.
.
HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Maria sofre abusos sexuais
durante o horário de visitas
Mulher estava internada depois de ter despertado de um coma quando terá sido vítima de abusos sexuais no quarto. Suspeito tinha mantido relação de cinco anos com a vítima e está em liberdade.
Uma mulher de 59 anos terá sido violada enquanto estava internada na
unidade de Neurologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em pleno
horário de visitas. O suspeito é um homem com o qual tinha tido uma relação amorosa há quatro anos — e que durou cinco.
.
O episódio não foi confirmado ao Observador pelo Hospital de Santa Maria, mas foi relatado à TVI pela filha da vítima. A mulher estava internada no serviço de Neurologia há apenas um dia, depois de ter despertado de um coma,
e foi nessa altura que terão acontecido os abusos. “Ela teve falta de
ar e meteram-na em coma induzido para poder respirar, pelo ventilador.
Na sexta-feira ligaram-me a dizer que ela tinha acordado e, nesse mesmo
dia, foi passada para o piso 7. No dia seguinte, aconteceu o que
aconteceu”, relata.
A mulher estava no quarto, com mais três pacientes, todos separados
por cortinas. Foi outra doente que se apercebeu do sucedido.
“As cortinas estavam fechadas, mas ouviram a minha mãe tentar gritar —
neste caso a gemer, porque ela não consegue gritar. A senhora deu um
toque na cortina e, supostamente, viu o homem em cima dela. Ela tinha o peito destapado e ele estava lá com a boca. Fez questão de tapar a cara com um chapéu”, contou, na mesma entrevista à TVI.
Só
depois de o homem sair é que a testemunha terá chamado a segurança do
hospital. Segundo o relato da filha, o estado de saúde da mãe não a terá
permitido defender-se e provavelmente “nem se apercebeu do que aconteceu”. A filha revela também não saber se a violação foi consumada, mas adianta que a fralda que a mulher usava “foi remexida”.
Conta ainda que chegou a cruzar-se com o homem no hospital, tendo-o
mesmo confrontado com as razões pelas quais ali estava. “Respondeu-me :
‘O que achas que estou aqui a fazer?'”, revela a filha, que assegura que
o homem com quem a mãe teve uma relação de cinco anos estava
alcoolizado. “Dava para ver na cara dele e sentia-se o cheiro a álcool”.
Os problemas com a bebida não eram, aliás, novidade. Segundo conta a filha da vítima, o suspeito “tinha problemas com o vinho, mas não era agressivo”. “Não houve nenhuma agressão à minha mãe. Dizia as suas porcarias, às vezes batia nas paredes e depois ia dormir”, conta.
O
estado do suspeito é uma das razões pela indignação da filha com o
Hospital de Santa Maria. Mas há outra: o homem terá subido ao piso 7 sem
ter senha de visita. “Perguntei como é que ele tinha subido, devido ao estado em que ele estava, e por não ter senha. Só me disseram que não sabiam como ele tinha entrado”. A filha da vítima diz ainda que fez queixa às autoridades e que o homem foi detido pela PSP, mas está em liberdade. “Já o viu na rua depois disso, mas não pensei em falar com ele. Nem quero”, remata.
* Quem conhece a estrutura deste mega hospital sabe que os sistemas de controlo e segurança são duma fragilidade confrangedora. Só no Banco de Urgências se observa alguma actividade "musculada" por parte de agentes duma empresa de segurança, mas é só folclore.
O hospital não garante a segurança de nenhum doente. Os excelentes profissionais de saúde que lá trabalham não são guarda costas de ninguém.
O hospital não garante a segurança de nenhum doente. Os excelentes profissionais de saúde que lá trabalham não são guarda costas de ninguém.
O episódio é grave e perguntamos se o cobarde violador foi presente a um juíz?
.
Sem comentários:
Enviar um comentário