HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Directores de recursos humanos criticam
. Governo no combate ao desemprego
. Governo no combate ao desemprego
Burocracia excessiva é a razão mais apontada pelas empresas para não recorrerem às medidas de apoio à contratação de novos colaboradores.
Numa escala de zero a 20, os directores de Recursos Humanos avaliam
com 8,9 o desempenho do actual Governo no que toca ao combate ao
desemprego de longa duração. Esta é uma das principais conclusões do
barómetro Kaizen/RH Magazine, um barómetro semestral que avalia
temáticas com impacto directo na área de gestão de Recursos Humanos.
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O ESGAR DA INTELIGÊNCIA |
Numa perspectiva global, o Executivo de Passos Coelho passa à
tangente nesta avaliação feita por mais de meia centena de responsáveis
dos departamentos de recursos humanos de empresas nacionais de
referência, com 10,3 valores para o estímulo ao empreendedorismo, 10,7
para o combate ao desemprego jovem e 11,2 para a criação de incentivos à
contratação.
E as perspectivas relativamente à evolução do emprego para 2015 não
são muito mais animadoras: 49% do painel acredita na diminuição da taxa
de desemprego, mas uma grande parte (40%) prevê a estabilização desta
variável, enquanto 11% se mostra pessimista, prevendo que a taxa de
desemprego suba ao longo deste ano. Quando questionados sobre se a sua
empresa recorre a medidas de apoio ao financiamento para a integração de
novos colaboradores, 62% responde positivamente. Dos restante 38% que
dizem não apostar nessas medidas, ainda que saibam da sua existência,
metade considera que estes são processos excessivamente burocráticos e
30% afirma que estas medidas não se enquadram nas suas necessidades.
As
únicas boas notícias são que os responsáveis de recursos humanos
acreditam que a motivação dos trabalhadores está a subir. E o barómetro
Kaizen/RH Magazine mostra isso mesmo: numa escala de zero a 20, os
directores de RH dão nota 12,2 à motivação dos trabalhadores, o que
reflecte uma tendência de crescimento desta variável, relativamente à
primeira edição do barómetro, realizada há um ano, quando esta nota era
de menos cinco décimas.
O estudo da Kaizen/RH Magazine aproveitou ainda para analisar a
opinião dos inquiridos sobre uma lei que o executivo alemão aprovou
recentemente e que estabelece um mínimo de 30% de mulheres na composição
dos conselhos de administração das empresas privadas. Questionados
sobre se concordam com a instituição de uma medida semelhante em
Portugal, 64% discorda, argumentando que a lei não deve condicionar a
escolha de quem ocupa os cargos de topo nas empresas. Os que responderam
positivamente (36%) consideram que se trata de um passo importante para
a igualdade de géneros no mundo do trabalho.
Este é um barómetro realizado semestralmente, com o objectivo de
estudar temáticas com impacto directo na área da gestão de recursos
humanos, a partir de abordagens a diferentes entidades a operar no
mercado nacional, como a Colpe, Centro Hospitalar de Porto, Santander
Totta ou Cerealis. O barómetro contempla uma pergunta fixa e três
questões que variam de acordo com a actualidade, com o objectivo de
obter uma análise, quer a partir de uma perspectiva interna das
organizações, quer ao nível do impacto que os factores externos possam
ter no clima organizacional.
* Está difícil para o sr. ministro da tutela recrutar esforços para conseguir ser mais incompetente.
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