.
.
ESTA SEMANA NO
"SOL"
Marques Mendes sobre Montepio:
.“Ricardo Salgado deixou discípulos”
.“Ricardo Salgado deixou discípulos”
O comentador criticou o facto de ser o Banco Montepio a pagar as multas e outras despesas dos processos aos antigos gestores da instituição, entre os quais Tomás Correia, condenados pelo Banco de Portugal.
Marques Mendes criticou o facto de ser o Banco Montepio a pagar as
multas e outras despesas dos processos aos antigos gestores da
instituição, entre os quais Tomás Correia, condenados pelo Banco de
Portugal.
O comentador diz que se trata de uma “questão indecorosa” e
acrescenta: É caso para dizer que Ricardo Salgado deixou muitos
discípulos”, afirmou no seu espaço semanal na SIC.
.
Ainda na semana passada, António Costa garantiu que o governo vai
avançar com uma «norma interpretativa» para clarificar que cabe ao
regulador dos seguros avaliar a idoneidade de Tomás Correia. Mas afirma
que não tem dúvidas sobre quem deve fazer essa tarefa. «Não temos
dúvidas nenhumas, estamos confrontados com o facto de haver outras
pessoas com dúvidas e a ASF [Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões] ter uma interpretação divergente. Como não podemos
dar ordens à ASF, só há uma forma: com uma norma interpretativa que
esclareça aquilo que para nós é claro, que a ASF tem total competência
para avaliar a idoneidade de Tomás Correia», disse o primeiro-ministro,
esta semana, durante o debate quinzenal.
Já Mário Centeno considerou que «o quadro legal é para o Governo
bastante claro». Ainda assim deixou uma garantia: «Estamos empenhados em
que o quadro legal que existe seja cumprido e faremos, em cooperação
com todas as entidades nele envolvidas, todos os esforços para que assim
venha a ser e as clarificações que sejam necessários serão produzidas.
Mas quero afirmar que nenhuma dessas alterações será a alteração do
quadro legal já definido», acrescentando contudo que, «por vezes, o que é
claro para [uns] pode não ser para outros».
No entanto, o presidente da ASF tem uma posição diferente e tem vindo
a garantir que não compete ao regulador pronunciar-se sobre a
idoneidade de Tomás Correia, uma vez que a regulação da mutualista
Montepio ainda cabe ao Ministério do Trabalho. Isto porque, segundo José
Almaça, apesar de existir um novo Código das Associações Mutualistas,
ainda está em curso o período transitório (que pode durar até 12 anos)
de convergência da Associação Mutualista Montepio com o regime de
supervisão financeira do setor segurador e só depois disso é que o
regulador dos seguros assume essas competências.
A questão ganha maior relevo depois de o presidente da Mutualista ter
garantido, esta quarta-feira, que é «prática comum entre as
instituições financeiras em Portugal e no estrangeiro» a
responsabilidade de pagar os processos envolvendo atuais ou antigos
administradores, revelou em comunicado. Tal como o SOL avançou na edição
passada, caberá ao Banco Montepio o pagamento de coimas de cinco
milhões de euros exigidos pelo Banco de Portugal (BdP). Isto porque na
Assembleia-geral realizada em 16 de março de 2018 pela Caixa Económica
foi escrito em ata que o pagamento dos custos dos atuais ou antigos
administradores com processos resultantes da sua atividade na Caixa
Económica que decorressem de decisões de entidades oficiais caberia à
instituição financeira, agora liderada por Carlos Tavares.
* Marques Mendes tem razão só não se sabe qual o número que Salgado de discípulos que deixou.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário