Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
12/11/2015
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HOJE NO
"A BOLA"
Sporting
«Os fundos criam dependência como se
. vendessem droga» - Bruno de Carvalho
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, é
conhecido pela sua luta contra os fundos de investimento. Em entrevista
ao jornal francês L´Équipe, o dirigente voltou a manifestar-se contra a
participação de terceiros nos direitos dos jogadores.
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«Os fundos
querem criar um vício. Um pouco como se vendessem droga. Esperam que os
seus clientes lhe peçam mais e mais a cada dia. É a entrada num círculo
vicioso: mais dívidas, que levam a mais recursos a fundos, o que leva a
mais dívidas…», começou por defender o líder leonino, recusando depois
ser um «cavaleiro branco que enfrenta uma batalha contra os fundos de
investimento»:
«Não sei se podemos falar de guerra. Somos fundamentalmente contra a entrada de grandes quantias de dinheiro no futebol da qual não sabemos a origem. Se repararem bem, os fundos ganham em todos os cenários, quer os jogadores sejam bons ou maus. Reclamamos, no mínimo, três coisas: avaliar as experiências passadas e em curso para evitar que o futebol entre neste mundos sem saber das consequências; saber quem são os parceiros destes fundos, de onde vem o dinheiro; e que estes fundos não possam imiscuir-se na gestão dos clubes».
Bruno de Carvalho, que se revoltou contra estes fundos depois da transferência de Marcos Rojo para o Manchester United ressaltou o trabalho feito no clube de Alvalade desde que abandonaram estes investimentos.
«Quando me tornei presidente do Sporting, 95por cento dos nossos jogadores eram controladas por dinheiro e tivemos os piores resultados da história, nossa dívida acumulada foi de 500 milhões de euros… tínhamos uma esperança de vida de três meses. Mas eu disse que queria fazer mais no meu clube. Na temporada seguinte, terminámos em 2º lugar e entrámos na Liga dos Campeões. Desde que parei com os fundos, temos melhores resultados desportivos e encontrámos o equilíbrio financeiro», terminou.
«Não sei se podemos falar de guerra. Somos fundamentalmente contra a entrada de grandes quantias de dinheiro no futebol da qual não sabemos a origem. Se repararem bem, os fundos ganham em todos os cenários, quer os jogadores sejam bons ou maus. Reclamamos, no mínimo, três coisas: avaliar as experiências passadas e em curso para evitar que o futebol entre neste mundos sem saber das consequências; saber quem são os parceiros destes fundos, de onde vem o dinheiro; e que estes fundos não possam imiscuir-se na gestão dos clubes».
Bruno de Carvalho, que se revoltou contra estes fundos depois da transferência de Marcos Rojo para o Manchester United ressaltou o trabalho feito no clube de Alvalade desde que abandonaram estes investimentos.
«Quando me tornei presidente do Sporting, 95por cento dos nossos jogadores eram controladas por dinheiro e tivemos os piores resultados da história, nossa dívida acumulada foi de 500 milhões de euros… tínhamos uma esperança de vida de três meses. Mas eu disse que queria fazer mais no meu clube. Na temporada seguinte, terminámos em 2º lugar e entrámos na Liga dos Campeões. Desde que parei com os fundos, temos melhores resultados desportivos e encontrámos o equilíbrio financeiro», terminou.
* Apesar de sportinguistas temos tecido críticas a Bruno de Carvalho por ter tomado decisões, em nossa opinião, pouco lúcidas mas neste assunto tem toda a razão.
A esmagadora maioria dos economistas Keynesianos têm opinião de que os fundos investimentos estão a destruir a economia mundial estruturada ao transformá-la numa antropofagia financeira liderada por trambiqueiros (traficantes) do dinheiro. Bruno de Carvalho teve coragem.
A esmagadora maioria dos economistas Keynesianos têm opinião de que os fundos investimentos estão a destruir a economia mundial estruturada ao transformá-la numa antropofagia financeira liderada por trambiqueiros (traficantes) do dinheiro. Bruno de Carvalho teve coragem.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Advogados de ativistas angolanos
sem acesso ao processo
Os advogados que defendem os 17 ativistas angolanos acusados de
prepararem uma rebelião denunciaram hoje que a quatro dias do julgamento
continuam sem ter acesso ao processo, queixando-se de falta de
condições para uma "defesa justa".
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Os quatro advogados que asseguram a defesa destes jovens, 15 dos
quais em prisão preventiva desde junho, afirmam que continuam a não ter
acesso ao processo, um mês depois do despacho de pronúncia, o qual terá
"mais de 1.500 páginas", escutas e vídeos, apesar de o julgamento ter
início agendado para segunda-feira, em Luanda.
"Como é que é possível ter um julgamento justo quando não sabemos o
que está lá no processo? Já o tentamos consultar, mas há um despacho a
dizer que somos a obrigados a ir ver no tribunal, porque é volumoso, mas
depois eles próprios estão a mudar de tribunal e não informam
oficialmente", queixou-se, em declarações à Lusa, o advogado Michel
Francisco, que defende quatro dos arguidos neste processo.
Estão todos acusados, entre outros crimes menores, da coautoria
material de um crime de atos preparatórios para uma rebelião e para um
atentado contra o Presidente de Angola, no âmbito de um curso de
formação semanal que decorria desde maio.
Na altura das detenções, estes jovens ativistas realizavam já a sexta
sessão desta formação, segundo o despacho de pronúncia, com base na
acusação do Ministério Público, o único documento que os advogados
conhecem até agora.
Entretanto, para adensar as dúvidas sobre o arranque do julgamento, o próprio tribunal mudou de localização.
Em causa está a mudança da 14.ª secção do Tribunal Provincial de
Luanda, que até ao final de outubro funcionava em Cacuaco, segundo
relatos públicos sem condições, e que passou entretanto para a zona de
Benfica, município de Belas, noutra área dos arredores do centro da
capital angolana, mas que ainda não estará a funcionar adequadamente.
"Diz-se, informalmente, que não há condições no tribunal para começar
o julgamento, o que joga em desfavor de quem está preso. Se adiarem,
eles vão continuar presos e esse é o problema", admitiu Michel
Francisco.
Na mesma linha, David Mendes, que defende outros dois arguidos,
também ainda não conseguiu consultar o processo, conforme o próprio
confirmou à Lusa.
"Até hoje não tivemos acesso ao processo. Amanhã [sexta-feira] vamos
tentar outra vez, mas é impossível ir para julgamento sem ouvir as ditas
gravações, sem saber o que está no processo. Assim vamos para um
julgamento às cegas", criticou.
"Isto é um absurdo. Não sabemos quais são as provas, como vamos fazer a contraprova? Objetivamente não há condições", afirma.
Luís Nascimento, que em conjunto com o colega Walter Tondela defende
11 arguidos, também hoje tentou, em vão, consultar o processo.
"Nem havia luz no tribunal. Fomos lá [ao novo tribunal], nem sequer
fomos notificados, mas constatamos a mudança, é verdade. O processo
encontra-se no gabinete do juiz, mas não conseguimos ter acesso",
lamentou o advogado.
Com 15 arguidos em prisão preventiva, e apesar de não ter acesso a
processo, Luís Nascimento recusa um eventual adiamento do julgamento,
mesmo que não saiba se será possível iniciar já na segunda-feira,
conforme programado.
"Só se chegasse alguma decisão favorável do 'habeas corpus' [recurso
em que pedem a libertação imediata dos arguidos] é que podíamos
equacionar isso. Nesta fase, mais importante é a libertação deles e para
isso é preciso começar o julgamento, não estamos interessados num
adiamento", apontou o advogado.
* Reflexos da brutalidade do Zé Dú.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Fisco ganha luta contra sigilo bancário
e passa a ter acesso às contas
A Autoridade Tributária ganhou a batalha no Supremo Tribunal
Administrativo para levantar o sigilo bancário em casos de discrepâncias
entre os rendimentos declarados no IRS e os ganhos com juros de
depósitos bancários, avança hoje o Jornal de Negócios.
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Um Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA), de Outubro de
2015, veio dar razão ao Fisco e, uma vez que havia entendimentos
diferentes nos tribunais sobre esta matéria, decidiu pela existência de
uma chamada oposição de julgados, fixando jurisprudência que deverá
passar a aplicar-se daqui para a frente.
De acordo com a decisão, a banca vai passar a ser obrigada a levantar
o sigilo das contas de clientes que registem um acréscimo nos lucros
superior a 100 mil euros, sem justificação visível nos dados do IRS.
A discussão surgiu devido à queixa de um contribuinte, com o
argumento que o segredo da conta apenas poderia ser contornado após a
confirmação de ganhos ilegais. Mas segundo o STA "para permitir à AT
quebrar o sigilo bancário, a lei não exige que o acréscimo patrimonial
esteja já manifestado".
O Supremo Tribunal Administrativo considera assim que o Fisco tem
razão, abrindo a porta a uma verificação directa dos depósitos para
confirmar as contas apresentadas pelos contribuintes.
De acordo com o mesmo jornal, em casos onde se verifiquem os ganhos
excessivos e a não-declaração de rendimentos, o Fisco poderá reclamar o
pagamento de mais IRS e tributar de forma indirecta os contribuintes
para saldar os impostos em dívida.
Neste caso, por exemplo, o STA aceitou como legal a aplicação, pelo
Fisco, de uma taxa de juro "próxima da taxa de juro média praticada
pelas instituições bancárias" e que, no caso, foi de 4%.
* Quem aldraba vai arranjar aldrabice alternativa.
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JOÃO CÉSAR DAS NEVES
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
11/11/15
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Regeneração da esquerda
Assistimos à decadência final de uma das
grandes inovações políticas do início do século. A chegada de Lula da
Silva à presidência brasileira em 2003 significou uma renovação para a
esquerda mundial. Não apenas o Partido dos Trabalhadores tomava o poder
numa das maiores democracias, mas abriu novas perspectivas numa das
regiões do planeta mais exigentes.
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Recusando
o populismo económico e irresponsabilidade financeira de três gerações:
Fidel Castro em Cuba, Hugo Chávez na Venezuela ou Evo Morales na
Bolívia, Lula seguiu o antecessor centrista Fernando Henrique Cardoso,
mas introduzindo programas sociais inteligentes, como a Bolsa Família. O
resultado foi não só um grande sucesso para o Brasil, mas para uma nova
esquerda sul-americana, combinando realismo económico com justiça
social.
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A novidade continuou a longa
renovação da esquerda com mais de cinco décadas. Ela está ao nível da
que o jugoslavo Josip Broz Tito e o checo Alexander Dubcek fizeram nos
anos 1960, o francês Georges Marchais e o italiano Enrico Berlinguer nos
anos 1970, o russo Mikhail Gorbachev e o chinês Deng Xiaoping nos anos
1980, o britânico Tony Blair e o americano Bill Clinton nos anos 1990.
Em todos estes casos a esquerda adaptou a doutrina e a prática às
realidades em intensa transformação, preservando o essencial da linha
sem perder presença activa nas mutações mundiais.
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O sucesso das várias tentativas foi muito
diverso, mas poucos suportaram uma degradação tão profunda e intensa
como agora o PT. Afligido desce cedo por profunda corrupção, o partido
sofreu em seguida por longa hesitação e grave incompetência na gestão
dos choques económicos, que resultou em intenso colapso, de onde
dificilmente recuperará incólume.
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Enquanto
o PT brasileiro declina, a regeneração da esquerda continua noutras
latitudes. É na Grécia que surge a experiência mais promissora dessa
área política, com o radical Syriza aceitando governar em terríveis
condições económicas e financeiras. Isso forçou uma transformação
homóloga à de Lula, trocando a retórica incendiária e ociosa por um
pragmatismo sensato. Ainda é cedo para determinar o resultado da
experiência mas dela, como de todas as mencionadas, sairá o futuro da
ideologia.
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Estes casos, e muitos outros
que poderiam ser citados, mostram como a esquerda tem revelado um
dinamismo intelectual e uma adaptabilidade política em condições muito
difíceis. A exigência advém de uma solidez intelectual que a direita,
por razões conceptuais, não tem. Pelo contrário, o óbice desse
adversário é a forte indefinição ideológica. Enquanto a esquerda se
descreve claramente pela doutrina - mesmo se em vários matizes,
jacobina, marxista, trotskista, maoista, cooperativista,
social-democrata, etc. -, a direita é caracterizada simplesmente como
tudo o resto. Por isso inclui grupos incompatíveis e até opostos, como
absolutistas, republicanos, conservadores e liberais. Só que a própria
solidez ideológica da esquerda cria todas as dificuldades de adaptação
que rodearam cada uma das regenerações, não apenas nas referidas destes
50 anos, mas ao longo de todo o último quarto de milénio.
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A
esquerda portuguesa, vinda de um passado idealista e extravagante,
mostrou desde 1974 um pragmatismo e adaptação que lhe tinha sempre
faltado. É verdade que temos, no PCP, o único partido relevante europeu
que mantém a pureza marxista--leninista. Por outro lado, ninguém o ouve
falar publicamente em ditadura do proletariado ou sociedade sem classes,
tendo tentado repetidamente há 40 anos seduzir os que considera
burgueses revisionistas do PS para alianças. Quanto ao BE e ao PS, a sua
simples existência é prova de cedência e compromisso. O Bloco, como o
nome indica, constitui uma agregação de maoistas, trotskistas,
ecologistas, esquerdistas e radicais que omitem as suas diferenças para
conseguir relevância. Igual variedade existe dentro do PS, desde uma
social-democracia semi-liberal a um marxismo pouco moderado.
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António
Costa ensaia agora mais uma regeneração, aceitando a antiga proposta do
PCP e até a alargando ao Bloco. Antes de o colocar na galeria dos
reformadores, onde Tsipras ainda espera aprovação para o lugar ao lado
de Lula, vale a pena considerar os contornos da proposta à luz das
anteriores renovações.
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O que
imediatamente salta à vista no possível acordo PS-PCP-BE é a ausência
não só de solidez doutrinal mas até de programa político. Tudo parece
resultar de mero oportunismo parlamentar, o que perspectiva uma
decadência ainda mais rápida do que a do PT brasileiro.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
11/11/15
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
PSP dá dinheiro a mãe pobre
A agente da PSP Alexandra Sousa deu 40 euros a uma mãe que chorava no parque de estacionamento do Centro Comercial Alegro em Alfragide, na Amadora, por não ter dinheiro para comprar roupa para o filho, de 10 anos.
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O momento solidário aconteceu na quinta-feira passada, depois de o filho de Cláudia ter perdido os únicos 40 euros que a mãe tinha para investir em vestuário. "Não tinha como pagar do meu bolso nem relativizar a perda. (…) Encostei-me ao carro e não contive lágrimas e uma sensação assombrosa de ter dado ao meu filho, uma criança, a responsabilidade de ter nas suas mãos o único valor que tínhamos para ele poder ir em melhores condições para a escola", escreveu Cláudia numa mensagem divulgada pela PSP no Facebook.
Ao ver a mãe chorar, Alexandra Sousa abordou Cláudia, a criança acabou por confessar o problema e, sensibilizada, a agente deu à família os 40 euros de que precisavam. "Não queria acreditar, a situação era a mais vulnerável por que alguma vez tinha passado (…) Pedi-lhe o número de telefone e o seu nome para mais tarde lhe devolver o valor. (…) Dou os parabéns à PSP pela qualidade do seu efetivo", pode ler-se na publicação.
* Sempre elogiámos na generalidade o trabalho dos elementos das forças de segurança de proximidade PSP e GNR, pessoalmente já testemunhámos bons exemplos. O gesto da agente revela o lado humano por trás da farda.
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A história da fotografia que marcou a II Guerra Mundial
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
A gafe do cartaz da JSD que se tornou
. quase um elogio ao nazismo
. quase um elogio ao nazismo
Um tiro ao lado. Ou melhor, fogo amigo contra sociais-democratas e
centristas. O objetivo era denunciar a aliança da esquerda. “Foi nisto
que votou?”, lê-se em letras garrafais. Os alvos eram António Costa,
Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, os responsáveis pela queda do
Governo PSD/CDS. As armas de arremesso? A imagem de Lenine e a alusão à
extinta União Soviética. A mensagem era clara: PS, Bloco e PCP
assaltaram o poder.
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A IMAGEM SUGERE QUE O PSD É NAZI! |
Mas o cartaz da JSD trazia outro detalhe que
não passou despercebido: a bandeira vermelha com a foice e o martelo
sobre o Reichstag (Parlamento alemão), uma imagem histórica do século XX
e que ficou imortalizada por representar a derrota de Hitler e do nazismo.
O cartaz da JSD causou alvoroço nas redes sociais e foi partilhado
até à exaustão. Na grande maioria das vezes, acompanhado por uma chuva
de críticas, considerações pouco simpáticas e comentários carregados de
ironia sobre a forma como, de forma involuntária, a JSD tinha comparado Passos e Portas a Hitler.
Entretanto,
a JSD já se veio retratar. Num comunicado enviado às redações, os
jovens sociais-democratas explicam que não quiseram, “logicamente”,
fazer “qualquer alusão ao modelo nacional-socialista ou nazi”. “Ao
contrário de outras forças partidárias, que agora querem governo o país
sem o voto do povo (aquele “que mais ordena”), esta estrutura nega
simpatia por um qualquer regime extremista e ditatorial, seja ele nazi,
norte-coreano ou outro que tal”, reforçam.
Mesmo assim, a organização reitera as críticas “à frente de esquerda” – uma “união clandestina, sem conteúdo ou dignidade”
alimentada por um PS que, “à custa da ambição pessoal do seu líder”,
trocou “o centro pela esquerda radical”, a “moderação por um caminho
antiprojecto europeu, antimoeda única, antiabertura de fronteiras”.
Bem sabemos que a pergunta “foi nisto que votou?” irrita alguns setores e organizações da sociedade portuguesa. E irrita porque a resposta é “não”! Os portugueses não votaram numa aliança escondida de esquerda, cujos elementos rejeitam o projeto europeu ou vitórias como as da queda do muro de Berlim. Não!”, escrevem.
Por isso, os
jovens sociais-democratas garantem: “A associação entre esta frente de
esquerda e momentos traumáticos da história europeia e da
humanidade certamente perturbará quem prefere derrubar
governos mantendo-se escondido no seu próprio silêncio”, mas a JSD
“não se cala perante este presente penoso e aterrador, construído, ainda para mais, nas costas dos portugueses”.
Apesar
das críticas generalizadas, houve, no entanto, quem defendesse o
exercício de comparação da JSD. Michael Seufert, deputado do CDS na
anterior legislatura, foi um deles. Num texto publicado no blogue “À vontade do freguês“,
o centrista argumenta, entre outras coisas, que se o objetivo
da montagem é “associar Jerónimo ao regime soviético” então “é bem
escolhida”. “Nem o PCP nem Jerónimo de Sousa alguma vez se distanciaram dos crimes soviéticos e em particular dos crimes do exército vermelho“.
Mais, acrescenta o antigo deputado: “E se é um facto que Hitler
foi derrotado no momento em que esse exército chegou a Berlim, vindo de
Leste, é um reescrever da história chamar-lhe libertação ou celebrar esse dia.
É que trocar um ditador – por muito horrível que fosse, como foi o caso
de Hitler – por outro – e Estaline jogava com Hitler na liga dos crimes
contra a humanidade – não é propriamente ficar livre ou ficar melhor. É
trocar uma bota com uma suástica por outra com uma foice e martelo. As
duas pisam a liberdade e a vida. Para o povo é igual”.
A história da fotografia que marcou a II Guerra Mundial
A fotografia que retrata a queda dos nazis aos pés da União Soviética tem uma história longa.
A 30 de abril de 1945, o exército vermelho avançava sobre Berlim, por
entre ruas transformadas em ruínas. No primeiro dia da ofensiva, um
jovem soldado soviético conseguiu subir ao edifício mais alto da
fantasmagórica cidade e ergueu a bandeira vermelha com a foice e o
martelo. No entanto, a bandeira foi removida horas depois pelas poucas
forças nazis que ainda estavam na cidade – não chegou, sequer, a ser
fotografada.
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Já com a cidade tomada, em maio, o fotógrafo russo Yevgeni Jaldéi reconstituiu a cena e captou várias imagens de Berlim rendida ao exército vermelho. Foi
esse momento que seria imortalizado e não sem que a imagem levassem, à
posteriori, vários retoques: algumas colunas de fumo, para aumentar o
drama, uns relógios a menos no braço do jovem soldado que aparece na
imagem, relógios que eram frutos da pilhagem à cidade, e uma dose a mais
de heroísmo.
A imagem final foi divulgada a 13 de maio pelo
jornal Ogonyok e foi amplamente divulgada pelos órgãos de comunicação
social. Yevgeni Jaldéi, o responsável pela fotografia, chegou a
explicar, anos mais tarde, que a modificação da imagem tinha sido uma
forma de responder à propaganda nazi. Montagem ou não, a fotografia
tornou-se um dos maiores símbolos comunistas.
* Os "jotas" como políticos do futuro definiram bem o cariz reaccionário da direcção partidária, talvez mais próximos da verdade do que julgamos. Uns broncos.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Economist:
Costa deve preparar-se para
"valentes cotoveladas" de aliados
Costa deve preparar-se para
"valentes cotoveladas" de aliados
Imprensa internacional continua a debater o acordo histórico da esquerda portuguesa
A
revista The Economist faz esta quinta-feira eco da situação política
portuguesa, referindo mais uma viragem à esquerda na zona euro, que
acontece apesar da coligação de direita ter ganho as eleições, com o
executivo derrubado no Parlamento.
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Segundo o Expresso,
a Economist chama "profana trindade" aos socialistas, comunistas e
bloquistas que se aliaram para apoiar a um Governo do PS. E nota que um
Executivo socialista deverá estar preparado para levar "valentes
cotoveladas" dos seus aliados.
"Um
Governo do PS estará dependente do votos de partidos que pretendem
reestruturar a dívida externa e deixar a NATO", acrescenta a The
Economist. "O senhor Costa jurou manter-se no caminho estreito da
consolidação fiscal, mas deverá esperar umas valentes cotoveladas da sua
esquerda".
El Mundo pede a Cavaco que respeite maioria de esquerda
Já o diário espanhol El Mundo escreve hoje em editorial
que o Presidente da República "deve respeitar a maioria da aliança de
esquerda" em Portugal, mas alerta quanto a um eventual regresso "ao
descontrolo das contas públicas".
O
jornal recorda que o Governo de Passos Coelho foi derrubado "apenas 11
dias depois da sua constituição", "mediante uma moção que pôs em
evidência que os conservadores não contam com uma maioria parlamentar
suficiente" e recorda o papel de Cavaco Silva ao indigitar o
primeiro-ministro.
"Extravasando as
funções de neutralidade exigidas pelo cargo, o Chefe de Estado português
fez finca-pé em que o seu correligionário Passos Coelho formasse
Governo. Neste momento, Cavaco tem duas opções: manter um executivo em
funções até que se possam fazer novas eleições - nunca antes de junho de
2016 - ou indigitar um Governo da esquerda", escreve o diário espanhol.
Para o El Mundo,
"as regras do sistema parlamentar português e o respeito ao resultado
das urnas exigem que Cavaco opte por esta segunda opção".
No
entanto, o jornal aponta que existe uma questão completamente
diferente: o futuro de Portugal com um executivo "formado por uma
heterogénea amálgama de partidos" [PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os
Verdes].
"É a primeira vez desde 1975
que os socialistas se põem de acordo com a extrema-esquerda e isso
provocou o receio dos mercados sob a forma de pressão sobre a dívida e
quedas da bolsa em Lisboa", adianta o El Mundo.
Entre
as medidas acordadas pelas forças de esquerda, recorda o jornal,
destacam-se "a reposição integral dos cortes salariais aos funcionários,
um aumento gradual do salário mínimo dos 505 euros atuais para os 600
euros em 2019, atualizar as pensões e anular várias privatizações".
"Parece difícil, com este programa, cumprir os objetivos de défice fixados pela UE", diz o El Mundo, recordando que "Portugal foi resgatado pela Troika em 2011 ao receber 78 mil milhões de euros".
"Desde
então, reduziu o seu défice público de 11% para 4,5% e saiu de uma
recessão para registar um crescimento de 0,9% em 2014. O maior perigo
agora para a economia lusa é que o regresso da esquerda ao poder, ainda
que legítima, implique o regresso ao descontrolo nas contas públicas",
conclui.
* Portugal pode ser um bom exemplo para os politiqueiros europeus.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
"Miúdos" de Rui Jorge
são umas máquinas
A Seleção Nacional de sub-21 continua imparável. E
não é só nesta fase de apuramento para o Euro'2017. É que desde 11 de
outubro de 2011 que a formação orientada por Rui Jorge não perde um jogo
oficial.
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Após o desaire com a Rússia nesse dia, os jovens portugueses
iniciaram a atual série de 24 partidas sem qualquer derrota - pese o
facto de terem caído na final do último Europeu nos penáltis, após
empate no tempo extra.
São, assim, 20
triunfos e somente 4 empates, uma marca de fazer inveja a qualquer
seleção e que atesta a qualidade do trabalho de Rui Jorge e também o
talento das novas gerações nacionais. Para já, Portugal está bem
encaminhado para marcar presença em mais uma fase final, pois leva
quatro vitórias em outros tantos jogos (e 16-1 e em golos) no grupo 4,
depois da goleada desta quinta-feira à Albânia (4-0).
* Há muito que Rui Jorge revelou excelentes qualidades de lider, desejamos vê-lo nos AA.
* Há muito que Rui Jorge revelou excelentes qualidades de lider, desejamos vê-lo nos AA.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Repor feriados civis e não os religiosos
é "laicização excessiva da sociedade"
"Isso é mais um sintoma de uma
laicização que eu considero excessiva da sociedade", afirmou Manuel
Clemente na conferência de imprensa, após mais uma assembleia plenária
da CEP, a reunião magna do episcopado português.
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RELIGIOSIDADE |
Para o cardeal-patriarca de Lisboa,
"a laicidade é um valor", mas "a sociedade é um organismo vivo que
transporta tradições, culturas, momentos de encontro, festas, ocasiões,
lembranças e isso tem que estar presente e tem que ser considerado".
"Há
uma considerável parte da população portuguesa que se refere à tradição
católica, que veicula esses valores e que pode também ter essa
materialização em datas consignadas", destacou, defendendo que "uma
laicidade encarada positivamente não é um vazio das tradições
religiosas".
Antes, Manuel Clemente notou que a supressão dos
feriados religiosos foi matéria objeto "de uma negociação entre o Estado
português e a Santa Sé".
"Tanto quanto eu sei, da parte da
Nunciatura ainda não se recebeu nenhuma sugestão. Se alguma vez vier,
analisaremos o caso, na medida em que também somos parte interessada",
referiu.
O PS compromete-se a repor em 2016 os quatro feriados que
foram eliminados pelo anterior executivo, esclarecendo que esta
reposição será feita em duas fases: primeiro os civis e depois, após
negociação com as entidades competentes, os religiosos.
Em 2012,
com efeitos a partir de 2013, o Governo suprimiu quatro feriados: dois
religiosos, o de Corpo de Deus em junho (feriado móvel), e o dia 01 de
novembro, dia de Todos os Santos, e dois civis, 05 de outubro,
Implantação da República, e o 1.º de Dezembro, Restauração da
Independência.
* O sr. Clemente esquece-se que Portugal é um Estado laico onde se deve respeitar a liberdade individual e colectiva da fé sem predominância de nenhuma religião, a igreja católica já teve abébias demais.
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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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HOJE NO
Passos desafia Costa a aprovar revisão constitucional para antecipar eleições
A oposição derrubou o governo sem ter construído
nenhum consenso alternativo e na única altura em que o Presidente não
pode dissolver o Parlamento. “Se não querem governar como golpistas ou
fraudulentos deveriam aceitar essa revisão constitucional".
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Pedro Passos Coelho
desafiou esta tarde António Costa a viabilizar uma revisão
constitucional extraordinária para permitir a antecipação de eleições
legislativas. A oposição, disse, derrubou o governo sem ter construído
nenhum consenso alternativo e na única altura em que o Presidente da
República, em fim de mandato, não pode dissolver o Parlamento nos seus
primeiros seis meses.
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"Se aqueles que querem governar na nossa vez não
querem governar como golpistas ou como fraudulentos deveriam aceitar a
revisão constitucional extraordinária e permitir a realização de
eleições". "Se não aceitarem, se preferirem governar como quem assalta o
poder e defrauda os eleitores, então não têm nenhuma legitimidade para
exigirem o que quer que seja a PSD e CDS, e têm de se bastar a si
próprios".
O ainda primeiro-ministro criticou fortemente a opção do PS e dos
restantes partidos da oposição de derrubar o governo que venceu as
eleições sem terem preparado uma alternativa sólida. No entendimento à
esquerda, disse, não há qualquer "compromisso de estabilidade, de
cimento, de coesão", nem tão pouco qualquer garantia de que esse Governo
será capaz de tomar de tomar decisões sobre "aquilo que é
verdadeiramente importante para o país". "Pelo contrário, é dito até com
uma certa pompa que cada um dos partidos manterá intacta a sua visão do
mundo, da democracia, da economia e da Europa. Que é como quem diz:
‘eles nunca se entenderão'".
Passos citou ainda Mário Soares que, em 1987, recusou dar posse à
aliança PS-PRD com o apoio parlamentar do PCP que derrubara o governo
minoritário de Cavaco Silva, alegando que se tratava de uma "hipotética
coligação que sempre considerou contranatura e artificial". Soares
optou então por dissolver a Assembleia da República e convocar
eleições.
"Um Governo não pode governar contra a maioria
absoluta do Parlamento e se o Parlamento não respeita a vontade
popular" em "circunstâncias normais esse Parlamento deveria ser
dissolvido para que fosse o povo a decidir que governo desejaria ter",
prosseguiu Passos, desafiando de seguida o líder do PS a abrir a
possibilidade que está, na actual conjuntura, vedada a Cavaco Silva.
A possibilidade de uma alteração extraordinária da Constituição, que exige apoio de dois terços do Parlamento, foi publicamente defendida no fim de Outubro pelo socialista Álvaro Beleza, que contestou a aliança de Costa à extrema-esquerda.
Falando durante uma sessão pública promovida pelo PSD e pelo CDS-PP,
com sala cheia, num hotel de Lisboa, Passos Coelho declarou que este
"não é um tempo normal", e que "será muito difícil que algum dia o país
aceite o resultado que se está a formar na Assembleia da República".
Depois, defendeu que a proposta de executivo do PS com apoio parlamentar
de BE, PCP e PEV, não corresponde a um "Governo estável, duradouro,
coeso, consistente", como prometido pelo secretário-geral do PS, para
concluir: "Portanto, nem na anormalidade do tempo que vivemos é normal
vir a nascer um Governo mais minoritário do que aquele que se derrubou".
Referindo-se directamente a António Costa, o presidente do PSD
salientou: "Ele disse que nunca inviabilizaria um Governo se não tivesse
em alternativa um Governo estável, duradouro, coeso, consistente".
Ouviram-se risos na sala. "E esse Governo não existe", acrescentou
Passos Coelho.
* Passos Coelho durante quatro anos tratou toda a oposição com arrogância e destempero, agora começa a comportar-se com propostas de "virginal donzelo" ressaibiado, em termos eleitorais a PàF com menos 1milhão de votos "pafeu-se", há que assumir tranquilamente e com serenidade.
Quem não quis marcar as eleições mais cedo foi o PR.
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HOJE NO
"DESTAK"
CIM do Tâmega e Sousa diz que
novo quadro comunitário é
"uma mão cheia de nada"
O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa criticou hoje os apoios financeiros previstos para o território no novo quadro comunitário, considerando-os "uma mão cheia de nada".
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"O que nos foi atribuído é quase zero. É uma mão cheia de nada", exclamou Gonçalo Rocha, em declarações à Lusa.
A poucos dias de concluir o seu mandato de dois anos à frente de uma das maiores CIM do país, o autarca socialista de Castelo de Paiva fala da "desilusão" que sentiram os 11 presidente de câmara da região.
* A dinheirama que a antiga CEE fingiu ter oferecido e que governos maioritários do PSD distribuiram amigavelmente, está agora a ser cobrado em triplo.
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