26/11/2018

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"
Albuquerque diz que trabalho para “doutorzinhos e 
engenheirinhos” está “fora de moda”

Presidente do Governo Regional defendeu integração dos lusodescendentes venezuelanos no mercado de trabalho da Região mas deixou recado

Miguel Albuquerque defendeu a integração dos lusodescendentes no mercado de trabalho na Madeira mas deixou um recado: que invistam na formação técnica e profissional, pois “aquela ideia muito à portuguesa dos doutorzinhos e dos engeheirinhos está fora de moda”.
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O presidente do Governo Regional falava na cerimónia de entrega de certificados e diplomas aos formandos do Instituto para a Qualificação - Escola Profissional Francisco Fernandes, muitos deles emigrantes e lusodescendentes da Venezuela.

O chefe do executivo madeirense congratulou os formandos e deixou uma palavra de coragem e de apreço aos lusodescendentes, lembrando o dever da Madeira saber integrar com dignidade todos aqueles que foram igualmente bem acolhidos na comunidade venezuelana.

“Nós não temos de ter nenhum complexo ou problema de receber aqui os nossos irmãos lusovenezuelanos, são concidadãos da Madeira e são bem-vindos”, transmitiu Miguel Albuquerque. Optimista em relação à integração profissional, reiterou que o seu governo “tudo fará para acolhê-los com humanismo e sobretudo com capacidade de resposta para aquilo que precisam”.

Contudo, do outro lado tem de haver também empenho. O presidente lembrou que a comunidade madeirense é tradicionalmente bastante trabalhadora e exigente do ponto de vista da contratação, pelo que, é preciso apostar na formação técnica-profissional, onde a oferta de trabalho é maior.

Disse que todo o trabalho é digno, seja de fato e gravata ou com fato de macaco. “Seja como empresários ou como empregados”, apontou. “Cada um cumpre com as suas funções como o melhor que pode e sabe e todos são dignos do nosso respeito e do nosso agradecimento”, transmitiu.

“É muito importante acabar com complexos. Todos os trabalhos são dignos e aquela ideia muito à portuguesa dos doutorzinhos e os engeheirinhos, isso está fora de moda”, atirou Albuquerque.

Daí a aposta nos cursos técnico-profissionais e nas áreas tecnológicas, para “formar pessoas para criar negócios de sucesso” e criar condições nas áreas técnicas, tecnológicas, de natureza e jardinagem, hotelaria, carpintaria, mecânica, construção civil, onde há necessidade de mão-de-obra”.

“Hoje em dia, nós temos um problema que é contrário àquele que tivemos quando chegámos ao Governo: precisamos de gente para trabalhar e com formação adequada”, disse Miguel Albuquerque, lembrando que a taxa de desemprego é a mais baixa desde Abril de 2015 e que a Região vive um crescimento económico há 63 meses consecutivos, com uma taxa superior a 2%. O objectivo, traçou, é continua a fomentar o investimento público e privado.

* O discurso asinino do presidentezinho.

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