Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
28/11/2010
CARLOS ANJOS
Novos métodos
Ouvi as acusações feitas à PJ pelo Dr. Júdice. No rol de críticas, mistura ética, deontologia e crime, sendo que das acusações não resulta nada, a não ser algum incómodo pela investigação. Retive três situações; a apreensão de um passaporte. Mas será crime apreender um documento sem mandado do JIC? Claro que não. E tanto não é que a dita apreensão foi validada pelo JIC. E se fosse crime seria furto? Estariam lá os elementos constitutivos do tipo deste ilícito?
Bom, há opiniões para tudo. Depois a história do cão, coitado do animal. Mas será que algum Inspector da PJ matou em alguma diligência um cão? Coitado do bichano, queria satisfazer as suas necessidades e o malvado Inspector queria enchê-lo de chumbo. Por último, a pérola. Os Inspectores tocaram à campainha de uma residência para que lhe abrissem a porta para a busca. Para conseguirem esse fim taparam o óculo da porta.
A pessoa que estava em casa ficou amedrontada. Chamou a Polícia? Não. Teve tanto medo que abriu a porta. Inspectores deste País quando confrontados com esta realidade copiem o método. Se tiverem problemas para entrar tapem o óculo que os visados com medo abrem a porta. Enfim cada um diz o quer, sendo que o objectivo é apenas descredibilizar a investigação.
Conselheiro da ASFIC
(Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJIN "CORREIO DA MANHÃ"
26/11/10
UM COTA DESAJUSTADO
Crónica de um cota depilado
Este ano reparei numa coisa na praia. Toda a gente parece que faz a depilação. E por toda a gente entenda-se miúdos de 18 anos, coisa que eu quero desesperadamente parecer.
Olho para o meu grupo de amigos: temos todos barriga de cerveja, a maioria ou é careca ou está para ser e, pior, temos pêlos nos sovacos. E parece que ter pêlo no sovaco é coisa de velho. Vai daí, decido no outro dia entrar nesse fascinante mundo novo da depilação masculina.
Saco da minha Gillete e do meu aparador de cabelo e começo a minha demanda. Dura aproximadamente duas horas e no fim tenho a casa de banho com pelos púbicos na minha escova de dentes. Mas desde logo noto a evidente mudança: a minha pila parece visivelmente maior atingindo facilmente os 25 cm.
Com os pêlos do peito cortados pareço 20 quilos mais magro. E os testículos roçam de alegria um no outro, pela primeira vez desde os meus doze anos.
Rapidamente quero mostrar ao mundo a minha nova imagem, razão pela qual usei durante uma semana t-shirts de gola em bico até ao umbigo e calças de cinta descida.
O pior no entanto ainda estava para vir. Parece que uma semana depois do meu novo look, os pêlos começaram a querer crescer.
Neste momento não consigo caminhar dois passos sem ter que coçar os tomates. Não consigo sequer juntar as pernas pelo que pareço alguém que foi sodomizado há dois minutos (imagem à qual t-shirts com gola em bico não ajudam). É impossível usar cinto de segurança, porque me toca no peito, e eu tenho alguns 2000 pêlos encravados incluindo nos mamilos.
Para a próxima, quando quiser parecer jovem e na crista da onda, começo mas é a fumar ganzas.
enviado por E. FRANÇA
AEROPORTO DE PEQUIM
A PROPÓSITO DESTE PROJECTO GRANDIOSO, SABE QUE O BANCO CHINÊS QUE NEGOCEIA A COMPRA DE 10% DO BCP, TEM SÓ 70 MIL DEPENDENCIAS NO PAÍS???
SOMOS MUITO PEQUENINOS, NÃO ACHA?
A MORTE DO POLVO PAUL
O polvo Alemão Paul que ficou célebre por adivinhar os resultados dos jogos do
Campeonato do Mundo na África do Sul morreu no aquário onde vivia.
Segundo a Policia de Investigação foram colocadas duas caixas com comida na água uma com a fotografia do Zé Sócrates e outra com a foto do Passos Coelho.
O animal perspectivando o futuro preferiu morrer de fome...
6 - FIGURAS DA PRIMEIRA REPÚBLICA »»» VITORINO MÁXIMO CARVALHO GUIMARÃES
Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães (Penafiel, 13 de Novembro de 1876 — 18 de Outubro de 1957) foi um militar, economista e político português que, entre outras funções, foi deputado e várias vezes ministro das Finanças, tendo em 1925 sido Presidente do Conselho de Ministros de um dos governos da Primeira República Portuguesa.
Biografia
Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães nasceu em Penafiel, a 13 de Novembro de 1876, filho de João Antunes de Sousa Guimarães e de Amélia Augusta de Carvalho Guimarães.
Concluiu o curso liceal no Liceu Nacional de Viana do Castelo, prosseguindo os seus estudos no Instituto Comercial e Industrial do Porto, transferindo-se depois para a instituição congénere de Lisboa.
Terminado o curso de comércio, em 1901 ingressou na Escola do Exército, graduando-se como oficial de administração militar e iniciando uma carreira que aliou um percurso na área da administração militar com a docência nas áreas da administração e das finanças, tendo leccionado na Escola do Exército, no Instituto dos Pupilos do Exército, no Instituto Superior de Comércio e na entidade que lhe sucedeu, o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.
Ingressou cedo na vida política, iniciando-se como apoiante de João Franco, mas logo em 1908 surge como um dos líderes republicanos da revolta de 28 de Janeiro de 1908 contra a monarquia e o governo de João Franco.
Integrou o comité militar criado para a proclamação da República e após a sua implantação, em 1911 foi eleito deputado ao Congresso Constituinte, pelo círculo eleitoral de Bragança.
Republicano convicto, foi membro da Jovem Turquia, a associação paramilitar liderada por Álvaro Xavier de Castro, e do Partido Democrático, mas ainda assim sempre se assumiu como centrista, posicionando-se politicamente entre a ala dos bonzos e dos canhotos.
Estreou-se, na acção governativa como Ministro das Finanças do governo de José Ribeiro de Castro, entre 19 de Junho e 29 de Novembro de 1915. Entre 16 e 22 de Dezembro de 1915 acumulou, interinamente, a pasta do Comércio.
Deflagrada a Primeira Guerra Mundial, foi nomeado chefe dos serviços administrativos da 2.ª Divisão do Corpo Expedicionário Português. Terminada a Guerra, em 1919 participou em várias comissões de contabilidade e de reforma do Banco Nacional Ultramarino, sendo nesse mesmo ano eleito deputado pelo círculo eleitoral de Moncorvo. Foi delegado do Governo português à Comissão de Reparações de Guerra1919 - 1920) e embaixador de Portugal junto da Conferência Financeira de Bruxelas (1920). (
Voltou a ser chamado ao cargo de Ministro das Finanças do governo presidido por Francisco Pinto da Cunha Leal, tendo exercido o cargo de 16 de Dezembro de 1921 a 6 de Fevereiro de 1922, sendo simultaneamente delegado de Portugal à Conferência Económica da Guerra (1922).
Foi novamente empossado como Ministro das Finanças do governo de António Maria da Silva, exercendo o cargo de 14 de Setembro a 30 de Novembro de 1922. Foi então autor da importante reforma tributária de 1923.
Foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, tendo exercido o cargo de 15 de Fevereiro a 1 de Julho1925. Durante este período acumulou, interinamente, a pasta de Ministro das Finanças. de
A partir do Golpe de 28 de Maio de 1926 foi afastado da política activa, tendo a sua carreira enquanto oficial do Exército culmindo, em 1936, no posto de coronel de administração militar.
A sua obra publicada mais conhecida intitula-se Contabilidade Pública. Sua Origem e Evolução em Portugal, tendo saído a público na Revista da Contabilidade Pública, entre 1941 e 1943.
Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães faleceu em 1957.
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5 - CARTILHA DE HIGIENE 1912
Um visitador e bom amigo enviou-nos este precioso documento "CARTILHA DE HIGIENE" datado de 1912, início da Primeira República e editado pelo Regimento de Infantaria nº13, constituindo um verdadeiro manual da saúde pública que, dada a sua notória actualidade, deveria ser distribuído ainda hoje pelas casernas deste País.
Vamos editá-la faseadamente.
Hoje pode saborear o "A CASERNA"
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A CIDADE DE BEJA
Beja é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Beja, na região Baixo Alentejo, e pertencente à NUTS III Baixo Alentejo,[2] sedia a Diocese de Beja, com 21 658 habitantes.[3]
É sede de um dos maiores municípios de Portugal, com 1 147,14 km² de área e 34 387 habitantes (2008),[1]freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Cuba e Vidigueira, a leste por Serpa, a sul por Mértola e Castro Verde e a oeste por Aljustrel e Ferreira do Alentejo. subdividido em 18
Brasão | Bandeira |
Torre de menagem do Castelo de Beja |
Gentílico | Pacense ou Bejense | |||||
Área | 1 147,14 km² | |||||
População | 34 387 hab. (2008[1]) | |||||
Densidade populacional | 30 hab./km² | |||||
N.º de freguesias | 18 | |||||
Presidente da Câmara Municipal | Não disponível | |||||
Fundação do município (ou foral) | 1524 | |||||
Região (NUTS II) | Alentejo | |||||
Sub-região (NUTS III) | Baixo Alentejo | |||||
Distrito | Beja | |||||
Antiga província | Baixo Alentejo | |||||
Orago | ||||||
Feriado municipal | Quinta-feira de Ascensão | |||||
Código postal | 7800 | |||||
Endereço dos Paços do Concelho | Praça da República | |||||
Sítio oficial | www.cm-beja.pt | |||||
Endereço de correio electrónico geral@cm.beja.pt |
Crê-se que a cidade foi fundada, cerca de 400 a.C., pelos Celtas[4] ou mais provavelmente pelos Cónios, que a terão denominado Conistorgis, e que os Cartagineses lá se estabeleceram durante algum tempo. As primeiras referências a esta cidade aparecem no século II a.C., em relatos de Políbio e de Ptolomeu.
Com o nome alterado para Pax Julia, foi sede de um conventus (circunscrição jurídica) pouco depois da sua fundação, teve direito itálico e esta cidade albergou uma das quatro chancelarias da Lusitânia, criadas no tempo de Augusto. A sua importância é atestada pelo facto de por lá passar uma das vias romanas.
Os Alanos, Suevos e os Visigodos dominaram esta cidade depois da queda do Império Romano, tornando-a sede de bispado.
No século V, depois de um breve período no qual haverá sido a sede da Tribo dos Alanos, os Suevos apoderaram-se da cidade, sucedendo-lhes os Visigodos. Nesta altura passa a cidade a denominar-se Paca.
Do século VIII ao ano de 1162, esteve sobre a posse dos Árabes, designadamente no domínio dos Abádidas do Reino Taifa de Sevilha,que lhe alteraram o nome para Beja,(existe outra cidade com este nome na Tunísia).Aqui nasceu o Príncipe Al-Mutamid,o célebre Rei-poeta,dedicou muitas das suas obras ao Amor a donzelas,e também a mancebos homens. No referido ano os cristãos reconquistado definitivamente a cidade. Recebeu o foral em 1524 e foi elevada a cidade em 1517.
Criado pelo Rei D. Afonso V de Portugal em 1453, o título de Duque de Beja foi atribuído ao segundo filho varão, até à instituição da Casa do Infantado, em 1654, pelo Rei D. João IV, tendo-o como base.
Atualmente, está a ser construído o Aeroporto Internacional de Beja, com o objectivo de captar investimentos estrangeiros. Crê-se que o Aeroporto vá fazer crescer a cidade economicamente.
Sóror Mariana Alcoforado
É atribuída à freira portuguesa Sóror Mariana Alcoforado (1640 — 1723), natural de Beja, a autoria de cinco cartas de amor dirigidas ao Marquês de Chamilly, passadas através da janela do Convento e datadas da época em que o oficial francês serviu em Portugal, país ao qual chegou em 1665. A sua obra Cartas Portuguesas tornou-se num famoso clássico da literatura universal.
Lenda de Beja
Conta a lenda que quando Beja era uma pequena localidade de cabanas rodeada de um compacto matagal, uma serpente assassina era o maior problema da população. A solução para este dilema passou por assassinar a serpente, feito alcançado deixando um touro envenenado na floresta onde habitava a serpente. É devido a esta lenda que existe um touro representado no brasão da cidade.
Geografia
Clima
Gráfico climático para Beja, Portugal | |||||||||||
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J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D |
74 14 5 | 62 15 6 | 43 18 7 | 62 20 8 | 47 23 10 | 18 29 13 | 2.9 35 16 | 4 34 16 | 25 29 15 | 63 23 12 | 72 18 9 | 101 15 7 |
Temperaturas em °C • Precipitações em mm Fonte: Instituto de Meteorologia, IP Portugal[5] |
O clima em Beja (a capital de distrito mais quente em Portugal Continental) é mediterrânico com influência de clima semi-árido (Csa, segundo a classificação climática de Köppen-Geiger), influenciado pela distância à costa. Tem Invernos suaves e Verõesneve não é muito comum, mas por vezes pode nevar duas vezes ou mais num ano. A máxima em Janeiro é de 14 °C e em Julho e Agosto é de 34 °C. A mínima é de 5 °C em Janeiro e de 16°C em Julho e em Agosto. A média anual anda à volta dos 17 °C. A precipitação total anual média é de 572 mm. O ano de 2005 foi especialmente seco na região, e em Portugal no geral, levando à ocorrência de imensos incêndios florestais. quentes e longos. A
[Esconder]Médias de temperatura do ar e precipitação para Beja, Portugal | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima registrada (°C) | 22,0 | 25,0 | 30,0 | 32,0 | 37,0 | 43,3 | 52,0 | 43,0 | 42,0 | 34,0 | 28,1 | 22,0 | 52,0 |
Temperatura máxima média (°C) | 13,9 | 15,3 | 18,3 | 19,8 | 23,4 | 28,7 | 32,8 | 32,6 | 29,3 | 23,2 | 18,0 | 14,7 | 22,5 |
Temperatura mínima média (°C) | 5,3 | 6,0 | 7,0 | 8,2 | 10,4 | 13,4 | 15,6 | 15,9 | 15,1 | 12,3 | 8,9 | 6,8 | 10,4 |
Temperatura mínima registrada (°C) | -3,0 | -3,2 | -3,2 | 0,3 | 4,0 | 6,2 | 9,0 | 9,0 | 6,4 | 3,2 | -0,5 | -2,0 | -3,2 |
Precipitação (mm) | 73,7 | 61,5 | 42,5 | 62,2 | 47,0 | 17,6 | 2,9 | 4,0 | 24,7 | 63,3 | 71,8 | 100,6 | 571,8 |
Fonte: Instituto de Meteorologia, IP Portugal[5] 2 de Março de 2010 |
Demografia
População do concelho de Beja (1801 – 2008) | ||||||||
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1801 | 1849 | 1900 | 1930 | 1960 | 1981 | 1991 | 2001 | 2008 |
14 971 | 14 824 | 25 382 | 37 143 | 43 119 | 38 246 | 35 827 | 35 762 | 34 387 |
Cultura
Eventos
- Ovibeja - Feira de actividades agrícolas, pecuárias, artesanais e turísticas.
- Ruralbeja e Feira de Santa Maria
- 2ª Concentração Nacional de Todo Terreno - 25,26 Setembro 2010
- Semana Académica do IPBeja
- Recepção Caloiro do IPBeja
- Festival da Vidigueira Jovem
- Semana de Música para o Natal (Coro de Câmara de Beja)
- Vinipax
Imprensa
Os jornais locais são o Diário do Alentejo, o Correio do Alentejo e o Alentejo Popular. Os outros órgãos de comunicação social são Rádio Voz da Planície (104.5 FM), Rádio Pax (101.4 FM) e a MaisTV (televisão por internet), Rádio Boa Onda (rádio por internet).
Companhias Teatrais
- Arte Pública
- Grupo de Teatro Jodicus
Agremiações Culturais
- Coro do Carmo de Beja
- Associação Cultural e Recreativa Zona Azul
- Coro de Câmara de Beja
- Associação Trovadores de Beja - Tuna Universitária de Beja
- Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
Agremiações Desportivas
- Associação Cultural e Recreativa Zona Azul
- Associação de Patinagem do Alentejo
- Beja Atlético Clube
- Clube Desportivo de Beja
- Clube de Patinagem de Beja
- Despertar Sporting Clube
- Judo Clube de de Beja
- Centro de Cultura e Desporto do Bairro de Nª Sr.ª da Conceição
- Clube Airsoft de Beja
- TTBAVENTURA - Clube de Todo Terreno e Bicicleta de Beja
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OS CÓNIOS
Os cónios (do latim, Conii), também denominados cinetes, foram os habitantes das actuais regiões do Algarve e Baixo Alentejo, no sul de Portugal, em data anterior ao séc. VIII a.C., até serem integrados na Província Romana da Lusitânia. Inicialmente foram aliados dos Romanos quando estes últimos pretendiam dominar a Península Ibérica.
Origem
A origem étnica dos cónios permanece uma incógnita. Para os defensores das teorias linguísticas actualmente aceites, a origem comum na Anatólia ou no Cáucaso das línguas europeias e indianas: ou seja, línguas indo-europeias, os cónios teriam origem celta, proto-celta, ou pré-céltica ibérica.
Essas teorias, relativamente recentes, foram aceites com facilidade, em grande parte por aqueles que rejeitavam qualquer ligação dos europeus a África.
Antes da teoria da origem caucasiana, muitos europeus julgavam-se descendentes de Jafé, conforme escrito na Bíblia, no livro de Génesis 10:5. Cronistas da antiguidade greco-romana enumeram mais de 40 tribos ibéricas, entre elas a tribo cónia, como sendo descendentes de Jafé, pai dos europeus.
História
Os cónios aparecem pela primeira vez na história pela mão do historiador grego Heródoto no séc. V a.c., e mais tarde referidos por Rufo Avieno, na sua obra Ode Maritima, como vizinhos dos cempsios ao sul do do rio Tejo e dos sefes a norte.
Antes do sec. VIII a.C., a zona de influência cónia, segundo estudo de caracterização paleoetnológico da região[2], abrangeria muito para além do sul de Portugal. Com efeito, o referido estudo baseando-se em textos da antiguidade grego-romana bem como na toponímia de Coimbra del Barranco, em Múrcia, Espanha, e de Conímbriga, propõe que os cónios ocuparam uma região desde o centro de Portugal até ao Algarve e todo o sul de Espanha até Múrcia. Em abono desta tese podemos acrescentar o Alto de Conio, e o pico de Conio no munícipio de Ronda, na região autónoma da Andaluzia.
Segundo Schulten, que considera os cónios uma das tribos Lígures e afirmou que «Os Lígures são o povo original da Península», os cónios também teriam marcado presença, não só em Portugal como em Espanha e na Europa, onde os lígures se fixaram. Confirmando esta teoria temos os seguintes topónimos:
- No norte de Espanha, encontramos no desfiladeiro, a passagem Puerto de Conio ou alto de Conio na região autónoma das Astúrias, onde terão habitado a tribo dos coniscos, descendentes dos construtores do dolmen de Pradías, de época neolítica, para muitos relacionada com os cónios. Nesta região terá existido uma cidade, a actualmente desconhecida Asseconia, incluída num dos Caminhos de Santiago. Também, estudos genéticos indicam que os bascos são o povo mais antigo da península e poderão estar relacionados com os cónios através da tribo dos vascones.
- Na França, os lígures também terão sido "empurrados" para as regiões montanhosas. Mas, em vez da Ronda espanhola ocuparam a região do Ródano-Alpes. O testemunho da presença lígure poderá ser a tribo iconii, conhecidos pelas tribos vizinhas como os Oingt, originando a localidade de Oingt (Iconium em latim) e a região de Oisans.
- No norte de Itália, junto ao Ródano italiano a marca da presença lígure dos cónios, para além da Ligúria também nos aparece, um pouco mais a norte, não só nas comunas Coniolo e Cónio, como na província com o mesmo nome, na província de Cónio, da região de Piemonte.
Para outros investigadores[3] que terão ido mais longe, os povos “Ibéricos” além de possuírem a Península Ibérica, França, Itália e as Ilhas Britânicas, penetram na península dos Balcãs, e ocuparam uma parte de África, Córsega e norte da Sardenha. Actualmente, e à luz de recentes estudos genéticos, aceita-se que uma raça com características razoavelmente uniformes ocupou o sul de França (ou pelo menos a Aquitânia), toda a península Ibérica e uma parte de África do norte e da Córsega. Os topónimos a seguir enumerados também atestam estes dados:
- Nas Ilhas Britânicas o assentamento fortificado romano Viroconium, atribuido à tribo cornovii, proveniente da Cornualha. Provavelmente, utilizados pelos romanos como tribo tampão contra os ataques escoceses e incursões irlandesas.
- Muitos autores concordam que a língua cónia teria um substrato muito antigo relacionado com Osco, Latim e Ilírico.
- No Chipre encontramos uma localidade com o topónimo Konia
- Nos Balcãs encontramos a tribo dos trácios cicones que poderão estar relacionados com os cónios e com os povos que invadiram a Anatólia, no sec. XII a. C. e posteriormente fundaram as cidades de Conni, na Frígia e de Iconium[4], na Anatólia.
Escrita
No Baixo Alentejo e Algarve foram descobertos vários vestígios arqueológicos que testemunham a existência de uma civilização detentora de escrita, adoptada antes da chegada dos fenícios,[5] e que se teria desenvolvido entre o século VIII e o V a.C.. A escrita que está presente nas lápides sepulcrais desta civilização e nas moedas de Salatia (Alcácer do Sal) e é datável na Primeira idade do Ferro, surgindo no sul de Portugal e estendendo-se até à zona de fronteira.[6]
As estelas mais antigas recuam até ao século VII a.C. e as mais recentes pertencem ao século IV. O período áureo desta civilização coincidiu com o florescimento do reino de Tartessos, algo a que não deverá ser alheio à intensa relação comercial e cultural existente entre os dois povos e que se julgava ser distinta da dos cónios. Daí a razão para que a denominação desta escrita comum não ser nem tartéssica nem cónia mas antes escrita do sudoeste, referindo a região dos achados epigráficos e não à cultura dos povos que as gravaram.
Não é consensual a designação da primeira escrita na península ibérica. Para muitos historiadores é a escrita do sudoeste (SO) ou sud-lusitana. Já os linguistas, utilizam as designações de escrita tartéssica ou turdetana. Outros concordam com a designação de escrita cónia, por não estar limitada geograficamente, mas relacionada com o povo e a cultura que criou essa escrita. E, segundo Leite de Vascocelos com os nomes konii e Konni [2], que aparecem inscritos em várias estelas.
A posição destes estudiosos deve-se à concordância das teorias-hipóteses históricas e modelos linguísticos actualmente aceites nos meios científicos. Estas posições baseiam-se em evidências linguísticas. Só que até à data não foram encontrados dados arqueológicos evidentes, daí que investigadores duvidem da existência dos cónios, [3] outros negam a existência de celtas na península apesar das fontes antigas e das evidências arqueológicas[7].
Cidade principal
A cidade principal do país dos cónios era Conistorgis, que em língua cónia, significaria "Cidade Real",[8] de acordo com Estrabão, que considerava a região celta. Foi destruída pelos lusitanos, por estes terem-se aliado aos romanos durante a conquista romana da Península Ibérica. A localização exacta desta cidade ainda não foi descoberta. No entanto, em Beja,[9] existem vestígios do que poderá ter sido uma grande cidade pré-romana. São muitos os autores[10] que admitem a possibilidade de Beja ter sido fundada sobre as ruínas da famosa Conistorgis.
Religião
Aparentemente, antes da chegada dos romanos, os cónios eram monoteístas. O deus dos Cónios era Elohim, segundo uma estela que se encontra presentemente no Museu de Évora.
O Sudoeste na Idade do Ferro, desde o séc. VI a.C., apresenta um complexo de influências religiosas tartéssicas, gaditanas (bastante helenizadas) e célticas ou pré-célticas, correspondente a uma zona de grandes interacções culturais e movimentos de populações.
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