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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
17/04/2014
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VARANASI
Varanasi ou Varanássi (em sânscrito: वाराणसी, Vārāṇasī, AFI: [ʋaːˈɾaːɳəsiː]), comumente conhecida como Benares (em hindi: बनारस e em urdu: بنارس, transl. Banāras, AFI: [bəˈnɑːɾəs]) e, localmente, como Kashi (em hindi: काशी, em urdu: کاشی, Kāśī, AFI: [ˈkaːʃiː]), é uma cidade do estado de Uttar Pradesh, na Índia. Localizada às margens do Rio Ganges, tem mais de 3 000 000 de habitantes e é uma das cidades mais antigas do mundo. É a cidade mais sagrada do hinduísmo.
A data exata da fundação de Varanasi é desconhecida, já que as únicas
fontes de informações partem das tradições hindus. Segunda os brâmanes, Varanasi foi fundada por Xiva
há mais de 5 000 anos atrás, o que a faz uma das sete cidades sagradas
do hinduísmo. Contudo, estudiosos consideram a hipótese de que a cidade
tenha surgido há cerca de 3 000 anos atrás.
Varanasi foi um grande centro comercial e industrial, tendo se destacado na produção e distribuição de marfim, seda e perfumes. A cidade atingiu o posto mais respeitado entre as cidades da Índia durante os tempos de Sidarta Gautama, quando foi a capital do Reino de Caxi.
Varanasi tornou-se um reino independente durante o século XVIII e, sob a tutela do Império Britânico, tornou-se o centro econômico e religioso da região. Em 1910, os britânicos definiram Varanasi como um estado da Índia Britânica.
IN "WIKIPÉDIA"
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Inquérito a cientistas portugueses
mostra que 46,4% querem emigrar
ou já emigraram
Questionário na Internet foi respondido por 1820 pessoas. Só cerca de um quinto dos investigadores que responderam já teve um contrato de trabalho.
O inquérito feito pela Associação de Combate à Precariedade –
Precários Inflexíveis (PI) aos investigadores conclui que quase 46,4%
dos investigadores que responderam ao questionário tem vontade de
emigrar ou já emigrou. Segundo os resultados divulgados nesta
quarta-feira, das 1820 pessoas que participaram no inquérito, apenas
22,2% disseram ter tido um contrato de trabalho na área da investigação –
portanto, 77,8% nunca tiveram um contrato.
O inquérito dedicado à comunidade científica,
que esteve disponível no site dos PI para ser respondido entre 12 de
Fevereiro e 11 de Março deste ano, estava aberto a quem quisesse
participar. Na altura, a associação lançou o questionário em resposta às
declarações de Miguel Seabra, presidente da Fundação para a Ciência e a
Tecnologia (FCT), numa entrevista dada em Janeiro ao PÚBLICO, na qual
descrevia as dificuldades de reunir dados sobre o número de bolseiros a
trabalhar em Portugal.
“Este interesse dos actuais
decisores políticos em esconder a precariedade no trabalho científico e a
emigração que esta provoca merece uma resposta”, lia-se, na altura, no
site dos Precários Inflexíveis.
Não é possível saber a proporção
de pessoas que responderam em relação ao tamanho da comunidade
científica portuguesa. Mas, para se ter algum enquadramento, basta dizer
que a FCT deu 1875 bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento no
concurso de 2012 e no concurso de 2013 concorreram 2305 investigadores
só às bolsas de pós-doutoramento.
Ao inquérito, responderam desde
professores universitários até técnicos que apoiam a investigação,
mestrandos e desempregados. No entanto, os doutorandos (32,7%) e
pós-doutorandos (25%) representaram mais de metade da população que
respondeu ao inquérito. Todas as áreas do saber estão representadas.
12% dos doutorados desempregados
Dos
inquiridos, 900 pessoas já estiveram desempregadas em algum momento das
suas vidas, e cerca de metade destas pessoas já estiveram mais de seis
meses desempregadas. “Considerando que 715 destas pessoas indicaram
nunca ter tido acesso a um contrato de trabalho na área da investigação,
inferimos que 79,5% destes investigadores não tiveram acesso a
protecção social quando estiveram numa situação de desemprego”, lê-se no
relatório.
Entre os investigadores bolseiros que responderam ao
inquérito, num total de 1254 pessoas, há 50,2% a acumular bolsas há mais
de cinco anos, o equivalente a 630 cientistas. Destes, 200
investigadores têm bolsas há mais de dez anos e 20 são bolseiros há mais
de 15 anos.
Dos investigadores que já completaram o doutoramento e
não emigraram (660 pessoas), 12% estão desempregados, 59% têm uma
bolsa, 28% têm um vínculo laboral e 1% estão a investigar sem receber
dinheiro.
Em relação à intenção de emigrar, 33% dos inquiridos
responderam que estão a pensar em emigrar, 13,4% já emigraram, 33,1%
disseram estar indecisos e apenas 20,4% responderam negativamente.
Segundo o inquérito, quem não tem um vínculo laboral, incluem-se aqui os
bolseiros, pensa mais em emigrar (39,1%) do que ficar no país (21,5%)
em relação a quem tem vínculo laboral. Neste último grupo, 38,8% diz não
pensar emigrar, enquanto 30,8% pensa em emigrar e 30,3% está indeciso.
“A precariedade associada à condição de bolseiro é um factor decisivo na
escolha pela emigração”, lê-se no relatório.
“Os resultados deste
inquérito demonstram que a estratégia de desenvolvimento e
sustentabilidade do edifício científico desenvolvida nos últimos anos
revela grandes fragilidades, tendo sido conseguida à custa da
precarização do sector”, lê-se no relatório. “A chamada ‘fuga de
cérebros’ é uma realidade grave e um fenómeno já de enorme dimensão.”
* Portugal trata os seus investigadores, cérebros inteligentes, como produtos descartáveis. Neste país dá-se mais valor a um especulador do que a um cientista.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Morreu Gabriel García Márquez
Gabriel García Márquez, escritor colombiano que venceu o Nobel da Literatura em 1982, morreu hoje, aos 87 anos.
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No diz 15 de abril, a mulher e
filhos de Gabriel García Márquez, emitiram um comunicado em que
reconheciam que o estado de saúde do escritor é "muito frágil" e sofre
"risco de complicações".
"A sua condição é estável, mas é muito
frágil e corre risco de complicações de acordo com a idade (87 anos)",
lia-se no comunicado assinado por Mercedes Barcha e pelos filhos.
Gabriel Garcia Márquez regressou no início do mês a casa, na cidade do México, depois de uma hospitalização que durou uma semana, em resultado de uma infeção pulmonar, mas permanece em situação "delicada", disse fonte hospitalar.
Entre as suas obras mais famosas, "Cem Anos de Solidão" vendeu milhões de cópias e está traduzida em 35 línguas.
* Um grande homem, um soberbo escritor, cada romance uma vida única.
Gabriel Garcia Márquez regressou no início do mês a casa, na cidade do México, depois de uma hospitalização que durou uma semana, em resultado de uma infeção pulmonar, mas permanece em situação "delicada", disse fonte hospitalar.
Entre as suas obras mais famosas, "Cem Anos de Solidão" vendeu milhões de cópias e está traduzida em 35 línguas.
* Um grande homem, um soberbo escritor, cada romance uma vida única.
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HOJE NO
"RECORD"
Meia maratona de Almada
com 4 mil participantes
A segunda edição da meia maratona de Almada, marcada para o dia 27 de
abril, vai contar com cerca de 4.000 participantes, disse esta
quinta-feira à agência Lusa fonte da organização.
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"Tínhamos o
objetivo de este ano chegar às 5.000 inscrições, mas penso que não o
vamos conseguir pelo facto de ser um fim de semana prolongado e assim
devemos ficar por cerca de 4.000", disse Diogo Simão, um dos
responsáveis da organização.
Diogo Simão explicou que estão
já mais de 1.200 atletas estão inscritos para a prova de 21,095
quilómetros, apadrinhada por Naide Gomes e Arnaldo Abrantes e que vai
ser disputada em simultâneo com a corrida de Almada (10 quilómetros) e
uma caminhada (cinco quilómetros), cujas receitas revertem para o Centro
de Desenvolvimento da Criança do Hospital Garcia de Orta.
"Esta
prova vai surpreender tudo e todos. Em primeiro lugar pelo conforto
para os atletas, que vão ter acesso a estacionamento privado, e depois
percurso diferente em relação ao ano anterior, mas que mantém como
estrela a passagem pelo Arsenal do Alfeite", defendeu.
Os
participantes vão partir do Almada Fórum, rumo ao Parque da Paz,
passando pela Base Naval do Alfeite, pela Lisnave e pela estação
ferroviária do Pragal até à meta, estando as inscrições abertas até
domingo.
* Uma festa do desporto.
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FREI BENTO DOMINGUES O.P.
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IN "PÚBLICO"
13/04/14
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Trabalho para todos?
Portugal não pode sair do resgate com sucesso se os portugueses saírem de rastos.
1. A “Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos”
(LOC/MTC) tem uma longa história de confissão pública da fé cristã, no
seio da luta operária e das suas organizações. Inscreve-se no caminho
aberto por Jesus, um judeu marginal, de há dois mil anos, que terá sido
educado por José, o artesão, na lei de ganhar o pão com o suor do seu
rosto e não com o do rosto dos outros.
Jesus não era nem um pobre de pedir nem um
proprietário ou empresário. O seu Evangelho tinha a ousadia de anunciar,
aos pobres e excluídos, a bem-aventurança de um mundo de irmãos, que
reunisse todos os filhos de Deus dispersos (Jo 11,52). Acabou por
concluir que não seria tarefa fácil.
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Aos seus discípulos
interessava mais a esperança de chegar ao governo do novo poder do que
embarcar nos sonhos loucos do Nazareno. Diante do líder crucificado,
desiludidos, cada um voltou à sua vida.
Segundo a 1.ª carta aos
Tessalonicenses – o primeiro escrito cristão - quando S. Paulo entrou em
cena, a esperança tinha mudado radicalmente de sentido: o mais
importante era preparar-se para o fim do mundo.
O apóstolo
tinha-se entusiasmado tanto com a voz do Ressuscitado, que entrou em
delírio. Verificado, porém, o equívoco, pediu aos cristãos para
abandonarem as conversas sobre o fim do mundo e desautorizou os
parasitas do engano, da forma mais prática: “quem não quer trabalhar que
não coma!
Às pessoas que levavam a vida à toa, muito atarefados a não
fazer nada, ordena e exorta, no Senhor Jesus Cristo, que trabalhem
tranquilamente a ganhar o pão com o próprio esforço” (2Tess 3).
Aos
militantes da LOC não se lhes pede que regressem às condições de
trabalho de Jesus e José, às espectativas das comunidades de S. Paulo de
há dois mil anos, nem às condições dos anos 30, do século passado,
quando a LOC foi organizada em pleno Estado Novo.
Ao exigirem “trabalho
para todos”, não esperam certamente que a destruição dos postos de
trabalho destes últimos anos venha a ser invertida. Sabem que o trabalho
como já o conheceram não regressará. As técnicas da agricultura, das
pescas e das indústrias, que aprenderam e usaram, morreram e não
ressuscitarão.
Sendo assim, a luta por “trabalho para todos” não
será apenas o último grito do desespero ou um exercício quixotesco de
alucinados? Ainda não terão ouvido falar da nova ou terceira revolução industrial
que obriga a repensar, de forma radical, o trabalho, implicando a
reorganização fundamental da economia e das relações humanas? Não
saberão que está a nascer uma nova civilização sem eles e contra eles?
2.
Saber, sabem, mas não lhes serve de nada. Se para a maioria da
população, o determinismo tecnológico é niilista, para alguns é
exaltante e desses é o poder, o reino e a glória. Com muito menos
operários, graças à informática e à robótica, crescem a produção e os
lucros. Os vencimentos dos gestores de topo sobem em flecha e os dos
trabalhadores, os mais mal pagos, vão deslizando. As desigualdades entre
uns e outros são cada vez maiores. Os factores de desigualdade variam
segundo os ramos de actividade. Alguns roçam o absurdo. O vertiginoso
progresso da informática é um dos factores que mais conta no
aprofundamento das maiores desigualdades.
Apesar da cadeia de
esmolas, montada ao longo do país, os ideais da revolução francesa -
liberdade, igualdade e fraternidade, filhos laicos do Evangelho - foram
substituídos por várias formas de opressão, pelo abismo económico e
social, pela institucionalização do egoísmo e da humilhação.
3. Se
é previsível que, muito rapidamente, em muitos lugares, a maioria da
população será constituída por desempregados, que adianta que a LOC, o
Papa Francisco, o Bispo do Porto e todos os que ainda não perderam a
capacidade de indignação, continuem a teimar na exigência de trabalho e
emprego para todos?
Talvez por uma razão muito simples: o trabalho
é uma das dimensões fundamentais da existência humana e a situação de
desemprego uma humilhação tal que afecta a própria consciência da
dignidade humana – não valho nada! O desempregado é um marginal à força,
um desqualificado.
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A displicência com que certos governantes,
entidades patronais, comentadores e jornalistas de serviço se referem ao
número de desempregados, revela uma degradação ética insuportável. O
ser humano passou a não valer mesmo nada, é um aborto.
É preciso
gritar que as novas tecnologias, substituindo muitos postos de trabalho,
abrem também a possibilidade de imaginar, reorganizar e distribuir, de
modo novo, os calendários do trabalho, combinados com novas formas de
cultura e espiritualidade. As novas tecnologias são para proveito de
todos os seres humanos e não só de alguns. Importa ressuscitar a
política do bem comum. Estarão os cristãos rendidos ao culto dos novos
ídolos?
Sem a redescoberta de novos valores e modelos de vida pessoal e
familiar, empresarial, social e política não adianta falar de
austeridade, de empobrecimento ou desenvolvimento, pois é uma linguagem
do castigo ou da promessa que assenta na demagogia. As visões curtas são
sempre mais curtas do que se imaginam.
Portugal não pode sair do resgate com sucesso se os portugueses saírem de rastos.
IN "PÚBLICO"
13/04/14
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Presidente da República defende
correção das situações de injustiça
O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu, esta
quinta-feira, que devem ser corrigidas as situações de injustiça que se
criaram nos últimos anos nesta nova fase da vida do país em começam a
surgir sinais de recuperação económica.
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"Os indicadores que vamos conhecendo e que evidenciam uma
clara recuperação da economia, uma redução do desemprego e um aumento do
clima de confiança, são uma janela de esperança para os portugueses
mais atingidos", disse Cavaco Silva.
"O dividendo orçamental do crescimento económico, proporcionado pelos aumentos das receitas dos impostos e pela redução dos subsídios de desemprego, é uma oportunidade que deve ser aproveitada para alcançar uma melhor conciliação entre as regras europeias de disciplina das contas pública e a correção das injustiças acumuladas nos últimos anos. A coesão social e os desafios do futuro assim o impõem", acrescentou.
Acompanhado pelo secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, provedor da Misericórdia de Azeitão, Jorge Carvalho, pelo vice-presidente do Grupo Visabeira, Paulo Varela, e pela presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, o presidente da República reconheceu que os "portugueses demonstraram ao longo do tempo, em que vigorou este difícil programa de ajustamento, um admirável sentido de comunidade".
"Agora, é importante que os sinais de esperança que vemos no horizonte se possam concretizar, incluindo na perceção de mais equidade e justiça por parte dos cidadãos, valores essenciais para a preservação da coesão social", afirmou.
Novo complexo criou 150 empregos
O presidente da República falava a centenas de pessoas na cerimónia de inauguração do complexo Porto Salus - Saúde e Bem-Estar, um investimento de 23 milhões de euros, no âmbito de uma parceria do grupo Visabeira e a Misericórdia de Azeitão.
Situado em Azeitão, o complexo Porto Salus, que permitiu criar 150 postos de trabalho dispõe também do hospital de Nossa Senhora da Arrábida, com 102 camas, especialmente vocacionado para cuidados continuados e paliativos.
O complexo inclui ainda uma unidade residencial, com 91 unidades de alojamento e capacidade para 120 utentes.
Protesto à porta
A nova unidade de saúde de Azeitão não provocou grande entusiasmo entre cerca de duas dezenas pessoas que se concentraram à entrada do Complexo Salus para manifestarem desacordo com a política de saúde do Governo.
"Nós entendemos que a saúde é um direito e não um negócio. Uma pessoa de idade como eu, se quiser vir para o lar [do Complexo Salus], tem de ter 2500 euros disponíveis e depois tem de pagar mais 1300/1400 euros por mês", disse à Lusa o septuagenário Francisco Esperança.
"Quem tem reformas - os que têm - de 300/400 euros por mês, com certeza que não vai ter a possibilidade de vir para este lar", concluiu.
* A Justiça em Portugal é uma espécie de doença auto-imune, isto é, ataca o tecido bom, diz-se que é por engano.
"O dividendo orçamental do crescimento económico, proporcionado pelos aumentos das receitas dos impostos e pela redução dos subsídios de desemprego, é uma oportunidade que deve ser aproveitada para alcançar uma melhor conciliação entre as regras europeias de disciplina das contas pública e a correção das injustiças acumuladas nos últimos anos. A coesão social e os desafios do futuro assim o impõem", acrescentou.
Acompanhado pelo secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, provedor da Misericórdia de Azeitão, Jorge Carvalho, pelo vice-presidente do Grupo Visabeira, Paulo Varela, e pela presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, o presidente da República reconheceu que os "portugueses demonstraram ao longo do tempo, em que vigorou este difícil programa de ajustamento, um admirável sentido de comunidade".
"Agora, é importante que os sinais de esperança que vemos no horizonte se possam concretizar, incluindo na perceção de mais equidade e justiça por parte dos cidadãos, valores essenciais para a preservação da coesão social", afirmou.
Novo complexo criou 150 empregos
O presidente da República falava a centenas de pessoas na cerimónia de inauguração do complexo Porto Salus - Saúde e Bem-Estar, um investimento de 23 milhões de euros, no âmbito de uma parceria do grupo Visabeira e a Misericórdia de Azeitão.
Situado em Azeitão, o complexo Porto Salus, que permitiu criar 150 postos de trabalho dispõe também do hospital de Nossa Senhora da Arrábida, com 102 camas, especialmente vocacionado para cuidados continuados e paliativos.
O complexo inclui ainda uma unidade residencial, com 91 unidades de alojamento e capacidade para 120 utentes.
Protesto à porta
A nova unidade de saúde de Azeitão não provocou grande entusiasmo entre cerca de duas dezenas pessoas que se concentraram à entrada do Complexo Salus para manifestarem desacordo com a política de saúde do Governo.
"Nós entendemos que a saúde é um direito e não um negócio. Uma pessoa de idade como eu, se quiser vir para o lar [do Complexo Salus], tem de ter 2500 euros disponíveis e depois tem de pagar mais 1300/1400 euros por mês", disse à Lusa o septuagenário Francisco Esperança.
"Quem tem reformas - os que têm - de 300/400 euros por mês, com certeza que não vai ter a possibilidade de vir para este lar", concluiu.
* A Justiça em Portugal é uma espécie de doença auto-imune, isto é, ataca o tecido bom, diz-se que é por engano.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"Gosto" no Facebook pode impedir
. consumidores de processar empresas
Nos termos legais que actualizou esta terça-feira,
a empresa americana General Mills quer evitar que os consumidores
avancem com acções judiciais se tiverem recebido algum tipo de
benefício. Especialistas realçam que os contornos legais desta mudança
precisam de ser analisados.
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E se colocar um simples ‘Gosto’ no Facebook
impedisse o consumidor de processar judicialmente a marca por uma má
experiência? É essa a posição da americana General Mills divulgada esta
terça-feira no termos legais actualizados no seu ‘site’.
Segundo explica o “New York Times”, a partir da informação divulgada pela companhia que produz marcas como a Cheerios, os consumidores abdicam do seu direito de processar a General Mills se fizerem ‘download’ de cupões de desconto, se juntarem às comunidades ‘online’ como o Facebook ou entrarem em concursos patrocinados pela empresa.
Quem quiser resolver, em território americano, um litígio com a empresa, mas já tenha beneficiado de alguma das situações referidas, vê-se obrigado a recorrer a uma negociação informal. “Temos novos termos legais que exigem que todos os litígios relacionados com a compra ou uso de qualquer produto ou serviço da General Mills sejam resolvidos através de arbitragem obrigatória”, escreve a empresa no seu ‘site’.
Para Julia Duncan, perita de arbitragem da Associação Americana para a Justiça em declarações ao “New York Times”, esta mudança nos termos legais serve “essencialmente para tentar proteger a empresa de todo o tipo de responsabilidade”, mesmo nas situações mais extremas.
Em comunicado, a General Mills defende que a “arbitragem é uma forma eficiente para resolver litígios”, considerando ainda que “esta é apenas uma actualização da política que tentámos comunicar de forma clara e visível”.
A mudança nos termos legais teve lugar após um processo movido, em Março deste ano, por duas mães californianas que alegavam que a empresa comercializava produtos com a etiqueta de “natural” quando estes continham ingredientes processados e geneticamente modificados. Já em 2013, a General Mills tinha pago 8,5 milhões de dólares (6,2 milhões de euros) para resolver acções judiciais nos Estados Unidos da América.
Nos últimos anos, um número crescente de empresas tem adoptado políticas contra litígio no território americano, em sectores como as telecomunicações ou a banca. Contudo, de acordo com os especialistas consultados pelo "New York Times", este é o primeiro caso no sector alimentar.
* A "cegada" de nos juntarmos ao rebanho do show busy vira-se contra nós, esta nova questão legal americana pode vir a fazer jurisprudência na Europa. É mesmo linda a globalização.
Segundo explica o “New York Times”, a partir da informação divulgada pela companhia que produz marcas como a Cheerios, os consumidores abdicam do seu direito de processar a General Mills se fizerem ‘download’ de cupões de desconto, se juntarem às comunidades ‘online’ como o Facebook ou entrarem em concursos patrocinados pela empresa.
Quem quiser resolver, em território americano, um litígio com a empresa, mas já tenha beneficiado de alguma das situações referidas, vê-se obrigado a recorrer a uma negociação informal. “Temos novos termos legais que exigem que todos os litígios relacionados com a compra ou uso de qualquer produto ou serviço da General Mills sejam resolvidos através de arbitragem obrigatória”, escreve a empresa no seu ‘site’.
Para Julia Duncan, perita de arbitragem da Associação Americana para a Justiça em declarações ao “New York Times”, esta mudança nos termos legais serve “essencialmente para tentar proteger a empresa de todo o tipo de responsabilidade”, mesmo nas situações mais extremas.
Em comunicado, a General Mills defende que a “arbitragem é uma forma eficiente para resolver litígios”, considerando ainda que “esta é apenas uma actualização da política que tentámos comunicar de forma clara e visível”.
A mudança nos termos legais teve lugar após um processo movido, em Março deste ano, por duas mães californianas que alegavam que a empresa comercializava produtos com a etiqueta de “natural” quando estes continham ingredientes processados e geneticamente modificados. Já em 2013, a General Mills tinha pago 8,5 milhões de dólares (6,2 milhões de euros) para resolver acções judiciais nos Estados Unidos da América.
Nos últimos anos, um número crescente de empresas tem adoptado políticas contra litígio no território americano, em sectores como as telecomunicações ou a banca. Contudo, de acordo com os especialistas consultados pelo "New York Times", este é o primeiro caso no sector alimentar.
* A "cegada" de nos juntarmos ao rebanho do show busy vira-se contra nós, esta nova questão legal americana pode vir a fazer jurisprudência na Europa. É mesmo linda a globalização.
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HOJE NO
"DESTAK"
Bispo da Guarda preocupado
com falta de padres na Diocese
O bispo da Guarda, Manuel Felício, mostrou-se hoje preocupado com a falta de padres na diocese e por as previsões indicarem que os sacerdotes serão "ainda menos em futuro próximo".
"Quanto ao serviço sacerdotal nas nossas paróquias, todos verificamos que temos menos padres hoje do que tínhamos há alguns anos e as projeções dizem-nos que seremos ainda menos em futuro próximo", afirmou o bispo, na Missa Crismal de hoje, realizada na Sé da Guarda.
Segundo o prelado diocesano, esta realidade servirá de motivação para a diocese organizar nas paróquias e nos conjuntos de paróquias "a necessária complementaridade entre ministérios ordenados e ministérios laicais" e para reforçar o "empenho em promover as vocações sacerdotais".
* - E a pedofilia sr. Bispo, continua bem protegida?
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HOJE NO
"i"
Deco recebeu 924 denúncias de
. desperdício de água em 2013
O
objectivo é que cada consumidor que detecte anomalias denuncie no
formulário que se encontra ‘online’ na página na internet da associação
A
Deco recebeu dos consumidores perto de mil denúncias de fugas de água,
em 2013, algumas relacionadas com mangueiras de regas de espaços verdes
mal direcionadas, rotura de tubagem ou de condutas.
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Este ano, no âmbito de uma campanha contra o desperdício de água, a
DECO volta a apelar a todos os portugueses que ajudem as entidades
gestoras de água da rede a melhorar a eficiência contra o desperdício.
O objetivo é que cada consumidor que detete anomalias denuncie no
formulário que se encontra ‘online’ na página na internet da Deco.
Segundo o comunicado, na edição de maio da revista Proteste foram
compardas as tarifas aplicadas em março de 2014 e "em 190 municípios
verificou-se um aumento tendencial dos tarifários”.
O principal objetivo da campanha, indica a associação de defesa dos
consumidores, é “defender o consumidor, que não pode, nem deve ser
prejudicado com aumentos resultantes de custos de ineficiência de água”.
A Deco refere ainda, que em média, os custos do serviço de captação,
tratamento e distribuição tendem a refletir-se nas tarifas, que atingem
cerca de 25 por cento, sendo que nalguns municípios o valor pode
triplicar.
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As 924 denúncias feitas, em 2013, estão relacionadas com situações
como mangueiras de regas de espaços verdes mal direcionadas, rotura de
tubagem ou de condutas retratando o desperdício nacional e as perdas
elevadas do sistema.
Esta ineficiência aumenta os custos das entidades gestoras que
consequentemente agravam a fatura dos consumidores. A plataforma no
portal da Deco permite denunciar perdas de água diretamente à entidade
responsável, cabendo depois a esta resolver a situação.
A associação compromete-se a enviar a denúncia para a entidade
gestora do município e enviar todas as denúncias para a Entidade
Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).
* Água, mais valiosa que o ouro.
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De acordo com um estudo da UEFA, o Benfica é o clube europeu com maior percentagem de adeptos no seu país de origem, com 47 por cento.
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HOJE NO
"A BOLA"
Benfica é o clube europeu com maior
. percentagem de adeptos no seu país
. percentagem de adeptos no seu país
De acordo com um estudo da UEFA, o Benfica é o clube europeu com maior percentagem de adeptos no seu país de origem, com 47 por cento.
O estudo foi
levado a cabo em novembro de 2012, junto de mais de 18 mil cidadãos
europeus, entre os 18 e os 69 anos, que foram questionados sobre qual
era o seu clube favorito.
Entre os portugueses, 47 por cento respondeu que era o Benfica, a mais alta percentagem de preferência registada no estudo, à frente dos 45 por cento do Steaua de Bucareste na Roménia. O Galatasaray surge no terceiro lugar, com 37 por cento na Turquia.
Os resultados do estudo foram agora divulgados, num relatório da UEFA sobre a saúde financeira dos clubes na Europa.
Entre os portugueses, 47 por cento respondeu que era o Benfica, a mais alta percentagem de preferência registada no estudo, à frente dos 45 por cento do Steaua de Bucareste na Roménia. O Galatasaray surge no terceiro lugar, com 37 por cento na Turquia.
Os resultados do estudo foram agora divulgados, num relatório da UEFA sobre a saúde financeira dos clubes na Europa.
* Já o escrevemos há mais de dois anos, Benfica é a marca portuguesa.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
PSD, PS e CDS-PP "chumbam" obrigatoriedade do regime de exclusividade dos deputados
Os diplomas do BE para tornar obrigatório o regime de
exclusividade dos deputados e do PCP para alargar o regime de
incompatibilidades dos titulares de cargos políticos foram chumbados
hoje com os votos contra da maioria e do PS.
PCP, BE e PEV votaram favoravelmente as duas iniciativas.
O atual estatuto do deputado prevê já várias incompatibilidades e impedimentos, nomeadamente em regime de acumulação.
No entanto, o BE defendia a obrigatoriedade da exclusividade,
alegando que o regime atual é ainda insuficiente porque continua a
permitir os deputados possam acumular essas funções com outras
atividades profissionais no setor privado, como administradores,
gestores, consultores ou advogados.
O diploma do PCP preconizava a alteração do Estatuto dos Deputados e o
Regime Jurídico de Incompatibilidades e Impedimentos dos Titulares de
Cargos Políticos e Altos Cargos Públicos, nomeadamente a extensão, em
matéria de impedimentos, das limitações já existentes para empresas
maioritariamente públicas e institutos públicos autónomos a todos os
seus órgãos sociais.
O aumento do período de impedimento de exercício de actividades
privadas após exercício de funções públicas para cinco anos e o
alargamento desta regra aos titulares de altos cargos públicos eram
outras das propostas dos comunistas.
Anunciaram a apresentação de declarações de voto os deputados do PSD
Conceição Ruão, Eduardo Teixeira, Manuela Tender, Graça Mota, Duarte
Marques, Cristovão Norte e Mendes Bota.
Os deputados do PS Rui Paulo Figueiredo e António Cardoso anunciaram igualmente que iriam apresentar declarações de voto.
Na declaração de voto de Duarte Marques e Cristovão Norte, a que a
Lusa teve acesso, os dois deputados sociais-democratas alegam que
"apesar de concordarem com o espirito e objetivo da iniciativa, em
particular com a obrigatoriedade da exclusividade, os projetos de lei
apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP carecem de alcance e
profundidade no articulado proposto face aos desafios que se colocam".
"Esta matéria deve ser fruto de uma reflexão séria, desprovida de
oportunismos e englobada numa reforma estrutural do sistema político, a
qual deve compreender o voto preferencial, a redução do número de
deputados para 180 no limiar inferior que tem tradução constitucional,
bem como o debate sobre a obrigação do regime de exclusividade, entre
outras alterações que promovam e reforcem as relações de confiança e
credibilidade do sistema político. Ora, esta visão integrada não tem
cabimento nas iniciativas desgarradas que foram submetidas a apreciação
do Plenário da Assembleia da República", acrescentam ainda os dois
deputados do PSD.
* O resultado da votação era previsível, o PS faz parte dos partidos do covil da governação, votou no óbvio.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Segredos da gestão de José Mourinho
É o treinador com mais meias-finais de
Champions: oito. Chamam-lhe ‘special one’, ‘boss’ e os seus métodos de
gestão e liderança já são um modelo de sucesso. Saiba quais são.
Na fervilhante atmosfera de Stamford Bridge,
ao intervalo do Chelsea-PSG, decisivo para a passagem às meias-finais
da Champions, César Azpilicueta regressa insatisfeito ao balneário com
os companheiros. O 1-0 não chega. José Mourinho há-de surpreendê-los com
o discurso. "Disse-nos que estávamos eliminados", contou. "Pediu que
jogássemos para o público e que nos divertíssemos. Demos tudo o que
tínhamos em campo e passámos."
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A arte da gestão do treinador passa pelo
estímulo do orgulho conforme o próprio admitiu à revista do ‘El País' em
Agosto de 2010: "Dentro de 50 anos continuarei na história de clubes
como Porto, Chelsea ou Inter. Nós, jogadores e treinadores, os que
chegámos a este nível, queremos ganhar por orgulho natural, ou seja, é
um orgulho inato."
Os treinos são preparados de modo minucioso. Para Mourinho, o melhor
amigo é o bloco de notas. É aqui que aponta tudo o que se passa nos
treinos. O melhor treinador do mundo não gosta do desconhecido e, por
isso, tenta reduzir ao máximo a imprevisibilidade de cada jogo. "Manda
fazer exercícios para simular jogadas quando a equipa está a ganhar, a
perder ou no caso de algum jogador ser expulso e termos de jogar com
menos um", conta um antigo adjunto.
Aqueles que trabalham ao seu lado identificam-lhe traços de
mestria como motivador. Internacional italiano, campeão mundial em 1982,
Gabriele Oriali trabalhou de perto com o português no Inter e, ao
diário ‘La Gazzetta dello Sport', sublinhou a motivação como pano de
fundo no sucesso de Mourinho. E usou a vitória obtida ante o Bayern na
Champions de 2010, indicando que não estavam apenas 11 em campo, mas
cerca de 30. Aos jogadores juntavam-se os suplentes, os colaboradores, a
equipa médica e massagistas, unidos em torno do técnico. Além disso,
não é escravo de uma ideia ou táctica.
Exímio a decidir sob pressão, o português antecipa os problemas
para vencer. Na semana de um jogo decisivo, pede ao plantel para
imaginar dois cenários de 15 minutos diferentes: num deles estariam a
ganhar e no outro a perder. O segundo ponto é o que merece mais
reflexão. Aqueles minutos podem ser tudo o que têm para ganhar a
partida. Os jogadores falam entre si e com José Mourinho
sobre o que teriam de fazer para dar a volta ao resultado. Um exemplo
de sucesso desta metodologia aconteceu logo em Fevereiro de 2005 quando a
equipa londrina jogou a final da Taça da Liga com o Liverpool - o
desafio seguiu para prolongamento e, em apenas 15 minutos, o Chelsea
marcou dois golos, acabando o jogo a vencer por 3-2.
Dez minutos antes de subir ao relvado, pode pedir a um dos jogadores mais experientes (Terry e Lampard no Chelsea,
por exemplo) para fazer um discurso de incentivo ao grupo. A palavra
vencer é a que mais vezes se repete. "Escolhe estes porque são os que
têm uma personalidade mais forte", afirma a mesma fonte.
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Além disso, há sempre alguém da equipa de Mourinho que observa os
adversários e depois elabora relatórios detalhados sobre como defendem e
atacam, pontos fracos e fortes e a forma de executar os lances de bola
parada. Os relatórios são entregues numa segunda-feira ao treinador e a
cada jogador, escritos em páginas A4. Tudo detalhado, como Mourinho
gosta: há informações sobre o modo de jogar de cada futebolista
adversário e depois uma apreciação generalizada. Não faltam também os
gráficos com estatísticas. No dia seguinte, o treinador reúne-se com os
atletas numa das salas do clube. Aí, dá as primeiras indicações sobre o
que fazer no jogo. Os pormenores vão sendo analisados ao longo da semana
até à última reunião, quatro horas antes da partida.
Um craque da comunicação
Michael Robinson,
antigo avançado que chegou a campeão europeu no Liverpool (83/84), mas
não suportou ser concorrente de uma dupla como Dalglish e Rush,
tornou-se comentador desportivo e ficou com uma impressão positiva após
um mês de convivência na antiga Jugoslávia: "Usa um disfarce perante os
media, mas é um craque da comunicação, generoso com os jogadores -
diz-lhes que são eles a ganhar e ele quem perde e, por isso, adoram-no.
Transmite-lhes amor e respeito; é mais brando do que duro. As suas
guerras dialécticas são momentâneas, pequenos instantes numa vida que
inspira carinho especial."
"Aprendi com o meu pai, para mim um exemplo, que o mais
importante de um treinador e talvez de um homem é a honestidade.
Cometerei erros de decisão, nas análises, mas guardarei o máximo de
honestidade para os meus jogadores", assumiu Mourinho na revista
espanhola quando estava a começar a temporada inicial no Real Madrid, em
Agosto de 2010.
Sobre a base dos seus conhecimentos, uma explicação invulgar: "O meu
pai casou-se com uma professora de português e essa combinação levou-me,
por um lado, a amar o futebol, mas, ao mesmo tempo, a presença da minha
mãe, a sua actividade, influenciou-me a ter um pouco de controlo nessa
paixão e manter uma motivação cultural e académica. Quando tinha uns 17
anos conheci a minha mulher. Ela também tem formação universitária, de
Filosofia, eu estudei Educação Física, portanto, a formação do meu
pensamento é fruto da união de duas áreas que alguns crêem
incompatíveis: a universidade e o futebol."
As decisões na vida pessoal
No início não faltaram decisões difíceis. Em 1990, o treinador Manuel
Fernandes convidou-o para a equipa técnica no Estrela da Amadora, uma
oportunidade para entrar no futebol profissional. O jovem hesitou: na
altura, era professor de Educação Física na Escola Secundária de Alhos
Vedros. Além disso, ainda recebia 50 contos por mês (250 euros) para
treinar os juvenis e os juniores do Vitória de Setúbal. Estava com
dúvidas e pediu a opinião da mulher, Tami, que foi firme: disse-lhe para
aceitar o cargo na Amadora.
Muito depois, em Junho de 2000, voltou a correr riscos. Depois de
ser adjunto de Bobby Robson e Louis van Gaal no Barcelona, conversou
com o holandês sobre um convite que recebera para treinar e foi
incentivado a aceitar a proposta do Benfica, liderado por João Vale e
Azevedo. Foi de férias para uma pequena moradia, em Ferragudo, no
Algarve.
Ali brincou com os dois filhos, José Mário e Tita, deu longos
passeios pela praia e aproveitou para ler livros e ver DVD sobre
futebol. Ao mesmo tempo, elaborou um dossier de treino onde escreveu
tudo o que aprendera. Mais tarde, já bicampeão nacional, vencedor da
Taça UEFA e campeão europeu pelo Porto, quando o milionário Abramovich o
contratou para o Chelsea, a escala mudou: interessou-lhe o prestígio mundial e o dinheiro, negociando um ordenado anual de 7,5 milhões de euros.
No começo da aventura em Espanha, foi firme: "No futebol sou um
homem de risco total; na vida privada, risco zero." E, questionado sobre
os tempos livres, constatou factos: "Gosto de Gabriel García Márquez,
mas tenho pouco tempo para ler. Trabalho muitas horas e quando chego a
casa gosto de estar com os meus. Não posso ser tão egoísta ao ponto de
exigir o meu próprio espaço. Rio muito em casa e no meu ambiente de
trabalho."
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Mais difícil torna-se saber, de facto, quem é José Mourinho.
"Ninguém conhece Mourinho, só a família, os amigos e quem me conhece de
verdade. Não gosto da vida social. Perdi a minha privacidade, não posso
passear com os filhos, a mulher, a família, não posso andar na rua nem
viajar com tranquilidade. E tenho de ler muitas mentiras - quando leio -
sobre mim", confessou.
* Se tivéssemos um primeiro-ministro com 20% das capacidades intelectuais de José Mourinho não teria sido necessário o resgate.
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