ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Augusto Mateus
Portugal está transformado
numa espécie de arquipélago
Economista apresentou o estudo 'O Mundo Rural e o Desenvolvimento Económico e Social de Portugal: a agenda para 2014-2020'
O economista Augusto Mateus considera que
Portugal Continental está transformado “numa espécie de arquipélago”
devido às assimetrias criadas e defendeu a aposta nas diferenças de cada
uma das regiões para ultrapassar os problemas.
“Acabámos por transformar o Continente do nosso país numa espécie de
arquipélago onde temos um conjunto muito limitado de ilhas que têm
dinamismo e temos um mar de dificuldades no resto do território”,
afirmou.
.
.
Augusto Mateus falava em Idanha-a-Nova,
distrito de Castelo Branco, durante a cerimónia que assinalou os 100
dias de Governo e que foi presidida pelo primeiro-ministro, António
Costa.
Na sessão, em que participaram diversos governantes, vários autarcas e outras entidades da região, Augusto Mateus apresentou as linhas gerais do estudo “O Mundo Rural e o Desenvolvimento Económico e Social de Portugal: a agenda para 2014-2020”.
Tendo começado pela análise da realidade, admitiu que “o Portugal de hoje não tem comparação com o de há 30 anos”, mas também ressalvou que esse desenvolvimento conduziu a um problema de coesão territorial.
Lembrou que o país tem regiões, designadamente o interior, que se debatem com o “definhamento da população e com o definhamento económico-social”, problemas que, tal como “um vértebra torcida”, terão agora de ser corrigidos.
Para isso, defendeu, tem que se apostar naquilo que faz a diferença de cada território e conseguir dinamizar modelos de inovação e conhecimento em detrimento da antiga homogeneização que se promoveu até aqui.
“Não é por tentarmos 200, 300 ou 500 vezes a mesma coisa que vamos ter sucesso. Aquilo que nos dará sucesso é conseguirmos desenvolver os fatores diferenciadores e encontrar valor económico onde pensamos que só existem custos”, disse.
O antigo ministro sublinhou que não se deve ficar agarrado à ideia negativa de interioridade – até porque não se pode pensar em interior quando se está apenas a 200 quilómetros do mar – e que se deve, em vez disso, apostar nas potencialidades do mundo rural.
Nesse sentido, deu exemplo do que já se faz em determinados concelhos que aliam, com sucesso, o conhecimento a áreas como o agroalimentar ou o turismo, enriquecendo assim as realidades concretas.
Definiu como principais alavancas para o desenvolvimento dos territórios do interior a possibilidade de povoar e atrair pessoas, a possibilidade de se inovar e produzir riqueza com atração de investimento e criação de emprego, bem como as possibilidades de valorização do turismo ou da sustentabilidade ambiental com base no património e cultura e natureza.
* Augusto Mateus um dos melhores economistas portugueses põe o dedo na ferida, o Portugal dos guetos sociais e económicos promovidos pelos subsidários políticos do dinheiro. Destaque para que a advertência do economista foi feita perante o primeiro-ministro.
Na sessão, em que participaram diversos governantes, vários autarcas e outras entidades da região, Augusto Mateus apresentou as linhas gerais do estudo “O Mundo Rural e o Desenvolvimento Económico e Social de Portugal: a agenda para 2014-2020”.
Tendo começado pela análise da realidade, admitiu que “o Portugal de hoje não tem comparação com o de há 30 anos”, mas também ressalvou que esse desenvolvimento conduziu a um problema de coesão territorial.
Lembrou que o país tem regiões, designadamente o interior, que se debatem com o “definhamento da população e com o definhamento económico-social”, problemas que, tal como “um vértebra torcida”, terão agora de ser corrigidos.
Para isso, defendeu, tem que se apostar naquilo que faz a diferença de cada território e conseguir dinamizar modelos de inovação e conhecimento em detrimento da antiga homogeneização que se promoveu até aqui.
“Não é por tentarmos 200, 300 ou 500 vezes a mesma coisa que vamos ter sucesso. Aquilo que nos dará sucesso é conseguirmos desenvolver os fatores diferenciadores e encontrar valor económico onde pensamos que só existem custos”, disse.
O antigo ministro sublinhou que não se deve ficar agarrado à ideia negativa de interioridade – até porque não se pode pensar em interior quando se está apenas a 200 quilómetros do mar – e que se deve, em vez disso, apostar nas potencialidades do mundo rural.
Nesse sentido, deu exemplo do que já se faz em determinados concelhos que aliam, com sucesso, o conhecimento a áreas como o agroalimentar ou o turismo, enriquecendo assim as realidades concretas.
Definiu como principais alavancas para o desenvolvimento dos territórios do interior a possibilidade de povoar e atrair pessoas, a possibilidade de se inovar e produzir riqueza com atração de investimento e criação de emprego, bem como as possibilidades de valorização do turismo ou da sustentabilidade ambiental com base no património e cultura e natureza.
* Augusto Mateus um dos melhores economistas portugueses põe o dedo na ferida, o Portugal dos guetos sociais e económicos promovidos pelos subsidários políticos do dinheiro. Destaque para que a advertência do economista foi feita perante o primeiro-ministro.
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