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"OBSERVADOR"
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Arbitragem da ONU considera
ilegal detenção de Assange
O grupo de trabalho da ONU sobre detenção arbitrária determinou que a reclusão do fundador do WikiLeaks Julian Assange na embaixada do Equador em Londres representa uma detenção ilegal, anunciou a diplomacia sueca.
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“Apenas podemos constatar que o grupo de trabalho chegou a uma
conclusão diferente da das autoridades judiciárias suecas”, declarou uma
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco à agência
France Presse, um dia antes do previsto para o painel das Nações Unidas
divulgar o seu relatório.
Assange, de 44 anos, encontra-se recluso na embaixada do
Equador desde 2012, quando esse país lhe concedeu asilo, após um longo
processo legal no Reino Unido, que terminou com a decisão da sua entrega
às autoridades da Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais.
O
fundador do portal WikiLeaks disse hoje que esperava ser tratado como um
homem livre se o grupo de trabalho das Nações Unidas decidisse em seu
favor e que iria entregar-se à polícia britânica se o painel da ONU
concluísse que não tinha sido arbitrariamente detido.
O
australiano apresentou em setembro de 2014 uma queixa aquele painel da
ONU contra a Suécia e o Reino Unido, alegando que a sua reclusão na
embaixada representava uma detenção ilegal.
“Caso eu leve a melhor
e se conclua que os Estados atuaram ilegalmente, eu espero a devolução
imediata do meu passaporte e o fim de eventuais futuras tentativas para
me prenderem”, disse Assange em comunicado.
Depois de ter sido
divulgado o comunicado do fundador do WikiLeaks, o governo britânico
recordou que continuava a ter “a obrigação legal” de deter e extraditar
Assange se este sair da embaixada onde se refugiou.
“Julian
Assange continua a ser alvo de um mandado de detenção europeu por
violação e o Reino Unido continua a ter a obrigação legal de o
extraditar para a Suécia”, sublinhou hoje um porta-voz do governo.
As
decisões do painel da ONU não são juridicamente vinculativas, mas terão
influenciado a libertação de personalidades como a birmanesa Aung San
Suu Kyi e o jornalista do Washington Post Jason Rezaian.
O
advogado sueco de Assange, Per Samuelsson, disse à AFP que uma decisão a
favor do seu cliente teria de levar a procuradora Marianne Ny a pedir a
um tribunal para levantar o mandato de detenção emitido contra o
fundador do WikiLeaks.
* A justiça europeia é assim, enquanto o parlamento dinamarquês aprova jurisprudência que permite roubar os parcos haveres dos refugiados, Assange está recluso em Inglaterra mas protegido pelo Equador, porque duas gajas suecas, sabe-se lá a soldo de quem, abriram as pernas ao Julian e depois inventaram a cenaça da violação.
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