.
O dia negro das marcas
e dos consumidores
O dia que assinala o início da época de compras natalícias é já um dos mais importantes do ano para qualquer negócio. Resta saber se a experiência é boa.
As
origens históricas do dia e do nome são antigas, mas não remetem para o
sentimento de felicidade que é ir às compras. Bem, verdade seja dita
que ir às compras em dia de “Black Friday” pode deitar por terra esse
sentimento. A realidade é que esta tradição importada dos Estados Unidos
já se instalou pelo mundo inteiro e Portugal não é exceção.
O dia
que assinala o início da época de compras natalícias é já um dos mais
importantes do ano para qualquer negócio, disso não há dúvidas. E aqui
podemos ver como o preço ainda tem uma grande importância na decisão de
compra. Resta saber se esta experiência é boa. A resposta, na maioria
dos casos, é negativa. Seja para quem compra em loja, seja para quem
tenta comprar online. Eu faço parte deste último caso, mas de ano para
ano fico cada vez mais frustrada.
Já aqui disse várias vezes que
estou completamente rendida ao online, por todas as razões possíveis:
posso escolher com calma, não faço quilómetros, não fico frustrada com o
tempo que não perco, o parque de estacionamento que não pago ou o
trânsito que não apanho. Posso receber em casa e fazer melhores
escolhas, igualmente seguras e certamente mais cómodas. Portanto, em dia
de loucura na loja, as marcas deviam adorar-me, certo? Errado!
Tenho
a perfeita noção de que a afluência é cada vez maior e que por vezes a
tecnologia falha, mas não devia. Por isso, em dia de “Black Friday” fico
sempre no limbo entre quem percebe este dia como uma boa oportunidade
de negócio, para marcas e consumidores, e quem tem vontade de se juntar
ao grupo dos que não gostam da “Black Friday”.
Há quem diga que o
“Thanksgiving” (Dia de Ação de Graças) está a matar a “Black Friday” por
se antecipar a este dia, sendo que, na maioria dos casos, assinala
apenas o início de uma temporada de promoções que se podem prolongar por
mais um ou dois dias, ou mesmo mais tempo. Seja como for, os números
são sempre escandalosos e este ano de negro devem ter muito pouco!
* Responsável de Comunicação e Conteúdos
IN "O JORNAL ECONÓMICO"
24/11/18
.
Sem comentários:
Enviar um comentário