Esta miúda pode mudar
a América do Sul
Camila Vallejo é a líder da revolução estudantil chilena que há seis meses agita o país. Obteve importantes reformas no sistema da educação, paralizou as ruas da capital Santiago e adquiriu estatuto de celebridade.
Filha de dois antigos membros do Partido Comunista Chileno, seguiu as pisadas dos pais como activista da Juventude Comunista Chilena. Mas foi como presidente da Associação de Estudantes da Universidade do Chile que ganhou uma posição de destaque na sociedade chilena.
É acusada de ser a principal responsável pela queda da taxa de aprovação do actual presidente Sebastián Piñera e conseguiu que o ministro da Educação fosse substituído. O choque provocado pela revolução estudantil que lidera foi tão forte, que uma antiga oficial do Ministério da Cultura foi demitida após concluir, na sua conta do Twitter, que o seu assassinato acabaria com os protestos.
Mas a sua determinação e discurso incisivo não são os únicos factores que a destacam. De olhos verdes e piercing no nariz, a imagem contribuiu para a sua popularidade.
“Tenho de reconhecer que a beleza pode ser um chamamento. E pode até ser um elogio, as pessoas vêm ouvir-me por causa da minha aparência e acabam por prestar atenção às minhas explicações” diz Camila.
A verdade é que Camila, como líder dos estudantes, tem motivado importantes avanços no sistema educativo. Há quem diga já que esta revolucionária poderá desempenhar funções na política chilena.
* À atenção dos estudantes portugueses, manifestar sim, proposta concretas também.
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