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Ministra suspendeu aplicação de pena a subcomissário que agrediu adepto
A ministra da Administração Interna suspendeu a aplicação da pena de 200 dias aplicada ao subcomissário Filipe Silva, envolvido nos incidentes de Guimarães em maio de 2015.
A mesma fonte acrescentou que a aplicação da pena está suspensa a aguardar um parecer solicitado pela ministra Constança Urbano de Sousa ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República, disse à Lusa fonte do Ministério.
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O regimento da Polícia de Segurança Pública (PSP) não é claro se o tempo de suspensão preventiva deve ou não contar para o tempo total da pena,
pelo que a ministra solicitou um parecer àquele conselho consultivo,
determinando a suspensão da aplicação da pena enquanto não tiver o
parecer.
O subcomissário Filipe Silva foi suspenso por 200 dias na
sequência de uma proposta da Inspeção-Geral da Administração Interna
(IGAI), uma decisão com a qual a ministra da tutela concordou, segundo
despacho enviado à IGAI a 30 de dezembro último.
O subcomissário
Filipe Silva regressou ao serviço a 5 de janeiro passado, uma vez que a
suspensão provisória de 180 dias que lhe tinha sido aplicada terminara
na véspera e só no dia 5 de janeiro chegou ao advogado do subcomissário e
à direção nacional da PSP a notificação da IGAI.
Até ao momento, o
subcomissário Filipe Silva cumpriu 183 dias de suspensão, disse a fonte
do Ministério da Administração Interna.
Em maio de 2015, Filipe Silva foi filmado a agredir um adepto de futebol,
que estava acompanhado de dois filhos, no exterior do estádio de
Guimarães no dia em que o Benfica se sagrou campeão nacional 2014/2015.
Em
janeiro, o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia
(SNOP), Henrique Figueiredo, disse à Lusa que o subcomissário vai
recorrer da decisão para o Supremo Tribunal Administrativo, tal como
está previsto no regulamento disciplinar da PSP.
Na altura,
Henrique Figueiredo afirmou que, apesar de faltarem 20 dias para cumprir
o processo disciplinar, o subcomissário vai recorrer da pena porque
estão em causa efeitos na progressão da carreira e remuneratórios.
Durante
os 180 dias da suspensão provisória o salário do oficial foi
parcialmente cortado. Com a decisão agora conhecida deixará de o receber
totalmente.
O presidente do SNOP considerou a suspensão de 200 dias aplicada pela IGAI "uma pena exagerada".
Ainda
segundo o presidente do SNOP, a pena disciplinar tem de ser aplicada em
ordem de serviço da direção nacional da PSP, cuja publicação está
condicionada à apresentação de recurso pelo que o oficial deverá
manter-se em funções.
Na altura dos incidentes em Guimarães, o
subcomissário Filipe Silva utilizou "de forma excessiva os meios
coercivos" e violou os "deveres de obediência, aprumo e zelo", segundo
despacho da ministra da Administração Interna.
* Com o respeito que manifestamos pela PSP, não gostaríamos que se abrisse um precedente de modo a justificar o abuso de agressividade por parte de agentes desrespeitadores da lei.
O agente em causa estava tão entretido a dar porrada que "permitiu" a vandalização por adeptos do Benfica de lojas do estádio.
O agente em causa estava tão entretido a dar porrada que "permitiu" a vandalização por adeptos do Benfica de lojas do estádio.
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