HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Portaria sobre substâncias ilegais
no fim do ano
O Governo vai publicar até ao final do ano uma portaria que estabelece quais as substâncias químicas ilegais para impedir que as chamadas lojas "smartshops" vendam esses produtos, disse hoje o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde.
"Vamos atuar em
três frentes complementares, em primeiro lugar e, até ao fim do ano,
vamos fazer publicar uma portaria em que estará uma lista de quarentena
de um conjunto alargado de substâncias, presumivelmente através de
grandes grupos químicos, de forma a tornar imediatamente ilegal a venda
dessas substâncias", disse aos jornalistas Fernando Leal da Costa, à
margem da condecoração dos militares da GNR e elementos do INEM que
estiveram em missão em Timor-Leste.
O secretário de Estado
adiantou que será também adicionado, no anexo que regula a Lei dos
Estupefacientes e a par das substâncias que já são ilegais, como a
heroína ou a cocaína, estes grupos químicos, que Leal da Costa
considerou de "mais modernos e até de perigosidade muito maior".
O
Ministério da Saúde vai ainda atuar no âmbito das leis que regulam o
comércio, nomeadamente na área da publicidade, de forma a tornar
inviável a publicidade.
"O nosso objetivo é impedir que as lojas
vendam produtos que não devem ser vendidos", disse, acrescentando que "o
que está em causa não é o comércio lícito", nem as lojas que vendem
produtos, que não façam mal às pessoas, "por mais exóticos que sejam".
No
entanto, sublinhou que a intenção é "criar um quadro legal que permita
às autoridades entrar nessas lojas e verificar se estão a ser vendidas
substâncias químicas que são proibidas e ao mesmo tempo, através de um
enquadramento legal complementar, verificar se mesmo relativamente às
substâncias que lá estão a ser vendidas há, por exemplo, uma afirmação
de composição".
O secretário de Estado adjunto do ministro da
Saúde sustentou que "a preocupação é de saúde pública", realçando que,
neste momento, há um sistema de vigilância montado para ocorrências com
intoxicações com as novas drogas.
Leal da Costa recordou que,
entre 08 de outubro e 17 de novembro, foram relatadas 23 ocorrências à
Direção-Geral da Saúde, das quais 13 resultaram em internamentos e dois
em doentes em estado coma.
O PSD entregou hoje um projeto de
resolução na Assembleia da República com um conjunto de recomendações ao
Governo para um melhor "combate à proliferação das novas drogas.
Entre
as propostas do PSD, apresentadas aos jornalistas pelo deputado
Cristóvão Simão Ribeiro, em conferência de imprensa, estão "a
possibilidade de o Governo poder determinar a suspensão provisória das
substâncias relativamente às quais exista a suspeita de poderem
representar um perigo para a saúde pública, as quais devem ser
integradas numa lista de controlo temporário que permita verificar, de
forma efetiva e transparente, que substâncias não podem ser
comercializadas.
* Nunca percebemos porque foi autorizada a abertura das shops que dizem ser smart e até gostaríamos de saber quem foi a inteligência que assinou a autorização destas "calçadeiras" para as drogas pesadas.
Não é democrático as pessoas ganzarem-se.
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