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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
SEF detém cabecilhas
de rede criminosa internacional
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve esta terça-feira em Lisboa dois dos principais elementos pertencentes a uma organização indiciada pela prática dos crimes de associação de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve esta terça-feira
em Lisboa dois dos principais elementos membros de uma organização
criminosa de cariz internacional indiciada pela prática dos crimes de
associação de auxílio à imigração ilegal, auxilio à imigração ilegal e
falsificação de documentos, que atuava no Brasil e na Europa, e aos
quais foi aplicada a medida de coação mais gravosa de prisão preventiva,
após interrogatório judicial, informou o SEF em nota enviada às
redações.
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O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras adianta que, no
âmbito da operação Alma Lusa, foi desmantelada uma organização criminosa
que oferecia documentação falsa e toda uma logística para a obtenção
fraudulenta de cidadania de países da Europa, nomeadamente de Portugal,
que a troco de avultadas quantias de dinheiro (cerca de 20 mil euros),
prometia a emissão fraudulenta de documentação portuguesa autêntica a
cidadãos brasileiros que não reuniam os requisitos previstos na lei.
Os
suspeitos obtinham documentação brasileira falsa junto de alguns
cartórios do Brasil, nomeadamente certidões extraídas de um assento de
nascimento arquivado, cujos dados biográficos eram abusivamente
adulterados, permitindo-lhes comprovar, junto das Conservatórias do
Registo Civil Portuguesas, que determinados indivíduos reuniam os
requisitos legalmente previstos para lhes ser atribuída a nacionalidade
portuguesa.
Os detidos, com idades entre os 45 e os 47 anos, são já conhecidos
das autoridades europeias e brasileiras pelos antecedentes criminais,
tendo eles mesmo usufruído deste esquema criminoso.
As diligências
de cumprimento de mandados de busca foram realizadas em duas fases: a
primeira fase na grande Lisboa, entre 7 a 12 de novembro, e a segunda
fase no norte de Portugal, que culminou esta terça-feira, tendo sido
apreendida variada prova dos crimes praticados, sendo de realçar o
elevado número de processos instruídos com base em falsas certidões que
permitiriam a nacionalidade portuguesa a cidadãos brasileiros, bem como
material informático e outro material que relaciona os suspeitos com a
atividade criminosa desenvolvida.
A investigação continua agora
sob a coordenação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal
(DCIAP), coadjuvado pelo SEF, e conta com a cooperação, através das
redes institucionais de cooperação policial internacional, da Interpol,
da Polícia Federal Brasileira, das autoridades canadianas, mexicanas,
francesas e do Gabinete Nacional Sirene.
* Os portugueses são normalmente muito lestos a criticar as organizações de polícia nacionais e bastante lerdos a elogiá-las. Registe-se o nosso respeito para com os profissionais do SEF.
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