HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Liga Portuguesa Contra o Cancro entrega
. hoje na AR petição com 25 mil assinaturas
Uma petição com 25.000 assinaturas para acabar com as
desigualdades no acesso ao rastreio, diagnóstico e tratamento do cancro
da mama vai ser entregue hoje na Parlamento, disse à Lusa o
secretário-geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
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Lançada pela LPCC a 19 de novembro do ano passado, a petição
“Pela Equidade no Acesso ao Rastreio, Diagnóstico e Tratamento das
mulheres com Cancro da Mama” vai ser entregue simbolicamente no Dia
Mundial de Luta Contra o Cancro, numa sessão com o vice-presidente da
Assembleia da República, José Manuel Pureza.
O objetivo é assinalar a data de “uma forma positiva, mas também
reivindicativa em relação aos doentes oncológicos e, sobretudo, chamar a
atenção dos nossos representantes na Assembleia da República, que são
os que fazem as leis e que podem pressionar os governos para que haja
uma determinação no que diz respeito à oncologia”, disse o
secretário-geral da LPCC.
A oncologia tem sido “um parente pobre” dos últimos governos, na
medida em que está subfinanciada, têm sido tomadas poucas medidas e “os
direitos dos doentes oncológicos são constantemente atropelados”,
sublinhou Vítor Veloso.
A petição reuniu 25 mil assinaturas, mas o processo vai continuar no
sítio da internet www.ligacontracancro.pt: “É uma petição que toca toda a
população portuguesa e pensamos que deverá atingir dentro de pouco
tempo 40 a 50 mil assinaturas”, disse o oncologista.
Vítor Veloso explicou que é uma petição fundamentalmente dirigida a
uma situação de desigualdade que existe no país: “Nós não queremos
desigualdades, queremos equidade” no rastreio de base populacional do
cancro da mama.
Na região centro todas as mulheres estão rastreadas, no norte já
estão 82% e no sul ainda "falta muito para atingir metade das mulheres”,
uma situação que cabe ao Governo resolver, salientou.
Por outro lado, a petição pretende que os responsáveis políticos
tenham consciência de todas estas situações e da necessidade dos doentes
com cancro terem “uma acessibilidade adequada” ao diagnóstico, ao
tratamento e a terapêuticas inovadoras, “muitas vezes determinantes”
para a cura do cancro ou para melhorar a qualidade de vida dos doentes e
garantir uma "sobrevivência muito grande".
Visa também criar junto da Comissão Parlamentar de Saúde um grupo de
reflexão que avalie a situação da oncologia e que a Assembleia da
República coloque “o cancro na agenda”, uma vez que é “o principal
problema de saúde pública a nível nacional”.
Entre os objetivos da petição estão também a “garantia de que, em
casos de suspeita clinicamente demonstrada, exista acesso em tempo útil a
um serviço hospitalar com capacidade de diagnosticar e tratar os
doentes”.
Atualmente, surgem 6.000 novos casos de cancro da mama por ano, 16
novos casos por dia. Em 2014, foram realizadas mais de 279 mil
mamografias a nível nacional, através do programa de rastreio da LPCC.
* É luta comum de homens e mulheres.
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