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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Mulheres Social-Democratas
rejeitam estatuto especial no PSD
Maior estrutura das Mulheres Social-Democratas, a distrital do Porto, rejeita ter mesmo estatuto que JSD, ASD e TSD. Mulheres querem impor-se por "mérito e competência" e não pelo género.
Há várias militantes do PSD que estão contra a consagração nos
estatutos das MSD (Mulheres Social-Democratas) como estrutura autónoma.
Nas propostas de revisão de estatutos — que foram adiadas para o próximo
Conselho Nacional — está a consagração desse organismo, até agora
informal, nos estatutos do partido. A maior estrutura das MSD, a
distrital do Porto, entregou na quarta-feira um comunicado no Conselho
Nacional no qual defende que a ideia de equiparar as MSD a estruturas
como a JSD, os TSD ou os ASD é uma “proposta esvaziada de conteúdo” e acrescenta que as mulheres se devem impor no PSD pelo “mérito e competência“.
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De acordo com o comunicado — que foi colocado nas cadeiras do
Conselho Nacional antes do início da reunião — a passagem a estrutura
autónoma serviria “apenas para uma maior desagregação,
levando à construção de leituras fracionárias sobre a realidade.” Para
as MSD da distrital do Porto a participação das mulheres “tal como a de
qualquer militante, deve ser ser o mérito e a competência, dissociada de quaisquer questões de género ou
outras que poderão surgir se se começar a abrir espaço para diversas
subestruturas”. A passagem das MSD a estrutura autónoma é uma
reivindicação da presidente da estrutura e apoiante de Rui Rio nas
últimas diretas, Lina Lopes.
A posição entregue no CN — assinada pela coordenadora das MSD da
distrital do Porto, Maria da Trindade Vale — lembra que as mulheres
sociais-democratas são iguais aos homens sociais-democratas e que devem
ser tratadas como tal. “Querer tratá-las como uma organização especial
dentro dos estatutos do partido era criar um estigma de uma espécie de capitis deminutio,
reconhecendo, institucionalmente, uma capacidade diminuída às
mulheres,o que, se deverá evitar”, lembra o comunicado. Maria da
Trindade Vale diz que a nova estrutura podia ser mesmo vista como “sectária“,
enquanto PSD deve promover “a igualdade de género, elegendo para os
seus órgãos as pessoas mais competentes, capazes e empenhadas, sem peias
de género ou raça”.
As MSD da distrital do Porto admitem que
existe ainda uma “subrepresentação das mulheres no desempenho de cargos
políticos e públicos”, mas destaca que a participação das mulheres é
“cada vez mais crescente”. O mesmo comunicado enaltece que há existem
mulheres sociais-democratas com assento nos órgãos do PSD e que
“algumas” assumem “lugares de destaque.” Esse crescimento deu-se por
dois motivos: a lei da paridade e o “dinamismo” da MSD enquanto
estrutura informal.
Atualmente, existem duas vice-presidentes na direção nacional de Rui Rio, Isabel Meirelles e Elina Fraga,
aos quais se juntam mais três na Comissão Política Nacional: Cláudia
André, Maria da Graça Carvalho e Ofélia Ramos. A JSD também tem duas
mulheres em lugares de topo: a presidente, Margarida Balseiro Lopes, e a secretária-geral, Sofia Matos.
Na Mesa do Congresso do PSD há uma vice-presidente mulher, Lina Lopes
(também presidente das Mulheres Sociais Democratas) e no Conselho
de Jurisdição Nacional têm assento Emília Cerqueira e Cristiana Santos. A
presidente da Comissão Nacional de Auditoria Financeira é Catarina Rocha Pereira e integra ainda Ester Fernandes.
* Esta congeminação maquiavélica da "MSD" é semelhante a dizer a um indivíduo de raça negra: "Oh preto! Eu não sou racista mas tu és preto!
Sugerimos que adoptem o hino: "Toma laranjinha toma lá, toma lá, toma laranjinha o PSD está gágá..."
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