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É
nas projeções para cinquenta anos depois, ou seja, para o final do
século, em 2100, que se nota uma grande diferença consoante haja medidas
agora ou não. No cenário mais otimista (uma rápida redução dos gases de
efeito ide estufa e um degelo menos acentuado), estima-se que na zona
vermelha de inundações haverá 340 milhões de pessoas. Na pior das
previsões, com incremento das emissões e portanto um nível de degelo
alto, o número de pessoas em risco aumenta para 480 milhões.
Os autores do estudo deixam um aviso: se se quer limitar
este impacto é preciso fazer alguma coisa. Para começar, cumprir o
Acordo de Paris, que estabelece como objetivo que o aumento da
temperatura média do planeta não ultrapasse um aumento de dois graus em
relação ao nível pré-industrial e, idealmente, abaixo dos 1,5 graus de
diferença.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Em 31 anos, a subida do nível
dos oceanos porá em risco
300 milhões de pessoas
Um estudo divulgado esta terça-feira prevê que mesmo com cortes drásticos das emissões poluentes a subida do nível das águas a partir de 2050 ponha em risco 300 milhões de pessoas A Ásia será a zona mais afetada; em Portugal, estuário do Tejo e do Sado, Ria Formosa, Aveiro e Figueira da Foz são as zonas mais "vermelhas".
A ideia é de que as estimativas até agora avançadas pecavam
por defeito por não terem em conta realmente quantas pessoas vivem nas
zonas inundáveis. É essa a explicação de um dos autores do estudo publicado esta terça-feira na revista científica Nature Communications,
Benjamin Strauss: "As comunidades humanas concentram-se de forma
desproporcionada nas zonas muito baixas da costa". Até agora,
acreditava-se que só 65 milhões viviam nessas zonas; com base em dados
mais precisos, o estudo aponta para 250 milhões, ou seja, quase o
quádruplo.
A Ásia é indicada como o continente mais
afetado, com primazia para seis países: China, Bangladesh, Índia,
Vietname, Indonésia e Tailândia. É aí que reside a maioria dos que
ficarão em risco com a subida do nível das águas causado pelo
aquecimento global. Dos 300 milhões que se estima estarem em zona de
risco de inundação em 2050, aproximadamente 237 milhões vivem nesses
seis países. A China, com 93 milhões em perigo, é o país recordista.
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Portugal, graças à sua longa costa, tem várias zonas de risco. No mapa interativo
disponibilizado pelos autores do estudo em colaboração com a
organização Climate Central, são várias as zonas "vermelhas"
assinaladas: a de Aveiro, do estuário do Tejo (as Lezírias são uma vasta
mancha rubra), do Sado, e a Ria Formosa. Aparentemente, nem a Madeira
nem os Açores apresentam zonas de risco para 2050. Mas Benjamin
Strauss chama a atenção para a necessidade de que governos e empresas
aeroespaciais apresentem dados mais precisos sobre a elevação
geográfica.
Isto
sucede porque o aumento do nível do mar é já uma das consequências
irreversíveis das alterações climáticas. Isso deve-se sobretudo ao
degelo dos polos, como assegura um relatório recente do painel
internacional de cientistas que assessora a ONU nas questões do clima.
* Nem que seja na piscina de sua casa desejamos a Trump uma morte aquífera e lenta.
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