HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Banca terá de comunicar com clientes 10
. dias após verificar risco de incumprimento
Os bancos vão ser obrigados a criar estruturas e formar os seus
trabalhadores para perceberem se os seus clientes podem entrar em
incumprimento. E terão 10 dias para entrar em contacto com os clientes
após verificarem “indícios de degradação” da capacidade financeira.
O Banco de Portugal estabeleceu novas
regras para a banca com o intuito de tentar diminuir o crédito
malparado. As novas normas vão vigorar a partir do dia 1 de Janeiro de
2013 e estabelecem alguns parâmetros para que as instituições
financeiras acompanhem de forma mais próxima os seus clientes e evitem
que estes entrem em incumprimento.
Assim, fica definido que as instituições têm de “implementar sistemas
informáticos que possibilitem a identificação oportuna da ocorrência de
factos que indiciem a degradação da capacidade financeira do cliente
bancário e que emitam alertas dessa situação.”
Além disso, os bancos terão também de preparar os seus trabalhadores
para que assim que se apercebam que há risco de incumprimento informem a
“estrutura responsável” para que a situação possa ser analisada de
forma célere.
A banca deverá ainda “desenvolver mecanismos” que ajudem os próprios
clientes a comunicarem este tipo de situações, “nomeadamente através da
criação de canais específicos nos respectivos sítios da Internet.”
Depois de verificada a situação de “degradação” a instituição tem um
“prazo de 10 dias” para fazer o “primeiro contacto com o cliente
bancário”.
O Banco de Portugal não especifica o que considera ser “indícios de
degradação da capacidade financeira”, apenas refere que esta situação
tem de ser acompanhada “sempre que, em face da informação disponível,
seja previsível que o cliente bancário venha a incumprir.”
O regulador estabeleceu ainda critérios de contacto com os clientes,
definindo que não poderá haver contactos “desleais, excessivos ou
desproporcionados”.
E mesmo que a instituição contrate uma segunda
empresa para que seja ela a tentar recuperar os pagamentos em atraso, o
banco tem de se certificar que essas empresas cumprem com as normas
estabelecidas.
* Repare-se: "O regulador estabeleceu ainda critérios de contacto com os clientes,
definindo que não poderá haver contactos “desleais, excessivos ou
desproporcionados”.
Esta frase do Banco de Portugal admite que os bancos têm vindo a actuar com deslealdade, excessiva e desproporcionadamente contra os seus clientes, uma afirmação poderosa.
Porque o Banco de Portugal não pune os prevaricadores??
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