HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Cimeira das Nações Unidas termina
(outra vez) em clima de frustração
Ao fim de uma semana a debater as bases
para um acordo que substitua o Protocolo de Quioto, os líderes mundiais
não se conseguiram entender.
A expectativa era considerável, maior do que costuma ser
neste tipo de cimeiras. Mas saiu, mais uma vez, frustrada. A cimeira das
Nações Unidas para a energia e o clima termina hoje e, ao fim de dez
dias debater um novo acordo climático internacional, os negociadores dos
vários países só conseguiram entender-se em relação a um parágrafo.
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O acordo climático que os líderes mundiais procuram visa substituir o
extinto Protocolo de Quioto, cuja validade expirou em 2012, não havendo
desde então nenhuma convenção a nível mundial sobre regras ambientais
como, por exemplo, os limites de emissões de gases com efeito de estufa.
Nas semanas anteriores à cimeira, que hoje termina em Lima, no Peru,
os líderes mundiais foram alimentando o optimismo, falando de um "ímpeto
crescente" para finalmente se atacar o problema das alterações
climáticas. Mas o texto que está a ser redigido para a conclusão da
cimeira, que servirá de base ao tratado climático que deverá ser
assinado em Paris no próximo ano, não reúne consenso dos negociadores.
Em 100 páginas, só há acordo num parágrafo.
"O progresso está a ser muito mais lento do que queremos e
precisamos", disse o comissário europeu para as Alterações Climáticas,
Miguel Arias Cañete, acrescentando que "é difícil os ministros
entenderem-se num texto de 100 páginas". Cañete está a negociar em nome
da União Europeia, que já definiu o seu próprio tratado interno, a
vigorar nos 28 Estados-membros, sobre as metas climáticas - impõe uma
meta de redução de 40% das emissões de CO2 até 2030.
* Os políticos internacionais são uma grande decepção, estão demasiado comprometidos com o dinheiro.
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