19/05/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Dívidas incobráveis disparam e batem recordes nos primeiros meses do ano

Montante incobrável acumulado desde janeiro já representa mais de metade do total do ano passado. 

A lista dos devedores crónicos, que permite detetar situações de incobrabilidade das dívidas - por falta de bens penhoráveis - não tem parado de aumentar desde janeiro deste ano. Nesta lista pública de execuções encontram-se 132 425 empresas e particulares que não pagaram dívidas a fornecedores, à banca, do crédito ao consumo, arrendamento ou serviços como água, luz e telecomunicações. 
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Segundo o Diário Económico, que teve acesso aos números do Ministério da Justiça, em fevereiro foi batido um novo recorde de registo dos incumpridores, sendo que até maio os montantes incobráveis somam um total de 418 milhões de euros, ou seja, 53% da quantia em dívida total do ano de 2014, que foram 790 milhões.

Entre os meses de janeiro e maio de 2015, entraram para a lista de devedores crónicos mais de 23 147 nomes, refere o Económico. Mas o número de novas entradas nunca tinha sido tão elevado quanto o registado em fevereiro: 8857. Ou seja, à lista somam-se diariamente uma média de 175 novos nomes desde o início deste ano.

Ao Diário Económico, Rogério Ferreira, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, admite que a recessão, o aumento da carga fiscal e o desemprego "fazem-se sentir ainda nas finanças das empresas e das famílias", tendência que deve prosseguir "durante alguns anos".

As dívidas totais por cobrar ascendem a 2,4 mil milhões de euros, máximo histórico desde que a lista pública de execuções foi criada, em 2009. O número de devedores particulares, nesta altura, é superior ao das empresas, e a grande maioria das dívidas são comerciais, nomeadamente a fornecedores. Seguem-se as dívidas civis, como fianças e arrendamentos, depois as letras, livranças e chegues e, por fim, dívidas de prestação de serviços como água, luz e telecomunicações.

* Este índice de "desenvolvimento económico" não é considerado pelo governo de sucesso., nem a falência de mais de 43 mil empresas em 2014.


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