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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Morreu o psicanalista Carlos Amaral Dias
Tinha 73 anos e deixou de dirigir recentemente o Instituto Superior Miguel Torga, depois de ter sido absolvido num caso de fraude que envolveu a instituição de ensino e fundos de desenvolvimento.
Morreu o psicanalista Carlos Amaral Dias. Nascido em Coimbra há 73
anos, pai de quatro filhos, entre eles Joana Amaral Dias, dirigira até
há pouco tempo o Instituto Superior Miguel Torga, com quem o Observador
confirmou a morte.
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Filho de dois enfermeiros, o pai da também
psicóloga e comentadora televisiva Joana Amaral Dias quis ser jornalista
quando era pequeno mas acabou por seguir o caminho da medicina. Cursou
na Universidade de Coimbra e especializou-se em Psicologia, área à qual
dedicou toda a vida. Obteve o grau de doutor através da Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação (FPCE) da mesma Universidade e o
tema da sua dissertação, um estudo que juntou a psicologia com a
toxicodependência, foi a primeira aventura num tema que nunca mais
largou.
Foi diretor do Instituto Superior Miguel Torga e professor
catedrático da mesma FPCE onde se doutorou e do Instituto Superior de
Psicologia Aplicada, em Lisboa, tendo colaborado ainda com outras
instituições de ensino superior como as Universidades de
Wisconsin e Porto Alegre.
Mais recentemente, em 2012, sofreu um
Acidente Vascular Cerebral (AVC) que lhe deixou sequelas e do qual
demorou cerca de cinco anos a recuperar, retomando mais tarde a sua
atividade.
No início de abril de 2019 foi um dos sete arguidos absolvidos num
caso de falsificação de documentos, fraude e utilização indevida de
fundos comunitários num projeto financiado pelo Programa Operacional
Potencial Humano (POPH), entre 2009 e 2010. Na altura ocupava o cargo de
presidente do Instituto Superior Miguel Torga.
Há dois anos, o
Observador fez-lhe uma entrevista de vida que pode ler aqui em que
falava de como a doença lhe mudou a vida, mas também da carreira e da
família.
* Cai uma tristeza quando morre um sábio.
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