhorar!
Excelente trabalho de Clara Soares.
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