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HOJE NO
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Fundador do Livre diz ter sentido
."vergonha alheia" durante
."vergonha alheia" durante
discurso de Joacine
O fundador do Livre Rui Tavares disse estar a favor da retirada de confiança política à única deputada do partido.
O fundador do Livre Rui Tavares disse estar a
favor da retirada de confiança política à única deputada do partido,
Joacine Katar Moreira, numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF,
esta terça-feira.
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"O partido demorou seis anos a chegar à Assembleia da República, mas o
Livre tem representantes, nas juntas de freguesia, em assembleias
municipais, que também votam votos sobre a Palestina e sobre outros
assuntos. Nunca houve um problema destes. Quando essas questões se
tornam um problema, não é certamente porque alguém chegou atrasado a uma
reunião ou foi mais intempestivo, ou se irritou...", disse, garantindo
que não irá mudar de posição no que toca à saída da deputada do
partido.
"Concordo com o grupo de contacto, porque as cedências de parte a
parte significam em geral que há erros dos dois lados. Isso significaria
que chamar mentirosa à assembleia, um órgão do partido, fazê-lo em
público, e daquela maneira e com aquela agressividade, seria equivalente
a qualquer um de nós, eu, que faço parte da assembleia e que, portanto,
também fui chamado mentiroso", explicou, recordando o episódio de
sábado, em que a deputada se exaltou durante um discurso, no Congresso
do Livre, negando todas as acusações feitas pelo grupo de contacto.
"Senti a vergonha alheia dos outros. Senti que as pessoas que estavam
a ver aquilo estavam incomodadas e incomodadas connosco, com o Livre,
comigo também (...) é duro quando se fez um partido", confessou.
Rui Tavares deixou fortes críticas a Joacine. "Há um erro de
comportamento pós-eleitoral por parte da Joacine, de atitude em relação
aos eleitores, de atitude em relação ao partido, e essa atitude também
conta porque ela também é política. Tudo é política. Uma atitude de um
partido libertário, da esquerda libertária, não pode ser uma atitude
autoritária. A atitude de um partido antipopulista não pode ser uma
atitude populista", sublinhou.
Para Rui Tavares a deputada não cumpriu com as suas promessas.
Em novembro, quando decorreu a assembleia do partido, foi reforçado que
"os compromissos para se exercer o mandato em nome do Livre" são a
necessidade de "exigência na atitude, na postura, na responsabilidade,
na forma de responder às perguntas dos eleitores, dos jornalistas e dos
próprios camaradas de partido", resoluções não cumpridas por Joacine.
"Quando não se cumpre o que está nessa resolução, é a própria pessoa que
está a prescindir da confiança que nela foi depositada", apontou.
Por outro lado, o fundador do Livre reconheceu que a deputada está a
ser alvo de uma pressão superior à que vem com o cargo de deputada,
devido ao "discurso de ódio racista" de que foi alvo e que "foi
absolutamente violento".
"Sempre nos solidarizámos com a Joacine, cheguei a ir a uma
manifestação, correndo até riscos e críticas, tivemos solidariedade.
Compreendemos, e continuamos sempre a compreender, que esse discurso
de ódio pode criar reações que não sejam aquelas que eu ou vocês
teríamos. Mas compreendendo isso tudo, chega a um ponto em que se não
são cumpridos os compromissos com o partido, o partido tem de dizer que
não há confiança", sustentou.
Apesar da situação que o partido está a passar, Rui Tavares acredita
que irá voltar a eleger mais deputados, mesmo com a saída de
Joacine. Estou convencido de que o Livre merecerá eleger outros. E
demonstrará. O eleitorado perguntar-nos-á, perguntar-me-á: "Endossaste
uma candidata e agora estás a endossar novos candidatos, novas
candidatas, e queremos acreditar em ti. Precisamos de excelentes razões
para acreditar em ti." E vamos dar excelentes razões para acreditarem em
nós", afirmou.
* Rui Tavares é um homem sério, temos grande consideração por ele mas é responsável por ter levado para o parlamento uma não-defensora dos direitos humanos, que mais parece não se preocupar em pisar seja quem for para atingir os seus objectivos.
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