HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Suicídio de jovem em Braga
alvo de inquérito
A
Inspeção-Geral de Educação e Ciência vai abrir um inquérito para
identificar eventuais situações de "bullying" numa escola de Braga, que
poderão estar na origem do suicídio de um aluno de 15 anos, anunciou o
ministro Nuno Crato. Autoridades policiais suspeitam que terá havido
outras motivações para o suicídio de Nelson Antunes.
"Queremos
apurar os factos", disse o ministro da Educação, quando questionado
pelos jornalistas sobre o caso, que terá resultado pelo menos em parte
dos maus tratos a que os colegas o terão sujeitado.
Nuno Crato
classificou o "bullying" como "um fenómeno intolerável" nas escolas:
"Temos de o atacar desde o princípio. É uma falta de respeito pelos
colegas, pela comunidade escolar e, como tal não o podemos tolerar".
O ministro não quis comentar o caso, embora tenha manifestado preocupação com o reportado.
"Não queria falar, nem tirar lições deste caso antes de conhecer os factos reais", disse, transmitindo condolências à família.
"As
nossas preocupações vão também para os colegas, para os professores e
para a escola. Está nomeada uma comissão de inquérito e o inquérito vai
começar", indicou.
A GNR tomou conta da ocorrência mas não faz
qualquer ligação entre um suposto caso de "bullying' na Escola EB 2,3 de
Palmeira, Braga, e o suicídio.
Fonte da guarda garante que não
chegou àquela força qualquer queixa dos pais ou dos responsáveis da
escola, mas sublinhou que essa não é condição indispensável para o
avanço das investigações, porque o crime de violência escolar, que
inclui o "bullying", é público. No entanto terá de ser o tribunal a
decidir, tendo o caso já sido participado ao Ministério Público.
O aluno suicidou-se no sábado, tendo alegadamente deixado uma carta destinada à mãe e outra à namorada.
Amigos
contam que, entre outras situações, o jovem chegou a ser despido no
recreio da escola. Entretanto a escola indica já ter aberto uma
investigação a um incidente que terá envolvido o estudante, sepultado
esta tarde em Adaúfe, nos arredores de Braga.
O novo crime de
violência escolar, aprovado em outubro de 2010, na generalidade, em
Conselho de Ministros, é punido com pena de um a cinco anos de prisão,
segundo anunciou na altura a então ministra da Educação, Isabel Alçada.
No
caso dos menores de 16 anos, são aplicadas, em alternativa, medidas
tutelares educativas, já que estes jovens são "inimputáveis para efeitos
da lei penal" portuguesa. Quanto aos restantes agressores, a moldura
penal é semelhante à aplicada nos casos de violência doméstica.
O projeto de lei do PS que criou aquele crime foi aprovado na Assembleia da República a 21 de janeiro de 2011.
* Uma situação trágica que nos deve fazer pensar.
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