ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Ministra das Finanças não esclarece
. cortes nas pensões para 2016
. cortes nas pensões para 2016
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, escusou-se esta
sexta-feira a especificar se a reforma das pensões a adoptar em 2016, e
que deverá representar uma poupança de 600 milhões de euros, vai
implicar cortes nas pensões ou não.
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Em conferência de imprensa
hoje no Ministério das Finanças, quando questionada sobre se pode
garantir que a reforma do sistema de pensões não vai implicar novos
cortes nas pensões no próximo ano, a governante limitou-se a reiterar
que há apenas "um objectivo de resultado" e que "a combinação de
medidas" para o alcançar não está definida.
"Há um objectivo de
resultado de 600 milhões de euros. A combinação possível de medidas do
lado da receita e do lado da despesa é algo que está em aberto", disse
Maria Luís Albuquerque, reiterando que o Governo quer "encontrar um
consenso com o PS" sobre esta matéria e que "não há nenhuma decisão
tomada".
A ministra falava numa conferência de imprensa conjunta
com o comissário europeu para o Euro e o Diálogo Social, Valdis
Dombrovskis, que está em Lisboa a propósito do calendário do Semestre
Europeu.
Já o comissário europeu afirmou que foi "informado hoje
pelo primeiro-ministro e pela ministra das Finanças" que o Governo "está
agora a avaliar as diferentes formas de responder" à decisão do
Tribunal Constitucional, que chumbou as medidas previstas pelo Governo
para a chamada reforma do sistema de pensões.
Em Abril, na
apresentação do Programa de Estabilidade, o Governo disse que prevê
poupar 600 milhões de euros em 2016 com uma reforma do sistema de
pensões, mas não esclareceu como pretende fazê-lo.
Na altura, o
Governo disse que, como hipótese meramente técnica, manteve o cenário
desenhado um ano antes, no Documento de Estratégia Orçamental.
Nesse
documento, o Executivo disse que, para 2015, pretendia substituir a
Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), que era temporária
por natureza, por uma Contribuição de Sustentabilidade, uma medida que
seria acompanhada por um aumento da Taxa Social Única (TSU) paga pelos
trabalhadores (de 11 para 11,2%) e por um aumento do IVA em 0,25 pontos,
para os 23,25%.
No entanto, a medida acabou por não sair do
papel, uma vez que, em Agosto de 2014, o Tribunal Constitucional chumbou
a Contribuição de Sustentabilidade, tendo o Governo deixado cair as
outras duas medidas que a acompanhavam.
* Alguém no governo esclarece alguma coisa, a opacidade está ao nível da incompetência, 100%.
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