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"OBSERVADOR"
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Tribunal da Relação Évora
confirma arquivamento de caso
da morte de jovens no Meco
O Tribunal da Relação de Évora confirmou o arquivamento o processo sobre a morte de seis jovens universitários na praia do Meco, revelaram familiares das vítimas que prometem recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
O Tribunal da Relação de Évora confirmou o arquivamento o processo
sobre a morte de seis jovens universitários na praia do Meco, revelaram
hoje à Lusa familiares das vítimas que prometem recorrer para o Tribunal
Europeu dos Direitos do Homem.
“Vamos recorrer para o Tribunal
Europeu dos Direitos do Homem”, disse à Lusa António Soares, pai da
jovem Ana Catarina Soares, que integrava o grupo de jovens que terão
sido arrastados para o mar por uma onda, de acordo com a versão do
antigo `dux´ da Universidade Lusófona de Lisboa, João Gouveia, único
sobrevivente da tragédia e único arguido no processo.
“O processo começou mal desde o início. Acreditamos que havia
muita gente interessada neste desfecho, mas isto é passar um atestado de
estupidez às pessoas, porque ninguém acredita que os seis jovens
tivessem sido arrastados por uma onda”, corroborou Fernanda Cristóvão,
mãe de Ana Catarina Soares, assegurando que não vai desistir de lutar
para provar que aquilo que aconteceu na praia do Meco não foi um simples
acidente.
Em março do ano passado, o Tribunal de Setúbal tinha
mandado arquivar o caso por considerar que não tinham sido carreados
para os autos factos novos que permitissem indiciar o `dux´ da
Universidade Lusófona de Lisboa da prática de qualquer crime.
“Estes
jovens (que morreram na praia do Meco) estavam lá porque queriam,
porque gostavam, em torno de uma causa”, disse, na altura, o juiz de
instrução, argumentos que, segundo os familiares da Ana Catarina Soares,
também terão sido considerados pelo Tribunal da Relação de Évora para
justificar o arquivamento
Além do recurso para o Tribunal Europeu
dos Direitos do Homem, os familiares dos seis jovens também já avançaram
com ações de responsabilidade civil – uma por cada um dos alunos que
morreram – contra o João Gouveia e contra a Universidade Lusófona.
* Uma tragédia para seis jovens cujos progenitores estão a querer transformar em novela, protagonismo impróprio e desnecessário com alvíssaras a correr.
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