HOJE NO
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PSD desafia Seguro a seguir exemplo
de Guterres e fazer "mea culpa"
em relação ao passado
O PSD acusou hoje o secretário-geral do PS de ter estado
“clandestino" durante os governos de José Sócrates e desafiou-o a seguir
o exemplo do seu antecessor António Guterres, assumindo
responsabilidades em relação ao passado.
As acusações do dirigente da bancada social-democrata Luís Menezes
foram feitas em plenário, na Assembleia da República, e motivaram
imediatamente um pedido de defesa da honra por parte do Grupo
Parlamentar do PS, com José Junqueiro a alegar que António José Seguro
tinha sido alvo de insulto por parte do PSD.
Luís Menezes começou por fazer um discurso a evocar a memória do
antigo primeiro-ministro e fundador do PSD, Francisco Sá Carneiro, mas a
evolução do debate levou-o a acusar o PS de se "acobardar" perante a
projetada reforma do Estado.
"O PS nuns dias diz sim e em outros dias diz não, renegando o seu passado", disse.
Depois, Luís Menezes lançou uma série de ataques diretos ao líder
socialista: "Se António José Seguro esteve seis anos calado e sentado na
última fila [da bancada do PS], é porque esteve na clandestinidade. Em
vez de renegar o passado, António José Seguro deveria fazer um 'mea
culpa', como António Guterres, que foi sério", afirmou.
José Junqueiro negou que o PS renegue o passado e devolveu que é o
PSD "quem renega o presente por cegueira, já que está a conduzir o país
para o abismo".
O vice-presidente da bancada socialista defendeu em seguida a
conduta do líder do seu partido, rejeitando que alguma vez Seguro tenha
renegado a luta política.
"Aquilo que o PSD fez neste debate, com estes insultos, revela o
grande incómodo por António José Seguro ser o líder partidário com
melhores índices de popularidade e por o PS estar à frente em todos os
estudos de opinião. Mas, senhor deputado Luís Menezes, para isso é
necessário insultar o secretário-geral do PS e o PS?", questionou José
Junqueiro.
Luís Menezes ripostou, usando a ironia: "Está bem, posso alterar a
palavra clandestino e digo antes que António José Seguro foi cúmplice
seis anos do anterior Governo. O secretário-geral do PS chegou a esse
cargo sem apresentar uma única ideia, mas não chegará a
primeiro-ministro sem apresentar uma única proposta", disse.
No seu discurso inicial, antes da dura troca de palavras com José
Junqueiro, Luís Menezes sustentou a tese de que os setores que
atualmente se encontram "acantonados" contra o Governo são os mesmos que
em 1979, quando Francisco Sá Carneiro liderava a AD (Aliança
Democrática), caraterizavam como "reacionário e ultraliberal" o programa
então em vigor.
Sobre a importância da reforma do Estado, o "vice" da bancada do PSD
defendeu que "o Estado não pode continuar a gastar mais do que aquilo
que obtém dos impostos dos portugueses".
Na resposta, José Junqueiro traçou qual o limite colocado pelo PS:
"Reforma do Estado sim, atraiçoar o Estado social não", declarou.
* Anda tudo louco:
O PSD ESQUECEU-SE:
- Que Cavaco Silva com medo de perder eleções mandou Fernando Nogueira para os cornos do touro para perder por ele.
- Que o patriota Durão Barroso pediu aos portugueses para votarem nele e baldou-se do governo para ir servir de mordomo, muito bem pago, a Merkel e Sarkozy, deixando na berlinda Santana Lopes e Ferreira Leite estupefacta.
O CDS ESQUECEU-SE:
- Que Paulo Portas abominava a classe política até ao dia em que levou ao colo Manuel Monteiro para melhor o apunhalar.
- Que o seu líder se esconde sorrateiro ao abrigo do MNE e vai espalhando intriga no seio do governo sempre sob a capa de virgem ofendida.
O PS ESQUECEU-SE:
- De todos os cambalachos do governo de Socrates, dos saltos à vara do Armando, dos ex-considerados pedófilos.
- De ter prosápia de esquerda para abocanhar ao centro.
Repare-se que é à esquerda do PS que se revela o espírito de missão dos políticos. Vá-se espreitar, eles deixam, que vida fazem os deputados do PCP, Bloco e Verdes para se perceber a vilanagem dos partidos do "arco da governação".
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